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Quando uma startup desenvolve um produto inovador, conhece muito bem o seu mercado de atuação, seu público-alvo, concorrentes e sabe se diferenciar, ela tem oportunidade de ter um crescimento alto e rápido. Como as startups conseguem evoluir tão rápido assim? Em uma palavra, blitzscaling.
Você deve estar se perguntando: o que é Blitzscaling?
O termo Blitzscaling é uma mistura de duas palavras, blitz em alemão que quer dizer relâmpago, e scaling em inglês que traduzimos como escalada. Assim, em português Blitzcaling seria algo como “escalada relâmpago”, e é um conjunto de práticas específicas que permitem às empresas atingir uma alta escala em uma velocidade incrível. Se você quiser crescer a uma taxa muito mais rápida do que a de seus concorrentes, considere essa metodologia!
Sua proposta consiste em priorizar a velocidade em vez da eficiência na gestão nas fases iniciais de uma startup, em um ambiente de incerteza, e permite que uma empresa vá de "startup" para "scale up" e conquiste o mercado rapidamente.
Mas, para uma empresa se desenvolver tão rápido assim, não há tempo para analisar o que está acontecendo e consertar tudo que dá errado ao longo do caminho. E é aí que o modelo pode te ajudar a entender quais são as prioridades reais do seu negócio.
Segundo este conceito, para saber qual o enfoque correto é preciso identificar em qual estágio a sua empresa se encontra, obedecendo às seguintes fases: Família, Tribo, Aldeia, Cidade e Nação. Em cada uma das fases, a percepção sobre gestão de pessoas, atendimento, número de funcionários e receita muda significativamente.
Mas como é possível desenvolver e medir o sucesso de um negócio? Não há uma resposta simples para isso, mas uma coisa é certa: muitas empresas cresceram e conseguiram atender a um mercado global seguindo essa estratégia.
Quer saber mais sobre Blitzscaling? Continue lendo este artigo!
As startups costumam passar por um processo de crescimento de cinco estágios, tendo em vista que uma das principais mudanças que uma empresa realiza ao expandir é o aumento do número de funcionários, e esse é o fator que determina os “estágios” do crescimento da empresa.
Porém, conforme a empresa avança em um novo estágio, a estratégia muda, exemplo:
Estágio 1 - Família
Neste estágio existem poucos funcionários na empresa, entre 1 a 9 pessoas, por tanto todos se conhecem e estão envolvidos no projeto.
Além disso, nesta fase os proprietários da empresa devem focar no desenvolvimento máximo do seu produto, para atender a necessidade do mercado e ter uma proposta de valor clara. Ao mesmo tempo, é importante contratar seus primeiros funcionários, investigar qual o seu diferencial competitivo e construir um modelo de negócio sustentável.
Ainda na fase inicial, as lideranças devem se concentrar na estruturação desse pequeno negócio, em busca de bons fornecedores, testando soluções mais simples, testando-as como MVP, automatizando os processos burocráticos e facilitando o dia a dia de trabalho.
Estágio 2 - Tribo
Aqui as pessoas ainda se sentem familiarizadas umas com as outras e as coisas estão começando a se tornar um pouco mais formais, conforme os gerentes chegam e organizam os diferentes departamentos, a hierarquia é introduzida.
Nesta fase as(os) proprietárias(os) devem ter um produto bem definido, porque chegou a hora de pensar nos investimentos necessários para crescer, adequar o produto ao mercado, e aumentar o time. Este momento é crucial para ter agilidade, se destacar entre os concorrentes do mercado e crescer rápido.
Existem várias técnicas de crescimento para uma empresa, algumas delas são: fazer parceria e cuidar bem das redes sociais, investindo em tráfego pago.
Outro fator que deve ser pensado é na otimização do lado operacional do negócio. Para isso, podem ser utilizadas ferramentas que impulsionam a agilidade da tribo, como ferramentas analíticas para extração de insights que permitem entender quais são os pontos que podem ser escalados futuramente.
Estágio 3 - Aldeia
Neste estágio a empresa já conta com mais de 100 colaboradores, essa fase é marcada pela mudança da cultura informal para uma cultura mais formal, com implementação de procedimentos e processos mais estruturados dentro da empresa.
A hora de escalar a empresa está chegando, ela dependerá de fatores como oportunidades de mercado, previsão, recursos disponíveis e concorrência. Os esforços com tarefas rotineiras devem ser mínimos e os processos simplificados, já que a parte de gestão deve focar na identificação, planejamento e execução do núcleo da empresa.
Estágio 4 - Cidade
Neste cenário a empresa conta com mais de mil colaboradores(as), tendo diversas linhas de produtos, divisões de tarefas, equipes de pesquisa e desenvolvimento (P&D) começam a surgir à medida que a empresa cresce para atender as necessidades de diferentes compradores/ clientes.
Quando a empresa chega nesse estágio, é provável que ela já tenha mais de um produto e uma fonte de receita principal. Nessa etapa o ideal é garantir a eficiência da gestão de recursos em larga escala sem prejudicar o rendimento da empresa.
Este pode ser o momento certo para reestruturar a estratégia da empresa, direcionar os esforços para a produtividade, criação de novos processos, controlar os dados e ter uma gestão mais transparente.
Estágio 5 - Nação
Esse é o estágio final de crescimento de uma empresa, a nação, com mais de 10 mil funcionárias(os).
Neste momento a empresa deve lidar com diferentes culturas, pois também estará investindo em uma estratégia global. O maior desafio para os(as) proprietários(as) de uma empresa nacional é comunicar suas ideias a milhares de funcionários e expandir ainda mais seus negócios, que no caso teria mais de uma linha de produtos.
Empresas desse porte devem dimensionar sua cultura para o novo formato. Nesse cenário, o desafio é implantar processos eficientes de gestão. Uma solução possível é utilizar automação para que as equipes sejam liberadas de atividades repetitivas e mecânicas, podendo focar em tarefas de maior valor agregado.
Existem três técnicas principais aplicadas por empreendedores(as) e investidores(as) para construir empresas dominantes e fazer a transição através dos cinco estágios de blitzscaling que acabamos de aprender, são eles:
Inovação do modelo de negócios:
A primeira estratégia é projetar e priorizar um modelo de negócios que possa crescer exponencialmente, um exemplo é um produto digital que é atraente para um grande público, já que a maior parte dos produtos digitais não exige tantos gerenciamentos como infraestrutura e depósito para produtos.
Porém, vale lembrar que algumas pessoas ainda cometem o mesmo erro de se concentrar apenas na tecnologia/software ou no design do produto, e acabam esquecendo da parte comercial, afinal, como a empresa vai crescer?
Inovação de estratégia:
A segunda etapa da estrutura do Blitzscaling prioriza a velocidade sobre a eficiência, assume riscos e implementa uma estratégia inovadora.
A questão de fazer blitzscale ou não é uma escolha estratégica. Portanto, os empreendedores devem entender o impacto que essa decisão tem, como abordá-la corretamente e estar ciente de como seu papel muda ao longo do processo.
Inovação em Gestão:
A terceira e última técnica na estrutura de blitzscaling é desenvolver uma abordagem inovadora de gerenciamento. São as práticas gerenciais necessárias para dar conta do crescimento e do porte da empresa, novas pessoas serão contratadas e as funções inicialmente exercidas serão alteradas.
O blitzscaling é uma estratégia de alto risco que exige um investimento mais alto para dominar o mercado por completo. Essa estratégia deve ser considerada quando você determinar que ter velocidade de crescimento para o mercado é o plano mais adequado para alcançar o sucesso em sua empresa. Ou seja:
Se você se encontra em um dos cenários mencionados, o blitzscaling é uma opção que pode ser considerada.
Para saber mais sobre Blitzscaling, você pode conferir os cursos:
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