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Atualmente, inovar passou a ser fundamental para as empresas sobreviverem no mercado, considerando a alta competitividade. Elas precisam se adaptar rapidamente às mudanças e se reinventar para sustentar sua vantagem competitiva.
Empresas que entendem esse movimento e tomam medidas para não se tornarem obsoletas desenvolvem novas capacidades e aproveitam as oportunidades emergentes.
Dessa forma, ao conseguir melhorar seus processos, tanto na execução quanto na qualidade dos resultados, e implementar inovações disruptivas, podem ser consideradas ambidestras.
Após analisarem esse cenário e as razões pelas quais as organizações conseguem mudar e se adaptar para sobreviver ao longo de décadas, os pesquisadores Tushman e O’Reilly (1996) entenderam que elas deveriam se tornar ambidestras. Isso significa que, para se ajustarem ao ambiente de negócios, deveriam refinar o conhecimento existente para identificar e aproveitar novas oportunidades.
Diante disso, o objetivo deste artigo é esclarecer o que é a ambidestria corporativa, quais os modelos mais conhecidos e como aplicá-los nas empresas.
A ambidestria corporativa é a capacidade de uma empresa de equilibrar a exploração de inovações e novas oportunidades com a otimização de seus processos e operações atuais. Isso permite que ela seja ágil e inovadora, enquanto mantém a eficiência operacional.
Organizações ambidestras conseguem se adaptar rapidamente às mudanças do mercado, ao mesmo tempo, em que sustentam o desempenho em suas atividades principais. Para isso, costumam adotar estruturas flexíveis, que promovem mudanças em algumas áreas enquanto otimizam e mantêm estabilidade em outras.
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Esse conceito é especialmente relevante em ambientes dinâmicos, onde a inovação é essencial para a sobrevivência a longo prazo, mas sem comprometer o que já funciona bem na organização. No entanto, alcançar a ambidestria não é fácil e requer uma liderança visionária, uma cultura de inovação e processos bem definidos. Mas quando bem executada, a ambidestria pode levar ao crescimento sustentável e ao sucesso a longo prazo.
No conceito de ambidestria corporativa, os termos exploration e exploitation referem-se a dois modos distintos de operação que uma organização deve equilibrar para ser eficaz:
Refere-se à busca por novas oportunidades e experimentações. Está relacionada à pesquisa, desenvolvimento de novos produtos, adoção de tecnologias emergentes e expansão para novos mercados. Isso envolve riscos maiores, pois a empresa está investindo em algo incerto, mas pode gerar vantagens competitivas e crescimento a longo prazo.
Exemplo: Uma empresa de tecnologia desenvolvendo um novo software, testando novos modelos de negócios ou investindo em pesquisa e desenvolvimento.
Refere-se à melhoria e aprimoramento das práticas, produtos e serviços existentes. Neste caso, o foco aqui é melhorar a eficiência, maximizar lucros e minimizar riscos, garantindo que a organização continue competitiva no curto prazo. Trata-se de aperfeiçoar o que já funciona bem, aproveitando os recursos e capacidades já existentes.
Exemplo: Uma empresa que otimiza a linha de produção de um produto já estabelecido, a partir da automação de processos para reduzir custos, ou refinamento de suas operações para aumentar a produtividade.
A ambidestria corporativa exige que as organizações consigam lidar com ambos os modos simultaneamente, ou seja, inovando e se reinventando, enquanto maximizam os resultados e a eficiência.
Os modelos mais conhecidos de ambidestria corporativa são baseados em diferentes abordagens para como as empresas podem equilibrar exploration (exploração de inovações) e exploitation (otimização de operações). Abordaremos os três principais modelos a seguir.
Neste modelo, a empresa cria estruturas organizacionais separadas para gerenciar as novidades e as otimizações. Ou seja, diferentes equipes ou unidades de negócios são responsáveis por focar em cada um desses aspectos.
Uma unidade pode ser mais inovadora e ágil (exploration), enquanto outra é mais focada em eficiência e operações contínuas (exploitation). Assim, uma empresa pode ter um departamento específico de pesquisa e desenvolvimento voltado à inovação, enquanto outro departamento cuida da produção e operações tradicionais.
Neste modelo, a ambidestria ocorre no nível individual, onde as pessoas colaboradoras são incentivadas a atuar de forma flexível, ajustando-se entre os novos processos e aqueles que já funcionam, tudo isso dentro do mesmo ambiente de trabalho.
Dessa forma, não há uma separação formal entre equipes, mas sim um contexto organizacional que permite às pessoas desempenharem ambas as funções, proporem novas ideias e, ao mesmo tempo, aperfeiçoarem seus próprios métodos dentro de suas áreas de trabalho.
Nesse modelo, a empresa alterna entre fases de exploration e exploitation ao longo do tempo. A organização se concentra em um tipo de atividade por um período, depois muda o foco para o outro, dependendo da fase do ciclo de vida de um produto ou da necessidade do mercado.
Um exemplo pode ser uma empresa de tecnologia que inicialmente investe em pesquisas para criar um novo produto e, depois de seu lançamento, passa a otimizar a produção e maximizar as vendas.
Estudos sugerem que, para sobreviver às mudanças no ambiente de negócios, as organizações devem se tornar ambidestras. Mas o que isso significa?
Uma organização ambidestra combina esforços de dois conceitos que vimos há pouco: exploitation, que dizem respeito ao refinamento do existente, e exploration, que dizem respeito a novas oportunidades e, portanto, envolvem experimentação, pesquisa e descoberta.
Uma empresa ambidestra é aquela que consegue equilibrar simultaneamente dois tipos de atividades: a exploração de novas oportunidades e o aprimoramento das operações existentes. Ou seja, a empresa é capaz de inovar e se reinventar, ao mesmo tempo, em que mantém e melhora sua eficiência operacional.
Essa capacidade de gerenciar o novo sem perder o foco nas operações cotidianas é o que torna uma organização ambidestra e competitiva em mercados dinâmicos. Dessa forma, podemos entender como as principais características de uma empresa ambidestra:
Inovação contínua: desenvolve novos produtos, serviços ou modelos de negócios, apostando em tecnologias emergentes e novos mercados.
Eficiência operacional: foca na melhoria contínua dos processos já estabelecidos, o que garante competitividade no curto prazo.
Estrutura flexível: pode adotar diferentes abordagens organizacionais para promover inovação e otimização ao mesmo tempo.
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A ambidestria corporativa oferece um caminho promissor para empresas que buscam aprimorar a eficiência e a adoção de novidades. Ao equilibrar a exploração de novas oportunidades com a exploração das competências existentes, as organizações podem se adaptar mais rapidamente às mudanças do mercado.
Estudos recentes mostram que as corporações ambidestras superam seus concorrentes unilaterais em várias métricas. Por exemplo, uma pesquisa da Harvard Business Review revelou que as organizações ambidestras têm 45% mais probabilidade de aumentar o desempenho do mercado.
O sucesso dessas empresas se deve à sua capacidade de alternar entre operações focadas na eficiência e iniciativas inovadoras. Isso permite que aproveitem o melhor dos dois mundos e melhorem os recursos existentes enquanto exploram novas oportunidades de crescimento.
Além disso, a ambidestria corporativa promove uma cultura de aprendizado contínuo e adaptação, por incentivar melhorias nos processos que demandam a adoção de novos conhecimentos e atualização constante.
Implementar a ambidestria corporativa nas empresas envolve equilibrar a inovação com a eficiência operacional, o que garante que elas consigam explorar novas oportunidades enquanto melhoram seus processos que já estão em prática.
Esse equilíbrio é fundamental para manter a competitividade em mercados dinâmicos. No entanto, essa implementação exige uma estrutura flexível, lideranças que incentivem a busca por novidades e uma cultura organizacional que permita adaptação contínua.
Confira alguns passos para incorporar a ambidestria nas empresas, permitindo que elas inovem e cresçam sem comprometer suas operações atuais!
A liderança deve comunicar claramente a importância de equilibrar inovação com otimização, destacando como esses dois aspectos podem coexistir. Definir metas específicas para a sugestão de novidades e para a melhoria das atividades cotidianas ajuda a orientar as equipes.
Criar estruturas organizacionais flexíveis envolve adotar dois tipos principais de ambidestria: a ambidestria estrutural e a ambidestria contextual. Na ambidestria estrutural, a empresa cria divisões separadas para explorar novas oportunidades, enquanto outras se concentram nas operações atuais, garantindo foco em inovação e eficiência.
Já na ambidestria contextual, a flexibilidade é promovida dentro de uma mesma equipe, onde os colaboradores e colaboradoras são incentivados a equilibrar tarefas exploratórias e operacionais no seu dia a dia. Isso requer uma cultura que apoie a autonomia e a adaptação contínua às mudanças, além de líderes capazes de gerir diferentes demandas simultaneamente.
As lideranças devem ser capazes de apoiar simultaneamente as iniciativas de inovação e a melhoria operacional. Isso inclui oferecer recursos e autonomia para experimentação, sem negligenciar a gestão dos processos já existentes.
Promover uma cultura que valorize tanto a novidade quanto o aperfeiçoamento é essencial e, para isso, é importante: estimular a colaboração entre diferentes áreas da empresa; criar programas de incentivo a novas ideias, como hackathons ou equipes dedicadas a projetos experimentais; e recompensar tanto novas ideias quanto melhorias operacionais.
É essencial garantir que recursos financeiros, humanos e tecnológicos sejam distribuídos de forma equilibrada entre projetos inovadores e atividades que melhoram a eficiência. Isso permite que a empresa evolua sem sobrecarregar nenhuma das áreas.
Monitorar os resultados de inovação e otimização é essencial para garantir o equilíbrio. Indicadores de desempenho (KPIs) devem ser definidos para ambas as áreas, e ajustes na estratégia devem ser feitos conforme os resultados são analisados.
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A implementação da ambidestria corporativa é um passo essencial para as empresas que desejam se destacar em um mercado cada vez mais dinâmico e competitivo. No entanto, a capacidade de equilibrar inovação e eficiência não é apenas uma questão de estratégia, mas também de formação e preparação das equipes.
A educação corporativa pode ser uma aliada e desempenhar um papel importante para capacitar profissionais a desenvolverem habilidades tanto para a exploração de novas oportunidades quanto para a otimização das operações existentes.
Nesse contexto, o ecossistema da Alura + FIAP Para Empresas ajuda as empresas a prepararem seus times para enfrentar os desafios de implementação da ambidestria corporativa. Com conteúdos que abrangem desde inovação e design thinking até gestão de projetos e eficiência operacional, as soluções proporcionam uma estratégia de capacitação abrangente que alia teoria e prática.
Assim, investir na educação contínua das pessoas colaboradoras não só fortalece a cultura de aprendizado dentro da empresa, mas também é um fator determinante para o sucesso da ambidestria, o que garante uma organização mais competitiva e adaptável às mudanças do mercado. Entenda como podemos ajudar a sua empresa!
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