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Desde 2019, as buscas pelo termo ESG (environmental, social and governance que, em português, significa governança ambiental social e corporativa) aumentaram cinco vezes, segundo constatou uma pesquisa da McKinsey.
Para além disso, mais de 90% do S&P 500 (que reúne as 500 maiores empresas do mundo listadas nas principais Bolsas de Valores dos Estados Unidos) publicam relatórios sobre sua responsabilidade ambiental, social e corporativa, assim como 70% das empresas do Russell 1000.
Em conjunto a outras ações realizadas pelas empresas, isto evidencia que inclusão e diversidade se tornaram pautas corporativas.
Mas o que significa ser, de fato, uma empresa inclusiva? O que é preciso estruturar na empresa para abrir portas à diversidade e à inclusão?
Se você também tem essas dúvidas, esse artigo vai te ajudar. Saiba o que caracteriza uma empresa inclusiva e quais práticas a sua empresa pode adotar.
Uma empresa inclusiva é aquela que cumpre a cota de contratação de pessoas com deficiência? Ou é aquela que, além disso, também contrata pessoas negras?
Na verdade, não. Cumprir a cota é uma obrigação legal, mas não garante que a empresa se torne, de fato, inclusiva.
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Para entender melhor, é fundamental entender a diferença entre diversidade e inclusão. Embora sejam termos que se complementam, trata-se de dois conceitos diferentes.
Em primeiro lugar, promover a diversidade na empresa é inserir a maior quantidade de diferentes tipos de pessoas. Ou seja, pessoas de diferentes raças, gêneros, idades, formações, orientações sexuais, etnias e condições físicas.
Em outras palavras, Ruchika Tulshyan, premiada estrategista de inclusão e palestrante, conceitua diversidade como a busca pela representação igualitária ou maior representação de pessoas historicamente marginalizadas.
Mas não basta que o quadro pessoal das empresas seja diverso, é essencial que todas as pessoas se sintam acolhidas e pertencentes à empresa. É aí que entra a inclusão.
A inclusão, na concepção de Tulshyan, “diz respeito às ações de representatividade, acolhimento e valorização de pessoas historicamente subestimadas”.
Isto é, a inclusão compreende ações para garantir que todas as pessoas tenham as mesmas oportunidades e condições de desenvolvimento na empresa.
Assim, Tulshyan explica a diferença entre os conceitos a partir de uma metáfora: “diversidade é um convite para festa; inclusão é um convite para dançar”.
É por isso que o conceito de empresa inclusiva vai além do cumprimento de cotas de contratação de pessoas com deficiência. Muito além de simplesmente contratar pessoas diversas em seu time.
Uma empresa inclusiva promove e adota boas práticas de contratação, desenvolvimento e retenção de todas as diversas pessoas colaboradoras em igualdade de oportunidades.
Agora que você já sabe o que significa ser uma empresa inclusiva, é o momento de pensar estratégias para colocar a diversidade e inclusão em prática na sua empresa.
As principais boas práticas de diversidade e inclusão nas empresas são:
O primeiro passo é fazer um mapeamento e diagnóstico de diversidade na empresa. Analise se as pessoas colaboradoras da sua equipe são diversas ou não.
A partir disso, identifique quais os perfis faltam para integrar as equipes e avaliem os motivos que levaram à ausência de contratação dessas pessoas.
Ao identificar o que precisa ser feito, estabeleça metas de diversidade e inclusão, como melhoria do clima organizacional, desenvolvimento de treinamentos e aumento da porcentagem de pessoas de grupos considerados minoritários.
Um dos focos da empresa deve ser informar e sensibilizar as pessoas colaboradoras através da educação corporativa.
Os treinamentos devem tratar sobre temas como machismo, homofobia, racismo e etarismo. O ponto principal é estimular o diálogo entre as pessoas diversas e abrir canais para que todas se sintam pertencentes.
Os treinamentos devem compreender principalmente as lideranças da empresa, que são o principal canal de comunicação das pessoas colaboradoras e os objetivos da empresa.
Quando a empresa tem gestores comprometidos com pautas sociais e humanas é muito mais simples inserir esses temas na cultura organizacional.
Para que a empresa seja inclusiva, é fundamental que todas as pessoas diversas se sintam seguras no ambiente de trabalho.
Essa é a importância de formar um Comitê de Diversidade e Inclusão, que vai assumir responsabilidade pela promoção de treinamentos, construção de políticas de diversidade e inclusão e abrir canais de denúncia, escuta e acolhimento.
Além do mais, a empresa precisa ter atenção ao processo de recrutamento e seleção e fazer adaptações que considerem a diversidade e a inclusão.
Essas adaptações possibilitam que a empresa contrate pessoas de formações, universidades, realidades econômicas e desafios diferentes.
O ponto central dos processos seletivos deve ser criar uma equipe menos homogênea e incluir grupos de pessoas que ainda não têm representação na empresa.
É importante lembrar que a diversidade e a inclusão são uma responsabilidade social nas empresas.
As pessoas, tanto colaboradoras quanto consumidoras, demandam um posicionamento ativo e transparente em relação às ações corporativas neste sentido.
Mas, além disso, a inclusão social proporciona diversos benefícios às empresas. As principais vantagens são as seguintes:
O levantamento Getting do Equal 2020 da Accenture constatou que a mentalidade de inovação das pessoas colaboradoras é seis vezes maior em empresas inclusivas: as pessoas não sentem medo de errar e não vêem barreiras para criar coisas novas.
No mesmo sentido, a pesquisa da McKinsey indica que as empresas inclusivas e diversas em termo de gênero, raça e etnia têm melhor performance financeira.
Cada vez mais os pilares da sigla ESG (E - environmental, S - social e G - governance) se tornam presentes no mercado financeiro e no mundo dos negócios.
Trata-se de um modelo de investimento que avalia a sustentabilidade, o nível de governança corporativa e o impacto social de uma empresa.
Ou seja, são fatores fundamentais para que a empresa se alinhe aos princípios considerados essenciais para investidores e tenha vantagem competitiva.
Os investimentos em diversidade e inclusão têm um papel fundamental para as transformações no mercado de trabalho e, como consequência, para as transformações sociais e econômicas.
Os fatores de empregabilidade e oportunidades de desenvolvimento representam aumento de renda, acesso aos direitos trabalhistas e possibilidade de ascensão da classe social.
Por fim, a inclusão e a diversidade também proporcionam oportunidades valiosas de atração de talentos, sobretudo em cenários de escassez de talento com a área de tecnologia.
O estudo da Accenture concluiu que as pessoas se preocupam cada vez mais com a cultura organizacional e que, portanto, empresas inclusivas têm um diferencial competitivo nos processos de recrutamento e seleção.
Na pesquisa, 79% das mulheres e 65% dos homens acreditam que inclusão e diversidade é um fator fundamental para que possam prosperar na empresa.
A inclusão e a diversidade são, portanto, pautas importantes nas estratégias de Employer Branding e impactam a atratividade das empresas.
Afinal de contas, cada vez mais, as pessoas escolhem atuar em empresas que se alinhem aos seus valores, visões de vida e que se comprometam com aspectos sociais da sociedade.
Considerando esse cenário, a Alura Para Empresas criou o Alura Include, um programa que abre as portas do desenvolvimento de tecnologia para pessoas diversas.
O objetivo principal do Alura Include é criar novas oportunidades para pessoas diversas na área de tecnologia e contribuir para o desenvolvimento social e econômico do país.
As empresas podem, portanto, formar pessoas desenvolvedoras iniciantes, da introdução à computação ao direcionamento em Front-end ou Back-end, e têm autonomia para definir o público que receberá os benefícios do programa e qual será a área de foco.
Quer saber mais sobre o Alura Include? Entre em contato com nosso time e saiba como construir um programa personalizado que une capacitação em tecnologia, diversidade e inclusão.
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