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A curva de aprendizagem é um conceito matemático que se baseia na seguinte afirmação:
À medida que determinada tarefa é executada repetidas vezes, aumenta-se a eficiência em sua execução. Do mesmo modo, o esforço colocado na realização das tarefas tende a diminuir.
Ou seja, quanto mais repetimos determinada atividade, menos tempo demoramos para concluí-la. Esta afirmação permite a análise mais aprofundada dos processos de aquisição do conhecimento de cada indivíduo e devido a isso, neste artigo será possível refletir sobre as seguintes questões:
O conceito teórico de curva de aprendizagem foi elaborado por Hermann Ebbinghaus em 1885, mas somente em 1936, com Theodore Wright, foi possível avaliar as implicações práticas da teoria. Em um contexto de Primeira Guerra Mundial, Wright observou que quando a quantidade de aviões produzidos aumentava, o tempo de montagem dos veículos reduzia, e esta relação obedecia à uma taxa.
À medida que os trabalhadores repetiam o processo de construir um avião, menos tempo demandavam para a execução da tarefa, seja pela familiaridade adquirida com os meios de produção, seja pela adaptação às ferramentas utilizadas ou até mesmo pela descoberta de “atalhos” para realização da tarefa.
VEJA TAMBÉMS:
Ao longo de seus estudos, desenvolveu um cálculo matemático em que foi possível chegar a duas conclusões:
Em sua observação, desenvolveu um gráfico da Curva de Aprendizagem representado pela fórmula: y=C1.Xª
Ainda no contexto dos aviões, as variáveis criadas pelo matemático representam o seguinte:
O gráfico da curva de aprendizagem se comporta de maneira potencial, a partir das variáveis descritas na fórmula acima, em que o eixo Y representa a proficiência da pessoa que desenvolve o trabalho, que pode ser medida através do tempo médio de produção da atividade, enquanto o eixo X representa o tempo despendido para a execução.
Análise do Gráfico:
Devido a essas características, a Curva de Aprendizagem se tornou um instrumento que ajuda a medir a força de trabalho das pessoas funcionárias.
Apesar das vantagens da curva de aprendizagem, devemos saber que cada pessoa é capaz de desenvolver suas próprias maneiras de aprender e, por isso, a análise do gráfico deve ser feita considerando outros cenários, como:
Considerando essas variáveis vamos analisar como usar os conhecimentos sobre a Curva de Aprendizagem a nosso favor dentro do ambiente corporativo!
Apesar da descoberta sobre a curva ter sido colocada em prática em um cenário de guerra, hoje o conceito é bastante consolidado em outras conjunturas, inclusive nas organizações — o Ambiente corporativo! Os benefícios da aplicação da curva de aprendizado em empresas são:
Como mede a proficiência a partir do tempo de produção, a curva de aprendizagem indica o desempenho de cada pessoa colaboradora na empresa. Desse modo, é possível avaliar o nível de produtividade do seu time e melhorar o trabalho de toda a equipe.
Ao compreender que colaboradores e colaboradoras estão em diferentes degraus de aprendizado dentro da empresa, a pessoa gestora pode ajudar na estimativa de prazos. É normal que em equipes existam vários níveis de conhecimento e estágios de carreira. Por isso, a pessoa gestora deve levar em conta a curva de aprendizado de cada funcionário para estimar prazos mais assertivos.
Por termos a capacidade de reviver detalhes muito específicos de alguns lugares ou situações, há um senso comum de que aquilo que aprendemos ao longo da vida está armazenado em nosso cérebro como se fosse um filme.
Na verdade, é possível afirmar que o processo de aprendizagem está relacionado com os mecanismos de comunicação dos neurônios no cérebro, que trabalham associando as diferentes informações que são recebidas em cada contexto da vida.
Piaget também reforça o argumento quando fala dos esquemas de aprendizagem do cérebro. Ele diz que quando aprendemos um novo construto, estamos praticando a assimilação e quando aprendemos a inserir esse novo construto em outros aprendizados, expandimos nossa visão de mundo e praticamos a acomodação.
Este processo de assimilação e acomodação está relacionado com as diferentes vivências que cada pessoa teve ao longo da vida. À medida que nos colocamos em diferentes experiências, damos ao cérebro novas oportunidades de associações, produzimos novos estímulos que depois serão acomodados e devidamente aprendidos.
Nessa ocasião, a curva também pode indicar qual o momento em que há dificuldade no aprendizado das pessoas colaboradoras. O papel das lideranças nesse caso é avaliar a situação de cada funcionário(a) individualmente, e depois assegurar-se de que a empresa estimula a aprendizagem do indivíduo, cercando seu contexto de ferramentas e pontes para que o aprendizado seja alavancado.
O ambiente de trabalho, portanto, é responsável por dar os estímulos necessários para que a pessoa trabalhadora tenha condições de fazer seu processo de assimilação e acomodação, e por isso, deve investir em treinamentos e outros tipos de recursos que reforcem o ambiente para que haja uma efetiva aprendizagem.
Caso a pessoa colaboradora tenha um progresso muito lento no início, o processo de integração da pessoa na empresa – também chamado de onboarding, deve ser reavaliado.
Na integração são apresentadas as ferramentas que serão utilizadas, suas respectivas equipes de trabalho e como seu trabalho deve ser feito. Uma demora exagerada para chegar a proficiência pode ter a ver com o baixo nível de aprendizado da pessoa funcionária no momento da integração.
Sabendo que as maneiras para ser mais produtivo atravessa a aprendizagem, o curso Aprender a Aprender traz técnicas para o autodesenvolvimento que seguramente ajudarão você e seu time a alavancar a Carreira!
A curva de aprendizagem é uma ferramenta bastante útil para o mercado de trabalho, porém, devemos estar atentos e atentas para não utilizá-la exclusivamente para fins de comparação entre um ou outro funcionário(a). Sua utilização deve ter como foco principal o crescimento de cada pessoa dentro do time, com estratégias individuais para que cada uma encontre a melhor maneira de alavancar sua produtividade.
Bons estudos!
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