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“Você pode ganhar a nova guerra por talentos?” Josh Bersin, especialista no setor, faz esse questionamento - e você deveria fazê-lo também. Afinal:
“A era pós-pandêmica está rapidamente sendo definida pela experiência do colaborador: como sua organização constrói a forma como as pessoas trabalham e vivem, de produtividade a flexibilidade, bem-estar, saúde e tudo o que há em torno disso.”
Isto significa que as estratégias precisam ser revistas.
Não estamos falando apenas de um mercado que passa por transformações - entre alto turnover, escassez de talentos e layoffs, o mercado de tecnologia está mudando. Estamos falando também de uma transformação digital e de como isso impacta pessoas e organizações.
É claro que dinheiro e segurança ainda importam, mas já não suficientes para garantir a retenção de talentos.
Então o que seria?
Criar experiências positivas tem sido a estratégia de grandes empresas tanto na conquista de pessoas consumidoras (Customer Experience) quanto na conquista do público interno (Employee Experience).
Por essa razão, é preciso pensar na jornada de colaboradores e colaboradoras junto à empresa, do processo de recrutamento e seleção ao offboarding.
Neste artigo você verá a importância do Employee Experience para as empresas: o que é, impactos em Employer Branding, Recrutamento e Seleção e Retenção de Talentos, principais ferramentas e indicadores e o futuro da experiência dos colaboradores.
A tradução de Employee Experience é experiência do colaborador, ou seja, o relacionamento que a empresa desenvolve com colaboradores e colaboradoras, e a jornada experimentada, sentida, vivenciada por essas pessoas ao longo de suas funções junto à empregadora.
Assim as pessoas criam relações umas com as outras, que podem ser positivas, tóxicas, curtas ou duradouras, elas criam relações com a personificação da empresa e a marca empregadora.
VEJA TAMBÉM:
Como mencionamos antes, pensar na Employee Experience, na fidelização de pessoas colaboradoras é uma tendência mundial, a qual reflete também mudanças sociais.
Os anos de pandemia evidenciaram a necessidade de um alinhamento maior entre a vida pessoal e a vida profissional. Isto porque, muito embora a ficção possa trazer uma ruptura entre estes aspectos da vida - como é possível ver na série “Severance” da Apple TV -, a realidade é outra.
E se a intersecção entre os campos profissionais e pessoais se evidenciaram, também o mercado aquecido deu a algumas pessoas maior poder de escolha sobre onde e como trabalhar.
Por isso, é importante ressaltar que o Employee Experience começa já nos primeiros contatos da pessoa com a empresa, quando passa pelo processo de recrutamento e seleção e é admitida.
As ações de Employee Experience contribuem para fidelizar pessoas colaboradoras junto às organizações, criando um elo que contribui para que talentos, pessoas de alto desempenho, queiram continuar naquele local de trabalho.
“Os profissionais 4.0 buscam um ambiente colaborativo e inovador, no qual possam aprender, desaprender e reaprender. Estou me referindo à necessidade de personalização , embora pareça um discurso antigo [...], requer olhar e escutar as pessoas, lembrando que escutar significa ouvir com atenção e, para isso, é preciso olhar para a pessoa”, escreve Analisa de Medeiros Brum.
Segundo a pesquisa da The Josh Bersin Company, empresas que desenvolvem um Employee Experience positivo possuem:
Inclusive, já falamos sobre a importância do senso de pertencimento em um artigo sobre crescimento exponencial e team building.
Vejamos, então, os benefícios de uma estratégia de Employee Experience:
Falar de Employee Experience é também falar de Employer Branding, isto é, sobre as estratégias de posicionamento da marca empregadora.
Por exemplo, uma empresa que gostaria de ser reconhecida por suas ações de diversidade e inclusão. Ela faz diversas publicações, campanhas em datas especiais. Porém, casos de preconceito interno já se tornaram públicos, mostrando que a experiência interna não dialoga com o discurso externo.
O Employee Experience reflete diretamente na imagem da empresa e precisa dialogar com a história que a organização quer contar para seu público.
Assim como a experiência dos colaboradores pode negar um discurso, pode ser também uma prova social de como a empresa se importa com as pessoas.
Os resultados disso?
O retorno é visto em processos de recrutamento e seleção, nas pessoas que falam abertamente: “eu gostaria de trabalhar com essa empresa”. Mas também é visto na retenção de talentos, em pessoas que, mais do que apenas trabalhar para a empresa, são embaixadoras dela. Pessoas que dizem: “eu tenho orgulho de trabalhar para essa organização”.
Apesar do cenárlio de demissões em massa, o mercado de tecnologia ainda enfrenta uma escassez de talentos.
Por um lado, há muitos profissionais disponíveis no mercado. Por outro, nem todos estão preparados, ainda, para as demandas das empresas.
Isto leva as organizações a disputarem, desse modo, profissionais com maior experiência.
Contudo, com tantas empresas e suas metas, tantas organizações em busca das mesmas pessoas, como se diferenciar?
Como o relatório da The Josh Bersin Company citado antes, nem sempre o diferencial no recrutamento e seleção tech será o dinheiro. O Employee Experience é uma chave para isso.
Se pensarmos no que falamos antes sobre Employer Branding, quanto mais pessoas falando sobre suas experiências positivas, mais pessoas vão desejar também fazer parte dessa comunidade.
Seth Godin escreve em seu livro “Tribos: nós precisamos que você nos lidere”:
“Os seres humanos não conseguem evitar: nós precisamos pertencer. Um dos nossos mecanismos de sobrevivência mais poderosos é fazer parte de uma tribo, contribuir para (e se beneficiar de) um grupo de pessoas com uma mesma opinião. Nós somos atraídos para os líderes e suas ideias, e não conseguimos resistir à pressa de fazer parte e à emoção do novo.”
E se as empresas se tornarem essas lideranças em seus nichos? E se as empresas despertarem esse desejo de fazer parte?
E sem dúvidas, a principal razão de apostar no Employee Experience está aqui: a retenção de talentos.
O turnover tem sido um dos maiores obstáculos a gestão de pessoas em tecnologia. Pessoas estão massivamente saindo de seus empregos em busca de novas oportunidades, principalmente de desenvolvimento e reconhecimento.
E a causa da alta rotatividade de profissionais também pode estar no Employee Experience.
Para Analisa de Medeiros Brum:
“É cada vez mais alta a rotatividade de empregados jovens por causa da insatisfação com a falta de propósito das empresas. E quando abordamos propósito, não podemos deixar de levar em consideração que, aos poucos, as pessoas foram deixando de comprar ‘o quê’ a empresa faz e levar em consideração o ‘por quê’ a empresa faz.
Será que a sua empresa atende às expectativas de quem atua com ela?
73% dos profissionais já deixaram alguma emprego em função da cultural organizacional de acordo com estudo do Robert Walters Group. E o Employee Experience é diretamente influenciado pela cultura da empresa.
Pensar em como colaboradores e colaboradoras vivenciam suas jornadas de trabalho, portanto, é essencial para o crescimento corporativo e para a fidelização de talentos.
A pesquisa da The Josh Bersin Company trouxe as melhores práticas para o Employee Experience segmentadas em três grandes campos:
No primeiro setor, temos os cuidados físicos e psicológicos não apenas com as pessoas colaboradoras, mas também com suas famílias. Afinal, o ambiente pessoal em que a pessoa vive reflete também no profissional.
Outro ponto bastante relevante na atualidade é o cuidado com a sobrecarga de trabalho e o burnout. Portanto, acompanhe como estão: divisão de responsabilidades, realização de horas extras excessivas, clima organizacional, entre outros pontos que podem influenciar no bem-estar psicológico.
O segundo setor diz respeito à capacidade da organização de se transformar e se adaptar aos diferentes cenários.
Por exemplo, será que a equipe de desenvolvimento dará conta do roadmap ou é hora de contratar novos talentos que agreguem às habilidades do time. De igual forma, é preciso acompanhar aspectos técnicos, como equipamentos, tecnologias e metodologias aplicadas no trabalho.
Por fim, o terceiro setor está relacionado à cultura da empresa, à sua missão e à sua agilidade de negócio. Para isso, é interessante entender como as pessoas se relacionam à velocidade na tomada de decisões e às metas da empresa.
Se você quiser saber mais sobre isso, temos um artigo completo sobre Business Agility.
As ferramentas de Employee Experience são variadas e vão de tecnologias de RH já mais comuns, como plataformas de gestão de pessoas e pesquisas de clima organizacional, a ferramentas específicas para as áreas. Vale lembrar a necessidade do olhar sobre os instrumentos de trabalho para melhoria da experiência de colaboradores e colaboradoras.
Já no que se refere a indicadores de Employee Experience, são alguns relevantes:
Veja e acompanhe os principais dados de gestão de pessoas com um guia de indicadores exclusivo da Alura Para Empresas.
Em 2019, Jacob Morgan falou que o futuro do Employee Experience era fazer uma virada de pensamento: deixar de pensar no ambiente de trabalho como um local em que as pessoas precisam trabalhar e pensar nele como um ambiente em que as pessoas querem trabalhar.
De fato, em 2019, não havíamos passado por uma pandemia ainda.
O trabalho remoto, o relacionamento através de tela, não havia crescido tanto e exigido uma reformulação das formas de comunicação corporativas. Não havíamos passado por demissões massivas, onde, sim, muitas pessoas não tiveram escolha sobre seus trabalhos.
Contudo, o pensamento ainda é atual. As alternativas aumentaram. A competitividade por talentos cresceu - assim como a necessidade de inovar e atuar com excelência.
Sendo assim, as empresas precisam conquistar os talentos para além da necessidade de “ter um trabalho”. Precisam dialogar, entender suas necessidades, mas também entender os seus desejos profissionais e pessoais.
Isto passa por oferecer salários condizentes, por oferecer uma ambiente seguro (física e psicologicamente) e também por pensar nas carreiras como uma jornada. Como as pessoas podem crescer junto à empresa? Como elas podem ser reconhecidas e ganhar algo que vai além de benefícios monetários?
O Banco Pan, por exemplo, pensou no desenvolvimento de pessoas através de trilhas de estudo.
Por meio de estratégias de engajamento, que incluíam apoio da empresa nos estudos e até gamificação, conseguiu 94% de aprovação das pessoas colaboradoras.
Isto impactou não apenas o Employer Branding e o Employee Experience, como contribuiu para a criação de uma cultura de tecnologia dentro da organização.
Pensar no desenvolvimento das pessoas, portanto, também faz parte do futuro do Employee Experience. Vale lembrar a citação de Seth Godin: as pessoas querem fazer parte de um grupo, contribuir com ele, mas também crescer com ele.
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