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Quem nunca pensou em mudar um pouco os ares do trabalho, que atire a primeira pedra. Mas o que algumas empresas fazem, com resultados promissores, é levar essa mudança para a rotina de pessoas colaboradoras através do job rotation.
A estratégia de job rotation se alinha a dois argumentos importantes para as lideranças de RH — especialmente para lidar com os desafios atuais das empresas de tecnologia: a mobilidade interna e o desenvolvimento em T.
Afinal de contas, por um lado, possibilita que a pessoa colaboradora aprenda habilidades e práticas diferentes da sua. Por outro, é uma forma interessante de identificar se a pessoa possui competências para outras funções.
Por isso, o objetivo deste artigo é refletir sobre o que é, como funciona e quais os benefícios da estratégia de job rotation. Contudo, sem esquecer dos cuidados fundamentais nesse processo, especialmente em relação à capacitação necessária para essas pessoas.
Em uma tradução literal, job rotation significa, em português, rotação de trabalho. Como o próprio nome sugere, trata-se, em resumo, de um rodízio de setores e funções entre as pessoas colaboradoras.
Ou seja, é uma estratégia da empresa de capacitar a mesma pessoa colaboradora para atuar em diferentes setores, áreas e funções.
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Essa é uma técnica bastante comum nos programas de estágio e trainee, mas também pode ser explorada em outros processos dentro da empresa.
A partir do job rotation, a pessoa colaboradora deixa de atuar em uma única função. De tempo em tempo, alterna suas responsabilidades para contribuir em uma área diferente.
Assim, uma pessoa colaboradora do setor de contabilidade, por exemplo, pode migrar para a área de estoque e, depois disso, para o setor de compras para entender melhor sobre os recursos orçamentários.
A ideia é que, com isso (e também com o objetivo de se capacitar para isso!), a pessoa colaboradora desenvolva habilidades e competências de forma mais ampla.
Na prática, o job rotation é uma espécie de treinamento contínuo, com um direcionamento específico. Enquanto as pessoas colaboradoras fazem rotação, é possível identificar suas habilidades individuais e avaliar o seu desempenho.
O objetivo final é, portanto, ir além de capacitar a pessoa naquilo que ela já faz: desenvolver habilidades e capacidades novas em outras funções e atividades.
Com o tempo, o job rotation fará com que a empresa tenha pessoas colaboradoras mais generalistas e com visão mais abrangente do negócio — sem que isso comprometa suas atividades em suas funções específicas.
O job rotation também é uma forma de motivar as pessoas colaboradoras com uma rotina mais dinâmica. Ao invés de ficar em um único cargo, ela vai permanecer em constante movimento e desenvolvimento.
De acordo com dados apresentados no Simpósio de Tecnologia do Gartner, o job rotation é um dos métodos mais eficazes para desenvolver habilidades entre as pessoas desenvolvedoras de software.
Não é por menos. O job rotation apresenta uma nova perspectiva sobre as oportunidades de crescimento. Por isso, traz benefícios às pessoas colaboradoras e para a estratégia global do negócio.
Afinal de contas, de um lado, a empresa quer contar com pessoas colaboradoras eficientes e produtivas; do outro lado, as pessoas colaboradoras querem maior possibilidade de desenvolvimento e reconhecimento.
Sendo assim, o job rotation oferece muitos benefícios para as empresas e pessoas colaboradoras. Os principais são:
Muitas vezes, a baixa performance do negócio pode se relacionar à falta de aptidão ou motivação das pessoas colaboradoras em executar determinadas funções.
E o job rotation atua justamente no combate à falta de motivação das pessoas: ao possibilitar que as pessoas conheçam diferentes áreas da empresa, promove uma mudança na atmosfera de trabalho.
Isso faz com que as pessoas se sintam mais interessadas em participar de projetos e assuntos da empresa e, por consequência, se tornem mais motivadas e mais engajadas no trabalho.
Além do mais, a estratégia desperta maior senso de pertencimento das pessoas colaboradoras, decorrente de uma visão mais ampla e macro do negócio.
Como se não bastasse, ao passar por diferentes setores, as pessoas colaboradoras têm a chance de conhecer novas pessoas e aumentar seu networking.
Conforme já foi dito, o rodízio nas funções faz com que as pessoas colaboradoras conheçam novas áreas e desenvolvam novas habilidades.
A partir disso, cria-se uma visão mais ampla e mais completa do negócio, sem comprometer seu desempenho na execução de sua função específica.
Ou seja, é uma forma interessante de desenvolver as pessoas colaboradoras em T. O profissional T-shaped (resultado desse desenvolvimento) é especialista, com profundo conhecimento em uma área, mas que também conhece outras áreas gerais.
Em outras palavras, é um profissional multidisciplinar, que possui um repertório generalista de conhecimento em diferentes campos.
O desenvolvimento em T desperta a criatividade, a curiosidade e contribui para o processo de inovação.
Dessa maneira, o job rotation permite que as pessoas colaboradoras se aprofundem em competências e habilidades na área de conhecimento em que já estão inseridas.
Isto é, a estratégia funciona, de fato, como um Upskill: aprendizado constante e atualização em sua própria área de atuação.
O Upskill prepara as pessoas colaboradoras para resolverem problemas mais complexos, inclusive para aumentar a produtividade e a eficiência operacional.
Através do contato e da atuação com outras funções, o job rotation possibilita que as pessoas colaboradoras aprendam habilidades em áreas diferentes à sua.
Na prática do RH, trata-se do fenômeno de Reskill: o aprendizado de skills em áreas de conhecimento diferentes daquelas que a pessoa já desempenha suas atividades. Ou seja, é o desenvolvimento de uma habilidade fora da zona de conhecimento da pessoa.
Esses movimentos abrem brecha para a mobilidade interna. Afinal de contas, não basta que a empresa ofereça vagas abertas para pessoas na própria empresa, é necessário ter um plano e, de fato, ajudar essas pessoas a se desenvolverem.
Então, na perspectiva do recrutamento interno, a pessoa colaboradora também precisa passar por um processo de aprendizagem. E a estratégia de job rotation auxilia na aceleração da curva de aprendizagem nas novas funções.
Para que ofereça todos esses benefícios, o job rotation precisa ser bem aplicado. Isso começa, sem dúvidas, na escolha das pessoas colaboradoras que participarão dessa estratégia.
Aqui estão algumas dicas para escolher essas pessoas:
Em primeiro lugar, formule políticas claras sobre quem será elegível ao programa: a estratégia ficará aberta para todas as pessoas? Ou só para alguns cargos?
Defina como as pessoas serão selecionadas. O programa de job rotation será obrigatório ou as pessoas podem optar por não participar?
Antes de definir, tenha uma compreensão clara do objetivo do job rotation e quais as habilidades serão aprimoradas no processo.
Depois de definir quais são as pessoas que participarão da estratégia, é importante prestar atenção na capacitação dessas pessoas.
A melhor forma de fazer isso é entender os objetivos específicos do job rotation e, principalmente, compreender as necessidades de cada função.
Aqui estão os passos para refletir sobre a capacitação das pessoas no job rotation:
Pronto! Depois desses três passos, é provável que você já consiga identificar um caminho para seguir.
Tente encontrar resposta para a seguinte questão: quais habilidades e conhecimentos a pessoa precisa desenvolver para superar esse desafio?
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Assim como qualquer outra estratégia de negócio, é fundamental que a empresa defina indicadores de desempenho para o job rotation. Ou seja, métricas específicas para avaliar o sucesso da estratégia.
Esses indicadores são fundamentais para compreender se a estratégia está funcionando, se merece atenção em algum ponto e se precisa de algum ajuste.
Os indicadores são importantes porque se baseiam em dados concretos sobre a realidade da empresa, não em mera suposições.
Assim, eles apresentam um diagnóstico assertivo sobre a estratégia de job rotation e aumentam a previsibilidade do seu desempenho.
No entanto, existem alguns cuidados que devem ser tomados na implementação do job rotation.
Em primeiro lugar, é importante ter em mente que esses programas podem aumentar a carga de trabalho e diminuir temporariamente a produtividade da pessoa colaborativa (e de outras pessoas que precisarão preencher seu espaço).
Além do mais, como as pessoas estarão desempenhando funções novas, existem custos associados à curva de aprendizado em novos empregos, como, por exemplo, tempo de aprendizagem, curso de treinamento e possíveis erros por inexperiência.
De todo modo, a preparação e o planejamento são as chaves para o sucesso da estratégia de job rotation. A implementação bem sucedida depende da definição de objetivos claros e identificação dos custos e dos benefícios do programa.
E você, está planejando um programa de job rotation na sua empresa?
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