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Neste artigo, falaremos sobre microlearning, uma metodologia de aprendizado focada em agilidade, através do direcionamento de conteúdos em formatos mais curtos - pílulas de aprendizagem. Justamente por isso, esta é a aposta de inúmeras empresas em tecnologia. Saiba, então: o que é microlearning, diferença do macrolearning, vantagens e como aplicar em estratégias organizacionais.
Para ilustrar nossa abordagem, vamos imaginar o seguinte cenário. Você precisa treinar o Thiago, futuro líder de design na sua empresa, em Scrum e Usabilidade. Ele também deveria se aprimorar em design com Sketch.
Você acaba escolhendo três treinamentos, todos com duração de 7 horas e online, para otimizar o tempo. Ficou combinado que o Thiago fará os três cursos em três dias, sempre nas segundas-feiras.
O problema? Apesar do conteúdo ser ótimo e de Thiago ser um colaborador aplicado, a dose de conhecimento não só impacta sua rotina, como a concentração dos conteúdos em um período prolongado gera a sensação de não absorver tudo ou de conseguir colocar em prática.
A seguir, vamos explicar por que o microlearning seria a solução ideal a esse cenário e as razões para conquistar tantas empresas do setor de tecnologia.
Microlearning é uma metodologia de aprendizado e desenvolvimento a partir de pílulas de conhecimento (cursos, aulas, palestras) de curta duração, mas alto foco.
Assim, as pessoas podem se aprofundar em temas gradativamente, por meio de aprendizado contínuo, planejado e segmentado
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O objetivo do microlearning é possibilitar uma aprendizagem mais segmentada, flexível e ágil às pessoas. Assim, elas
A metodologia se baseia em 3 pontos principais:
Além disso, as estratégias de microlearning possuem, em geral, 4 aspectos comuns:
Embora não haja um conjunto de pilares universalmente estabelecido para o microlearning, existem alguns elementos comuns geralmente considerados. Aqui estão alguns desses elementos ou pilares do microlearning:
Depois de tudo o que falamos, é importante entender como funciona o microlearning na prática. Mais acima, demos o exemplo do Thiago e vamos retomá-lo futuramente. Antes disso, porém, você deve entender os passos de uma estratégia de microlearning:
Para isso, você pode trabalhar com:
Microlearning, b-learning, e-learning, pílulas de conhecimento, todos estes são termos conectados ao aprendizado corporativo e não necessariamente excludentes.
O significado de E-learning é plataforma eletrônica de educação. Assim, essas soluções conectam alunos, alunas, professores e professoras através de um canal com conteúdos digitais, como cursos e treinamentos.
B-learning é uma abreviação de Blended Learning, ou seja, aprendizado híbrido. Na prática, significa a mescla entre treinamentos online e treinamentos online. Dessa maneira, a empresa pode trazer uma diversidade de conteúdos em seu e-learning, por exemplo, utilizando estratégias de microlearning, enquanto traz alguns treinamentos presenciais mais focados.
Pílulas de conhecimento, por fim, são conteúdos breves compartilhados eventualmente ou com uma periodicidade pré-definida para estimular o aprendizado e a atualização do conhecimento.
Todas as estratégias podem ser combinadas em um plano de educação corporativa robusto, que considere diferentes canais e formatos de engajamento.
O nano learning é uma abordagem ainda mais curta e concisa do que o microlearning.
Enquanto o microlearning fornece pequenas unidades de conteúdo de aprendizado, geralmente em alguns minutos, o nano learning é ainda mais breve, com duração de segundos ou poucos minutos. Ele se concentra em transmitir informações ou conhecimentos em pequenos fragmentos altamente condensados.
O objetivo do nano learning é fornecer informações essenciais ou dicas rápidas de maneira extremamente direta e rápida. Geralmente, é projetado para atender a necessidades de aprendizado imediato e fornecer informações que podem ser aplicadas instantaneamente.
Exemplos de nano learning podem incluir:
Para exemplificar melhor, vamos retomar o cenário do começo deste artigo.
Durante o período da capacitação, Thiago dedica o seu horário de trabalho exclusivamente a ela. Assim, não consegue contribuir com o desenvolvimento do trabalho do seu cargo.
Ele não está disponível para a sua equipe ou para resolver situações urgentes. E se nota que, na terça-feira, ele chega cansado e com muito trabalho acumulado.
Quando você pergunta como vão os cursos, Thiago diz que está tudo bem, mas que não deu tempo de praticar alguns assuntos das aulas, que queria ainda pesquisar e aprender mais sobre o tema para poder implementar as técnicas aprendidas no trabalho de seu time.
O que podemos ver nesta situação?
Talvez, seja muito conteúdo por vez? E se o Thiago dividisse os cursos e diminuísse o ritmo para poder dedicar-se também ao trabalho com o seu time e, por exemplo, já começar a testar o que aprendeu nos cursos? Ele também poderia ver outros conteúdos ao estudar, para ter mais exemplos práticos e pontos de vista diferentes.
Então, como podemos fazer com que o Thiago aprenda, pratique e ainda tenha tempo para estar presente e apoiar seu time?
O exemplo do Thiago é uma estratégia típica de macrolearning.
Veja, ela não está equivocada, tampouco é prejudicial. Pelo contrário, há pessoas que vão conseguir se desenvolver plenamente nesse formato.
A questão, então, seria: esta é a única alternativa ou a melhor alternativa para as empresas?
A diferença entre microlearning e macrolearning é a amplitude do conhecimento desenvolvido. Enquanto o microlearning traz conteúdos focados e curtos, o macrolearning segue uma linha mais tradicional, com conteúdos amplos e contextuais. Geralmente, as estratégias de macrolearning visam uma formação completa.
Apesar das diferenças, microlearning e macrolearning podem andar juntos.
No exemplo do Thiago, nosso futuro líder de design, a metodologia poderia ser reformulada para distribuir melhor os conteúdos.
Em vez dele fazer um curso extenso e depois começar outro, ele poderia adotar o microlearning da seguinte maneira:
Enfim, as duas estratégias podem formar profissionais mais capacitados em Soft Skills e Hard Skills, sobretudo para o mercado de tecnologia. Inclusive, devem ser parte das estratégias corporativas.
Também não poderíamos deixar de falar de lifelong learning. Afinal, o microlearning é uma estratégia de aprendizado contínuo também.
Lifelong learning é um conceito em inglês que representa o pensamento de aprender ao longo da vida. Ou seja, reforça a ideia de que, continuamente, podemos desenvolver ou atualizar habilidades e competências.
A agilidade com que o mundo se transforma exige cada vez mais que profissionais adotem esse estilo de aprendizado.
Linguagens de programação ou técnicas podem ser evoluídas. Novas tendências e metodologias podem surgir no mercado. Estudos são realizados diariamente justamente para essa evolução.
Então, ser especialista em um tema é ótimo, mas é preciso entender como essa bagagem de conhecimento se traduz nos problemas de hoje e nos problemas do amanhã. Afinal, é preciso olhar para o que vem pela frente e antecipar as demandas.
O microlearning pode ter muitos benefícios para a sua estratégia de educação corporativa, veja alguns:
O primeiro benefício é a agilidade no aprendizado. A educação tradicional tem suas vantagens, mas muitas vezes o aprendizado é longo e pouco voltado à prática.
Através do microlearning, pelo contrário, as pessoas aprendem de forma segmentada, mais pontual e focada. Assim, conseguem colocar em prática, aos poucos, o que aprendem, dando continuidade ao aprendizado.
Por contar com conteúdos mais curtos e focados, o aprendizado se encaixa melhor na rotina das pessoas com o microlearning.
Um pouco a cada dia, o desenvolvimento tem constância dessa maneira.
Às vezes, pode ser difícil perceber o progresso quando a jornada é longa. Com isso, as pessoas costumam se desmotivar e, até mesmo, abandonar cursos e treinamentos.
Por essa razão, o microlearning é benéfico para o engajamento com a educação corporativa. Ao aprender com maior agilidade e maior foco, as pessoas podem ver o progresso mais facilmente e se motivam a continuar com os estudos.
O formato curto dos conteúdos no microlearning facilita também a sua manutenção. Dessa forma, permite retirar, adicionar, substituir e fazer diversos tipos de atualização no conteúdo de forma rápida, sem afetar os demais conteúdos.
Além disso, o microlearning tem a vantagem de permitir uma personalização maior dos conteúdos. Com objetivos únicos, cada conteúdo pode ser diferenciado e, inclusive, adaptado conforme as intenções do projeto.
Participar de treinamentos mais extensos, nos quais o colaborador tem de absorver muito sobre um único assunto, como vimos, pode ser cansativo e interferir na produtividade dessa pessoa.
Aqui na Alura Para Empresas, por exemplo, na solução de treinamentos corporativos que desenvolvemos, focamos no microlearning por várias razões.
Uma das vantagens mais importantes do microlearning é a flexibilidade da metodologia, que permite aos funcionários distribuírem a aprendizagem dentro de suas agendas.
Outro ponto positivo é que o microlearning simula a aprendizagem que experimentamos naturalmente ao longo de nossas vidas: as pequenas doses de conhecimento. Consumi-las nos permite evoluir em assuntos mais específicos, que fazem parte de todas as habilidades que possuímos em conjunto.
Resumindo, consumir conteúdos educativos em partes menores e constantemente pode ser mais eficaz, pois isso permite aos colaboradores um ganho de conhecimento específico em doses pequenas, sem interferir na execução de suas tarefas diárias.
Na situação anterior, vimos que Thiago passava 7 horas de um dia participando do treinamento, sem contribuir com o desenvolvimento do trabalho da sua equipe.
Porém, não seria mais produtivo e menos cansativo se ele ficasse produzindo por um período maior do seu horário, ficando disponível para discutir tópicos novos com a equipe ou resolver quaisquer tarefas urgentes?
Dessa maneira, ele dedicaria um tempo diário menor à aprendizagem, seja assistindo cursos em vídeo, lendo artigos, escutando podcasts ou participando de um webinar.
A ideia do microlearning é oferecer aprendizado de curta duração e alto aproveitamento, como vídeos e textos sobre um determinado assunto, ou cursos mais enxutos, principalmente online, além de palestras especializadas.
Neste modelo de aprendizagem, os membros da equipe conseguem ser mais ágeis e flexíveis, e é por isso que o microlearning está ganhando espaço nos treinamentos corporativos.
Justamente por se encaixar de forma confortável na rotina de uma equipe, o microlearning ganha espaço nos setores de treinamento e desenvolvimento.
A pesquisa da Association for Talent Development mostra que as empresas que já usam o microlearning adotaram essa metodologia para mesclar conteúdos curtos com treinamentos mais tradicionais – tais como cursos de longa duração.
Os formatos mais usados são vídeos e cursos online, em que os colaboradores participam de acordo com o seu ritmo.
Para adotar o microlearning no seu time, procure nivelar os métodos mais formais de treinamento usados na sua empresa com os aprendizados mais enxutos do dia a dia.
Por exemplo, combine treinamentos com duração de uma semana (ou mais) com vias mais informais, como webinars, hangouts com especialistas no assunto, vídeos curtos no YouTube ou cursos online. Assim, os colaboradores adquirem conhecimento e novas habilidades de diversas formas.
Também recomendamos que você incentive os colaboradores a consumirem conteúdos de forma intercalada. Desta forma, eles podem evitar o cansaço de aprender muito sobre um assunto de uma vez só.
Recomendamos também o uso do mobile learning.
Essa modalidade de ensino permite às pessoas da sua empresa aprenderem em horários e locais mais convenientes, possibilitando uma maior flexibilidade na hora de participar de um treinamento.
Com um aplicativo de cursos online em que seja possível baixar os conteúdos para consumi-los também offline, um funcionário pode aprender até em horários que normalmente são improdutivos, tais como o trajeto ao trabalho.
O gamification é uma tendência entre as organizações que dialoga bem com as estratégias de microlearning.
Gamification ou gamificação é uma técnica que utiliza a lógica de jogos para promover o aprendizado e até incentivar os times.
Nas estratégias de microlearning, o gamification pode ser utilizado, por exemplo, como uma forma de reconhecer o desenvolvimento das pessoas através de rankings.
Além de tornar o aprendizado mais interativo, a gamificação incentiva que as pessoas estudem mais e vejam mais valor em seu próprio desenvolvimento, ao ponto em que isto se torna parte da cultura organizacional.
Inclua na sua estratégia de aprendizagem pesquisa e leitura de artigos ou livros, e incentive os colaboradores a tomarem um pequeno período do seu horário de trabalho exclusivamente para o estudo.
Se os seus funcionários se interessam por palestras ou outros eventos que podem acrescentar na vida profissional, isso pode ser mais um uso criativo de microlearning.
Ainda, os membros da equipe podem compartilhar o conhecimento com os colegas e contribuir, assim, com uma cultura de aprendizado forte na empresa.
O ponto forte do microlearning é o impacto que ele pode ter nas pessoas dentro da sua empresa, independente do tempo consumido com a aprendizagem.
Em outras palavras, um curso online com duração de 5 horas de vídeos e exercícios pode fazer uma diferença muito grande para um colaborador. Este pode adquirir o mesmo conhecimento como se estivesse participando de um treinamento mais extenso, que interferisse no trabalho em equipe ou talvez tivesse um custo elevado para a empresa.
Combinar as formas mais tradicionais de aprendizado corporativo com vias informais – uso de artigos, vídeos curtos ou webinars – é um caminho que leva à eficiência e à flexibilidade. Com o microlearning, a sua equipe consegue aprender e, ao mesmo tempo, ser produtiva.
E como é a sua empresa? A sua equipe já aprende com conteúdos curtos no dia a dia? Ou você pensa em incluir o microlearning em sua estratégia de desenvolvimento?
Nosso time pode ajudar sua organização na implementação de uma estratégia de treinamento eficiente, converse com a gente!
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