Organizações que confiam nas nossas soluções corporativas
Junte-se a mais de 5000 empresas que já capacitaram seus times com nossas formações.
O caminho do desenvolvimento de produtos das empresas é único. Não existe uma receita única capaz de fazer com que as empresas acertem em todos os investimentos e continuem inovadoras e lucrativas.
Justamente por isso, é importante construir métricas que forneçam direcionamentos objetivos sobre a efetividade e a viabilidade dos investimentos feitos em produto.
É aí que o ROI de produto aponta como uma alternativa relevante. Nesta perspectiva, as lideranças precisam lidar com alguns desafios, como, por exemplo, como calcular o ROI e como alcançar essa métrica.
Pensando nisso, o objetivo deste artigo é explicar o que é e como calcular o ROI de produto e, especialmente, a importância do desenvolvimento das pessoas colaboradoras em tecnologia para obter um alto ROI.
O ROI (return on investiment ou, em português, retorno sobre o investimento) é uma métrica do resultado financeiro de um investimento. Ou seja, é a mensuração do quanto a empresa perdeu ou ganhou a partir de algum investimento que fez.
É, portanto, um indicador de performance que aponta se o investimento valeu a pena ou não, a partir do quanto de dinheiro ele gerou (ou quanto de dinheiro a empresa gastou).
VEJA TAMBÉM:
Nessa perspectiva, o ROI de produto é a métrica que indica qual é o resultado financeiro de um investimento feito na área de produto.
Pense no seguinte exemplo simplificado: para automatizar um processo de desenvolvimento de uma nova feature, a empresa investiu em uma ferramenta de R$ 10 mil reais mensais.
Em contrapartida, além de a ferramenta evitar a necessidade de contratar mais uma pessoa desenvolvedora (com salário mensal de R$ 6 mil reais), gerou R$ 20 mil de receita.
Considerando que o ROI é o quanto de dinheiro um investimento traz para a empresa (ou faz gastar, em caso negativo), é possível perceber que o resultado será positivo (porque o valor dos custos é menor do que o de retorno).
Em resumo, a ideia do ROI é trazer mais visibilidade sobre quais áreas estão recebendo investimento no negócio e qual foi o resultado financeiro dessas aplicações.
Assim, é possível determinar se as estratégias estão, de fato, funcionando ou se é a hora de recalcular a rota.
Não é novidade que um dos principais pilares da cultura digital é o desenvolvimento de estratégias baseadas em análises de dados.
A tomada de decisões com base em dados é uma vantagem competitiva para as empresas, porque os dados fornecem números que descrevem a realidade. Não são mera suposições.
No fim das contas, é possível entender quais ações estão dando resultados positivos e o que precisa de alterações. O que é importante priorizar e o que pode ser deixado de lado.
Sendo assim, as estratégias que se baseiam em dados fornecem vantagens tanto em relação à inteligência das estratégias quanto em relação à eficiência operacional dos times.
Nesse ponto, nada mais importante do que entender, a partir de indicadores objetivos, se os retornos sobre os investimentos que a empresa fez estão sendo positivos ou negativos.
É por isso que o ROI é uma métrica importante. Afinal de contas, serve para avaliar como iniciativas específicas contribuem para o resultado da empresa e se valeram a pena ou se precisam de ajustes.
Na prática, o ROI de produto é uma métrica fundamental para gerar insights assertivos sobre os investimentos e, consequentemente, impacta no direcionamento de esforços e investimentos nessa área.
Em resumo, o acompanhamento do ROI permite que as empresas:
A fórmula para calcular o ROI é bastante simples
ROI = (valor do retorno do investimento - custo do investimento) / custo do investimento x 100
Vamos pensar na seguinte situação para aplicar a fórmula: uma empresa adquiriu a licença de uma nova tecnologia de R$ 10 mil reais, gastou mais R$ 2 mil reais com despesas operacionais e precisou contratar uma pessoa para usá-la com salário de R$ 6 mil reais. O custo total dessa tecnologia é de R$ 18 mil reais mensais.
No entanto, através dessa tecnologia, a empresa teve R$ 50 mil reais de receita.
Na prática, o cálculo do ROI seria:
ROI = (50.000 - 18.000)/18.000 x 100
ROI = 101,7%
Mas nem sempre o ROI é suficiente para demonstrar os benefícios que um investimento traz para uma empresa. Afinal de contas, os benefícios podem ir além de ganhos financeiros.
Um exemplo disso é a adoção de nuvens pelas empresas. Conforme aponta o novo relatório da consultoria KPMG, apesar de perceberem benefícios da migração para a nuvem, as empresas ainda não conseguem perceber ganhos impactantes.
Na pesquisa, quatro em cada cinco pessoas entrevistadas afirmam que a adoção da nuvem foi um sucesso. No entanto, os retornos ainda são indescritíveis. Dois terços dos entrevistados ainda não chegaram em uma ROI substancial.
Inclusive, esse é um sinal de que a análise do ROI é importante, mas não é a resposta para todas as estratégias da empresa. De fato, ele auxilia a direcionar algumas tomadas de decisões. No entanto, é necessário considerar outras métricas em conjunto.
Como você já sabe, a fórmula do cálculo de ROI compreende duas outras métricas-chave: valor do retorno do investimento e custo do investimento.
Nesse caso, o custo do investimento é a soma de todos os gastos e despesas para colocar um projeto em prática.
O valor do retorno, por sua vez, é a soma de todos os ganhos financeiros decorrentes daquele investimento.
No entanto, para calcular o valor do retorno é imprescindível entender a diferença entre lucro e dinheiro. O lucro indica o valor que resta depois que todos os custos e despesas são subtraídos da receita da empresa.
Esse é um erro comum na análise de ROI: comparar o investimento inicial (que está sempre no valor de dinheiro) com retornos medidos pelo lucro.
A abordagem correta da fórmula é usar o fluxo de caixa — ou seja, a quantidade real de dinheiro que entra ou sai de uma empresa.
De início, é importante ter em mente que a avaliação do ROI — assim como todos os outros indicadores, é algo muito particular e depende das especificidades de cada empresa.
Outro ponto relevante é que o ROI não considera um período de tempo específico. Essa é uma limitação desse indicador. Afinal de contas, o retorno de alguns bons investimentos demanda um tempo superior.
E o período do tempo relativiza a métrica. É só pensar, por exemplo, que um ROI de 25% pode ser ruim para um mês, mas ótimo para um dia.
Além do período do tempo, outros fatores podem mudar a percepção de satisfação do ROI como, por exemplo, valor do investimento, sazonalidade e tipo de negócio.
Ainda assim, o ideal é que o resultado do ROI seja sempre superior a 100%. Ou seja, o ROI de 100% indica que cada real investido na empresa tem mais de R$ 1 de retorno.
Isso significa que a empresa recuperou, pelo menos, o valor dos investimentos que foram feitos. Depois disso, em uma análise simplificada, quanto mais retorno financeiro, melhor.
Assim como todas as estratégias, não existe uma receita mágica que serve para otimizar o retorno sobre o investimento de produto de todas as empresas indistintamente.
Afinal de contas, cada empresa tem seu próprio produto e seus dados. Essas particularidades indicam os caminhos certos para melhorar suas métricas.
Em muitos casos, as empresas seguem uma abordagem de tentativa e erro. Mas existe outra forma de aumentar seu retorno sobre os investimentos: compreendendo as estratégias de empresas semelhantes.
A análise objetiva das situações que outras empresas semelhantes passam é uma forma diferente de se orientar a partir de dados e tomar decisões de forma mais estratégica.
Outra forma de otimizar o retorno sobre os investimentos é investir no desenvolvimento de pessoas em tecnologia. A estratégia de desenvolvimento de Digital Skills da Suzano em parceria com a Alura Para Empresas é um bom exemplo disso.
A Suzano é a maior produtora de celulose de eucalipto e referência global em uso sustentável de recursos naturais. E, mesmo estando em um mercado tradicional, vislumbrou o poder da tecnologia.
No entanto, a estratégia da empresa necessitava de três fatores principais: aprendizado, experimentação e desenvolvimento. Foi necessário criar uma cultura de aprendizagem e engajamento em tecnologia.
Um dos projetos implementados pela Suzano tinha o objetivo de detectar avarias em fardos de celulose para reduzir perdas da produção, através de técnicas de Machine Learning.
Para a execução do projeto, as pessoas colaboradoras passaram por trilhas de aprendizagem que compreenderam Machine Learning, Python e visão computacional.
O objetivo, portanto, era que a inteligência artificial pudesse identificar, em tempo real, avarias nos fardos de celulose na linha de produção.
Como resultado, a capacitação em tecnologia da Suzano ajudou a gerar produtividade, redução de perdas e aumento da eficiência operacional. Como consequência, também impactou no aumento do ROI do produto que desenvolvem.
Ou seja, quando planejado e implementado de forma adequada, o desenvolvimento das pessoas em tecnologia pode ser uma poderosa ferramenta para ajudar as empresas a resolver problemas, otimizar processos e recursos e reduzir custos. Todos esses pontos têm impacto direto na otimização do ROI sobre o produto.
Além do mais, sem dúvidas, é necessário que as empresas possibilitem a inovação e transformação digital. Mas, ao mesmo tempo, não podem perder de vista os resultados financeiros de seus investimentos.
Agora que você já sabe mais sobre a importância do desenvolvimento em tecnologia para otimizar o ROI de produto, que tal capacitar seu time para trabalhar com essa tecnologia? Fale conosco e conheça os cursos e benefícios da Alura Para Empresas.
Junte-se a mais de 5000 empresas que já capacitaram seus times com nossas formações.