Boas-vindas ao curso Desenhe um corpo humano: estruturas e proporções da Alura!
Meu nome é Rafa Nunes, eu sou artista 2D, e esse é um curso de desenho e anatomia para você que, ao ver desenhos como o exibido abaixo, pensa ser incapaz de fazê-los.
Desenho é para todo mundo, para qualquer pessoa que queira aprender desenho, pois existem técnicas e métodos por trás. Não existe nenhuma mágica, mas sim um grupo de estudos que faremos para entender como funciona o corpo humano.
Nós vamos focar no corpo, e não no rosto. Sendo assim, temos um rosto mais simplificado, de modo que seja possível entender as estruturas e proporções do corpo humano.
Para isso, haverá uma metodologia que termina no processo que traz os personagens vistos anteriormente. Esse será, então, o projeto final do nosso curso.
Porém, o foco será em que tipo de corpo podemos fazer, como funcionam os tipos diferentes de corpos, como funciona a estrutura muscular, a estrutura para colocar gordura no corpo, como fazer um corpo mais alto ou mais baixo, de homem ou de mulher, quais são as diferenças, enfim, como funciona essa estrutura como um todo.
Com isso em mente, vamos aprender a fazer um boneco conforme o da imagem abaixo, uma estrutura simplificada do corpo humano que podemos distorcer da maneira que desejarmos.
Nós podemos deixá-la mais alta ou mais baixa, mais ou menos musculosa; com esse tipo de estrutura, tudo o que quisermos fazer é possível.
Não há segredo, basta entender como funcionam os encaixes dessas estruturas, as proporções, aonde fica cada parte no corpo humano, e assim por diante.
Daremos início a partir de algo ainda mais simples que todos conseguem reproduzir: o boneco palito. Esse boneco palito será transformado em outro um pouco mais complicado, com articulações, estruturas e proporções que remetem ao esqueleto humano.
Com o boneco palito, o esqueleto humano é simplificado.
Ao longo do curso, vamos estudar o funcionamento do esqueleto e como funcionam as simplificações do desenho.
Partindo do processo de construção do esqueleto, passamos pela etapa do boneco, da finalização do boneco, e por fim, conferimos personalidade à finalização, chegando a um resultado como o da primeira imagem.
Além disso, passamos pelo estudo do corpo humano na História da Arte, ou do movimento do corpo.
Dessa forma, começamos a pensar em criar um corpo mais expressivo; em como estudar a partir de modelos vivos ou de referências fotográficas; em como criar uma rotina de estudos e aprimorar gradualmente o nosso desenho, visando atingir determinado objetivo.
O resultado desejado pode ser semelhante ao que vamos abordar no decorrer das aulas, ou da maneira que você quiser, pois falaremos de outros estilos de desenho além desse.
Vamos falar sobre uma estrutura que pode ser usada para qualquer estilo de desenho que você quiser aprender, seja ele mais cartunesco ou realista.
Se você acredita que anatomia é um bicho de sete cabeças, algo complicado demais, nesse curso vamos desmistificar essa ideia e passar a entendê-la como algo simples, um processo que pode ser feito por qualquer pessoa e que pode ser replicado facilmente.
Assim, conseguimos fazer diversos tipos de corpos diferentes para compor um desenho, contar uma história, ou qualquer que seja o seu objetivo.
Vejo você na próxima aula!
Nesse curso, vamos entender como funciona a estrutura básica da anatomia do corpo humano.
Para isso, estudaremos muito mais o corpo do que o rosto, a expressividade ou o movimento. Vamos focar em estruturas e proporções, visando construir um projeto final: a criação de um grupo de personagens.
Nesse caso, optamos pelo conto de fadas "Chapeuzinho Vermelho" e fizemos algumas variações de personagens, como o caçador e a avó. No entanto, você pode escolher qualquer história que desejar para trabalhar na sua versão do projeto.
O importante é que, para chegar nesse resultado, pensamos mais na estrutura do corpo, em fazer um formato de corpo que seja adaptável a diferentes maneiras, mas baseado em uma mesma premissa: construímos um esqueleto, um boneco palito mais aprimorado que emula o esqueleto humano, e a partir dele, desenhamos um boneco.
Esse boneco, por sua vez, é uma forma básica que podemos deixar mais alta ou mais baixa, mais larga ou mais estreita, mais ou menos musculoso, adulto ou criança, e assim por diante.
Para chegar no resultado do boneco, passamos por um processo repleto de informações. Partiremos da História da Arte, isto é, o contexto histórico do desenho do corpo. Nós veremos desde estilizações diferentes, até aspectos mais técnicos sobre como fazer o esqueleto a partir do boneco palito.
Vamos conversar sobre o que significa fazer o desenho em determinado estilo, se existe um melhor ou pior, e como o desenho do corpo humano foi pensado no decorrer da História.
Também descobriremos como complicar o esqueleto, de modo a construir trabalhos um pouco mais complexos, os quais vão desde a estrutura do boneco até as proporções do corpo, como elas funcionam, como conseguimos distorcê-las e conferir personalidade a elas.
Com isso, buscamos aprender a criar corpos únicos, mas que respeitem o básico da anatomia humana.
Nós vamos entender quais são os músculos do corpo e o básico a respeito deles, como simplificá-los, o que realmente precisamos saber sobre musculatura do corpo humano para construir um desenho interessante.
Por fim, faremos alguns exercícios de treinamento da teoria abordada na segunda aula do curso.
Em seguida, vamos conversar sobre como desenhar um modelo vivo, isto é, como desenhar um corpo humano a partir de uma referência. Descobriremos as melhores maneiras de rascunhar, de que forma uma técnica é mais adequada que outra.
Também falaremos sobre exercícios de movimento do corpo, para conferir flexibilidade e expressividade à nossa produção.
Para finalizar, faremos atividades que usarão restrições para elaborar o desenho, seja ela de tempo, de quantidade de linhas, ou da técnica de desenho utilizada.
O importante é que faremos diversos exercícios, sempre pensando em como tirar informações para conseguir focar em elementos específicos.
Na sequência, vamos aprender a conferir personalidade ao corpo humano, falando sobre diferenças de sexo, faixa etária, entre outros.
Para isso, entenderemos qual tipo de linha devemos utilizar em cada caso, além de como estilizar e representar esses traços no desenho.
Posteriormente, partimos para o desenho de musculaturas; vamos falar um pouco sobre como se desenvolvem os músculos no corpo, o que eles são, para que servem, e como atuam no desenho de personagens em tamanhos diversos.
Também veremos como representar o acúmulo de gordura no corpo, onde e por que esse acúmulo acontece.
Por fim, falaremos sobre a função do corpo: como o modelamos de modo a realizar uma função específica, praticar determinado esporte; se um corpo mais musculoso é necessariamente mais forte e como essas relações funcionam; e como transformar um corpo em algo que tenha utilidade.
Para finalizar o nosso curso, partimos para o nosso projeto. Nele, vamos colocar em prática tudo o que foi aprendido ao longo das aulas, para verificar se as técnicas absorvidas funcionam de fato.
Espero que você goste do conteúdo; ele foi feito com bastante amor e carinho. Vamos, então, dar início ao nosso curso!
Antes de iniciar a prática, precisamos conversar sobre assuntos mais teóricos.
Se você acompanha os meus cursos de desenho na Alura, você já deve ter me visto utilizar o exemplo a seguir.
Abaixo, temos dois quadros de artistas muito renomados e conhecidos no mundo das artes: "Pescador" do Jean-Michel Basquiat e "Lady with an Ermine" ("Dama com Arminho") do Leonardo da Vinci.
Se colocarmos ambos lado a lado para compará-los, como analisar qual deles é o melhor quadro? Qual dessas é a melhor representação de um corpo humano?
Visualizando os quadros à primeira vista, compreendemos serem duas representações de corpos. Nós temos, inclusive, duas pessoas diferentes realizando ações muito parecidas: ambas seguram algum tipo de animal.
Portanto, mesmo que as representações sejam muito diferentes entre si, sendo a primeira mais abstrata e estilizada que a segunda, ainda assim conseguimos reconhecer as duas como um corpo humano.
Então, se conseguimos entender, isto é, ler a primeira figura como uma pessoa segurando um peixe e a segunda como uma pessoa segurando um arminho, como podemos dizer que uma é melhor que a outra?
Nós conseguimos ler as duas imagens, portanto, ambas são efetivas. Tudo depende do nosso critério de avaliação.
Normalmente, o critério utilizado, principalmente por pessoas com pouco conhecimento acerca do mundo das artes, é o do virtuosismo, ou seja, o quanto de teoria da arte ou de teoria do desenho essa pessoa conhece.
Considerando esse critério, tendemos a julgar o quadro do Leonardo da Vinci como uma anatomia mais perfeita, como uma pintura melhor de uma pessoa, pois há uma técnica complexa sendo utilizada.
No entanto, no quadro do Basquiat também há técnicas.
Tente, por exemplo, replicar essa arte na sua casa, sem conhecimento de que materiais ele usou, como o quadro foi feito, ou qual o contexto da obra. Você verá que é difícil e requer muito mais do que aparenta.
Mesmo no quadro do Da Vinci, a representação do corpo não é totalmente perfeita; existem diversos aspectos problemáticos do ponto de vista anatômico.
Por exemplo: ao analisar o trapézio do músculo do ombro em relação ao deltoide, músculo que encaixa o ombro ao braço, percebemos que ele está imenso, e a pessoa retratada não é musculosa o suficiente para ter um trapézio tão grande.
Podemos falar o mesmo sobre a proporção das partes do corpo: a cabeça está muito grande em comparação ao restante do corpo; o pescoço não encaixa corretamente; a mão exibida na pintura está muito maior do que deveria ser na realidade, mas em relação ao rosto, a proporção dela é menor.
Colocando a mão em frente ao rosto, ela vai do queixo até o começo do cabelo. No caso da pintura, se fizermos isso, as proporções não correspondem.
Esses detalhes dependem de um contexto. O Leonardo da Vinci viveu em uma época em que era proibido estudar corpos humanos, analisar cadáveres e dissecá-los. Sem esse tipo de estudo, como conheceríamos a musculatura correta do corpo?
Ainda sob essas circunstâncias, temos um desenho de mais de 500 anos que ainda é reconhecido como uma boa arte, ou seja, existe algo nele que conseguiu ultrapassar a barreira temporal: a comunicação visual. No fim, buscamos muito mais isso do que uma técnica impecável no desenho.
Abaixo, temos outra arte bastante famosa: a pintura "The Last Judgment" ("O Dia do Juízo Final") feita por Michelangelo no topo da Capela Sistina.
Essa pintura é muito conhecida pelo seu virtuosismo, pelo autor da obra ser uma pessoa muito detalhista, meticulosa e que desenha anatomias perfeitas.
No entanto, se pararmos para analisá-la, notamos os seguintes pontos:
Esses aspectos são exageros da parte do Michelangelo, com o intuito de exaltar esses corpos. A ideia do autor é mostrar o ser humano como um ser especial, por isso os corpos grandes e detalhados.
A comunicação novamente vem em primeiro lugar.
Além disso, mesmo na parte técnica existem truques utilizados na composição.
Reparando, por exemplo, nos rostos da pintura, identificamos três posições possíveis: de frente; de perfil; ou de três quartos, uma mistura entre frente e perfil, levemente lateral.
Quando as representações são feitas em três quartos, inclinando-as apenas para cima e para baixo, temos basicamente o mesmo rosto. Além disso, note que a anatomia do encaixe das cabeças com os corpos possui imperfeições.
Novamente: isso ocorre devido à falta de estudos. Na época, não havia referência fotográfica, por exemplo, ou seja, não era possível fotografar uma pessoa e analisar o que acontecia naquela estrutura.
Dessa forma, o processo se torna mais difícil e acabamos nos restringindo a padrões que já conhecemos. Nesse caso, aprendemos a desenhar três inclinações diferentes de rosto e repetimos as peças conforme necessário.
Como podemos ver no produto final, esse conhecimento foi bom o suficiente para ter sobrevivido por mais de 500 anos e ainda ser uma peça considerada relevante.
Na figura abaixo, temos uma pintura do Michael Sydney Moore, um pintor hiper-realista.
O hiper-realismo ocorre quando uma arte extrapola a realidade, ou seja, ela é mais real do que o próprio real.
A intenção do artista é fazer uma pintura tão cheia de texturas e detalhes, como poros, microexpressões e rugas, que podemos passar muito tempo buscando por detalhes nessa imagem, assim como o pintor passa meses a produzindo.
Isso confere um nível de detalhamento enorme à obra, mas também faz com que seja uma imagem inviável para diversos contextos.
Por exemplo: se estivermos trabalhando em um cartoon para TV que precise ter, hipoteticamente, 15 episódios feitos a cada 6 meses. Imagine que, para cada segundo de animação, são necessários 24 desenhos como o exibido a seguir:
É impossível fazermos um desenho hiper-realista para uma produção com essa. Além de ser um processo muito trabalhoso, analisar esse tipo de produção demanda tempo, é necessária uma observação minuciosa para absorver tudo o que a imagem tem para nos transmitir.
Na ilustração de "As Meninas Superpoderosas", a análise é muito mais fácil e a absorção do que está acontecendo é imediata, pois trabalhamos com imagens mais simbólicas e simplificadas.
Os quadrinhos são o meio-termo entre produções hiper-realistas e cartunescas.
Abaixo, temos um exemplo do Eduardo Risso, um quadrinista que faz desenhos com anatomias próximas às que vemos no mundo real, presente no trabalho do Michael Sydney Moore, e simultaneamente com uma estilização que o aproxima da imagem de "As Meninas Superpoderosas".
O quadrinho também é uma linguagem que precisa de velocidade para ser produzida, ou seja, precisamos construir vários quadrinhos contendo desenhos diversos, o que demanda tempo. No entanto, o tempo de produção nesse caso é um pouco maior.
Normalmente, o prazo para se produzir um quadrinho é de 1 mês.
Além disso, existe a questão do público com quem estamos conversando. Suponha que estamos fazendo um desenho para crianças; se utilizamos algo em perspectiva, por exemplo, conferindo uma noção de profundidade ao desenho, a criança terá mais dificuldade de entender.
Os recursos de desenho mais complexos são coisas que aprendemos a ler nas imagens ao longo do tempo.
Em contrapartida, imagens mais simples, como a de "As Meninas Superpoderosas", são muito mais fáceis de serem lidas, pois requerem menos conhecimento de técnicas clássicas, como, por exemplo, a perspectiva ou detalhes anatômicos de musculatura, pele, e assim por diante.
Lembre-se de que todo desenho tem um contexto, e você deve sempre levá-lo em consideração.
A pergunta-chave é a seguinte: com quem você quer conversar? Qual é o seu público-alvo e a maneira mais efetiva de se comunicar com ele?
Pensando nisso, o sucesso do seu desenho está garantido!
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