Como é trabalhar na Movile, na Alura e na iFood?
Alguma vez você, que se interessa em tecnologia, pensou em como é ser parte de um time de devs em empresas com crescimento rápido e que usam as mais novas tecnologias e métodos de trabalhar?
Se você está curioso, continue lendo: nós batemos um papo bem legal com quatro pessoas que desenvolvem na Movile, na Alura e na iFood. Alexis, Esdras, Joviane e Yuri falam sobre a rotina deles, linguagens e ferramentas que usam e como foi o processo de chegada na empresa.
E, atenção aqui! Eles também compartilham dicas para quem quiser começar na área ou se candidatar para alguma vaga dentro das próprias equipes deles.
Conheça agora o dia a dia de pessoas apaixonadas por código e veja o que é importante para iniciar a carreira em programação!
Antes de tudo, vamos apresentar quem participou da conversa:
Alexis - programador full-stack na iFood que adora desafios com Java;
Joviane - desenvolvedora e líder na Alura, agora também mãe do Henri;
Esdras - programador full-stack na Movile que fugiu de empresas grandes para trabalhar lá e não se arrepende de nada;
Yuri - desenvolvedor na Alura que já quase mudou o mundo programando.
Como é trabalhar na Movile, na Alura e na iFood?
Alexis: Na iFood, é tudo muito rápido. O número de restaurantes que entram aumenta a cada mês e, com isso, o número de pedidos sobe exponencialmente. Então, temos de escalar, otimizar e cada vez fica mais desafiador do que era. O nosso time precisava evoluir muito rápido, mudando o back-end sempre.
Esdras: Faz 2 anos e meio que trabalho remotamente na Movile. O home office é incentivado desde que você seja transparente. Às vezes, alguém precisa trabalhar de casa por causa do trânsito ou outros assuntos, e isso não tem problema. Mas, ao mesmo tempo, acho que, quando puder, é sempre bom estar presente na empresa para compartilhar suas ideias com as pessoas.
Yuri: O que eu mais gosto em trabalhar na Alura (que faz parte do Grupo Caelum) é a diversidade de tarefas. Aqui já dei aulas presenciais de Java e de front-end, depois quis experimentar como era falar na frente da câmera e gravei alguns cursos para a Alura e, agora, faz uns 6 meses que voltei a ser dev. É uma trajetória muito legal.”
Quais tecnologias e ferramentas você usa no seu dia a dia?
Yuri:A plataforma da Alura é feita em Java. Do back, preciso saber Java 9 e o framework V-Raptor, que o pessoal desenvolveu aqui mesmo. Depois, de front, é HTML, CSS e JavaScript. Aqui não tem framework tipo React; é uma stack mais pura mesmo, mais clássica.
Esdras: Trabalho no time de Releases, que cuida das integrações com operadoras. Também mexo nos sistemas de integrações dos parceiros comerciais, parceiros de conteúdo, promoções, aplicativos e smartphones.
Joviane: JavaScript, Java e Swift. Como hoje também sou coordenadora de instrutores e revisores da Alura, usamos também vários conceitos de agilidade para o trabalho em time; não só o Scrum, mas o que for melhor para o momento específico.
Alexis: No dia a dia, 80-90% é Java e Springboot. Mas, de acordo com as soluções que são necessárias, usamos também Node, Scala, Go e outras linguagens. Depois, são os SDKs da Amazon, como EC2, que disponibilizam uma capacidade computacional segura e redimensionável na nuvem, por causa do grande consumo das filas SQS. Já na parte de cache, o ElastiCache e os bancos de dado são quase tudo em Redis. Também temos Aerospike e Apache Ignite.
Como foi o seu começo na empresa?
Alexis: Na conversa inicial do processo seletivo da iFood, me falaram o número de requests por mês que a plataforma tinha. Era alto e eu nunca tinha visto isso na vida. _Os problemas que tinham para resolver não eram nada parecidos com os quais eu já trabalhei_. Foi um desafio muito grande.
Esdras: Ao entrar na Movile, eu me sentia como uma criança dentro de uma bomboniere pela primeira vez: todos os doces que você ainda não comeu, mas já ouviu falar… Era assim com as tecnologias que, de repente, estavam ao meu alcance, e eu podia provar de tudo (risada).
Yuri: Entrei na Caelum 4 anos atrás como estagiário, quando estudava Sistemas de Informação na USP. O pessoal da faculdade advertia que quem trabalha em uma empresa acaba largando a faculdade por não ter tempo suficiente. Mas, era bem flexível e, sempre que precisava estudar, meu chefe entendia e até me incentivava a ir para a facul. O único problema era o sono (risada). No primeiro mês, fiquei bem cansado por estudar de manhã e trabalhar de tarde.
Joviane: Estava fazendo a Formação Java na Caelum e, no segundo curso, me falaram: você está mandando muito bem nas aulas, quer vir trabalhar aqui com a gente como dev e instrutora? E como sempre acreditei na educação em tecnologia, aceitei e comecei a programar e a dar aulas.
O que uma pessoa precisa saber se quiser trabalhar como dev na Movile, iFood ou Alura?
Alexis: Uma pessoa nova deve saber Java – em específico, características do Java 8 e um pouco do Java 9 –, saber trabalhar muito bem com a API de completablefuture, programação assíncrona, thread pool... Precisamos disso e não tem como alguém entrar na iFood sem ter essa base, junto com o Spring. O resto dá para aprender rapidamente aqui_.
Esdras: É necessário ter conhecimento básico tanto de front como de back-end. A Orientação a Objetos é uma boa base, mas é possível aprender aqui dentro também. Para um estagiário ou funcionário, o mais importante é sempre estar estudando e pronto para pesquisar muito. O inglês é importante também: dependendo do cargo, às vezes precisamos nos comunicar com colegas ou parceiros estrangeiros, seja por escrito ou falando.
Yuri: Os pré-requisitos são diferentes, dependendo do cargo. Para uma vaga de estágio em programação na Alura, a pessoa basicamente precisa de vontade de aprender e saber lógica de programação. Se ela já tiver algum conhecimento básico das ferramentas que a gente usa aqui, como JavaScript ou HTML e CSS, é um diferencial. Para outras vagas de dev, seria Java, Orientação a Objetos, básico de SQL, PHP para back-end; e HTML, CSS, JavaScript para front.
Como começar na área de programação?
Esdras: Aprendam muito, não tenham medo de errar, e trabalhem sempre como um time e junto a outros times na empresa. Ninguém faz um sistema sozinho.
Yuri: Dê uma googlada, e veja o que outros mais experientes têm a dizer. Se você quer estudar computação, antes de se matricular, procure visitar cursos abertos das faculdades ou assistir a palestras para ter uma ideia melhor sobre o que você gosta. Na hora de buscar o emprego, visite as empresas das quais gosta, fale com os devs, conheça o ambiente.
Joviane: Não se desanime nas primeiras dificuldades. As pessoas falam que programar é fácil e, depois de algum tempo, até que é verdade, mas no começo pode ser desafiador, até você entender a lógica por trás. É só persistir.
Alexis: Ser programador significa exercer a criatividade o tempo todo: as ferramentas são um recurso, mas o que importa na hora de avaliar uma solução é uma visão geral: independente da linguagem e do framework, é preciso ter uma análise crítica para pensar no que você vai implementar para resolver um problema.
E aí, gostou de conhecer um pouquinho da realidade do pessoal que trabalha com programação? Conheça os cursos da Alura e se aprofunde ainda mais neste universo!