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DevPRConf 2023: para onde vai a tecnologia

DevPRConf 2023: para onde vai a tecnologia
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Aconteceu no dia 11 de março, em Maringá, Paraná, o encontro de tecnologia DevParaná Conf. O dia amanheceu fechado, com cara de chuva, e um grupo de quase 500 pessoas apaixonadas por tecnologia se encontrou no Bloco 7 da Unicesumar para se conhecer, trocar experiências e aprender com aqueles que estão envolvidos com as grandes tendências do mundo do desenvolvimento de software.

É sempre intimidador ir a um evento como esses, principalmente quando conhecer novas pessoas não é o seu forte, mas a experiência tem sido muito enriquecedora em 100% da minha amostra (dois eventos). A DevParaná, com o apoio da codaqui, patrocinados por empresas como a ambevtech, o GitHub e a Alura, contou com dois espaços para palestras - o Auditório e o Inspira Space) – sendo o primeiro dedicado à temas mais técnicos e o segundo com foco em empreendedorismo e transição de carreira no mundo tech.

O evento ainda contou com workshops e uma excelente iniciativa chamada Starter, um espaço de imersão em tecnologia, direcionado para crianças e jovens de até 16 anos.

Acessibilidade e Desenvolvimento de equipes

Começamos o dia com a palestra de Reinaldo Ferraz sobre os novos padrões de acessibilidade na Web e seu trabalho na W3C (World Wide Web Consortium), organização internacional de padrões para tecnologias como HTML e CSS. Ou seja, já começamos o dia refletindo sobre a importância da inclusão e como detalhes de design como o contraste entre letra e fundo importam – e muito – na hora de deixar a vida mais fácil para todo mundo na Web.

Logo na sequência, um assunto que me interessa enquanto gestora e pessoa apaixonada por dados, tivemos a “talk” da Kelly Garcia, Agile Coach da ambevtech, sobre como desenvolver equipes usando tecnologia e as métricas que ela permite acompanhar. Claro, sua fala está focada no trabalho de uma equipe de desenvolvimento, mas as ferramentas apresentadas podem muito bem ser aplicadas em qualquer time que adote a metodologia ágil.

Métricas são usadas para identificar gargalos no fluxo, medir a eficiência de ações de melhoria e inovação e criar um plano de ação que tem por base a causa raiz, e não apenas seus sintomas.

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Fechamos a manhã com Erick Wendell, especialista em JavaScript, que quebrou expectativas e rótulos da carreira tech ao trazer 5 técnicas de Node.JavaScript, normalmente usado no backend de aplicações, para o frontend.

Com muito bom humor, ele nos lembrou a todos que o desenvolvedor que trabalha com qualquer framework baseado em JavaScript, deve ter em mente que está trabalhando com a mesma linguagem de programação, esteja usando React, Node, Electron, Angular, Vue,. E que técnicas de backend, como programação orientada a objetos, a divisão de responsabilidades, o teste unitário e até mesmo o processamento pesado de dados podem ser aplicados no frontend. Mal sabia eu que voltaríamos a falar de frameworks logo mais.

Segurança e Frameworks

Mas antes disso, o assunto foi gestão de segurança de acesso a dados. Giovanni Bassi, com o uso de Vaults e Kubernetes. Com a informação sendo o bem mais valioso de uma empresa, a atenção e o cuidado nas credenciais de quem pode ter acesso a ela é um tema extremamente relevante no mundo corporativo.

Alexandro Hervis, assume o palco na sequência, com um dos assuntos mais polêmicos do dia, a guerra de frameworks de JavaScript. Seu ponto é muito interessante e acaba casando com algo que eu costumo falar da linguagem de programação quando aplicada em ciência de dados.

O framework, assim como a linguagem de programação na ciência de dados, é uma ferramenta para solucionar um problema e não deve ser usada como um fim em si mesma. Seu foco, no entanto, foi direcionado aos riscos de deixar sua regra de negócio programada para um framework específico e a importância de ter um código independente, testável, reutilizável e possível de abstrair do framework ao qual ele está inserido.

Renovados pelo poder do café, foi a hora de falar sobre carreira na área de tecnologia – especialmente backend - com a Gi Bordignon. Nessa palestra, após mostrar que a carreira profissional definitivamente não segue uma linha reta, uma fala específica me chamou a atenção e vou adotar para a vida: “O que você quer testar quando crescer?”. Eu, Gi, estou testando a vida dupla de especialista em Comex e empreendedora de Data Science.

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Continuamos com a força feminina e a cativante apresentação da Laís Lima, desenvolvedora de software (e guitarrista!) que trabalha para a Globo e nos deu uma visão dos bastidores da trabalheira que dá programar um serviço de streaming por baixo dos panos.

Live Coding e Dados

E finalizamos o dia com a primeira palestra do meu colega de streaming e live coding de dados na Twitch Téo “teomewhy” Calvo, que tive o prazer de conhecer ao vivo neste evento. Téo é estatístico, e especialista em Dados e Big Data, e nos apresentou o passo a passo e as vantagens de se construir um DataLake para sua comunidade na Twitch.

Com o foco em ensinar sua comunidade a lidar com dados, SQL, Python, Estatística e Machine Learning, e lidando com desafios de combinar a realidade da vida de um cientista de dados e o desinteresse de quem quer aprender a lidar logo de início com os desafios de preparação de ambiente e instalação de pacotes, ele nos mostra como criou um ambiente 100% remoto com ferramentas de Data Science e Data Analytics que permite com que aqueles interessados em dados possam focar seu tempo na aprendizagem usando dados de fontes reais, sem os estressores iniciais.

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Fechamos a noite cansados, satisfeitos e com uma enxurrada de fotos e notas no Google Keep seguidas do famoso “(pesquisar mais tarde)”. Conhecer e trocar ideias com pessoas imersas no universo da tecnologia, mesmo que não seja exatamente a que você trabalha no dia-a-dia, é enriquecedor, e abre seu mundo para novas descobertas. Que venha a próxima!

Clarisse Alvarenga - Formada em Direito (UniCuritiba) com pós em Comércio Internacional (UniCuritiba) e MBA em Gestão Financeira (UFRGS), comecei a migração para Ciência de Dados em 2018 através da Alura, participando do Primeiro Bootcamp de Ciência de Dados da instituição de Ensino sendo que minha participação na comunidade me garantiu o posto de Alura Star.

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