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Effective Java: segunda edição

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Como sabemos, a segunda edição do Effective Java foi publicada. O autor é Joshua Bloch, um dos principais responsáveis pelo generics do Java, e atualmente chief java architect no Google. Esse livro é dividido em 78 itens, cada um com cerca de 3 páginas, atacando um ponto específico do java e orientação a objetos, explicando uma boa ou má prática. Simplesmente incrível, durante a leitura você sempre reconhece muita coisa que já aprendeu durante sua experiência de desenvolvimento.

Essa nova edição está estendida e revista, para cobrir as grandes mudanças do Java 5. Esse, juntamente com outros dois livros (e atualmente incluiríamos também o The Mythical Man-month), são de extrema importância para todo desenvolvedor na nossa opinião.

O Fernando Boaglio tem um resumo em seu blog, sobre todos os itens dessa nova versão. A Vanessa Sabino publicou anos atrás um resumo completo sobre a primeira edição, que você pode conferir na coluna da direita do seu blog.

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O Fernando também postou no GUJ um link para uma excelente entrevista do Joshua Bloch, onde ele tenta resumir as más práticas, o java inefetivo: otimização prematura, e escrever o próprio código quando bibliotecas boas já existem. Além disso, Joshua Bloch é categório sobre a grande importância dos testes unitários: "Unit testing is key. And writing your tests first is a great thing."

Lendo essa nova edição e relembrando muito da edição anterior, escolhi aqui quatro itens que considero vitais, e vou falar sucintamente sobre cada um deles. Curiosamente todos os selecionados aqui já existiam na edição anterior, e estão mais relacionados a design que a idiomismos da linguagem, mas isso não tira a importância dos outros aqui não citados. Esses itens são muito debatidos no capítulo de Tópicos em Orientação a Objetos no nosso trienamento de Design e Arquitetura de projetos Java. Vamos a eles:

Item 15: Minimize mutabilidade

Classes imutáveis possuem uma série de vantagens: fáceis de manter, não possuem efeitos colaterais e acima de tudo são thread safe. Uma classe deve ser imutável a não ser que você tenha muito bons motivos para isso. Mesmo se não for possível tornar sua classe imutável, minimize a quantidade de métodos que alteram o estado do objeto. Um objeto previsível é muito mais simples de manter. Joshua Bloch cita String, BigInteger e diz que java.util.Date e java.awt.Point deveriam ter sido criadas imutáveis! Muitas APIs novas abusam da imutabilidade, como a Joda Time, classes wrapper, Money and Time do Eric Evans, etc. Aliás, é com o slogan da imutabilidade que linguagens como clojure e erlang tem chamado tanta atenção. Leia também essa citação no blog do Renato Lucindo.

Item 16: Favoreça composição em vez de herança

Esse é um tópico que já foi discutido anteriormente nesse post. O fato é o seguinte: é muito fácil usar herança de maneira errada, como é o caso de Stack extends Vector e Properties extends Hashtable. Mesmo quando usada corretamente, herança pode causar efeitos colaterais com muita facilidade, sendo que utilizar interfaces e composição pode substitui-la por completo, com o pequeno acréscimo de algumas linhas de delegação. Esse item também é citado no livro Design Patterns como um dos dois princípios básicos do bom design orientado a objetos.

Item 47: Conheça e use as bibliotecas!

Você conhece a ArrayDeque do java 6? Sabia que a java.util.Scanner pode ler facilmente arquivos com formatos caseiros, e já trazer para você doubles, Strings e até mesmo BigDecimals? Que JAXB e JAXWS podem agora ser usados apenas com Java SE? Sabia que a Collections possui hoje métodos para calcular a frequência de um elemento e inverter a ordem de um Comparator?. Conhecer bem a biblioteca padrão do Java pode te salvar de escrever muito código já existente, testado e de qualidade. java.io, java.lang e java.util são APIs que funcionam como base para todo desenvolvedor e merecem um estudo aprofundado.

Item 52: Refira a objetos pelas suas interfaces Sem dúvida uma boa prática mais que necessária. Através dela conseguimos diminuir muito o acoplamento entre classes, deixando apenas uma fina camada entre elas: as interfaces. Sempre usar InputStream em vez de se acoplar em FileInputStream, sempre usar List em vez de se acoplar a ArrayList. Muitas vezes podemos ir mais longe, nesse último caso Collection pode ser o suficiente, ou até mesmo Iterable! Algumas pessoas levam isso tão a sério que nunca criam uma única classe concreta que não implemente uma interface. Esse item também é citado no livro Design Patterns, e é o outro princípio básico do bom design orientado a objetos desta forma: "Programe voltado a interface, e não a implementação".

Ainda existem itens fundamentais sobre Enums, Exceptions, Concorrência e Generics. Esse livro é realmente importante na sua cabeceira. Boa leitura!

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