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Entrega e integração contínua de aplicações Vue

Entrega e integração contínua de aplicações Vue
Vinicios Neves
Vinicios Neves

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CI é um acrônimo para Continuous Integration, que surgiu para resolver problemas bem específicos de versionamento de código. Quanto mais espaçadas as integrações, mais conflitos no merge e mais riscos vão existir. A ideia é que ocorram integração de forma contínua, ou seja, que os diversos ambientes (por exemplo: testes, aceitação do usuário e produção) estejam sempre atualizados com o código mais recente do repositório do projeto. CD é um acrônimo para Continuous Delivery e, combinada com a Integração Contínua(CI), nos permite configurar uma série de etapas (pipeline) para que possamos entregar nosso software com rapidez e agilidade (afinal, o próprio manifesto ágil diz: "Entregar frequentemente software funcionando", em tradução livre).

Vamos então entender algumas estratégias e boas práticas para criar um ecossistema saudável para as nossas aplicações Vue, garantindo entregas rápidas, com feedback constante num ambiente colaborativo.

É muito importante que alguns padrões sejam definidos, para o time ou para o projeto, como por exemplo:

  • estratégia de ramificação
  • automação de testes
  • automação de builds
  • configuração dos ambientes (stages)
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E, depois que tudo esteja bem alinhado entre os times (devops é sobre colaboração!), podemos configurar a pipeline em si.

Nesse exemplo, nós vamos utilizar o Github Pages. Mas vale ressaltar que existem ferramentas de todo o tipo que cobrem a grande maioria dos cenários (Circle CI, Gitlab, Azure Pipelines, etc). O mais importante aqui é entender os conceitos.

Utilizando uma aplicação recém criada, precisamos customizar o caminho para a pasta pública. Isso se faz necessário para que a aplicação funcione corretamente no Github Pages e é muito simples de ser feita:

Criamos um arquivo chamado vue.config.js na raiz do projeto, com o seguinte conteúdo:

// vue.config.js
module.exports = {
  publicPath: '/vue-ci-cd-exemplo/'
}

Assim, quando gerarmos os builds, a importação dos scripts será algo parecido com:

print do index.html gerado pelo npm run build #inset

Com o projeto pronto e configurado, vamos criar um arquivo chamado deploy.yml dentro de .github/workflows, desse jeito:

printscreen do arquivo deploy.yml #inset

Confira o arquivo na íntegra nesse gist

Passo a passo, vamos entender o que essas configurações estão fazendo. Primeiro, definimos o nome da ação (Github Action) que será executada.

name: Executar publicação para o GithubPages

Depois, configuramos o evento que vai servir de gatilho para a ação. No nosso caso, quando fizemos PUSH para a branch develop. Um outro exemplo de gatilho é o pull_request

on:
    push:
        branches:
            - develop

A seguir, configuramos as tarefas(jobs) do deploy. Um dos passos, por exemplo, pode ser a execução dos testes de unidade.

jobs:
    deploy:
        name: Publicando a aplicação

Também informamos qual container será utilizado:

runs-on: ubuntu-latest

E então vamos para os passos da publicação. Nos dois primeiros passos estamos utilizando Github Actions do marketplace, para facilitar o nosso fluxo de deploy saiba mais aqu.

            - name: Checkout
              uses: actions/checkout@master
            - name: Criar ambiente do node
              uses: actions/setup-node@v1
              with: 
                node-version: 10.x

Com o ambiente preparado, seguimos com a instalação das dependências e a geração dos arquivos compilados da nossa aplicação:

            - name: Instalar dependências e executar o script de build
              run: |
                npm install i
                npm run build

E, por fim, configuramos uma ação (também do marketplace) para enviar os arquivos de build para nossa branch master:

            - name: Publicando o build gerado
              uses: s0/git-publish-subdir-action@develop
              env:
                REPO: self
                BRANCH: master
                FOLDER: dist
                GITHUB_TOKEN: ${{ secrets.GITHUB_TOKEN }}

Agora, ao fazermos git push para a branch de develop, podemos acompanhar a nossa recém criada pipeline:

Print screen da execução da Action no Github #inset

No fim, um último ajuste para configurar a Github Page:

Print screen da configuração do Github Pages #inset

Assim que salvarmos, apontando para a raiz da nossa branch master (configuramos isso no nosso último passo do build), teremos acesso ao link e finalmente temos a aplicação rodando:

Print screen da aplicação padrão gerada pelo vue cli #inset

O endereço da página é https://[seu-nome-de-usuario].github.io/[nome-do-projeto]/

Agora, imagine todas as técnicas combinadas:

Integração contínua, testes automatizados (de unidade, de integração, etc…) e deploy contínuo? Podemos fazer pequenos deploys a qualquer momento, configurando, por exemplo, que caso algum dos testes falhe, a publicação será interrompida.

Agora, podemos ter todo o ciclo funcionando.

Gostou do conteúdo e quer saber mais? Então eu te recomendo esses dois cursos com o instrutor Nico Steppat de Integração Contínua e Entrega Contínua que explora maravilhosamente bem esses conceitos. E, falando específicamente de Vue, temos o curso Vue.js: Testes unitários automatizados com Jest e o artigo Desmistificando testes de unidade no Vue sobre testes de unidade.

Vida longa e próspera!

Vinicios Neves
Vinicios Neves

Vinicios Neves, Tech Lead e Educador, mistura código e didática há mais de uma década. Especialista em TypeScript, lidera equipes full-stack em Lisboa e inspira futuros desenvolvedores na FIAP e Alura. Com um pé no código e outro no ensino, ele prova que a verdadeira engenharia de software vai além das linhas de código. Além de, claro, ser senior em falar que depende.

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