Do Facebook para o Metaverso: o que mudou?
No fim do mês de outubro, Mark Zuckerberg, CEO do grupo Facebook, anunciou um grande rebranding na marca: agora, o grupo Facebook Inc. se chama Meta.
Essa mudança vai atingir a pessoa profissional de marketing digital que trabalha com as redes sociais do grupo? Por que houve essa mudança? Bom, várias perguntas surgiram e, à medida que as respostas foram dadas, compilamos neste artigo os dados mais importantes sobre a novidade.
Para começar acalmando nossa cabeça e coração: não, essa mudança não afetará (por enquanto) o trabalho das pessoas que trabalham com o Facebook e o Instagram. A mudança de nome da holding, empresa-mãe, em nada mudará o nome da rede social, que até então, carregava o nome de todo o grupo. Vale lembrar que as gigantes que fazem parte dessa sociedade são o próprio Facebook, WhatsApp, Instagram e Oculus Quest.
Mas o que está por trás da mudança?
Você com certeza sabe o que é Google e Android e, possivelmente, sabe que as empresas (e seus produtos e serviços) fazem parte do mesmo grupo. Agora, você sabe o que é a Alphabet Inc.? É o nome da holding que comanda essas companhias!
Em 2016 o grupo Google fez o rebranding para Alphabet para que algumas polêmicas da holding não fossem ligadas ao serviço do maior buscador do mundo, afinal, todos sabem o que é o Google, mas e a Alphabet? Pois é.
O que aconteceu com o Facebook foi pelo mesmo propósito: desvencilhar o nome da rede social do grupo das empresas.
Há alguns anos o grupo Facebook vem sofrendo diversas acusações de vazamento de dados, monopólios, crimes contra a democracia americana e até acusações de danos à saúde mental de adolescentes que usam as rede sociais, principalmente o Instagram, e o rebranding pode ter esse intuito de tirar o foco do nome da rede destas questões negativas.
Entretanto, o CEO não usou essa justificativa para apresentar a Meta. Segundo Mark, o nome antigo marcava uma fase da empresa que já não existe mais, e que este é um processo natural para “olhar para o futuro”.
E esse futuro citado por Mark é a grande aposta dos investidores da holding: o Metaverso. O conceito do Metaverso consiste na interação de usuários em experiências virtuais, porém com um toque de realidade. Nesse universo online será possível trabalhar, jogar, estudar, se divertir, conversar, enfim, ter todo o tipo de interação humana a partir de Realidade Virtual e Realidade Aumentada (VR e AR).
O nome não foi à toa e nem teve um processo de naming muito complexo. O termo metaverso foi usado pela primeira vez na obra Snow Crash (1992), livro de ficção científica de Neal Stephenson. Na história, as pessoas usavam o metaverso para escapar de uma realidade distópica.
É difícil explicar um universo que ainda não existe - empresas gigantes da tecnologia estão correndo para fazer acontecer - mas vou te dar um exemplo: imagine que você tem um perfil e um avatar criado no metaverso. Esse avatar pode ir ao cinema, comprar livros... e tudo isso será pago com criptomoedas. Será possível até mesmo emprestar o livro que você comprou a um amigo que também tenha um avatar na plataforma.
Mas participar dessa realidade não ficará muito caro para o usuário? Essa foi uma pergunta feita inclusive ao Mark Zuckerberg, e sua resposta foi que com a demanda vem a oferta. O ideal é que várias plataformas e companhias invistam na tecnologia e não fiquem de fora da novidade. Assim, o custo ao usuário final seria justo e nada fora da realidade. Empresas como Microsoft e Roblox também estão investindo pesado para disputar uma fatia dessa próxima etapa da rede mundial, em que estaremos não apenas vendo os conteúdos, mas dentro deles.
E onde estará o marketing digital dentro dessa nova realidade? A verdade é que ainda não sabemos. Mas é bom a gente começar a se preparar para criar anúncios e campanhas dentro de ambientes de realidade aumentada. Enquanto isso, continue acompanhando a formação de Marketing Digital aqui na Alura para não perder nenhuma novidade.