Conheça a história da Caelum
Como tudo começou — conheça a história da Caelum
A Caelum foi um dos pilares de formação da Alura. Aqui vamos contar um pouco dessa história e da jornada até a Alura e o nosso ecossistema.
A programação pode ser uma ferramenta para criar soluções para problemas e colocar novas ideias no mundo.
Foi isso que Paulo e Guilherme Silveira fizeram quando, lá nos anos 2000, idealizaram uma escola — na época, de paredes e tijolos, de tecnologia: a Caelum.
Mais tarde, esse projeto se tornou a maior escola online de tecnologia do Brasil: a Alura.
Quer conhecer a Caelum, a Alura e como tudo isso se tornou o maior ecossistema de tecnologia do Brasil, junto com a FIAP e PM3?
O objetivo deste artigo é justamente esse: contar um pouco da nossa história e, quem sabe, inspirar a sua caminhada.
O início de tudo
Paulo se formou em Ciência da Computação na USP. Logo depois, com foco no sonho de se tornar professor, engatou um mestrado na área de algoritmos e geometria computacional:
“Meu sonho era ser professor e seguir carreira acadêmica. Eu estava no meio do mestrado e trabalhando como professor em tecnologias, como Java, Agile e Open Source. São tecnologias que a gente traz no nosso DNA. Eu estava apaixonado e queria dar aulas, queria me comunicar, participar de eventos e fóruns”.
Guilherme cursou matemática por um semestre e, no ano de 2000, foi trabalhar como programador Java na Alemanha, numa época onde não era comum que Devs trabalhassem fora do país, muito menos no início da carreira.
Ao voltar para o Brasil, dois anos depois, ele queria trabalhar na mesma empresa em que Paulo dava aula: a Sun Microsystems, criadora do Java. Não havia vagas disponíveis.
Nessa época, além da vontade de dar aula, eles também enxergavam uma grande oportunidade na área de educação em tecnologia:
“Nos anos 2000, Agile e tecnologias Open Source eram consideradas amadoras, de hacker. Vimos que dava para ensinar para mais gente essas linguagens e metodologias que as grandes empresas não queriam explorar, com medo de atacarem seus próprios mercados”, como Paulo explica.
Então, a partir do desejo de ensinar e de explorar essas tecnologias, eles criaram a própria escola de tecnologia no quarteirão de casa: “Uma sala de 36m² com 6 computadores de tubo e montamos uma escola presencial”.
Foi aí que, em 2004, nasceu a Caelum — que, em latim, significa “céu”, uma escola presencial para ensinar novas tecnologias para pessoas que já sabiam programar:
“Esse é um pouco do nosso coração: focar em tópicos historicamente complicados e explicar de forma que as pessoas consigam entender. Quando decidimos abrir a Caelum, era a oportunidade de trabalhar e ensinar essas ferramentas alternativas”, sublinha Guilherme.
GUJ – Grupo de usuários Java
Mas o desejo de ensinar sobre tecnologia nasceu muito antes da Alura. Antes mesmo da Caelum.
Embora tenha sido só o primeiro passo, foi no GUJ - Grupo de usuários Java, que surgiu a vontade de ensinar e de se conectar com outras pessoas que também gostavam de tecnologia.
Na época da faculdade, junto com outros amigos, Paulo percebeu que existiam muitos fóruns para falar de tecnologia. Mas todos eram inglês.
Foi aí que, em 2002, surgiu a ideia de criar o GUJ, uma comunidade em português, para falar de tecnologias e compartilhar experiências com outras pessoas. Na década de 2000, o GUJ era uns dos maiores 100 sites da internet brasileira.
E, como Maurício Linhares explicou, o GUJ se tornou uma boa alternativa em relação aos grupos presenciais e locais que surgiram sobre o tema:
“Naquela época, eu entrei porque não tinha grupo de usuários em João Pessoa. Todos os outros grupos eram bem locais. Tinha o grupo do Rio de Janeiro e de São Paulo, por exemplo. O GUJ tinha isso de não importar onde você estava, tinha gente de todos os lugares”.
Em geral, a proposta principal do GUJ foi construir um espaço seguro e online, em que as pessoas pudessem pedir ajuda sobre suas questões, ajudar com as dúvidas de outras pessoas e ficar por dentro de todos os assuntos de tecnologia:
“No GUJ, pessoas que eram mais iniciantes, como eu, entravam com o objetivo de acompanhar o que a comunidade estava discutindo. Paulo e Guilherme eram algumas das pessoas que mais postavam no fórum e foi por lá que eu conheci a Caelum”, Adriano, co-fundador da Alura, explica.
A história do GUJ é muito importante para entender a essência da Caelum (e, mais tarde, da Alura), porque esse início representa valores que, até hoje, estão presentes na escola: a intenção de criar um espaço de colaboração, de troca de experiências e de aprendizado.
A expansão da Caelum
Nos primeiros cinco anos, a Caelum cresceu de forma orgânica. Primeiro, aumentaram o número de cursos e de estudantes em São Paulo.
Depois disso, começou a crescer a demanda de estudantes de outras regiões do Brasil. Tanto é que a escola se expandiu para o Rio de Janeiro (em 2007) e para Brasília (em 2011).
Nessa época, a escola cresceu a partir da demanda do mercado, especialmente em uma época de transição de plataformas fechadas para códigos abertos e mecanismos colaborativos:
“A grande mudança dos anos 2000-2010 foi que os softwares passaram a ser desenvolvidos por um time de 10-100 pessoas. A partir do momento em que você tem um time de 100 pessoas trabalhando em um projeto, você precisa de mais de uma tecnologia. Não é à toa que a gente foi do Java para o C# e para o Python. A gente começou a abraçar várias tecnologias na escola. A gente cresceu junto com essa maturidade do mercado” — explica Paulo.
Mas, na percepção de Paulo, o sucesso da escola pode ser atribuído à comunidade:
“Nós estamos sempre próximos das pessoas, esse é um diferencial muito grande. Nós conseguimos fazer isso de uma forma um pouco mais orgânica: trazer conteúdo e ficar sempre próximo das pessoas”.
Além disso, outro fator foi determinante para construção da autoridade e da identidade da Caelum: as famosas apostilas abertas de Java na internet.
Antes mesmo da primeira turma da escola, as apostilas já estavam disponíveis para download por qualquer pessoa, sem a necessidade de fazer matrícula. Algo que hoje é conhecido como content marketing e feito de maneira estruturada.
Os materiais foram circulando entre as pessoas e se tornaram referenciais para os estudos em tecnologia — e, ao mesmo tempo, a Caelum foi se tornando conhecida também.
(em agradecimento às pessoas que estiveram com a gente em todas as transformações, as apostilas da Caelum ainda estão disponíveis para download).
A plataforma online da Caelum
Ensinar em um espaço físico, entretanto, estabelecia algumas limitações claras, especialmente de geolocalização.
Só que, ao mesmo tempo, em uma época anterior aos smartphones e à banda larga, Guilherme e Paulo refletiam sobre a dificuldade de assistir aulas online.
E mais: tinham dúvidas sobre a possibilidade de criar um curso online que mantivesse a qualidade dos cursos presenciais. Mesmo porque, não conheciam bons exemplos de cursos online.
Até que, em 2011, inspirados em outras plataformas que começaram a mudar o significado de estudar online, decidiram testar e construir uma experiência diferente.
A plataforma online da Caelum surgiu como uma forma de alcançar mais pessoas em lugares diferentes e crescer como empresa: “era positivo do ponto de vista educacional e comercial”, Guilherme conta.
Alura: nosso presente e nossa visão de futuro
Em 2013, surgiu a demanda de criar uma marca nova. Afinal, sentiram a necessidade de esclarecer o que era e o que fazia a abordagem online.
Assim, Paulo e Guilherme criaram a Alura — também em latim, remetendo aos alunos e alunas: a maior escola online de tecnologia do país.
Agora, a mensagem estava clara: aprenda tecnologia de forma online e colaborativa, em uma comunidade.
Nos últimos anos, mais de 1 milhão de pessoas já passaram pelos mais de 1.450 cursos da Alura.
Além do mais, a Alura também é o maior fórum de tecnologia em português. São mais de 1.200 tópicos abertos por semana para trocar experiências e conhecimentos.
Só neste ano, o time de especialistas dedicado a tirar dúvidas e resolver exercícios já respondeu 59.830 tópicos.
E, depois de tanto tempo, o engajamento da comunidade só cresceu: só neste ano de 2023, a partir de abril, a Alura conta com mais de 100.000 pessoas no Discord, com mais de 300 mil mensagens trocadas.
Hoje em dia, a Alura é muito mais do que uma escolas: “é uma comunidade de pessoas que buscam a transformação de suas vidas e carreiras por meio da tecnologia. E nós, nos sentimos honrados em fazer parte desta jornada”.
O time da Alura continua focado no na educação contínua para impulsionar ainda mais a carreira dos nossos alunos e alunas. Promovendo conteúdos, em diversos formatos e incentivando o aprendizado na prática, com criação de projetos e compartilhando experiências.
Na perspectiva do Paulo, a “escola tem que quebrar os muros e ir para fora”. Porque só assim podemos levar o espírito tech para resolver os problemas da humanidade e das empresas.
Esse sonho segue crescendo, com a FIAP e com a PM3, chegando cada vez mais próximo na jornada de aprendizado profundo que desejamos para a carreira dos nossos alunos e alunas. Com graduação, pós graduação e um ecossistema completo.