Boas-vindas ao curso de Lean-Ágil: expandindo horizontes para toda a organização! O instrutor e consultor da Alura, Roberto Pina, vai nos acompanhar nessa jornada.
Autodescrição: Sou Roberto Pina, um homem de pele clara com olhos castanhos e cabelos grisalhos. Sou calvo e não tenho barba. Uso óculos de grau retangulares e estou com uma camiseta azul-escura. Ao fundo, estúdio da Alura com o logotipo da Alura em neon na cor azul à direita e um quadro à esquerda.
Este curso é o 3º da formação Abordagens e práticas avançadas para times ágeis e tem como objetivo tratar do tema da difusão do Ágil para a toda a organização, com a representação expandida do Lean-Ágil.
Veremos a existência de uma conexão entre Ágil e Lean, uma abordagem precursora que pode potencializar a difusão da cultura e dos métodos ágeis para o nível da organização toda - para além dos projetos de desenvolvimento.
Para um melhor aproveitamento do conteúdo, é interessante ter concluído o curso anterior da formação: Ágil Escalado: frameworks ágeis para grandes desenvolvimentos.
Neste curso, vamos tratar sobre os fundamentos da abordagem Lean. Também vamos conhecer sobre valor e cadeia de valor, temas essenciais do Lean.
Além disso, aprenderemos sobre Kaizen, que trata de melhoramento contínuo.
Depois, vamos falar sobre escalação do Lean-Ágil e aspectos de implementação - fatores que interferem na missão de levar o composto Lean-Ágil para a organização como um todo.
Essa formação traz como benefícios o aprofundamento sobre a temática do Ágil. E, consequentemente, uma evolução pessoal e profissional, por meio do domínio de conceitos avançados do Ágil.
Se você for Scrum Master ou Agilista, pode adquirir novos conceitos que o levarão a uma posição de coaching, mentoring ou consultoria avançada com missões desafiadoras de expansão do Ágil no âmbito de projetos e nos aspectos culturais da organização.
Na próxima lição, vamos iniciar o conteúdo pelas origens e filosofia do Lean. Vamos lá?
Vamos ver as origens e fundamentos do Lean?
Ao final desta lição, você vai:
O termo Lean significa "esbelto", "enxuto". Um importante contribuidor foi Taiichi Ohno, engenheiro da Toyota no Japão no pós-Segunda Guerra.
Nesse contexto de poucos recursos em geral, onde o Japão precisava se reconstruir, surgiu na Toyota o TPS (Toyota Production System).
Foi criada essa estratégia baseada no desenvolvimento da engenharia, excelência e em manufatura para produzir "mais com menos". Ou seja, ter alta produtividade, pois não havia muitos recursos disponíveis, e alta qualidade para poder competir no cenário global.
Assim sendo, criou-se um esforço nacional para alavancar o Japão na trajetória de realocação como uma grande nação.
Taiichi Ohno e outros contribuidores organizaram um conceito filosófico e um conjunto de técnicas para nortear essa reconstrução do Japão com base na excelência e em manufatura.
Para isso, foi concebida uma produção Lean, que é:
Tem como característica a eficiência e simplicidade, tanto nos aspectos operacionais quanto nos aspectos de gestão e administração.
É necessário produzir "mais com menos". Por isso, atividades não-essenciais e que não adicionam valor efetivo ao produto final são minimizadas ou eliminadas - o que torna o processo "enxuto".
Existe uma filosofia de melhoramento contínuo para ser cada vez mais eficiente.
Dessa maneira, a produção Lean é focada em:
O desperdício se refere a tudo que não adiciona valor ao produto final.
Existem dois tipos básicos de produção: puxada e empurrada.
Na produção puxada (sistema pull), primeiro o pedido é recebido e somente depois é produzido. Em outras palavras, a produção ocorre mediante uma demanda do mercado.
Por exemplo, em uma pizzaria. Primeiro alguém liga para pedir a pizza e só depois começa a ser produzida para entrega.
Por sua vez, a produção empurrada tem como característica "produza, depois tente vender". Isto é, uma produção para estoque, como em uma loja de sapatos.
Nos processos desenhados com uma ótica da abordagem Lean, procura-se trabalhar com foco na produção puxada, já que não envolve estoque e tem uma prontidão maior.
Deve haver um esforço para melhorar constantemente o sistema de produção, chamado Kaizen.
A ideia é ter melhorias incrementais - um pouco por dia. A ótica do Kaizen não é um melhoramento de grandes disrupções e inovações, mas, sim, um trabalho de analisar o que melhorar no produto aos poucos.
Ao longo do tempo, conseguiremos processos e produtos mais maduros e bem pensados.
No contexto Lean, respeitar as pessoas significa livrar as pessoas de trabalhos perigosos e/ou repetitivos. Isto é, trabalhos mecânicos, monótonos e insalubres.
Assim, a automação surge para que as pessoas utilizem o talento de uma maneira mais rica.
A jordana do Lean não tem fim, pois é um esforço de longo prazo, contínuo e eterno.
Uma organização não deve dizer que se tornou Lean. Porque, na jornada Lean devem se colocar objetivos com características de "inatingível". É um trabalho com metas altas e audaciosas, mas sabendo que nunca serão atingidas.
A virtude está na jornada de trabalho contínuo para melhorar o fluxo e processo para tornar tudo cada vez mais enxuto e focado em valor.
Nessa lição, conversamos sobre o contexto histórico do Lean e o objetivo de seu surgimento. Além disso, conhecemos suas características fundamentais de foco em valor, fluxo, produção puxada, respeito as pessoas e melhoramento contínuo.
Na sequência, vamos continuar falando a respeito do Lean, trazendo elementos básicos dessa abordagem. Vamos lá?
Ao final desta lição, você vai:
O primeiro elemento básico é a questão da transparência da produção que diz que tudo que é importante tem que estar perceptível.
Todos devem saber o que está acontecendo, pois só é possível solucionar anormalidades se for possível identificá-las.
Afinal, processos que não estão claros ou perceptíveis não podem ser corrigidos e melhorados.
Dessa forma, o Lean encoraja a transparência para que todos saibam o que acontece na produção o tempo todo.
Outro conceito importante é o de qualidade na origem. A qualidade é algo que deve nascer com a produção, ou seja, já deve ser preocupação e responsabilidade de quem produz e executa naquele momento.
Pensar em qualidade depois do produto pronto é tarde para um setor de teste e qualidade.
Assim como no preparo de um prato culinário, se escolhemos ingredientes de qualidade qualquer e cozinhamos sem atenção, não basta adicionar um bom tempero e apresentação no final. Desde o princípio devemos começar com bons ingredientes e preparo cuidadoso.
Especialmente na área de serviços, onde a produção é simultânea a entrega. Por vezes, nem é possível fazer um reparo de qualidade no final.
Dessa maneira, se surgir um problema de qualidade que o executor não consegue resolver, deve-se parar o processo e não passá-lo para frente. Assim, as pessoas vão identificar o que está acontecendo e atuar na fonte do problema.
Uma prática útil é a da engenharia simultânea que consiste em envolver fornecedores/implementadores de produtos e serviços no processo de design/especificação.
Em outras palavras, quem projeta, especifica e faz o design deve trabalhar em conjunto com quem constrói e executa o projeto.
A prática quebra a conduta serial tradicional, onde a engenharia projeta e executa.
Na abordagem de engenharia simultânea, a participação de quem vai implementar em tempo de especificação ajuda os dois lados. Uma vez que quem constrói tem experiência prática que pode inspirar quem especifica a desenhar produtos ou serviços com fácil implementação. Enquanto, quem executa já entende o que será pedido depois de ter contato com projetistas.
Essa conversa entre quem projeta e implementa é fomentada pelo Lean e é muito saudável.
Além disso, o conceito de autonomação é muito importante no Lean. O jidoka é a introdução de mecanismos que permitam às máquinas detectar e tratar defeitos automaticamente - parando a produção, se for o caso.
Por exemplo, em uma esteira de academia existe um cordão que liga o corredor ao painel do equipamento. Se a pessoa for cair da esteira, o cordão estica e se desconecta da máquina, o que faz a esteira parar. Como na autonomação, houve uma anormalidade percebida e a máquina para automaticamente.
O jidoka é muito importante também para questões de segurança.
O balanceamento de esforços, também conhecido como heijunka, é muito valorizado pelo Lean.
Com essa prática de nivelamento, evita-se ao máximo picos e vales de esforço de trabalho. Momentos de grande esforço, onde as pessoas trabalham demais, vão fazer com que estejam exaustas no dia seguinte e, assim, vão produzir menos.
O heijunka visa criar um sistema de produção com esforço mais constante e sustentável.
O Lean também encoraja o trabalho padronizado, roteirizado e disciplinado. Isso não significa trabalho "engessado" (sem flexibilidade para evoluir).
Quando há uma melhoria, será padronizada para solidificá-la e fazer com que as pessoas a sigam de acordo com o roteiro.
Contudo, o trabalho continua sujeito a melhoria e evoluções - com a disciplina de consolidar cada novo processo melhorado.
Também são fomentadas a simplicidade e estabilidade operacional. Assim, há uma adoção de fluxos unificados que sejam constantes, fluidos e uniformes para melhorar a produtividade.
Ou seja, sem idas e voltas. Pois, sustos, surpresas e engarrafamentos não fazem bem ao fluxo.
Além do ambiente industrial, também percebemos essa unificação nos ambiente de serviços. Por exemplo, quando um layout (disposição) de um restaurante é bem desenhado, as filas não se cruzam e tudo segue um fluxo simples e estável.
Além disso, o Lean estimula a multifuncionalidade, isto é, equipes multifuncionais com pessoas diferentes trabalhando juntas em um produto - sem silos (departamentos) com tendência a otimização local.
Existe também a prática do andon que é uma sinalização (sonora ou visual) da existência ou iminência de um problema.
O sistema de produção deve monitorar anormalidades e dar avisos, preferencialmente antes do incidente.
Um exemplo de andon está presente no carro. Quando ao dirigir, um ícone de alerta do nível baixo de combustível se acende no painel. Assim, você é avisado para abastecer antes do combustível acabar.
O sistema à prova de falhas chamado poka-yoke foi um conceito introduzido em 1961 por Shigeo Shingo, engenheiro industrial da Toyota.
Trata-se de criar sistemas que contornam ou evitam problemas causados por falhas humanas e distrações.
Um exemplo prático é o micro-ondas. Se alguém abre a porta do micro-ondas enquanto ele funciona, o sistema desliga automaticamente para evitar um acidente.
Dentro do contexto do poka-yoke, existem três tipos de ação:
algo é desativado quando algum defeito ou incidente passa a ter o risco de acontecer, como no caso do micro-ondas.
algum parâmetro é controlado quando pode fugir de controle ou gerar risco para voltar a estabilidade.
Por exemplo, existem aviões que possuem sistemas que nivelam a aeronave quando a altitude está fora do normal, não deixando ser feitas manobras bruscas ou perigosas.
um aviso é emitido quando algum defeito ou incidente passa a ter o risco de acontecer.
Poka-yoke são sistemas automáticos que fiscalizam e evitam falhas, distrações e, consequentemente, acidentes.
Aprendemos princípios, técnicas e práticas que podem ser usados no dia a dia do Lean, como:
Esses instrumentos contribuem para que a produção seja fluida, simples e segura com a máxima adição de valor ao trabalho realizado de acordo com os princípios do Lean.
Na sequência, vamos nos aprofundar sobre o conceito essencial do Lean de cadeia de valor. Vamos lá?
O curso Lean-Ágil: expanda horizontes para a organização toda possui 119 minutos de vídeos, em um total de 41 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de Agilidade em Inovação & Gestão, ou leia nossos artigos de Inovação & Gestão.
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