Olá! Este curso é ministrado pelo Roberto Sabino, instrutor da Alura e especialista em Engenharia de Software e Agilidade. Aqui, falaremos um pouco sobre o mapa de processos. Será que podemos usá-lo na Agilidade?
Para respondermos a esta pergunta, mergulharemos no projeto desenvolvido pela Rita e pelo Rodrigo, ambos analistas de sistemas na Bytebank. Essa iniciativa precisa atender ao Luciano, gerente de negócios, e, para isso, eles terão o auxílio do Beto, agilista sênior.
O projeto se intitula Cartão Especial Premium. A Rita e o Rodrigo estão na dúvida se podem usar um mapa de processos no momento da jornada do usuário em que utilizariam a técnica de mapa de história.
"Sabino, espera aí! É muita coisa!". Calma, a jornada de usuário é o passo a passo percorrido pela pessoa usuária no nosso sistema ou produto. Existem casos em que ela pode ser substituída por um mapeamento de processos. É disso que estamos falando aqui.
Mas como faremos isso? Primeiro, entenderemos porque o mapa de processos pode ficar desatualizado e como evitar que isso aconteça.
Em seguida, conheceremos uma ferramenta de mapeamento de processos chamada SIPOC, que nos ajudará a fazer o nosso primeiro mapeamento para, posteriormente, compormos o nosso Value Stream Mapping (VSM), ou Mapeamento de Cadeia de Valor. Nesta etapa, já inseriremos informações do nosso lead time dividido em cycle time e tempo de espera.
Após entendermos o conceito do mapeamento e sabermos fazer um VSM simplificado, avaliaremos duas ferramentas, o mural e o visio, para identificar se elas podem nos ajudar.
Ao fim do treinamento, mostraremos como usar o mapeamento de processo que faremos no lugar da jornada de usuário para projetos de TI ou desenvolvimento de produto.
A pergunta que não quer calar é: vamos aprender a mapear processos?
O curso será focado em VSM, mas abordaremos duas maneiras distintas de mapear processos. O mais importante é que trataremos deste tema pensando em como aplicar essas técnicas ao desenvolvimento de produtos de tecnologia.
Se você entender um pouco de jornada do usuário, mapeamento de processos ou agilidade, já poderá acompanhar este curso. Se estes três temas são novidade para você, vale a pena buscar outros conteúdos sobre eles. Deixaremos algumas indicações de materiais que servirão de base para um melhor aproveitamento do curso.
Dito isso, vem com a gente aprender a fazer o nosso Value Stream Mapping e a usá-lo nos projetos de TI. Esperamos você na primeira aula!
O principal objetivo da nossa jornada é descobrir a relação entre mapeamento de processos e Agilidade. A partir daí, entenderemos as possibilidades para mapear processos.
Nesse sentido, precisamos começar perguntando se o mapeamento de processos e a Agilidade podem ser feitos em conjunto. Isso é possível?
Para responder a esse questionamento, trabalharemos com o estudo de caso da Bytebank. As pessoas envolvidas neste estudo são:
A seguir, traremos o perfil de cada pessoa em mais detalhe.
A Rita é nova na área e está aberta à adoção de metodologias ágeis e de suas melhores práticas. Ela não conhece o mapeamento de processos e, para ela, esse tema não tem nada a ver com Agilidade.
O Rodrigo é mais antigo na área e trabalhou por muito tempo com o método cascata e o mapeamento de processos. Ele aceitou a Agilidade, mas tem uma saudade da abordagem "tradicional". Além disso, desconhece o pensamento Lean e o Value Stream Mapping.
O Beto tem muita experiência na área de sistemas, estudou vários conceitos de Agilidade, mas não é fanático por um determinado método, conceito ou ferramenta específica.
Ele é consciente que devemos usar as práticas mais adequadas ao nosso contexto. Por isso, crê que a melhor prática é aquela que gera resultados.
O Luciano valoriza muito os processos e as práticas que evitam o desperdício. Por isso, ele já está em conformidade com o pensamento Lean, mesmo que não tenha consciência disso. Trabalha há 15 anos no ramo de cartões, mas não entende muito de Agilidade e não vê valor nestes modelos.
O nosso projeto é o Cartão Especial Premium, um cartão destinado a um público de renda mais alta, com exigências distintas. Seria um cartão novo no portfólio da Bytebank.
No início do projeto, a Rita e o Rodrigo fazem uma reunião com o Luciano com a expectativa de montar as personas e as jornadas, visto que estão acostumados a fazer esse trabalho. A princípio, eles usarão o mesmo processo de projetos anteriores.
Então, o Luciano dá a ideia de usar os processos que já estão mapeados. Nesse momento, tanto a Rita quanto o Rodrigo estranham a sugestão, pois estão acostumados a fazer a jornada do usuário.
A pergunta é: Faz sentido usar processos ja mapeados em vez de criar uma jornada de usuário?
Será que podemos substituir a jornada de usuário pelos processos já mapeados? Existe alguma notação específica dos processos que precisamos usar para fazer a substituição?
Abordaremos estas questões durante o curso e entraremos nos detalhes de cada etapa do trabalho da Rita e do Rodrigo para entender se isso é possível em um contexto ágil.
Você já parou para pensar se jornada de usuário e mapa de processos têm alguma relação um com o outro? Se você já trabalhou, provavelmente terá outra dúvida: não seriam ambos a mesma coisa? Precisamos tomar cuidado com as duas afirmações.
Após a reunião entre a Rita, o Rodrigo e o Luciano, a Rita pergunta o seguinte ao Beto, o agilista da empresa:
Luciana: "Beto, como explicar para o Luciano que mapa de processos não tem nada a ver com agilidade?".
Ela já tem um viés, pois conhece os princípios de agilidade, mas nunca ouviu falar no uso de um mapa de processos no contexto ágil. Logo, ela pensa que uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Beto: "Por que vocês acham que não podemos usar o mapeamento de processos?".
O próprio Beto questiona o porquê da colocação, já na tentativa de fazê-los refletir sobre o problema. O Rodrigo, então, pergunta:
Rodrigo: "Beto, mapeamento de processos não é usado só no 'cascata'?".
Lembrando que o Rodrigo já trabalhou muito com o mapeamento de processos na abordagem cascata e prefere esta ao método ágil. Por isso, o Rodrigo entende o mapeamento de processos como uma ferramenta fortemente associada ao método cascata.
Pensando na essência desta ferramenta, podemos usá-la para:
O mapeamento de processos pode servir, por exemplo, para implementar ações do Kaizen, que está inserido no pensamento Lean. Também podemos mapear os processos para identificar mais facilmente problemas no fluxo de produção.
Além disso, o mapeamento de processos pode fornecer apoio a projetos de tecnologia. Mapear o processo pode nos auxiliar a encontrar as melhores soluções quando desenvolvemos uma ferramenta ou funcionalidade nova.
Já a jornada do usuário nos ajuda a:
Em geral, mapeamos uma jornada de usuário para saber como as pessoas interagem com o nosso produto.
Com isso, percebemos que tanto o mapeamento de processos quanto a jornada de usuário dão apoio aos projetos de tecnologia. Isso porque ambos permitem uma visualização da integração entre pessoa usuária e produto ou serviço.
Porém, o mapeamento de processos pode ter informações de outro caráter que não o da interação com pessoas usuárias, enquanto a jornada de usuário é focada nesta interação.
Comparando as duas, percebemos que:
A jornada de usuário geralmente é mais simples; focada na pessoa usuária; e depende da persona, uma figura fictícia que corresponde a um determinado perfil de cliente. Além disso, pode haver várias jornadas para o mesmo produto, refletindo os diferentes perfis de pessoas usuárias.
Por outro lado, também é possível encontrarmos diferentes jornadas para uma mesma pessoa usuária, contemplando interações distintas com o mesmo produto.
Já o mapa de processos costuma ser mais detalhado; focado no processo, de modo que sua formatação final se assimila à jornada de usuário quando as etapas refletem a interação das pessoas com o produto; e depende do entorno, porque normalmente observamos o processo dentro de um contexto ou ambiente.
Por fim, o mapa também pode incorporar vários processos para o mesmo negócio, a depender das interações e dos objetivos distintos associados a um produto.
Isso acontece quando o processo se refere a uma interação da pessoa usuária com o produto ou serviço.
Alguns exemplos são:
Para estas situações, a jornada de usuário e o mapeamento de processos ficam muito semelhantes. Assim, entendemos que a Bytebank pode usar tanto um quanto o outro.
Na sequência, compreenderemos como aplicar as duas ferramentas a esses contextos.
O curso Value Stream Mapping (VSM): conheça o mapeamento de Fluxo de Valor possui 121 minutos de vídeos, em um total de 32 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de Administração e Gestão em Inovação & Gestão, ou leia nossos artigos de Inovação & Gestão.
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