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O mundo que conhecemos hoje não é o mesmo de ontem. E certamente não será o mesmo de amanhã. Essa constatação, embora possa soar óbvia, ganha um novo significado quando observamos as rápidas transformações - principalmente a transformação digital - que conduzem o nosso tempo, sobretudo no contexto corporativo. Por essa razão, abordaremos Business Agility Model e organizações adaptativas: significado, dimensões e domínios, além de 3 dicas para implementar a estratégia.
As mudanças — sejam elas no comportamento, nos hábitos de consumo ou nos meios e formatos de comunicação — estão intimamente ligadas ao desenvolvimento tecnológico, que opera sempre a favor de soluções ágeis e facilitadoras.
E se esse é o cenário que contextualiza a vida de quase toda a população mundial, no universo corporativo não poderia ser diferente.
Hoje, as empresas mais bem-sucedidas são aquelas que têm maior capacidade de adaptação às constantes transformações do mercado, e que abraçam a inovação como o caminho certo para manter a competitividade e a relevância, até mesmo nos cenários menos favoráveis.
Essas características são típicas de empresas que possuem o Business Agility Model como parte de seu core, ou seja: aquelas que buscam disseminar a inovação em todos os seus pilares estratégicos, dos profissionais C-Level aos cargos mais operacionais da organização.
Entretanto, embora esse modelo seja amplamente difundido no meio corporativo, em muitos casos o conceito de Agile ainda é aplicado de maneira equivocada.
Esse foi o assunto da nossa live sobre Business Agility, na qual reunimos alguns dos maiores especialistas da área para discutir sobre o que se deve ter em mente quando a intenção é incorporar soluções Ágeis à cultura de uma empresa. Samantha Lima conversou com Alexandre Magno, Fundador da Emergee, e George Bem (GB), CTO e Diretor de Inovação na TIVIT.
Neste artigo, falaremos sobre três dos principais ensinamentos compartilhados durante a live. Mas antes, vamos conhecer mais de Business Agility.
Business Agility Model é o modelo que visa aumentar a capacidade e a velocidade corporativa de adaptação, transformação e entrega de resultado e valor aos clientes.
Segundo o Business Agility Institute, também podemos defini-lo como:
“O conjunto de habilidades, comportamentos e modelos de trabalho organizacionais que concedem à organização liberdade, flexibilidade e resiliência para alcançar seu propósito, independentemente do que o futuro reserva.”
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Um exemplo de Business Agility bastante comum está na definição do roadmap de produtos.
A sua empresa, por exemplo, faz uma pesquisa com clientes e descobre que o motivo para um churn alto está no problema de uma feature. O que falta? Uma visão mais clara dos dados, o que o concorrente oferece e por um preço mais baixo, embora não tenha todas funcionalidades do seu produto.
É um problema que está diminuindo o valor de um produto robusto, bastante completo.
Rapidamente, as lideranças entendem a necessidade de priorizar essa melhoria no roadmap, mesmo com outras features previstas. E em poucos meses, as melhorias são aplicadas e geram bons feedbacks dos clientes.
Atuar dentro da lógica de Business Agility é entender as prioridades, testar e implementar com agilidade para entregar valor a clientes. Mas vamos ver como encaixá-la melhor dentro de todas as etapas do processo.
Apesar do exemplo que oferecemos acima, o Business Agility está em todas as etapas da empresa: do produto ao formato de liderança.
O Business Agility Institute, então, apresenta alguns domínios de interação corporativa que impactam no valor entregue ao cliente. Isto é, sistemas de culturas e comportamentos de uma organização ágil.
Os domínios oferecem uma estrutura para foco estratégico, tendo o propósito empresarial (o cliente, a entrega de um produto ou serviço), no centro.
Então, são os domínios do Business Agility Model:
Relações
Liderança
Indivíduos
Operações
Vejamos mais sobre cada um dos domínios.
A dimensão das relações é a mais próxima do propósito e reflete a relação entre as diferentes pessoas na estratégia corporativa.
Colaboradores e colaboradoras, dessa forma, são quem entregam o valor direto ao cliente e ocupam o domínio da Força de Trabalho.
A Direção ou quadro de diretores é o domínio com a maior expressão das intenções dos acionistas e do sentimento de “posse” sobre os processos.
E as parcerias incluem distribuidores, vendedores, todas as pessoas ou estratégias que permitem que o negócio se concretize.
Os domínios de liderança são responsáveis por dar forma a empresas pautadas pelo Business Agility. Aqui, encontram-se: gestão de pessoas, um time e estratégia ágil.
No domínio da gestão de pessoas estão as estratégias de liderança propriamente ditas. Ou seja, como gestores e gestoras podem engajar seus times, motivar, encabeçar o movimento ágil na organização.
Por um time, fala-se do sentimento colaborativo nas organizações. Isto é, todas as pessoas estão em busca de um objetivo comum: entregar valor ao cliente. Portanto, diferentes pontos de vista e focos de atuação convergem para esse fim único.
O domínio de estratégia ágil, por fim, engloba o conjunto de ações da empresa para promover a agilidade nos processos e na comunicação, para operacionalizar uma visão de mercado adaptativa.
Se a dimensão da liderança define a estrutura, é a dimensão dos indivíduos que entrega, de fato, o valor almejado.
Por essa razão, os domínios relacionados aos indivíduos refletem os processos, os experimentos, como as pessoas lidam com suas tarefas e responsabilidades.
O domínio de Growth em Business Agility traz a cultura do experimento, do aprendizado rápido, e coloca o erro como fonte de ensinamento. Nem sempre as empresas acertarão, mas é testando, corrigindo, refazendo, que podem alcançar resultados.
Todas as ações, porém, devem ser realizadas em busca da excelência. Isto não significa que se deva bloquear processos inovadores por não alcançarem a perfeição, mas que todo o trabalho realizado deve ser de alta qualidade, independentemente da função ou da matéria.
Ownership and Accountability, enfim, refletem a responsabilidade dos indivíduos, o sentimento de possuir uma função e agir conforme a confiança que se coloca sobre essa atribuição.
A dimensão de operações, por último, define o modo de trabalho de organizações ágeis.
O domínio da agilidade se refere ao conjunto de atividades realizadas por times e projetos.
A agilidade estrutural, por sua vez, é referente às relações entre indivíduos, times e divisões pensadas pela lógica de Business Agility.
Já o domínio da agilidade empresarial abraça a empresa em sua amplitude. Ou seja, como é o trabalho entre divisões, departamentos, a própria empresa e até mesmo entre organizações.
Você deve estar se perguntando, então: como identificar se as estratégias que você adotou de fato contribuem para tornar a empresa mais ágil. E claro, provar o ROI da estratégia.
Para isso, você pode acompanhar indicadores de Business Agility. São métricas de Business Agility:
Muitas empresas, quando decidem incorporar o conceito de Agilidade aos seus processos, acabam começando direto pelas práticas, sendo que essa deveria ser vista como uma das últimas etapas a serem aplicadas.
Na verdade, primeiro deve-se refletir sobre quais são os aspectos do modelo de negócio atual que estão impedindo que a Agilidade aconteça. O objetivo dessa reflexão é identificar os chamados anti-padrões de Agilidade, os quais são justamente os gargalos que atravancam os processos atuais.
É importante apontar que esses anti-padrões diferem muito de uma empresa para outra. Portanto, nessa etapa inicial, não se deve tomar como base um case de outra organização cujo modelo de negócio seja similar.
As estratégias devem fazer sentido dentro do contexto específico de cada organização, e reproduzi-las em outros cenários não é aconselhável, pois os resultados provavelmente seriam diferentes.
Modelos ágeis são frequentemente associados à área de desenvolvimento de software.
No entanto, agilidade diz respeito a uma mudança coletiva de mindset, que deve ser incorporada à cultura organizacional como um todo.
Significa que, ao invés de depositar as energias apenas na implementação de ferramentas e metodologias, o mais correto seria pensar nas dores que precisam ser resolvidas — tanto nos processos internos como em relação ao que a empresa se propõe a entregar para seus clientes.
Além disso, para que essa nova cultura seja amplamente difundida e executada por todas as áreas da organização, é muito importante que essa seja uma decisão estabelecida de cima para baixo, com os C-Levels dando o exemplo para todas as outras áreas. Essas pessoas que causam impacto e influenciam outras a seguir o mesmo caminho são conhecidas como agentes transformadores.
Diferente da rapidez, que é pautada por um movimento contínuo e crescente, a Agilidade está relacionada à capacidade de alterar um percurso rapidamente.
Uma boa analogia para entender a diferença entre os dois conceitos é a comparação entre dois diferentes tipos de esportistas: um velocista e um jogador de futebol.
No caso do velocista, existe um território bem definido desde o início da corrida. Há um ponto de partida e uma linha de chegada, assim como a certeza de que não haverá nenhum obstáculo imprevisível ao longo do percurso. Por isso, o foco do velocista é ser rápido, não ágil.
Já no caso do jogador de futebol, existe uma imprevisibilidade inerente ao jogo — uma vez que, para chegar ao gol, é preciso driblar adversários que possuem diferentes habilidades, e que podem se movimentar em qualquer direção. Por isso, o jogador deve ser ágil e astuto, calculando seus movimentos e encontrando as melhores soluções para alcançar seu objetivo.
O cenário de uma organização é muito mais próximo ao do jogador de futebol, pois é como se todas as colaboradoras e colaboradores desempenhassem papéis complementares para ganhar a partida.
A Agilidade, portanto, é algo essencial no desempenho de cada uma dessas pessoas, pois possibilita uma interação dinâmica, focada em soluções estruturadas e direcionadas a objetivos bem definidos.
Os ensinamentos da live demonstram que, quando bem aplicado, um modelo de Business Agility Model não apenas representa uma grande vantagem competitiva no mercado, como também influencia positivamente toda a cultura da sua organização.
Processos bem definidos e ágeis, contribuem para a comunicação corporativa e a colaboração entre as pessoas. Afinal, todas estão voltadas para um objetivo geral, apenas em etapas diferentes do trabalho.
Tudo isso leva também a uma maior velocidade, tanto de produção quanto de adaptação, o que é fundamental em mercados competitivos.
Segundo dados da McKinsey & Company, uma estrutura ágil melhora:
E isto resulta, enfim, em maior qualidade do produto e maior satisfação de clientes. Então, por que não aplicar modelos ágeis na sua organização também?
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