O que é e quais as vantagens do cloud computing (computação em nuvem)?

Mais do que uma tendência de TI, o cloud computing é uma tecnologia bastante consolidada no mercado. Inclusive, de acordo com a pesquisa do Gartner, os gastos de pessoas usuárias finais com nuvem pública em todo mundo deve atingir quase US$ 600 bilhões em 2023.

A tecnologia, que surgiu de uma solução para armazenar e gerenciar arquivos, evoluiu e se tornou um terreno fértil para a criação de inovações ainda maiores.

Afinal de contas, a computação em nuvem é a razão ou o potencializador de inovações que já revolucionaram o mercado corporativo — como, por exemplo, Big Data, Machine Learning e Internet das Coisas (IoT).

Por isso, é considerada como um dos pilares da transformação digital.

Pensando nisso, o objetivo deste artigo é explorar o conceito de cloud computing, especialmente para destacar as vantagens dessa tecnologia em termos de escalabilidade, segurança e acessibilidade.

O que é cloud computing?

O cloud computing (ou computação em nuvem) é um recurso de TI que permite acessar de qualquer lugar serviços de tecnologia — como capacidade computacional, armazenamento e banco de dados.

Ou seja, a partir dessa tecnologia, as pessoas e empresas não precisam mais comprar e manter servidores físicos, nem se conectarem a um serviço local para acessar o serviço.

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Em outras palavras, a computação em nuvem permite que acessem, de forma remota, armazenamento de arquivos, processamento de dados e softwares, através de um provedor de nuvem na internet.

Um exemplo clássico de cloud computing é o Google Drive, com as soluções de edição de texto e planilhas em nuvens.

Se comparados às versões do Word ou Excel da Microsoft, essas aplicações chamam atenção em dois pontos principais: em primeiro lugar, as pessoas não precisam instalar programas em seus computadores para usá-las.

Além disso, o segundo ponto é que elas funcionam a partir de edição e atualização de alterações de forma remota. Então, as pessoas não precisam enviar arquivos para conceder acesso à versão atualizada.

Basta que tenham acesso à internet e os arquivos estarão prontos para serem usados de qualquer lugar no mundo.

Sendo assim, o principal intuito do cloud computing é flexibilizar o armazenamento e gestão dos dados digitais. Afinal de contas, dispensa o uso de hardwares caros e complexos.

É por isso que Marc Benioff, diretor executivo da Salesforce, ressalta a perspectiva democrática da nuvem: “empresas de serviços em nuvem de todos os portes… a nuvem é para todos. A nuvem é democrática”.

A tecnologia do cloud computing também funciona sob demanda. Isto é, o preço é definido a partir do uso.

Principais características do Cloud Computing

Em resumo, as principais características da computação em nuvem são:

• Multiplataforma: basta ter uma conexão à internet para acessar o serviço de qualquer dispositivo — desktop, notebook, tablet, smartphone e aí por diante.
• Flexibilidade: a pessoa usuária tem uma experiência com base na demanda e no uso real.
• Serviço monitorado: o uso de recursos é controlado; por isso, o pagamento funciona como um serviço de utilitários simples.
• Recursos em pool: existem várias pessoas usuárias do software – modelo de multilocatários;
• Sob demanda: não precisa envolver uma pessoa profissional de TI. As pessoas usuárias têm capacidade computacional necessária para acessar os serviços.

Tipos de serviços de cloud computing

A partir disso, existem três principais tipos de serviços de computação em nuvem: infraestrutura como serviço, plataforma como serviço e software como serviço.

É importante ter em mente que os tipos de serviços de cloud computing se referem especialmente à forma como funcionam. Ou seja, os diferentes modelos desse serviço.

Assim, cada um dos tipos oferece níveis diferentes de controle, flexibilidade e gerenciamento — que, por consequência, atendem a necessidades distintas.

Infraestrutura como serviço (IaaS)

O modelo IaaS (infraestrutura como serviço de computação em nuvem) compreende os componentes básicos da infraestrutura na nuvem.

Então, oferece acessos a recursos de rede, computadores virtuais ou hardwares e espaço de armazenamento de dados.

Ou seja, a pessoa ou empresa usuária contrata a infraestrutura necessária para armazenar as suas aplicações.

O provedor se responsabiliza com servidores e rede. Por isso, é o tipo de cloud computing com maior flexibilidade e controle sobre os recursos de tecnologia.

Em geral, a IaaS proporciona a capacidade de aproveitar recursos brutos do servidor, enquanto a seleção, instalação e configuração dos recursos necessários para o sistema operar de forma adequada é de responsabilidade da pessoa contratante.

Plataforma como serviço (PaaS)

A PaaS (plataforma como serviço de computação em nuvem) é um ambiente de desenvolvimento na nuvem capaz de entregar recursos que otimizam a criação e o gerenciamento de sistemas.

A partir dessa plataforma, as pessoas usuárias não precisam se preocupar com a infraestrutura para desenvolver um sistema — como, por exemplo, servidores, sistemas operacionais e rede.

A empresa provedora do serviço fica responsável pela manutenção do sistema operacional, da rede, dos servidores e da segurança. Mas, em contrapartida, mantém a liberdade de desenvolver aplicações personalizadas de software.

Ou seja, as pessoas ou empresas usuárias só precisam focar na implantação e no gerenciamento de aplicativos.

Software como serviço (SaaS)

Atualmente, o modelo SaaS (software como serviço de computação em nuvem) é o tipo mais popular entre as empresas.

Inclusive, segundo os dados do Statista, o mercado SaaS pode chegar a US$ 195 bilhões de dólares em 2023.

Nesse tipo de cloud computing, o provedor de serviço concede acesso de softwares que estão na nuvem, através de uma interface de navegador ou de programa.

Então, ao invés de precisar instalar softwares, as pessoas podem acessá-los a partir de um computador ou smartphone (e outros dispositivos) e conexão à internet.

Os e-mails foram os primeiros serviços em nuvem que usamos em nossas rotinas — mesmo sem sabermos, naquela época, que se tratava dessa tecnologia.

Além disso, as pessoas não precisam comprar o software, apenas contratar assinaturas que dão permissão de acesso a ele.

Logo, os aplicativos podem ser acessados de qualquer dispositivo, em qualquer lugar do mundo, a partir de uma conexão à internet.

Quais os benefícios da computação em nuvem

A partir dos tipos de cloud computing, é possível perceber que essa tecnologia em nuvem é extremamente abrangente.

Sendo assim, a migração para cloud computing oferece diversos benefícios para as empresas. No entanto, os principais benefícios de cloud computing são:

Escalabilidade: uma vantagem da nuvem

A nuvem não tem limite de armazenamento ou de processamento. A tecnologia funciona a partir de forma flexível e a partir dos pacotes de assinatura.

Ou seja, a empresa ou pessoa usuária pode escolher qual é o plano (e consequentemente, a quantidade de acesso) que vai assinar.

Por isso, a escalabilidade do cloud computing é muito alta. Se a sua empresa crescer, por exemplo, 100% em 3 meses e precisar de mais espaço para processar as informações, basta contratar um novo plano na provedora.

E se, por outro lado, nos meses seguintes à demanda diminuir, também é possível dimensionar o serviço de acordo com a nova necessidade.

Agora imagine se fosse uma infraestrutura própria com servidores físicos. Para migrar para novos servidores, precisaria de um investimento específico de dinheiro e tempo.

A flexibilidade da computação em nuvem faz com que ela acompanhe o ritmo de desenvolvimento das organizações.

Garantindo a segurança dos dados na nuvem

A segurança é outro grande benefício da computação em nuvem. É possível controlar os acessos e garantir que arquivos maliciosos não entrem no ambiente.

As empresas podem perder todas as informações que estão em equipamentos físicos — em razão de situações de avarias ou furtos, por exemplo. Menos as que estão nas nuvens.

Talvez você esteja se perguntando: mas e se acontecer algum problema com os servidores remotos dos provedores?

Os provedores de serviços de cloud computing seguem as melhores práticas do mercado e têm os mais altos padrões de segurança.

Assim, as informações são salvas em mais de um lugar. O que torna a chance de perdê-las quase nula.

Isso retoma outra questão que é a redução de custos. A partir do cloud computing, a empresa não precisa investir em tecnologia de segurança de informação por conta própria.

Acessibilidade facilitada pela computação em nuvem

Além disso, a computação em nuvem pressupõe a permissão de acessos aos recursos computacionais sem a necessidade de conexão com um servidor físico.

Para isso, basta que as pessoas tenham acesso à internet, de qualquer lugar do mundo e de qualquer dispositivo.

Sendo assim, a alta disponibilidade dos serviços é um dos grandes benefícios dessa tecnologia. E o melhor: o acesso a esses recursos podem ser controlados.

Então, apesar de ser alta a disponibilidade das informações, apenas pessoas autorizadas podem acessá-las. O que torna todo processo bastante seguro.

Como migrar para cloud computing

De todo modo, o percurso do cloud computing só está começando. Existem muitas perspectivas de desenvolvimento e aprimoramento dessa tecnologia para o futuro.

Nesse contexto, é fundamental capacitar seu time para aproveitar essas oportunidades futuras, especialmente para criar um planejamento de migração para cloud computing que se alinhe às necessidades estratégicas do negócio.

Afinal de contas, nada melhor do que desenvolver habilidades técnicas e se capacitar para o que está por vir.

Inclusive, se você quer conhecer a jornada de outras empresas, uma dica especial é ouvir o podcast sobre a jornada para o Cloud do Banco do Brasil.

E a sua empresa, já migrou seus sistemas e informações para a nuvem?

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