Organizações que confiam nas nossas soluções corporativas
Junte-se a mais de 5000 empresas que já capacitaram seus times com nossas formações.
Autoras: Daniela Soares, Fernanda de Souza e Suelen Jacinto
Qual a relação entre o framework Cynefin, nível de complexidade de negócio e Business Agility? Neste artigo, você entenderá essa relação, passando pelos seguintes pontos:
Para Hans Eckman, líder em transformação de negócios, o termo agilidade — agility em inglês — significa ser capaz de reagir rapidamente às mudanças, antecipar a entrega de valor ao cliente e reduzir o acúmulo de riscos.
Quando falamos de Business Agility, falamos sobre um processo que envolve o mapeamento de uma organização para identificar onde estão os impedimentos que bloqueiam ou adiam as características apontadas por Eckman.
A entrega contínua de valor é essencial para a agilidade e está diretamente conectada a três grupos importantes para o sucesso da empresa:
O primeiro caso abrange o aumento do valor dos bens ou dos serviços destinados a clientes, além de reduzir os efeitos adversos ao adquirirem este bem ou serviço. O segundo envolve melhorar a satisfação de colaboradores e colaboradoras e reduzir os erros. O terceiro, semelhante ao primeiro, está relacionado ao aumento do valor de bens e serviços dessas parcerias, reduzindo proporcionalmente os efeitos adversos.
Adotar Business Agility também significa uma mudança de cultura, começando pela priorização das entregas que realmente têm valor ao(à) cliente final e entregar este valor continuamente, em pequenos pedaços, evitando feedbacks tardios. Do ponto de vista do gerenciamento, é vital ter times auto-organizados e lideranças que sejam servidoras. Uma estrutura de comando e controle não se encaixa em Business Agility.
Mas fica a questão: a sua empresa precisa de Business Agility? Depende.
Identificar o nível de complexidade de uma empresa pode indicar um possível investimento em agilidade. Mas como você pode fazer isso e se preparar para o Business Agility?
Você já percebeu os diferentes contextos e ambientes de trabalho, inclusive no qual você está inserido(a)? E se perguntou como lidar com cada um?
É nesse momento que entra o framework Cynefin — palavra de origem galesa, que significa habitat, ou ambiente, em português —, desenvolvido pelo pesquisador e consultor Dave Snowden, para auxiliar na identificação de contextos e na tomada de decisões, de acordo com as diferentes relações entre causa e efeito.
A estrutura é composta por quatro quadrantes e um fator central, chamados de domínio, no caso:
Cada um desses domínios trazem formas de lidar com as situações dentro da empresa, conforme o enquadramento do contexto dentro desses domínios.
É essencial falar que esse framework é fluído, ou seja, acompanha as percepções da realidade. Por exemplo: A situação X hoje se enquadra no domínio complexo, mas amanhã pode se encaixar no domínio simples. É importante para sua empresa ter a percepção de que sua realidade não é estática, mas sim fluida.
Uma boa ferramenta de análise de contexto pode ajudar por meio de sensemaking — que em português pode ser interpretado como "fazer algo com as percepções, sensações” — ao estabelecer uma coesão às coisas que acontecem e assim, entendê-las melhor.
Apesar de visualmente parecer uma matriz 2X2 ou ferramenta de categorização, não é. Trata-se de um framework que ajuda a avaliar a dinâmica das informações inseridas na estrutura.
Considerando a identificação de contextos e as respectivas tomadas de decisões, a partir de um problema, no domínio:
No domínio simples, as pessoas já sabem quais ações são necessárias no dia a dia, o que e como devem fazer. Sendo assim, não há necessidade de Business Agility nesse cenário.
No complicado, por meio de constatações baseadas em tempo e conhecimento especializado, é possível prever decisões. A agilidade nesse contexto é útil, pois ajuda a reduzir riscos, feitas as análises para obter respostas necessárias. Neste domínio existem diversas possibilidades, diante de um impedimento há múltiplas formas para lidar com ele, então é necessário analisar a situação e a solução que entregue maior valor ao cliente, em um menor tempo e com menos riscos.
No complexo, você não sabe o que não sabe. É preciso sondar (cultura de experimentação), sentir (aprender) e responder (agir em sua melhoria). Uma situação que entra nesse domínio é o estabelecimento de uma nova concorrência, como aconteceu com os taxistas com o surgimento da Uber. É preciso entender se é uma ameaça ou não, aprender com as diferenças positivas e negativas, para responder, se haverá uma adaptação ao novo modelo posto pela concorrência e etc. Este é o contexto ideal para Business Agility.
No domínio caótico, são necessárias decisões rápidas em situações completamente imprevisíveis, como no Mercado Financeiro, que dificilmente um plano cobrirá os riscos e variáveis que podem afetar esse ambiente. É preciso agir, ver o que acontecerá e responder com base na observação do que aconteceu, portanto neste contexto a agilidade não ajudará.
Mesmo que você não venha a utilizar este framework para realizar uma análise de adoção do ágil, é possível utilizá-lo para a tomada de decisões no seu negócio. Inclusive, no curso "Gestão de produtos digitais: Produto vs. Projeto", no vídeo sobre o assunto, são apresentados alguns exemplos, a partir dos quais é possível identificar a tomada de decisões em situações cotidianas, com base no Cynefin.
Lembre-se: o Cynefin é um framework fluído, ou seja, acompanha as percepções da realidade de acordo com o ambiente a ser trabalhado. É importante utilizar dados e informações para criar e estruturar o enquadramento no framework Cynefin. Ou seja, utilizar os conceitos essenciais do framework, levando em consideração a sua realidade em relação aos domínios, com a consciência de que podem mudar conforme o contexto.
E pensando no Business Agility, que refere-se à adaptação evolutiva com foco na entrega de valor e minimização de riscos, o Cynefin pode ser bem útil nesse contexto pois, por exemplo, no desenvolvimento de um projeto de software que as decisões e soluções são descobertas à medida que se entrega e obtém feedback, este framework pode ajudar a direcionar os ajustes necessários rumo ao fluxo de trabalho ideal, de acordo com o domínio.
Quer saber um pouco mais sobre o universo da Agilidade? Confira essas indicações:
Cursos:
Certificação PMI-ACP: Conheça a Cultura Ágil e seu potencial de aplicação: saiba quais são os piladres da Cultura Ágil e tenha uma visão geral sobre os frameworks ágeis.
Management 3.0: Gerencie o ambiente, não as pessoas: conheça os diferentes tipos de gestão e saiba por que a Gestão 3.0 realmente pode fazer diferença para você e sua equipe.
Formação em Business Agility, aprofunde os conhecimentos iniciais aqui desenvolvidos para incorporar o pensamento e comportamento ágil em sua empresa.
Venha mergulhar em Agilidade com a gente!
Junte-se a mais de 5000 empresas que já capacitaram seus times com nossas formações.