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Vivemos em uma era de distração constante, onde a habilidade de se concentrar se tornou rara e valiosa. A partir disso, o conceito de deep work — estilo de trabalho no qual a pessoa fica totalmente concentrada em uma única tarefa —, se destaca como um fator decisivo para transformar o foco e a produtividade nas empresas.
Assim, adotar o deep work pode ser o diferencial para organizações que desejam elevar o desempenho de seus times e maximizar a qualidade de suas entregas. Além disso, a prática também cria um ambiente mais focado, reduzindo o tempo de distrações.
Para aprofundar o tema, neste artigo vamos entender mais sobre o que é deep work, significado, princípios e como adotar esse estilo de trabalho nos processos da sua organização. Continue a leitura!
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Deep work é um conceito criado pelo professor e autor Cal Newport em seu livro "Deep Work: Rules for Focused Success in a Distracted World". Por meio de suas palavras, o termo se refere à capacidade de se concentrar profundamente em uma tarefa sem interrupções. Ou seja, é quando você está tão envolvido(a) em uma atividade que esquece do resto do mundo ao redor.
Praticar o deep work aumenta significativamente a produtividade das pessoas, principalmente quando há problemas de concentração no trabalho. Sem distrações, as pessoas colaboradoras conseguem focar em suas responsabilidades e fazer mais tarefas em menos tempo, e a qualidade do trabalho também melhora, já que a maior concentração ajuda a gerar resultados de alto nível.
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Agora que entendemos o conceito de deep work, vamos explorar mais a fundo essa prática e entender como é possível ter mais concentração no trabalho de maneira natural.
A primeira questão que precisamos entender é: qual é a diferença do deep work para as formas de trabalho convencionais? O principal ponto está na intensidade do foco. Enquanto o trabalho convencional envolve multitarefas e constantes distrações a todo momento, o conceito de deep work promove a concentração em uma única tarefa, realizada com profunda atenção.
As empresas e as pessoas que adotam esse estilo de trabalho estão propensas a terem resultados mais significativos em suas entregas. Sobre isso, o psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, em seu livro “Flow: The Psychology of Optimal Experience”, argumenta que entrar em um estado de fluxo — que é o que acontece durante o deep work — não apenas melhora a produtividade, mas também aumenta a satisfação das pessoas.
Vale destacar que não são todas organizações e profissionais que podem ou conseguem seguir o conceito de deep work. Por isso, se está pensando em implementar esse estilo em sua empresa, antes é preciso fazer análises e testes para entender se essa é a opção ideal para o seu negócio.
Ao adotar o conceito de deep work, Cal Newport destaca alguns pontos importantes em seu livro, que ajudam a introduzir esse estilo de trabalho nas rotinas empresariais. Para facilitar a compreensão, traduzimos essas orientações em 4 princípios.
Para alcançar um estado de foco profundo, é essencial criar um ambiente propício e estabelecer rotinas que minimizem as distrações. Isso pode incluir: escolha de um espaço tranquilo e silencioso, que seja dedicado para o trabalho; definição de horários; criação de rituais para aumentar o foco (como tomar um chá ou escutar músicas); e eliminação de distrações digitais (como notificações do celular).
Em um mundo repleto de estímulos constantes, nossa mente se acostumou a buscar distrações a todo momento. Para dominar o deep work, é preciso reaprender a lidar com o tédio e resistir à tentação de checar o celular ou navegar na internet a cada momento livre.
Para ajudar as pessoas colaboradoras a resistir às distrações, por exemplo, a dica é tentar promover meditações, cafés ou outras atividades simples para relaxar a mente por alguns minutos, durante o deep work.
As redes sociais são projetadas para nos manter engajados e distraídos, o que as torna inimigos do deep work. Cal Newport sugere que a maioria das pessoas se beneficiaria ao abandonar completamente esses aplicativos ou, pelo menos, limitar o uso em horários específicos e com propósito definido.
Neste quesito, avalie como os trabalhos dos setores podem ser impactados com a diminuição das redes sociais. Apesar do autor falar em abandono desses aplicativos, sabemos que não é necessário tomar decisões tão rígidas. A melhor solução seria orientar os times a não usarem esse tipo de tecnologia durante as tarefas que exijam mais atenção.
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O trabalho superficial, como responder e-mails e realizar tarefas administrativas repetitivas, consome tempo e energia que poderiam ser dedicados ao deep work. Com isso, para maximizar a produtividade, é preciso identificar e reduzir essas atividades de baixo valor com soluções eficazes.
Para resolver este problema, como uma das melhores formas de automatização de tarefas, adote soluções com Inteligência Artificial. Softwares baseados em IA podem aprender com os padrões de trabalho da sua empresa.
Ao assumir tarefas diárias e repetitivas, o uso da IA libera tempo e energia mental para que as pessoas se concentrem em atividades mais estratégicas e criativas, que exigem o deep work.
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Os conceitos deep work e slow work representam duas formas diferentes de trabalhar, cada uma com características e impactos distintos na produtividade e bem-estar.
Como vimos, o deep work é a prática de se concentrar profundamente em uma única tarefa, sem distrações. Nesse estado de foco intenso, é possível atingir a alta produtividade e criatividade, produzindo resultados de qualidade em menos tempo.
Já o slow work é um método para uma abordagem mais calma e intencional, priorizando qualidade em vez de velocidade e quantidade. Assim, essa filosofia incentiva a desacelerar, refletir sobre as tarefas e dedicar tempo ao pensamento criativo e à resolução de problemas complexos.
Em resumo, enquanto o deep work foca na imersão total em uma tarefa, o slow work valoriza o tempo para reflexão e propósito. Não existe um modelo de trabalho melhor do que o outro. Para que sua empresa escolha a melhor alternativa a ser adotada, veja qual faz mais sentido para os processos internos e para a adaptação das pessoas colaboradoras.
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Depois de entender como o deep work pode aumentar a produtividade e o foco, vamos conferir como as empresas podem implementar esse conceito em seus setores. Acompanhe a seguir.
Empresas podem delimitar horários específicos no dia para que os colaboradores e colaboradoras se dediquem ao deep work. Estabelecer períodos, como pela manhã ou após o almoço, permite que todos trabalhem em um ambiente de foco profundo.
Uma ótima forma de começar esse movimento é implementá-lo gradativamente. Assim, as pessoas vão se acostumando com esse estilo de trabalho e observando como ele traz benefícios para as suas rotinas.
As lideranças devem definir objetivos para as sessões de deep work. Isso pode incluir a conclusão de projetos, resolução de problemas complexos ou desenvolvimento de novas habilidades. Metas claras ajudam a manter a atenção no que realmente importa — e esse é o foco principal.
Novas políticas empresariais, como o desligamento de notificações de aparelhos eletrônicos e a limitação de reuniões durante esses períodos, podem ser implementadas para garantir um ambiente que possibilita mais concentração.
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Para gerenciar melhor o tempo do deep work, as organizações podem incentivar o uso de técnicas de concentração, como o Pomodoro. Com esse método, por exemplo, os times podem trabalhar por 25 minutos e fazer pequenas pausas antes de começar um novo ciclo, o que mantém a energia e o foco mais altos.
Vale destacar que, sobre esses métodos, as pessoas e suas equipes podem adotar práticas diferentes e até mesmo criar uma nova combinação de ações distintas para o deep work. Por esta razão, é importante dar autonomia para os(as) profissionais entenderem qual é a melhor forma de se concentrarem.
Para auxiliar as equipes, as organizações podem oferecer programas de mindfulness para incentivar as pessoas colaboradoras a melhorarem a concentração e a capacidade de lidar com distrações. Isso também pode reduzir o estresse e aumentar o bem-estar geral das equipes.
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Por fim, a liderança deve avaliar regularmente a eficácia das práticas de deep work na empresa. Se algo não estiver funcionando, ajustes devem ser feitos para garantir que todas as pessoas estejam atingindo sua alta produtividade.
Após essas orientações, foi possível perceber que o deep work em ambientes corporativos pode ser desafiador no início. Mas, com o tempo, essa prática pode transformar a produtividade das equipes e gerar resultados mais significativos e impactantes.
Ao contrário do que muitas pessoas acham, o deep work não é sinônimo de isolamento. Embora seja verdade que o foco intenso requer um ambiente tranquilo, isso não significa que as pessoas precisam trabalhar sozinhas e sem contato com colegas.
Para entender melhor o que é deep work, pense nesse conceito como uma prática de mindfulness. Assim, esse estilo não se trata de manter um foco constante o tempo todo, mas sim de reservar momentos específicos para que as pessoas se dediquem em tarefas complexas sem distrações.
Por isso, como já apontamos, o segredo está em definir períodos e projetos que podem contar com o deep work para alcançar melhores resultados. Após essas sessões de trabalho intensivo, é importante que as pessoas façam pausas para socializar e relaxar.
Ao criar uma rotina equilibrada, onde há momentos dedicados ao deep work e tempo para colaboração e descanso, as empresas conseguem aumentar a produtividade e manter um ambiente de trabalho engajador e dinâmico. O equilíbrio entre foco profundo e interação social é o que realmente potencializa resultados e contribui para o bem-estar das pessoas e o sucesso da organização.
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