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Em uma sociedade globalizada e cada vez mais conectada, devido à transformação digital, a diversidade se torna essencial para o crescimento sustentável das empresas.
Reconhecer e valorizar as diferenças individuais, e promover a equidade e a inclusão, é essencial para garantir uma sociedade mais justa e uma cultura organizacional de valor.
Segundo um estudo da McKinsey & Company, empresas com maior diversidade étnica e racial em suas equipes executivas têm 36% mais chances de apresentar lucratividade acima da média do mercado. Já um estudo da Boston Consulting Group revelou que organizações com maior diversidade de gênero em suas equipes de liderança inovam mais e têm 19% a mais de receita proveniente de novos produtos e serviços.
Esses dados comprovam que Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) não é apenas uma questão de justiça social, mas também um fator importante para o sucesso das empresas. Ao promoverem a DEI, as organizações criam um ambiente de trabalho mais rico em ideias, perspectivas e soluções, o que impulsiona a criatividade, a inovação e o crescimento.
O objetivo deste artigo, é explorar o que significa DEI, sua importância nas empresas e na sociedade, os desafios para a sua implementação e as melhores práticas para a construção de uma cultura mais justa, equitativa e inclusiva.
O termo “DEI” é um acrônimo para Diversidade, Equidade e Inclusão, que se refere a três pilares fundamentais que moldam um ambiente de trabalho saudável e produtivo. A diversidade nas empresas diz respeito à representação de uma ampla gama de traços, experiências e perspectivas, ou seja, significa ter um ambiente de trabalho com pessoas com diferentes características.
A equidade nas empresas envolve garantir que todos tenham o mesmo acesso às oportunidades, independentemente de seu histórico ou identidade. Isso significa eliminar barreiras que possam impedir algumas pessoas de avançar e proporcionar o apoio necessário para que todos possam ter sucesso.
Por fim, a inclusão significa criar um ambiente em que todas as pessoas se sintam valorizadas e capazes de contribuir plenamente, além de criar um espaço onde se sintam confortáveis para serem autênticas e onde suas vozes sejam ouvidas.
Estes três conceitos estão intrinsecamente ligados. A diversidade sem inclusão pode levar a um ambiente de trabalho fragmentado, enquanto a equidade sem diversidade pode resultar em uma falta de diferentes perspectivas.
Da mesma forma, a inclusão sem equidade pode resultar em certos grupos sendo sub representados; em outras palavras, é como convidar todas as pessoas para uma festa, mas só algumas podem dançar.
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As organizações que adotam princípios DEI em sua cultura organizacional podem observar uma variedade de benefícios. Essas empresas tendem a ter equipes mais inovadoras, pois a diversidade de pensamento pode proporcionar soluções ainda mais criativas. Além disso, a inclusão melhora o clima organizacional, o que pode aumentar a satisfação e a retenção de talentos.
No entanto, a integração efetiva dos princípios DEI vai além de simplesmente recrutar um quadro diversificado de pessoas colaboradoras. Requer uma compreensão profunda e contínua das necessidades e experiências únicas de cada indivíduo, bem como esforços consistentes para criar políticas justas e inclusivas, além de treinamento para garantir que toda a organização entenda sua importância.
Antes de mais nada, a diversidade no local de trabalho não é apenas eticamente correta, mas também tem benefícios tangíveis para as organizações. Segundo uma pesquisa da McKinsey & Company, empresas com maior diversidade de gênero são 21% mais propensas a ter desempenho financeiro acima da média. Da mesma forma, aquelas com diversidade étnica são 33% mais propensas a ter rendimentos superiores à média do setor.
Como vimos, a diversidade promove uma maior variedade de perspectivas, resultando em melhores decisões e soluções mais inovadoras, além de fortalecer a cultura organizacional, o que pode aumentar a satisfação e retenção de colaboradores e colaboradoras.
Além disso, quando uma empresa investe em DEI, ela demonstra às pessoas colaboradoras, candidatas e ao mercado em geral que valoriza a individualidade, promove a igualdade de oportunidades e incentiva o respeito às diferenças.
O resultado disso, é um impacto positivo na reputação da empresa, que fortalece sua marca empregadora e contribui para a atração de talentos. Mas é importante destacar que, construir uma imagem positiva e atrativa como empresa exige um compromisso genuíno.
Por isso, é essencial promover um ambiente inclusivo onde todas as pessoas colaboradoras se sintam valorizadas e capazes de contribuir plenamente para o sucesso organizacional.
Leia também: Por que investir em Diversidade e Inclusão (D&I) na área de tecnologia
Após entender a importância da diversidade nas empresas, é hora de dar o próximo passo: implementar uma estratégia DEI eficaz. A seguir, estão algumas diretrizes para te ajudar nessa jornada.
Defina metas claras: identifique o que você espera alcançar com a sua estratégia de DEI. As metas podem variar desde aumentar a representação de grupos sub-representados até melhorar a satisfação e retenção de talentos.
Garanta o comprometimento da liderança: a liderança deve estar totalmente comprometida com os esforços de DEI e atuar como modelos a serem seguidos.
Comunique o time: é importante comunicar aos times as iniciativas, para que todos estejam cientes e as práticas sejam incorporadas na cultura da empresa, e não sejam apenas ações isoladas.
Promova treinamentos: implemente programas de treinamento para educar as pessoas colaboradoras sobre a importância da DEI e como elas podem contribuir.
Revise as políticas internas: revise todas as políticas, procedimentos e práticas da organização para garantir que sejam justos e inclusivos.
Mensure o progresso: use métricas e indicadores-chave de desempenho para medir o progresso em relação às metas estabelecidas.
Utilize ferramentas de DEI: existem várias ferramentas disponíveis, como softwares de recrutamento que eliminam vieses inconscientes, que podem auxiliar na implementação da sua estratégia.
Leia também: O que fazer para construir uma empresa inclusiva e diversa
Após a implementação de uma estratégia de DEI eficaz, a liderança assume um papel fundamental para garantir sua sustentabilidade. Líderes com habilidade de influência, conseguem moldar a cultura organizacional, estabelecendo o tom para um ambiente inclusivo e diverso.
A liderança eficaz no DEI vai além das palavras — requer ações concretas. A liderança deve demonstrar um compromisso genuíno com os princípios de diversidade, equidade e inclusão (DEI). Isso pode ser feito através da promoção de políticas justas, que garantem igualdade de oportunidades e incentivam um ambiente onde todas as vozes sejam ouvidas.
A liderança também tem a responsabilidade de impulsionar as iniciativas de DEI, tornando-as uma prioridade estratégica. Isso significa dedicar recursos adequados, estabelecer metas claras e medir o progresso regularmente, criando não apenas uma cultura que valoriza a diversidade, mas também promove a equidade e a inclusão.
Portanto, é essencial que a liderança entenda seu importante papel na promoção do DEI e esteja disposta a tomar as medidas necessárias para garantir seu sucesso.
Leia também: Liderança inclusiva — conheça os benefícios de promover a diversidade no ambiente de trabalho
Embora os princípios de DEI no local de trabalho sejam essenciais para criar um ambiente diversificado e acolhedor, as empresas enfrentam vários desafios ao tentar promovê-los. Um dos principais obstáculos é a resistência à mudança, que pode ser superada através da educação e treinamento contínuos.
Por meio de workshops de sensibilização e programas de formação, as pessoas colaboradoras podem aprender sobre os benefícios da diversidade e inclusão (D&I) e como eles podem contribuir para um ambiente de trabalho mais inclusivo.
Outro desafio é a falta de representação diversificada nos cargos de liderança. Para combater isso, as empresas podem implementar políticas de contratação mais justas e imparciais, além de oferecer oportunidades de promoção equitativas para todos os colaboradores e colaboradoras. Além disso, programas de mentoria podem ser úteis para apoiar funcionários sub-representados no desenvolvimento de suas carreiras.
Finalmente, muitas empresas lutam para criar uma cultura inclusiva que vai além das simples quotas de diversidade. Uma solução eficaz pode ser a criação de grupos de afinidade ou redes de pessoas colaboradoras que proporcionem suporte e um senso de pertencimento aos membros sub-representados.
Para superar esses desafios, é essencial que a liderança da empresa esteja comprometida com as iniciativas de DEI. Com o apoio da alta administração, as organizações podem criar um ambiente onde todas as pessoas se sintam valorizadas e incluídas.
Compreender a importância dos programas de DEI é apenas o primeiro passo. Para realmente impulsionar a diversidade, equidade e inclusão, as empresas devem ser capazes de medir a eficácia de suas ações. Confira algumas estratégias e métricas que podem ser utilizadas.
As pesquisas internas oferecem uma visão direta do clima organizacional. Perguntas cuidadosamente formuladas podem revelar percepções sobre equidade no local de trabalho, sentimentos de inclusão e respeito pela diversidade.
Esta métrica olha para o número de pessoas colaboradoras diversas que permanecem na empresa ao longo do tempo. Se a taxa é baixa, pode indicar problemas subjacentes na cultura da empresa.
A diversidade deve ser visível em todos os níveis da organização. Se os colaboradores e colaboradoras diversos estão concentrados em posições de nível inferior, isso pode indicar falta de oportunidades equitativas.
Essas estratégias não apenas avaliam o sucesso dos programas de DEI, mas também ajudam as empresas a identificar áreas que precisam de melhorias. Lembrando sempre que a verdadeira inclusão vai além das métricas — trata-se de criar um ambiente onde todas as pessoas se sintam valorizadas e respeitadas.
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