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Após o boom do trabalho remoto durante a pandemia, que se tornou necessário devido ao distanciamento social, a jornada de trabalho voltou a ser um tema em destaque no Brasil. Recentemente, o debate sobre o fim da escala 6×1 tem ganhado força e mobilizado discussões em diferentes esferas.
Para compreender melhor como os diferentes modelos de rotina de trabalho funcionam, seu impacto na dinâmica e produtividade das empresas, além de descobrir qual formato é mais adequado para o seu negócio, e as tendências para o futuro das jornadas de trabalho, continue a leitura deste artigo!
Antes de nos aprofundarmos nos assuntos atuais, é preciso ter clareza sobre o que é a escala de trabalho e outros fatores que a compõem.
Em essência, a escala de trabalho é a organização das horas de trabalho e descanso das pessoas colaboradoras dentro de um período determinado, semanal ou mensal. Essa estrutura define quando e por quanto tempo um funcionário ou funcionária deve estar disponível para desempenhar suas funções, para garantir períodos de folga e repousos obrigatórios.
Além disso, as escalas de trabalho devem respeitar a legislação trabalhista vigente, para garantir direitos como intervalos intrajornada e o limite de horas semanais, que no Brasil, atualmente, é de 44 horas.
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Abaixo, confira as três principais escalas de trabalho do Brasil, seus prós e contras, além das discussões atuais que permeiam cada modalidade.
Na jornada de trabalho 5×2, as pessoas trabalhadoras cumprem cinco dias de trabalho e têm dois dias consecutivos de folga, geralmente aos sábados e domingos. Esse modelo é mais comum em cargos administrativos, escolas e alguns setores industriais.
A vantagem da escala 5×2 é permitir que as pessoas mantenham um fim de semana regular, o que favorece o descanso e as atividades pessoais. No entanto, a inflexibilidade dessa configuração pode limitar empresas que operam todos os dias da semana, por exemplo. Assim, elas precisam buscar maneiras de suprir o desfalque do time, como contratar profissionais freelancers ou organizar escalas específicas, que garantam a compensação das horas posteriormente ou, ainda, o pagamento de horas extras.
Neste modelo, as pessoas colaboradoras trabalham por seis dias consecutivos e têm direito a um dia de folga, seja durante a semana ou aos sábados e domingos. Esse modelo é amplamente utilizado em setores como alimentício e o comércio.
Apesar de ser funcional para muitas empresas, pois possuem pessoas colaboradoras praticamente todos os dias da semana, a escala 6×1 se tornou alvo de debates, principalmente devido ao impacto na qualidade de vida e a busca por modelos mais flexíveis.
No Brasil, em 2024, a demanda pelo fim da escala 6×1 cresceu nas redes sociais, com diversos relatos de pessoas que se sentem prejudicadas com esse tipo de escala. Isso resultou em uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa acabar com esse tipo de jornada de trabalho e promover a escala 4×3 — que vamos analisar no próximo tópico.
A escala 4×3, que envolve quatro dias de trabalho seguidos por três dias de descanso, tem ganhado destaque em discussões sobre a semana de quatro dias. Esse formato é ideal para setores que conseguem concentrar as tarefas em menos dias, sem prejuízo na produtividade, como as áreas administrativas.
Diversos países, como Islândia, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Japão e Reino Unido, têm experimentado a semana reduzida e já obtiveram resultados positivos, como aumento da produtividade, redução de estresse e maior engajamento das pessoas colaboradoras.
Inclusive, no Brasil, segundo a Exame, esse modelo está em fase de implementação e testes em algumas empresas, e os primeiros resultados já foram observados. Confira um breve resumo abaixo.
Bem-estar: a exaustão frequente foi reduzida de 72,8% e a ansiedade para 30,5%. Além disso, a média de horas de sono aumentou de 6,7 para 7,0 por noite.
Saúde: 7% das pessoas avaliadas afirmaram que a saúde física está boa ou excelente, já 77,3% disseram o mesmo para a saúde mental.
Cultura da empresa: a melhora da cultura na empresa foi destacada por 2% das pessoas respondentes, já 80,7% apontaram aumento na criatividade e a inovação, e a produtividade aumentou para 71,5%, segundo os participantes.
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Segundo a avaliação de Renata Rivetti, fundadora da Reconnect Happiness at Work, empresa parceira da 4 Day Week Global, que implementou a jornada 4×3 no Brasil, com o avanço das novas modalidades de trabalho, o aumento da preocupação do mercado com a saúde — física e mental — e outras tendências que visam o bem-estar das pessoas, a discussão sobre o fim da escala 6×1 se torna cada vez mais necessária.
Ainda que a transição para modelos mais flexíveis possa enfrentar desafios, como a adaptação operacional e mudanças culturais, o debate sobre o fim da escala 6×1 reflete um movimento global que busca humanizar as relações de trabalho e alinhar os interesses empresariais às necessidades das pessoas trabalhadoras.
Vale destacar que, apesar da discussão sobre a adoção da jornada de trabalho 4×3 estar em alta, mesmo em outros países mais desenvolvidos, como Estados Unidos e Canadá, esse tipo de escala ainda não foi amplamente adotado. Isso porque, para essa redução de carga horária, é preciso que as empresas e suas lideranças elaborem um novo plano de atuação para que haja um equilíbrio entre os interesses das organizações e de seus times, o que pode levar tempo de elaboração e testes.
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Outro tema relevante dentro da discussão sobre jornadas de trabalho são os modelos de trabalho presencial, remoto e híbrido. Embora o mundo conectado já tivesse introduzido o trabalho remoto, também conhecido como home office, em algumas empresas, foi com a pandemia da Covid-19 que muitas organizações se viram obrigadas a adotar o trabalho à distância para garantir a segurança de seus funcionários e funcionárias.
Esse modelo trouxe diversos benefícios à tona, como mais tempo de qualidade com a família, menos tempo gasto no trânsito e outros fatores que impactam no bem-estar e na vida pessoal das pessoas colaboradoras. Por conta disso, muitas empresas decidiram manter o home office mesmo após o período crítico da pandemia, enquanto outras optaram por retornar 100% ao trabalho presencial ou adotar um modelo híbrido — combinação de dias de trabalho presencial e remoto.
Porém, apesar de ser muito atrativo, algumas empresas atuam em setores nos quais não é possível adaptar suas atividades a esse tipo de jornada. Além disso, a falta de infraestrutura, conhecimento em tecnologia e outros fatores também podem dificultar o trabalho remoto em certos negócios, principalmente em grandes times com pessoas de diferentes perfis.
Por conta disso, o modelo híbrido tem se destacado. Segundo o Anuário Época NEGÓCIOS 360°, ele oferece um equilíbrio vantajoso tanto para as empresas quanto para as pessoas colaboradoras, pois combina flexibilidade e produtividade para ambas as partes.
Por fim, apesar dos benefícios do cargo híbrido, ao responder à pergunta sobre qual é o melhor modelo de trabalho, a resposta realista é: depende. É essencial considerar fatores como o ramo de atuação, a infraestrutura disponível, a estratégia organizacional, localização e o perfil dos colaboradores e colaboradoras.
Além disso, para uma escolha mais assertiva, as lideranças devem analisar as características dos times, suas demandas, a dinâmica do trabalho. Assim, será mais fácil observar qual tipo de modelo faz mais sentido para a sua organização.
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Agora que você já conhece as diferenças e os principais benefícios das escalas 5×2, 6×1 e 4×3, além dos modelos de trabalho presencial, híbrido e remoto, se você está abrindo uma empresa ou pensando em implementar mudanças na cultura organizacional do seu negócio, confira algumas dicas para escolher a melhor jornada de trabalho para suas equipes.
O primeiro passo é entender as particularidades do seu setor e as demandas operacionais da sua empresa. Setores como saúde, logística e segurança têm exigências específicas que podem se alinhar melhor com escalas maiores, mas com mais tempo de folga, como a 12×36. Já os escritórios e áreas administrativas se adaptam bem ao 5×2 ou ao modelo híbrido.
Modelos de trabalho que oferecem maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal tendem a aumentar a satisfação e a produtividade das pessoas colaboradoras. Então, avalie como cada escala impacta a rotina de sua equipe e considere fatores como tempo de deslocamento, carga horária e intervalos de descanso.
A flexibilidade tem se tornado um diferencial competitivo. Escalas como 4×3 ou o modelo híbrido podem ajudar sua empresa a atrair e reter talentos, especialmente em um mercado de trabalho onde o bem-estar é cada vez mais valorizado, e seu ramo de atuação permite.
Mudanças na jornada de trabalho podem impactar diretamente os custos da empresa, assim como o budget de RH. Antes de implementar um novo modelo, avalie o impacto financeiro e como ele afetará a operação, de maneira negativa ou positiva, para garantir que a escolha seja sustentável a longo prazo.
Inclua os(as) profissionais da sua empresa no processo de decisão. Realize pesquisas ou reuniões para entender suas preferências e sugestões. Esse diálogo pode fornecer insights valiosos e aumentar o engajamento durante a transição para um novo modelo de trabalho.
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Para tomar decisões mais embasadas, faça testes por períodos definidos e avalie a eficácia da nova escala ou modelo de trabalho. E, com base nos resultados e no feedback da equipe, realize os ajustes necessários para garantir que o formato escolhido atenda às expectativas e objetivos da empresa.
Por fim, escolher a melhor escala ou modelo de trabalho não é uma decisão única para todas as empresas. É preciso alinhar as necessidades do negócio com a satisfação das equipes e a viabilidade operacional.
Quando bem planejada e executada, a escolha certa pode transformar a cultura organizacional, melhorar o desempenho dos setores e impulsionar os resultados da sua empresa.
Como foi possível perceber, atualmente, profissionais do mundo todo buscam por empresas cada vez mais acolhedoras e com culturas organizacionais mais flexíveis e eficientes.
Por conta disso, para ter profissionais engajados(as), seja na área de tecnologia ou em outro ramo, a tendência é que no futuro as jornadas de trabalho foquem, cada vez mais, no equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
A tecnologia continuará a impulsionar mudanças, e isso exigirá a adaptação e o desenvolvimento de novas habilidades, tanto para as pessoas como para as organizações. Assim, ao não acompanhá-las, o seu negócio corre o risco de ficar obsoleto.
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