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A gestão colaborativa é um estilo de liderança, no qual todo mundo na empresa participa das decisões e do sucesso do negócio. Parece perfeito, não é mesmo?
Bom, mas… Como colocar isso em prática? Primeiro, vamos entender de onde surgiu a Gestão 3.0 e quais são os princípios deste estilo de gerenciamento das equipes
“A gestão é importante demais para ser deixada apenas para os (as) gerentes.”
A citação acima é de Jurgen Appelo, um escritor holandês, gerente, palestrante, entre inúmeras outras coisas, que provavelmente estava muito cansado de ver as empresas falharem no gerenciamento de equipes ao repetir os mesmos padrões de sempre. Então, ele criou um conceito que começou a chamar de Management 3.0.
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Mas o que o Management 3.0 pode fazer para a sua empresa? Segundo Jurgen, o conceito traz uma gestão mais humanizada para a empresa, em que as pessoas devem ser o ativo mais importante da organização.
Um dos objetivos da Gestão 3.0 é engajar os/as colaboradores/as, e assim, alavancar o crescimento do negócio, com todas as pessoas na empresa focadas em um objetivo comum: entregas rápidas, eficazes e ágeis para a criação de produtos incríveis. Com isso, diminui também a rotatividade de pessoal e aumenta a satisfação.
Jim Highsmith, consultor executivo da Thoughtworks, diz que “Management 3.0 serve aos líderes envolvidos na transformação Agile e Lean como um guia provocativo para que eles mesmos e elas mesmas tornem-se ‘ágeis’”.
Para explicar a sua visão do Management 3.0 (ou Gestão 3.0), Appelo contextualiza as formas de administração de pessoas da seguinte maneira:
Management 1.0
Orientado por comandos, com baixa liberdade nas decisões e criações. O poder está nas mãos de poucas pessoas, a estrutura de decisões é de cima para baixo.
Management 2.0
Um estilo que procura trazer melhorias na gestão e desenvolve algumas novas técnicas mais eficazes de gestão, como a metodologia Six Sigma, Gestão de Qualidade Total (TQM) e outros. Mesmo assim, a estrutura de decisões ainda é muito vertical.
Management 3.0
Busca valorizar pessoas e times. O foco é criar um ambiente onde todo mundo é responsável pelo sucesso do negócio e cabe às equipes a forma como as tarefas são realizadas, tirando a verticalidade do sistema de gestão.
Como vimos, o termo “Management 3.0” foi criado por Jurgen Appelo, autor e especialista em liderança e gestão. Em meados dos anos 2000, Appelo percebeu que as abordagens tradicionais de gestão estavam se tornando obsoletas diante das rápidas mudanças no ambiente de negócios. Foi nesse contexto que ele começou a desenvolver as ideias que culminariam no Management 3.0.
Jurgen Appelo enxerga as empresas como redes e sugere aplicar 6 visões para o sucesso na gestão de equipes. Uma vez que ele famoso por seu senso de humor, durante as palestras e workshops, no seu livro sobre o Management 3.0, ele ilustra este conceito de seis visões com este lindo desenho de um marciano:
As 6 visões para o sucesso com a Gestão 3.0 são as seguintes:
Para que a estratégia tenha sucesso, é importante engajar as pessoas e mantê-las sempre criativas e motivadas para fazerem o seu melhor.
Os times devem ser auto-organizados e, por isso, precisam da autorização e confiança da gestão
Ao mesmo tempo em que os times são incentivados a se autogestionarem, é importante trazer regras e limitações para que uma maior liberdade não se torne tóxica para a empresa.
Uma equipe auto-organizada, deve também ser autossuficiente. Por isso, é necessário capacitar os colaboradores e colaboradoras, além de criar times multidisciplinares, nos quais todas as pessoas conseguem contribuir e fazer sua parte para o andamento de um projeto.
Com maior foco na comunicação e colaboração entre os times, o management 3.0 incentiva um crescimento consciente do negócio com foco na qualidade.
Finalmente, ele também busca melhorias constantes nas quais os erros devem ser enxergados como oportunidades de melhorias. Com isso, é possível alavancar o negócio de forma sustentável e previsível.
Você que leu até aqui, talvez esteja se perguntando agora: tá, mas isso não é a mesma coisa que Agile?
Nós também nos questionamos sobre isso. No entanto, a realidade é que o próprio Jurgen Appelo tem o background de desenvolvimento de software e, por isso, as 6 visões de Management 3.0, tanto como o maior foco em pessoas, fazem lembrar o Manifesto Agile. Podemos até mesmo dizer que o Management 3.0 não nasceria se não tivessem existido os Métodos Ágeis.
Desta forma, podemos dizer que - mesmo que o conceito tenha sido desenvolvido para se usar principalmente nas empresas de TI - o Management 3.0 se encaixa em outras áreas também, trazendo uma nova abordagem de gerenciar times para se conseguir ter pessoas mais engajadas e produtivas, visando uma organização mais ágil.
Finalizando, as duas metodologias - Gestão 3.0 e Agile - podem ser usadas ao mesmo tempo, combinadas entre si, e muitas empresas fazem isso.
A Simone Pittner, Agile Coach na Adaptworks, caracteriza o Management 3.0 como uma “forma de se pensar” e sugere que muitas práticas de Métodos Ágeis, como Scrum ou Kanban, já fazem uma boa aderência às ideias do Management 3.0.
Segundo Pawel Brodzinski, CEO da Lunar Logic, empresa polonesa de desenvolvimento, conhecida por trabalhar com Métodos Ágeis, o Management 3.0 não é apenas sobre agilidade, mas sim, acima de tudo, sobre uma gestão saudável, sensata e pé no chão.
Em um ambiente de negócios cada vez mais complexo, o (a) Gerente de Produto 3.0 emerge como um catalisador para a inovação e o crescimento sustentável.
Sua capacidade de integrar estratégia, colaboração, foco no cliente e agilidade posiciona tais profissionais no centro das operações, garantindo que as empresas estejam não apenas à frente, mas moldando o futuro do mercado.
Dessa forma, a pessoa que atua como gerente de produto 3.0 é um (a) profissional que transcende as funções operacionais convencionais.
Mais do que simplesmente supervisionar o ciclo de vida do produto, ela é arquiteta de experiências, alguém que compreende profundamente as necessidades do (a) cliente e as tendências de mercado. Suas principais características são:
Imagine uma empresa de tecnologia que decidiu adotar os princípios do management 3.0 para melhorar a eficiência, a inovação e o engajamento da equipe.
A liderança reconheceu a necessidade de uma abordagem mais flexível e colaborativa para se adaptar ao ambiente de negócios em constante mudança. Entenda melhor a seguir, como funciona a implementação dos princípios do management 3.0.
Em vez de tomar todas as decisões centralmente, quem atua como líder promove a participação ativa das pessoas membros da equipe. Em uma reunião estratégica, a equipe é convidada a contribuir com ideias para o desenvolvimento de um novo produto.
A empresa cria um ambiente que incentiva a inovação, dedicando tempo específico para sessões de brainstorming e hackathons (eventos que reúnem pessoas programadoras, designers e demais profissionais da área de desenvolvimento de software).
Uma plataforma digital é implementada para que os funcionários e funcionárias compartilhem suas ideias e colaborem em projetos inovadores.
A empresa adota práticas de gestão de talentos que valorizam o desenvolvimento individual e o bem-estar das pessoas colaboradoras. São implementados programas de mentoria, treinamentos personalizados e iniciativas de promoção da saúde mental.
A empresa utiliza metodologias ágeis, como Scrum, para gerenciar projetos. As equipes são organizadas em sprints curtas, permitindo ajustes rápidos conforme as necessidades do mercado evoluem. Feedback contínuo é solicitado e incorporado em cada iteração.
Resultado:
Essa situação hipotética ilustra como os princípios do Management 3.0 podem ser aplicados na prática, transformando não apenas a estrutura organizacional, mas também a cultura e o desempenho geral da empresa.
O Management 3.0 é um conceito e não exatamente uma metodologia que traz um passo a passo a se seguir para fazer melhorias em uma empresa.
Contudo, entender as 6 visões que o guru de agilidade e Gestão 3.0 criou, é fundamental para alinhar a gestão e comunicação entre os times e escalar o sucesso da empresa como um todo com processos mais eficientes e ágeis.
Você não precisa aplicar todas as visões no mesmo momento: decida com calma por onde seria melhor começar e pense em estratégias que melhor combinam com as suas equipes.
André Faria, CEO da Bluesoft, também explica que é necessário ponderar antes de aplicar uma gestão mais colaborativa de modo geral: cada pessoa na empresa trabalha de forma diferente e pode preferir uma ou outra forma de gestão; enquanto uma se sente mais confortável exercendo a sua função de forma mais autônoma, outra pode trabalhar melhor ao ser direcionada de forma mais próxima, sem ter que fazer muitas escolhas próprias.
Dentre os exemplos mais famosos do uso de uma estratégia de Gestão 3.0, está o Google, que disponibiliza 20% do horário para que as pessoas desenvolvam projetos que acham pertinentes para melhorias nos seus setores ou na empresa (Energizar times).
Na Pixar, sempre após um novo filme ser lançado, é feita uma apresentação sobre o que deu certo e o que deu errado neste projeto (Melhorar tudo).
A Zappos executa a visão 2 (Empoderar pessoas) com a não existência de um script para realizar atendimentos por telefone. Assim, as pessoas no call center lideram as chamadas de clientes com uma maior autonomia e têm confiança da gestão para fazer isso, precisando seguir apenas uma regra: servir bem ao cliente. Em 2018, a Zappos foi premiada como a marca com “melhor atendimento ao cliente” dos EUA.
A consultoria brasileira Taller aplica os conceitos de Management 3.0 ao colocar as pessoas em primeiro lugar e empoderando os times com liberdade e confiança. Esta história da empresa escrita com muito humor respira os valores da empresa.
De forma semelhante, a Thoughtworks é conhecida por valorizar a diversidade das pessoas que trabalham na empresa (Empoderar pessoas, Energizar times), mas ela também segue a visão de Aumentar as estruturas ao concentrar seu maior foco para a excelência em softwares e ao sempre prezar por um crescimento sustentável do negócio.
Para obter insights interessantes de quem trabalha com Management 3.0, escute o episódio sobre o tema no podcast Hipsters.tech com André Faria, da Bluesoft e a Simone Pittner, da Adaptworks.
Inclusive, André criou um curso para a Alura sobre Empreendedorismo, que não é só para quem quer ter o seu próprio negócio. Ele ensina também como se tornar um agente de inovação e mudança como colaborador(a) de uma empresa. Confira o conteúdo do curso — Empreendedorismo: da ideia ao plano de negócios .
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