A computação em nuvem, também conhecida como cloud computing, tornou-se indispensável para empresas e organizações de todos os portes.
Através dela, essas organizações podem terceirizar sua infraestrutura de TI, eliminando a necessidade de investir em servidores, estações de trabalho e licenças de software, além de reduzir custos operacionais e aumentar a escalabilidade de seus recursos tecnológicos.
Para pessoas desenvolvedoras e estudantes de tecnologia, entender e compreender como utilizar a nuvem é um diferencial.
Isso vai desde o conhecimento sobre como hospedar uma aplicação até o gerenciamento de um banco de dados na nuvem, entre outras funcionalidades.
Se você quer saber mais sobre como a cloud funciona, seus benefícios e funcionalidades, assista ao vídeo: “O que é cloud?”, do Hipsters Ponto Tube, e saiba tudo sobre a tecnologia em nuvem antes de continuar a leitura.
Dentro do contexto de utilização de provedores de serviços de Cloud, temos diversas opções, entre as quais se destaca a Amazon Web Services (AWS).
Neste artigo, descobriremos o que é AWS, sua história, as opções de serviços e até as certificações tecnológicas disponíveis. Vamos começar?
Uma jornada Para o Cloud – Hipsters Deep Dive #005 - Hipsters Ponto Tech
O que é AWS?
A Amazon Web Services, a famosa AWS, é o serviço de cloud computing da Amazon.
Como plataforma, ela entrega diversas funcionalidades, como:
- conjunto de soluções para armazenamento de dados;
- infraestrutura de redes, servidores e virtualização;
- computação e hospedagem de aplicações;
- ferramentas para machine learning, inteligência artificial, análises e internet das coisas (IoT).
Atualmente, segundo a própria empresa, a AWS oferece mais de 200 tipos de serviços em data centers ao redor do mundo.
Uma das características marcantes da AWS é a oferta de serviços que são pagos somente quando usados, sem uma taxa fixa mensal.
Ou seja, o valor é cobrado com base na demanda. Esse formato, conhecido como pay-per-use, é vantajoso, principalmente, para pequenas e médias empresas.
Um pouco de história
A AWS surgiu com o foco inicial em ofertar um sistema para dar suporte às operações de vendas online da própria Amazon.
Por se tratar de um dos maiores e-commerces do mundo, a empresa identificou a necessidade de uma gigantesca infraestrutura de TI para fazer as operações funcionarem de forma ágil e segura.
Nesse cenário, a Amazon optou por automatizar e manter o máximo de atividades e processos de TI possíveis, ao invés de contratar serviços de terceiros para suporte.
A partir desse momento, a empresa passou a investir em pesquisa e desenvolvimento para resolver seus problemas e desafios de infraestrutura tecnológica.
Percebendo a oportunidade de comercializar serviços com base em recursos computacionais rodando sob a sua infraestrutura. Com isso, em 2006, a empresa lança oficialmente a Amazon Web Services ao mundo.
No início, a AWS operava de forma muito similar aos provedores de hospedagem, seu diferencial estava na forma de cobrança, onde o cliente pagava apenas pelo recurso utilizado.
Para ilustrar, imagine o seguinte exemplo: você hospeda seu e-commerce de vendas de buquê de flores na infraestrutura da AWS.
Em datas comemorativas, como “Dia das Mães” ou “Dia Internacional da Mulher”, você prevê, com base em seu histórico, um pico de tráfego.
Nessas situações, por meio da AWS, você pode usar recursos adicionais e, após esse período, desativá-los e pagar somente pelo que usou.
Regiões e disponibilidade
Ao utilizar os serviços da AWS, podemos escolher a região onde utilizemos o serviço escolhido.
De acordo com Jonathan Lamim Antunes, no livro “Amazon AWS: Descomplicando a computação na nuvem”, de 2016, essa escolha é um importante ponto de atenção, por poder influenciar no tempo de resposta da sua aplicação.
Os data centers da AWS estão dispostos em: regiões, zonas de disponibilidade (availability zones) e zonas locais. Entenda melhor a seguir.
1) Regiões
São locais físicos ao redor do mundo onde os data centers da Amazon cloud estão agrupados.
Cada região é constituída por várias áreas de disponibilidade isoladas, localizadas em uma determinada área geográfica.
Neste modelo, as áreas de disponibilidade de cada região possuem energia, refrigeração e segurança implementadas de forma independente, mas conectadas por uma infraestrutura de rede redundante.
2) Zona de disponibilidade
A AWS define que o conjunto de data centers lógicos são as zonas de disponibilidade.
Essas zonas, também conhecidas como AZ (availability zone), compreendem um ou mais data centers operando de forma independente em uma região da Amazon Web Services.
Elas podem fornecer aos usuários e usuárias da plataforma: capacidade de operação de aplicativos, bancos de dados com grande disponibilidade, escalabilidade de infraestrutura, além de tolerância a falhas.
A infraestrutura das AZ está operando sob uma rede de banda larga, com fibra dedicada e, para garantir a cibersegurança, toda a comunicação dentro da zona é criptografada.
3) Zonas Locais
Por fim, existem as zonas locais, usadas para criar uma proximidade ainda maior da computação, armazenamento, banco de dados e diversos outros produtos AWS.
Nelas, é possível executar aplicações que exigem latências de milissegundos para usuários e usuárias finais em aplicações de conteúdo multimídia, jogos em tempo real, automação e machine learning.
Principais serviços da AWS
No setor de cloud computing, a AWS é, sem dúvida, uma das maiores e mais inovadoras plataformas que existem.
Nos últimos anos, ela tem oferecido serviços de machine learning, Internet das Coisas (IoT), thin client e uma série de outras soluções para empresas.
A seguir, conheça alguns dos principais recursos disponíveis na AWS Cloud:
- armazenamento (Amazon S3);
- integrando a programação (Amazon-SDK);
- nuvem de servidores (Amazon EC2);
- banco de dados relacionais (Amazon RDS);
- envio de e-mails (Amazon SES);
- monitoramento (Amazon CloudWatch).
Armazenamento (Amazon S3)
O Amazon S3, conhecido também como Amazon Simple Storage Service, ou apenas S3, é o serviço de armazenamento de dados da AWS.
Entre suas características, se destacam:
- implementação de segurança;
- capacidade de escalonamento;
- grande durabilidade e performance.
Segundo Jonathan Lamim Antunes, no livro “Amazon AWS: Descomplicando a computação na nuvem”, de 2016, o S3 é uma ferramenta da AWS muito utilizada por pessoas desenvolvedoras e equipes de infraestrutura de TI para o armazenamento de dados em diversos formatos, seja de forma criptografada ou não.
No S3, o armazenamento de dados trabalha com dois recursos: objetos e buckets.
Um objeto é composto por um arquivo e os metadados que descrevem esse arquivo.
Já o bucket, funciona como um contêiner para esses objetos. A partir dessa explicação, para que você possa armazenar seus dados no S3, é necessário criar um bucket e especificar seu nome e região.
Na sequência, você deve carregar as informações para o bucket na forma de um objeto.
É importante ressaltar que cada objeto possui uma chave única para identificação, conhecida como chave de objeto, que serve para recuperá-lo quando necessário.
Com o objeto no interior do bucket, você pode manuseá-lo conforme a sua necessidade, abrindo-o, fazendo download ou movendo-o.
E, caso não tenha mais a necessidade de utilizar esses recursos, poderá limpá-los definitivamente. Vale lembrar que você somente paga pelo que usa no Amazon S3.
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Quais são os recursos do Amazon S3?
O serviço do S3 apresenta uma série de recursos. Conheça detalhadamente como funciona as principais funcionalidades:
1) Classe de Armazenamento
Essa função permite utilizar o S3 em diferentes cenários, com base na classificação.
Por exemplo: é possível armazenar dados de produção, vitais para a operação do seu negócio, conforme a frequência de uso.
Com isso, arquivos de imagens de produtos de um e-commerce, que são manipuladas/atualizadas com frequência, podem ser armazenados em uma opção S3 Standard-IA e os arquivos com pouco acesso em um S3 One Zone-IA.
Dessa forma, é possível arquivar as imagens a custo menor.
2) Gerenciamento de Armazenamento
Considerado um dos recursos mais importantes desse serviço da AWS Amazon, ele apresenta componentes como:
- S3 Lifecycle: permite configurar políticas para os objetos a serem armazenados no S3.
- Bloquear objetos: impede que algum objeto armazenado seja excluído ou alterado por engano, ou de maneira indevida.
- Replicação: replica um objeto armazenado em mais de um bucket na mesma região ou em regiões diferentes, reduzindo assim a latência.
- Operações em lote: possibilita a operação de milhares de objetos em uma única chamada, a API do S3.
3) Gerenciamento de Acesso
Permite gerenciar o acesso dos buckets do S3 ao armazenamento, além de possibilitar a realização de auditoria e concessão de permissões de acesso de forma detalhada em alguns recursos, como:
- Bloqueio de acessos públicos, pois por padrão esse acesso vem ativado e atrelado à conta e ao bucket.
- IAM (AWS Identity and Access Management), que permite a criação de uma conta do tipo IAM para acesso ao S3.
- Políticas, tendo em vista que, ao usar a IAM, podemos criar e aplicar políticas de acesso e configurar permissões aos objetos armazenados no S3.
- ACLs (Access Control Lists), ou listas de controle de acesso, que permitem configurar permissões de leitura e gravação para um determinado bucket ou objeto individual a determinados usuários e usuárias.
4) Processamento de dados
A partir desse recurso, é possível transformar os dados armazenados e criar automações para atividades de processamento de alta escala. Os recursos disponíveis são:
- S3 Object Lambda: permite adicionar um código a uma solicitação do tipo GET do S3, para situações onde é necessário alteração ou processamento de dados pela aplicação.
- Notificações: recurso que ajuda a monitorar alterações feitas nos objetos ou nos buckets do S3.
5) Registro e monitoramento do armazenamento & Análise e insights
Para completar, também existem os recursos: registro e monitoramento do armazenamento, que entrega um conjunto de ferramentas para monitorar e controlar os recursos da AWS S3; e o recurso de análise e insights, que gera uma visão do uso do armazenamento de forma clara.
Integração da programação (Amazon-SDK)
O Software Development Kit (SDK) é um conjunto de ferramentas que facilitam o desenvolvimento de aplicações que usam os serviços e recursos disponibilizados no servidor da Amazon AWS. As categorias que possuem SDKs fornecidos são:
1) Linguagens e Frameworks de Programação
A AWS fornece SDKs para as principais linguagens e frameworks de programação do momento, como Java, Python, JavaScript, Node.JS, entre outros presentes na imagem abaixo:
Para saber mais sobre o mundo das linguagens de programação, não deixe de conferir nosso episódio sobre como desenvolver boas práticas de programação do programa Hipsters Ponto Tube:
2) Plataforma Web
Para as plataformas web, a AWS também oferece SDKs para as seguintes linguagens:
3) Plataforma móvel
As plataformas móveis não ficam de fora das SDKs, as principais linguagens para esse tipo são:
- Android;
- iOS;
- React Native;
- Ionic;
- Flutter.
4) Internet das Coisas (IoT)
Caso você esteja trabalhando com projeto de Internet das Coisas (IoT), a AWS também oferece SDKs para as linguagens:
5) IDEs e Ferramentas de Programação
A Amazon Web Services também permite a integração com ambientes de desenvolvimento integrado (IDE) e ferramentas de programação, como:
- Eclipse;
- IntelliJ;
- PyCharm;
- Rider;
- Visual Studio Code (VSCode);
Além disso, fornece o AWS Cloud9 — IDE que permite escrever, executar e testar códigos usando somente um navegador web.
Essa ferramenta traz um editor de código que permite desenvolver usando linguagens como o Javascript, Python e PHP e algumas outras, com a devida configuração.
Por ser uma funcionalidade do cloud, ela pode ser usada no escritório ou no home office, sendo necessário somente uma máquina com conexão adequada à internet.
Nuvem de Servidores (Amazon EC2)
O Amazon Elastic Compute Cloud, também conhecido como EC2, é o serviço de cloud da plataforma que permite a criação e a configuração de servidores virtuais com as configurações: armazenamento, memória, processador e sistemas.
Além disso, podemos escolher entre Windows e Linux.
O objetivo da EC2 é oferecer uma opção de cloud computing que seja escalável, tanto para pessoas desenvolvedoras quanto para o pessoal de infraestrutura.
O serviço se assemelha ao S3 por permitir o armazenamento na nuvem, mas, com o EC2, conseguimos “visualizar” o conceito de computação em nuvem, na prática.
Ele possui uma interface simples, facilitando a criação e a configuração das instâncias de servidores virtuais. Abaixo, listamos algumas características:
1) Múltiplas instâncias
As instâncias (máquinas virtuais) no EC2 podem se adequar à necessidade de sua aplicação ou organização, permitindo aumentar ou diminuir as configurações de capacidade de forma simples e rápida; e, como a maioria dos serviços da AWS, você só paga pelo uso.
Como exemplo, imagine que você hospeda uma aplicação de Enterprise Resource Planning (ERP), mas que no fim de semana não possui a necessidade de acesso à aplicação pelas pessoas colaboradoras.
Nesse contexto, você pode desligar a instância, o que pode ajudar no controle de custos.
2) Segurança de alto nível
O EC2 implementa mecanismos de segurança, como acesso por usuário e senha, além de controle com relação ao armazenamento e comunicações com os ambientes das suas instâncias.
Ele utiliza o Amazon Virtual Private Cloud (VPC) — serviço da AWS que entrega uma cloud privada para quem a utiliza.
3) Arquitetura
A AWS consegue entregar um ambiente de alta disponibilidade utilizando o Elastic Load Balancing, que faz uma redistribuição automática de tráfego e cargas de trabalhos entre vários destinos, como instâncias do EC2, containers e endereços IP em uma ou mais zonas de disponibilidade.
Entenda melhor esse processo no fluxo abaixo:
4) Tipos de Instâncias
No serviço do EC2, podemos criar vários tipos de instâncias, como conheceremos a seguir:
4.1) Instâncias: uso geral
São instâncias de capacidade limitada em comparação a outros tipos de instâncias. Elas são:
- T2 - instâncias indicadas para projetos que não necessitam de CPU.
- M3 - podemos classificá-las em um nível intermediário, indicadas para projetos com banco de dados de pequeno porte e para aplicações que demandam processamento e memórias adicionais.
- M4 - são o tipo de instâncias indicadas para projetos de médio a grande porte.
4.2) Instâncias: Otimizadas
São instâncias focadas em desempenho, sendo a opção ideal para projetos de Front-End de alto desempenho, para serviços de processamento em lotes, dados e servidores Web.
4.3) Instâncias: Otimizadas para memória
Possuem configurações de memória e largura de banda, visando alcançar alto desempenho.
4.4) Instâncias: GPU
São indicadas para aplicações gráficas, possuindo processadores de alto desempenho e GPUs NVIDIA.
4.5) Instâncias: Armazenamento otimizado
Indicadas para aplicações que irão trabalhar com muitos arquivos armazenados, elas buscam desempenho em operações e I/O (input/output) para conseguir transferir os arquivos para clientes e outras instâncias.
Em suma, se o seu objetivo é entregar uma solução de software ou infraestrutura de TI de alta demanda e com performance e segurança, o EC2 se apresenta como uma ótima opção.
Banco de dados relacionais (Amazon RDS)
O Amazon RDS (Amazon Relational Databases) é o serviço da Amazon Web Services que disponibiliza o gerenciamento de base de dados relacionais na plataforma da AWS, ele é focado em escalabilidade e no autogerenciamento.
Esta ferramenta proporciona suporte a toda infraestrutura de banco de dados com um conjunto bem resumido de opções no console do RDS.
Por meio dele, conseguimos automatizar rotinas de administração de banco de dados, provisionamento de hardware e configurações de backup e restore.
Na imagem abaixo, encontramos alguns dos bancos de dados relacionais suportados pelo RDS:
Utilizar os recursos do Amazon RDS para gerenciar bases de dados relacionais pode trazer alguns benefícios para o seu projeto, tais como:
Gerenciamento de forma automática: no RDS, utilizando o console de gerenciamento, via linha de comando ou em chamadas API, é possível configurar os recursos de banco de dados em minutos.
Disponibilidade: dentro do serviço, é possível provisionar instâncias de bancos de dados. Ele roda em uma infraestrutura focada em segurança e confiabilidade, realizando backups automatizados, snapshots, além de replicação de dados de forma síncrona, entre outros.
Rapidez: entre as opções de armazenamento, podemos escolher as baseadas em SSD, otimizada para aplicativos de banco de dados de alta performance.
Escalável: podemos escalar um recurso de banco de dados com poucos cliques, além de permitir a execução de réplicas usadas em redirecionamento do tráfego entre instâncias.
Segurança: utiliza os recursos da Amazon Virtual Private Cloud para execução de instâncias de banco de dados de forma isolada ou conectando a uma infraestrutura do tipo On Premise.
Custo baixo: como você pode utilizar somente o que realmente precisa usar, existe uma flexibilidade em provisionar recursos conforme a necessidade da aplicação do(a) cliente.
Portanto, ao utilizar o RDS, configurar, operar e escalar bases de dados relacionais na infraestrutura da AWS ocorre de forma fácil e rápida.
Enviando e-mails (Amazon SES)
O Amazon SES (Simple Email Service) é o serviço de e-mail em nuvem oferecido pela plataforma da AWS que, de acordo com a própria descrição do site, é eficaz, flexível e dimensionável.
A ferramenta utiliza o protocolo SMTP (Simple Mail Transfer Protocol), passível de ser escalado conforme as necessidades da aplicação.
O SES permite que sua aplicação possa enviar e-mails de qualquer sistema e possui uma configuração simples para casos de vários envios.
Quando a aplicação invoca o SES, para aplicações alocadas no EC2, é possível enviar 62.000 mensagens mensalmente, sem custo extra. Caso o volume de e-mails seja ultrapassado, é pago somente o volume adicional.
O serviço também disponibiliza uma interface para integração com aplicações para o envio de e-mail usando o SMTP, o que possibilita a retransmissão deste protocolo de forma privada, com base em um software cliente.
Ainda é possível anexar conteúdos, validar a entrega ao destinatário, entre outras funcionalidades.
No esquema acima, temos a dinâmica de utilização do SES. Entenda como ela funciona:
1) Uma aplicação do cliente dispara uma solicitação de envio de e-mail para vários destinatários ao SES.
2) Se a solicitação for válida, o SES envia o e-mail para o ISP (provedor de internet).
3) O Amazon SES envia a mensagem para o destinatário, de forma quase imediata.
4) Para o próximo passo, existem 3 possibilidades:
- a) A mensagem é entregue na caixa do destinatário.
- b) Em caso de endereço de e-mail não existente, o módulo de envio ISP notifica o SES, que por sua vez repassa a informação à aplicação cliente.
- c) Se o destinatário receber o e-mail, mas o classificar como spam, o ISP envia outra notificação ao SES e a encaminha ao remetente.
No SES, podemos utilizar o console de gerenciamento de forma prática e bem intuitiva: temos a opção de linha de comando (CLI), API de consulta, Windows PowerShell ou através do SDK de desenvolvimento. Inclusive, existem exemplos de utilização no site para Java, .NET, PHP, Ruby e Python.
Para enviar e-mails usando o AWS SDK, acesse: Como enviar e-mails pelo Amazon SES usando um AWS SDK.
Monitoramento (Amazon CloudWatch)
No Amazon CloudWatch, temos o serviço de monitoramento e observabilidade dos recursos da AWS.
Com ele, é possível configurar diversas opções de monitoramento e os gastos gerados no consumo de cada recurso.
Esse serviço tem foco especial em profissionais da área de DevOps, pessoas desenvolvedoras, de engenharia, de confiabilidade e de gestão de TI.
O CloudWatch entrega uma série de dados e métricas de uso para monitorar as aplicações, a performance e a utilização de todo o sistema.
Ao usar o CloudWatch, podemos monitorar serviços como: EC2, RDS, SES, entre outros.
Na imagem abaixo, temos um esquema da AWS sobre o funcionamento deste recurso com instâncias RDS.
No cenário apresentado, o serviço do Amazon RDS envia ao CloudWatch os dados de utilização e as métricas em determinados períodos de tempo.
Algumas das métricas são: o percentual de utilização da CPU (CPUUtilization), a memória liberável (FreeableMemory), a latência de leitura (Readlatency) e a de gravação (WriteLatency).
Com base nas métricas, podemos configurar uma série de alarmes. Por exemplo: caso uma instância do RDS esteja utilizando mais de 80% da CPU, é desejado enviar um e-mail para o administrador do sistema.
Para isso, como mostra na imagem, é possível utilizar o Amazon Simple Notification Service (SNS) — o serviço de notificação simples da Amazon.
Esses são alguns dos recursos oferecidos pela AWS que nos permitem entregar toda uma infraestrutura de TI na sua nuvem.
Existem outras formas disponíveis também, por exemplo: o ElastiCache, que possibilita trabalhar com cache de memória em nuvem, com suporte ao Redis; o Route 53, serviço de DNS (Domain Name System) na forma de um web service; e o CloudFront, um serviço para pessoas desenvolvedoras front-end que entrega um serviço do tipo CDN (Content Delivery Network).
Uso gratuito da AWS
Para começar a utilizar a plataforma da AWS e testar seus serviços, publicar uma aplicação ou até mesmo montar uma infraestrutura, a plataforma disponibiliza para novos clientes um nível gratuito, que compreende um período de 1 ano, que permite explorar os recursos mostrados neste artigo e muitos outros.
É importante ressaltar que, os serviços com nível gratuito, não são ilimitados e possuem cotas mensais, que não podem ser reaproveitadas para um próximo mês, mas possibilitam que os(as) novos(as) clientes utilizem os serviços selecionados até os limites especificados durante o prazo de 12 meses a partir da criação da conta.
Para começar a utilizar o nível gratuito, basta realizar seu cadastro e criar uma conta, como mostra o botão selecionado abaixo:
Para explorar mais recursos grátis, acesse a aba “Nível Gratuito da AWS” no site da plataforma.
Não esqueça de ler atentamente o contrato de cliente AWS.
Certificações AWS
Saber utilizar as plataformas de cloud computing é de extrema importância para profissionais de tecnologia, de pessoas desenvolvedoras a engenheiros e engenheiras de infraestrutura tecnológica.
Para aprender tudo sobre a Amazon Web Services, conheça a formação Começando na AWS com Lightsail, EC2, S3, VPC, RDS e DynamoDB e se torne expert no assunto.
Com seus conhecimentos sobre a Amazon Web Serviços, conforme for se especializando, é possível obter Certificações AWS por meio da própria plataforma para atestar seus conhecimentos, o que pode ser um grande diferencial em seu currículo profissional.
Para validar o conhecimento técnico em soluções de cloud relacionadas aos serviços e produtos da AWS, as certificações vão do nível básico ao especialista.
Elas comprovam que o(a) profissional possui conhecimentos em planejamento, implementação e execução de soluções na infraestrutura da AWS.
Atualmente, a Amazon Web Services possui 4 níveis de certificações:
Certificação em Cloud: Azure, AWS, Google | Hipsters.Talks
Nível Básico
O primeiro nível de certificação da Amazon Cloud Services é a AWS Certified Cloud Practitioner Foundational.
Para obter esse reconhecimento, é verificado o conhecimento de conceitos de cloud computing e dos produtos essenciais da plataforma.
Para obter essa certificação, a AWS recomenda:
- experiência de 6 meses com a cloud da AWS;
- conceitos básicos de serviços de TI e uso na plataforma da AWS;
- entendimento dos modelos de cobrança;
- casos de uso da AWS;
- conceitos de segurança e como aplicá-los na nuvem.
Você quer se preparar para esta Certificação? Confira nossa Formação AWS Certified Cloud Practitioner.
Nível Profissional
O objetivo do nível profissional é verificar a capacidade de projetar, implantar aplicações e realizar a automação de testes e a implantação de infraestrutura da AWS.
Para conseguir essa certificação, a empresa recomenda dois anos de experiência em soluções AWS.
Nesse nível, existem dois tipos de certificação:
1° - AWS Certified Solutions Architect - Professional
O objetivo desta certificação é atestar a capacidade do(a) profissional de projetar, implantar e avaliar aplicações na AWS com requisitos variados e complexos.
2° - AWS Certified DevOps Engineer - Professional
Esta certificação atesta a capacidade de provisionar, operar e gerenciar sistemas em aplicações distribuídas no ambiente da AWS.
Nível Associado
Para alcançar a certificação de “Associado”, é preciso atestar a capacidade de implementar sistemas distribuídos com a AWS.
Esse nível possui três certificações, são elas:
Além de apresentar os conhecimentos básicos dos serviços disponíveis na Amazon Web Services, a AWS Certified Solutions Architect - Associate avalia o desenho de soluções de forma automatizada para custos e performance.
Quer se preparar para esta Certificação? Confira nossa Formação AWS Certified Solutions Architect - Associate.
- AWS Certified Developer - Associate
A AWS Certified Developer - Associate comprova o conhecimento dos produtos da AWS, no uso e nas práticas básicas relacionadas à arquitetura de soluções na AWS, além de comprovar técnicas em implementação, implantação e depuração de aplicações na plataforma.
- AWS Certified SysOps Administrator - Associate
O foco da certificação AWS Certified SysOps Administrator - Associate é reconhecer habilidades críticas para implementação de soluções em nuvem, além de demonstrar experiência em implementação, gerenciamento e operação de ambiente na AWS.
Nível Especialista
Neste nível de certificação, é necessário que o(a) profissional possua conhecimentos em arquitetura de rede, base de dados e machine learning, além de saber implementar segurança.
Para se tornar “Especialista em AWS”, você encontrará 6 tipos de certificações. Saiba mais detalhes sobre cada uma delas:
AWS Certified Advanced Networking - Specialty*
O foco da AWS Certified Advanced Networking - Specialty é direcionado aos profissionais experientes em desenho e arquitetura de rede, que utilizam os produtos da AWS.
AWS Certified Data Analytics - Specialty
A AWS Certified Data Analytics - Specialty é uma certificação direcionada aos profissionais experientes no uso de data lakes e serviços analíticos da AWS para obter insights dos dados.
AWS Certified Database - Specialty
Na certificação AWS Certified Database - Specialty, os profissionais devem comprovar conhecimentos em projeto e manutenção de soluções de bancos de dados na AWS.
AWS Certified Machine Learning - Specialty
Para profissionais com capacidade de criação, treinamento, ajuste e implantação de modelos de machine learning na plataforma da AWS, a certificação indicada é a AWS Certified Machine Learning - Specialty.
AWS Certified Security - Specialty
A certificação AWS Certified Security - Specialty foi feita para certificar os profissionais com experiência em segurança de dados e coleções de recursos da AWS.
AWS Certified SAP on AWS - Specialty
Para profissionais com experiência e habilidades para otimização de recursos SAP da AWS, a certificação ideal é a AWS Certified SAP on AWS - Specialty.
Para saber mais sobre as certificações AWS, acesse a aba sobre certificações no site da plataforma.
Aprenda mais sobre AWS gratuitamente
Se você chegou até aqui e ficou interessado(a) em aprender mais sobre a Amazon Web Services, acesse gratuitamente as primeiras aulas da Formação Conhecendo a AWS, feita pela Escola de DevOps da Alura e aprenda mais sobre temas, como:
- Amazon Lightsail: descomplicando a nuvem
- Amazon EC2: alta disponibilidade e escalabilidade em uma aplicação
- Amazon S3: manipule e armazene objetos na nuvem
Conclusão
Neste artigo, tivemos uma visão geral sobre a plataforma da Amazon AWS, conhecemos um pouco da sua história e dos serviços disponíveis para os usuários e usuárias, que permitem montar e manter uma robusta infraestrutura de TI no ambiente de nuvem.
O tema Cloud é de grande importância para profissionais de tecnologia, pois para as equipes de infraestrutura e operações, a nuvem é necessária para a implementação e a disponibilização de serviços para empresas e instituições; e para pessoas desenvolvedoras, ela oferece a capacidade de manter ambientes de desenvolvimento com base de dados e implementação de arquitetura distribuída e escalável.
Atualmente, a AWS é uma das maiores empresas de serviços de cloud do mundo, e conhecer mais sobre ela é fundamental para todas as pessoas que atuam no ramo de tecnologia.
Agora é com você! Foque nos estudos, crie uma conta gratuita e comece a praticar suas habilidades na Amazon Web Services. Não sabe por onde começar?
Confira a lista de conteúdos que separamos abaixo que vão te introduzir no mundo da AWS e te preparar para a Escola de DevOps da Alura.
- Artigo: Entenda o que é o Serviço de Cloud e suas principais funcionalidades.
- YouTube: AWS, Google Cloud e Azure: Por onde começar? | Hipsters.Talks.
- Artigo: Realizando cadastros de imagens com a Amazon AWS e Spring MVC, destinado a quem gosta de Java.
- YouTube: Certificação em Cloud: Azure, AWS, Google | Hipsters.Talks.
