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Dark Patterns em UX: Conhecendo os padrões obscuros das interfaces

Dark Patterns em UX: Conhecendo os padrões obscuros das interfaces
Andre Tardelli
Andre Tardelli

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Pense na seguinte situação: Você procura sobre algum software para instalar na sua máquina. Após encontrar um site que fornece um instalador, o executa e, sem ler nada, clica em “Próximo” em todos os passos. O seu programa foi instalado com sucesso, mas você percebe que um programa que você não queria foi instalado junto com ele.

imagem escrito grátis e seguro cupom browser
Parece familiar, não?

Repare que na situação ilustrada acima, o checkbox já estava marcado ao iniciar a aplicação. Assim, caso o usuário não leia (o que acontece na maioria das vezes), o mesmo acaba aceitando os termos sem perceber, gerando uma instalação adicional e, consequentemente, mais adesões para aquela aplicação.

A polêmica questão envolvendo isso é: Isso foi feito de propósito? Se o foco de um designer é aprimorar a experiência do usuário, por que isso foi feito?

Um tema controverso apresentado na área de UX Design envolve o conceito de Dark Patterns, onde empresas utilizam o design da aplicação de forma a enganar ou distrair o usuário de informações para fazer com que ele compre ou faça coisas que ele não pretendia. Essas estratégias são mais comuns do que parecem, deixando um pouco de lado na melhoria da experiência do usuário em trocas de conversões e vendas em potencial.

Vou falar sobre alguns exemplos clássicos, para analisarmos um pouco mais a fundo, ok?

Manipulando o usuário

Alguns tipos de interfaces são estruturadas visando focar a sua atenção em um ponto, de forma a fazer com que você se distraia de outro. Assim como o exemplo descrito acima, essa técnica é utilizada em muitas aplicações, de forma a induzir o usuário a escolher determinadas opções ou aceitar receber emails em uma newsletter, por exemplo.

Por exemplo: Ao verificar um conjunto de ofertas, o usuário recebe a informação de que alguns dos planos estão com uma promoção exclusiva, que durará poucos dias. Isso passa a ideia de que seria mais vantajoso seguir aquela opção de plano, já que você obteria o maior desconto, e consequentemente, maior aproveitamento da plataforma.

imagem de um conjunto de ofertas em site
Somente três assinaturas promocionais sobrando (ou não).

Outra forma muito utilizada para manipular a escolha do usuário é fazer com que aquela opção escolhida seja vista como uma coisa ruim. Muitas aplicações colocam mensagens que incentivam o sentimento de culpa como “Não obrigado, eu não quero receber ofertas exclusivas” ou “Eu não quero receber este desconto”.

imagem de um cachorro em uma newsletter escrito (em inglês): quer ajudar o seu cão, inscrevendo-se na nossa newsletter?
Vai deixar de ajudar o seu cachorrinho? Mesmo?
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Design X Marketing

É claro que uma empresa sempre deveria visar o lucro, visando gerar estratégias para obter vendas e conversões. Dessa forma, parece fazer sentido com que essas técnicas venham sendo cada vez mais usadas, se aproveitando da cognição dos usuários para que os mesmos realizem as ações desejadas.

Todavia, é importante lembrar que essas técnicas são desonestas a certo modo, e enganar os seus usuários acaba prejudicando fortemente a sua experiência geral. Além de manchar a imagem da empresa, é muito provável que os usuários frustrados acabem abandonando a sua aplicação, diminuindo as suas chances de retorno à mesma em novas interações.

É através de boas experiências que conseguimos prender o usuário. Assim, interfaces transparentes e honestas, que seguem os devidos padrões esperados pelo usuário sempre serão uma tática melhor para obter fidelidade e gerar conversões, mesmo que à longo prazo.

Você pode conferir sobre outros tipos de dark patterns no site https://www.darkpatterns.org , que mostra os tipos mais clássicos utilizados em mais de 1200 sites documentados.

Andre Tardelli
Andre Tardelli

André é instrutor da Alura na área de UX, além de atuar como Product Designer na Raia Drogasil. Mestrando na Universidade Federal do Rio de Janeiro, desenvolveu a paixão por ensinar desde cedo, buscando sempre transmitir seus conhecimentos de forma dinâmica e inovadora. Atualmente tem como foco de pesquisa implementar conceitos de psicologia aplicados à tecnologia, buscando novas formas de humanizar as interações realizadas no meio digital.

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