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Interfaces Inteligentes: Customizando a experiência do usuário

Interfaces Inteligentes: Customizando a experiência do usuário
Andre Tardelli
Andre Tardelli

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Prototipar as suas telas nunca é uma tarefa fácil. Existem diversos tipos de usuários e, por mais que o fluxo de navegação principal entre as telas seja similar, sempre haverá preferências de funcionalidades e comportamentos específicos para cada um deles.

As formas clássicas de apresentar o seu conteúdo não estavam sendo eficazes, visto que não conseguiam engajar um conjunto diverso de pessoas para continuarem aderindo e utilizando às suas plataformas. Dado essa necessidade, foram necessárias novas técnicas para conseguir adaptar o conteúdo das aplicações, de modo a aderir aos padrões específicos de cada usuário.

O avanço da tecnologia nos proporcionou um foco considerável em estudos em diversas áreas de ciência de dados, como o Aprendizado de Máquina e a Inteligência Artificial. Dessa forma, foi possível analisar ações, reações e padrões de comportamento do usuário nas nossas aplicações, criando assim uma interface que se molde ao seu perfil.

Assim, foi denominado o conceito de interfaces inteligentes, onde as informações mostradas podem ser personalizadas de acordo com a preferência de cada indivíduo, facilitando o processo de navegação e aprimorando a experiência geral em si. Legal, não?

Adaptativo X Adaptável

Para entrarmos mais a fundo nesse assunto, vamos diferenciar os tipos de interfaces inteligentes: as adaptativas e adaptáveis.

Uma interface adaptativa se molda de acordo com as ações realizadas pelo usuário, de modo a captar padrões de comportamento e assim, disponibilizar as informações de acordo com as suas preferências.

Leve em consideração o Youtube, por exemplo: O conteúdo recomendado para você é mostrado de acordo com uma análise feita a partir do seu histórico de visualização, fazendo com o que o mesmo mostre conteúdos que ele considere relevantes para você. Além disso, ele esporadicamente recomenda vídeos não relacionados, para verificar se aquilo desperta o seu interesse ou não. Caso desperte, ele adiciona o conteúdo na lista, e assim sucessivamente.

imagem ux

Dessa forma, o sistema constantemente busca formas de engajar o usuário, gerando uma experiência personalizada especificamente para cada um dos mesmos. Esse padrão se repete em diversas redes sociais e sites famosos de compras, como o Facebook, Instagram e Amazon.

Já as interfaces adaptáveis também possuem foco na personalização do conteúdo do usuário, porém estas são configuradas manualmente por ele mesmo. Um exemplo clássico se dá pelo uso de filtros durante a pesquisa de um produto, como filtrar por preço, localização ou categoria.

Sites de compra e venda como a OLX utilizam um sistema de interfaces adaptáveis, visto que o seu conteúdo mostrado é disponibilizado de acordo com a área desejada pelo usuário, além das categorias selecionadas pelo mesmo.

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Vantagens e Desvantagens

Mas afinal, qual tipo de interface é melhor para a minha aplicação? Simples, a resposta é: depende!

Muitas vezes, pensamos que interfaces adaptativas podem ser o melhor caminho a se seguir, devido ao grande potencial de personalizar a experiência do usuário automaticamente com base nas suas ações. Todavia, o processo de aprendizado pelo sistema leva tempo até estar estabilizado de acordo com as suas preferências, e muitas vezes é necessário estar logado em algum tipo de conta para que estas informações fiquem centralizadas em todos os dispositivos utilizados por um usuário. Em sistemas mais sucintos e direto ao ponto, muitas vezes esse processo pode acabar gerando uma camada de complexidade a mais desnecessariamente.

Já para interfaces adaptáveis, a personalização pode ocorrer de forma mais simples e direta, mas também irá exigir que o usuário aprenda a utilizar o sistema de maneira mais rápida. Isso pode ser prejudicial se as suas informações não são mostradas de maneira muito intuitiva, podendo afastar usuários que não queiram gastar muito tempo configurando preferências, e sim ir direto ao ponto. Além disso, a disponibilização de novas formas de engajamento do usuário será sempre de acordo com os filtros fornecidos, dificultando a aderência do mesmo em novos tipos de conteúdo.

Concluindo

Dessa forma, é necessário analisar com cautela sobre qual vertente seguir, dado as necessidades e requisitos do seu sistema. O uso de interfaces inteligentes está se tornando cada vez mais disseminado para potencializarmos a quantidade de informações disponibilizadas, e consequentemente engajar mais usuários para interagirem com sistemas cada vez mais humanos. Espera-se que a partir de alguns anos, sejamos capazes de interagir com uma máquina com tanta facilidade do que com um ser humano.

Até lá, você pode continuar estudando com a gente para se manter por dentro de todas as novidades em design e ciência de dados! Até a próxima!

Andre Tardelli
Andre Tardelli

André é instrutor da Alura na área de UX, além de atuar como Product Designer na Raia Drogasil. Mestrando na Universidade Federal do Rio de Janeiro, desenvolveu a paixão por ensinar desde cedo, buscando sempre transmitir seus conhecimentos de forma dinâmica e inovadora. Atualmente tem como foco de pesquisa implementar conceitos de psicologia aplicados à tecnologia, buscando novas formas de humanizar as interações realizadas no meio digital.

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