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Rede de computadores: um guia completo sobre o que são, como funcionam e quais cursos fazer na área

Rede de computadores: um guia completo sobre o que são, como funcionam e quais cursos fazer na área
Gabrielle Ribeiro Gomes
Gabrielle Ribeiro Gomes

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Na computação, a interação entre dois ou mais dispositivos computacionais é uma atividade essencial para que aplicativos e softwares funcionem.

Quando acessamos um vídeo em uma plataforma digital para aprender sobre programação ou acompanhar o próximo episódio de uma série, estamos nos conectando a um servidor que hospeda esse conteúdo e recebendo em nosso dispositivo (smartphone, tablet, notebook ou desktop) um fluxo contínuo de dados.

Esse processo de interconexão entre dispositivos tão diversos situados em diferentes regiões do mundo é uma das principais aplicações práticas das redes de computadores em nosso cotidiano.

A compreensão da estrutura e funcionamento das redes é fundamental para sermos capazes de conceber, implementar e manter soluções computacionais e de comunicação de forma eficiente e segura.

Nesse artigo, você vai entender os principais fundamentos das redes de computadores, seus aspectos práticos de implementação e operação e como se tornar uma pessoa profissional nessa área, que tem crescido significativamente nos últimos anos, compreendendo o que estudar e em quais áreas atuar.

Bora lá?

O que são redes de computadores?

As redes de computadores são formadas pela interligação de dois ou mais dispositivos computacionais por meio de um sistema de comunicação.

Esse sistema é baseado em um conjunto de regras e modelos que possibilitam o compartilhamento de informações, serviços e recursos entre dispositivos.

É comum que essa conexão seja feita através de cabos de rede, Wi-Fi (conexão sem fio) ou uma combinação de ambos.

Dessa forma, assim como em uma empresa de entrega, precisamos ter postos de coleta e encaminhamento, veículos e pessoas em sua área de atuação para garantir o encaminhamento dos pacotes entre uma cidade no Norte do país e outra no Sul.

Assim, nas redes de computadores, temos uma infraestrutura composta por elementos físicos de ligação (diferentes tipos de cabos de rede) e dispositivos eletrônicos dedicados ao encaminhamento das mensagens entre computadores (roteadores, switches, hubs) para definição das rotas de tráfego e realização da transmissão dos dados entre a origem e o destino.

Dentre as principais funções desempenhadas pelas redes de computadores, podemos destacar:

  • Compartilhamento de informações e recursos: o que permite que os dispositivos de uma mesma rede compartilhem arquivos, documentos, áudios, vídeos etc. Facilitando o acesso e a colaboração aos dados compartilhados.

  • Compartilhamento de hardware: é possível compartilhar dispositivos periféricos, como impressoras, scanners, unidades de armazenamento, entre outros. Assim, esses dispositivos se tornam acessíveis a todos os computadores conectados na mesma rede.

  • Entretenimento e uso doméstico: em ambientes domésticos, as redes são usadas para jogos online, streaming de mídia, controle de dispositivos domésticos inteligentes, etc.

  • Acesso à Internet: através das redes que acessamos a Internet, o que possibilita a conexão a websites, redes sociais, serviços online, etc.

  • Comunicação: as redes viabilizam a comunicação entre pessoas, dispositivos e sistemas através de serviços como e-mail, videoconferências, mensagens instantâneas e voz sobre IP (VoIP).

  • Acesso Remoto: através das redes é possível acessar informações e recursos de maneira remota, sem a necessidade de se estar no local das instalações físicas.

Essas são apenas algumas das aplicações mais comuns das redes. Atualmente, elas formam uma infraestrutura global que transcende fronteiras geográficas e torna possível o compartilhamento de informação entre indivíduos e organizações em diferentes partes do mundo.

Essa rede global que conecta computadores em diferentes redes é o que conhecemos como internet. Mas quais serão os detalhes do funcionamento de uma rede de computadores?

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Como funciona uma rede de computadores?

Os elementos básicos para o funcionamento de uma rede de computadores são os nós e links.

Os nós são os dispositivos individuais que fazem parte de uma rede. Cada nó será responsável pela execução de tarefas específicas, como o armazenamento e processamento de dados, execução de aplicativos, ou fornecimento de serviços na rede.

Assim, os nós podem ser divididos em duas categorias: os Equipamentos de Comunicação de Dados (DCE) e os Equipamentos Terminais de Dados (DTE).

Um Equipamento de Comunicação de Dados é um dispositivo que proporciona as funções de comunicação na rede, por exemplo, modems, hubs e switches.

Já um Equipamento Terminal de Dados é um dispositivo que origina, termina ou manipula os dados em uma rede, como computadores e impressoras.

Juntos os DCEs e DTEs formam um conjunto funcional que possibilita a comunicação de dados de forma eficiente em uma rede.

Os links são as conexões físicas ou lógicas entre os nós de uma rede. É por meio deles que ocorre a troca de informações entre os nós, formando a infraestrutura de comunicação da rede.

Os links podem ser conexões físicas que fazem uso de cabos, como cabos de par trançado, fibra óptica ou cabos coaxiais. Ou redes sem fio, como o Wi-Fi, que faz uso de ondas de rádio para a transmissão de dados.

Outro elemento fundamental em uma rede de computadores são os protocolos de rede. Eles definem o conjunto de regras e convenções que estabelece a maneira como os dispositivos da rede se comunicam entre si. Essas regras trazem especificações sobre a transmissão dos dados recebidos e processados.

Para facilitar a compreensão e implementação de redes, foi adotado um modelo de organização e representação de sua estrutura baseado em camadas (vamos falar sobre isso mais adiante!).

Assim, cada camada possui um papel bem definido no processo de comunicação, atuando em conjunto para garantir a transmissão bem-sucedida dos dados de um ponto a outro na rede.

Os protocolos de rede podem abranger várias camadas com suas próprias regras. Alguns dos principais protocolos de redes são:

  • TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol): este é o conjunto de protocolos fundamentais da Internet e é amplamente utilizado para comunicações de rede.

  • HTTP (Hypertext Transfer Protocol): utilizado para transferência de informações na World Wide Web.

  • HTTPS (HTTP Secure): é uma versão segura do HTTP.

  • FTP (File Transfer Protocol): utilizado para a transferência de arquivos entre computadores em uma rede.

  • SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): é o protocolo padrão para envio de e-mails.

  • DNS (Domain Name System): traduz nomes de domínio legíveis por humanos em endereços IP.

  • SSL/TLS (Secure Sockets Layer/Transport Layer Security): são protocolos de segurança utilizados para criptografar a comunicação na web (HTTPS).

  • UDP (User Datagram Protocol): um protocolo de transporte mais leve e menos confiável que o TCP, frequentemente usado para aplicações que podem tolerar perda de pacotes, como streaming de vídeo.

Caso queira entender melhor a diferença entre os protocolos TCP e UDP de forma prática, acesse o artigo “O que é UDP e TCP? Entenda quais as diferenças e como funciona cada Protocolo” aqui da Alura.

Os protocolos são comumente especificados em documentos técnicos, tais como Request for Comments (RFC), sendo organizados por instituições como o Internet Engineering Task Force (IETF) que atuam na padronização de protocolos de redes.

A padronização do processo de comunicação por meio dos protocolos assegura que os dados serão transmitidos de forma consistente e compreensível entre diferentes dispositivos e aplicações, independentemente de suas especificações individuais.

Assim, os protocolos são a base para a comunicação eficiente e a interoperabilidade em redes de computadores.

A maioria dos protocolos de rede segue como base as diferentes funções das camadas do modelo OSI (Open Systems Interconnection). Ele é um modelo conceitual que padroniza as funções de uma rede de computadores em sete camadas.

Caso queira entender mais sobre o Modelo OSI, deixamos como recomendação a [leitura do nosso artigo Saiba o que é o modelo OSI e quais são suas camadas.

O modelo TCP/IP

O TCP/IP é um protocolo que combina dois outros protocolos: o Protocolo de Controle de Transmissão (TCP), que realiza a transmissão de dados e o Protocolo de Internet (IP), responsável pelo roteamento e endereçamento de pacotes de dados.

O TCP/IP é um dos protocolos mais importantes atualmente, pois possibilita a comunicação entre computadores e servidores, formando a Internet.

O protocolo TCP/IP é formado por quatro camadas principais:

Camada de aplicação

A camada de aplicação responsável pelos programas e protocolos que possibilitam o TCP/IP dar início a transmissão de dados.

Alguns exemplos de protocolos que podem ser utilizados são o HTTP e o HTTPS em navegadores web para a comunicação por meio das URLs; o protocolo FTP em clientes de transferência de arquivos; o protocolo SMTP em serviços de email; entre outros.

Assim, essa camada serve para que o TCP/IP determine qual a finalidade específica da transmissão de dados. Após a definição do tipo de transmissão, o processo é enviado para as próximas camadas.

Camada de Transporte

A camada de transporte estabelece como os dados serão transmitidos na rede, levando em consideração o uso, prioridade e criticidade do conteúdo trafegado.

Essa camada é composta pelo protocolo TCP, que oferece uma comunicação confiável orientada à conexão. Porém, outros protocolos também podem ser usados, como o UDP (Protocolo de Datagrama de Usuário) que é mais simples e cuja comunicação fornecida não é confiável e adequada para aplicações que toleram perda de dados.

Nessa camada são estabelecidos canais de comunicação de transferência de dados, que são independentes dos hosts e asseguram a transmissão de forma íntegra de todos os bytes desses dados.

Além disso, na camada de transporte os dados são separados em pacotes e numerados, Dessa forma, a garantia de que o processo será bem sucedido ocorre por meio da verificação da sequência lógica criada.

Essa camada também é responsável por definir para onde os dados devem ser enviados e qual a taxa de transferência para isso.

São utilizadas portas para a realização desse processo. As portas especificam de forma numérica quais são os pontos de uma transferência de dados.

Elas são identificadas usando um padrão de 16 bits, assim as portas têm uma faixa que vai do 0 a 65535. Outra característica das portas é o seu uso em conjunto com um endereço de rede.

Existe a padronização de algumas portas que são amplamente reconhecidas e adotadas universalmente para processos específicos. Alguns exemplos das portas mais comuns e seus usos são:

  • Portas 20 e 21: usadas respectivamente para transferência de dados e controle de comando via protocolo FTP;

  • Porta 22: acesso via SSH (Secure Shell);

  • Porta 25: envio e recebimento de email através do protocolo SMTP;

  • Porta 53: responsável pela resolução de nomes de domínio em endereços IP (DNS - Domain Name System)

  • Porta 80: tráfego da Internet por meio do protocolo HTTP;

  • Porta 123: sincronização entre os relógios de computador através do protocolo NTP (Protocolo de Tempo de Rede). É um processo essencial para a criptografia;

  • Porta 179: usa o protocolo BGP (Border Gateway Protocol) para estabelecer rotas eficientes entre as grandes redes que formam a internet;

  • Porta 443: usada para o tráfego seguro na web através do HTTPS;

  • Porta 3389: permite o acesso remoto a computadores desktop a partir de outro dispositivo usando o protocolo RDP (Protocolo de Desktop Remoto).

Camada de Rede

A camada de rede também é conhecida como camada de Internet. É responsável pelo roteamento dos pacotes de dados entre os dispositivos em diferentes redes.

Mas o que isso significa? Na prática, essa camada cuida das interfaces dos hosts e faz a transformação dos pacotes de dados em datagramas.

Cada datagrama é composto de dois elementos principais: um header (cabeçalho) que entre alguns dados, inclui os endereços IP da origem e destino, e o payload que traz os dados em si que estão sendo transmitidos.

Essa camada utiliza o protocolo IP para proporcionar endereçamento único, roteamento eficiente e outros serviços necessários para o encaminhamento bem sucedido dos pacotes de dados em uma rede.

Camada de enlace

A camada de enlace também conhecida por camada de interface, é responsável pela transferência dos dados a nível físico, cuidando de aspectos como endereçamento físico, controle de acesso ao meio e detecção de erros a nível de enlace.

As camadas do TCP/IP trabalham juntas de forma colaborativa visando uma comunicação eficiente e confiável em redes de computadores.

A imagem tem o título TCP/IP. Abaixo dele há o nome das camadas e uma seta associando-as a uma descrição. De cima pra baixo,  “Camada de Transporte: Define como os dados serão transmitidos”, “Camada de Redes: faz o roteamento de pacotes de dados” e “Camada de Enlace: Realiza a transmissão de dados a nível físico”.

A comunicação entre as camadas do TCP/IP acontece por meio de interfaces bem definidas. Cada camada recebe serviços da camada imediatamente acima dela e fornece serviços à camada imediatamente abaixo.

Nesse modelo o encapsulamento é um conceito essencial, no qual os dados são empacotados na camada que os transmite e desempacotados na recepção.

Para entender melhor, vamos a um exemplo: quando um aplicativo de celular envia dados através da Internet o seguinte processo acontece:

  • Esses dados são passados para a camada de Aplicação, que os encapsula em um formato específico e os envia para a camada de Transporte.

  • A camada de transporte recebe esses dados, os desempacota e adiciona informações de controle, como portas de origem e destino. Esses dados são encapsulados novamente antes de serem passados para a camada de Rede.

  • Esse processo continua até que os dados cheguem na camada de Interface, que os transmite fisicamente.

  • Na extremidade receptora dos dados, o processo é invertido, com cada camada desempacotando e passando os dados para a camada superior.

Na imagem temos duas colunas: a primeira coluna à direita que representa a origem dos dados (quem envia) e a segunda coluna que representa o receptor. Em ambas as colunas temos de cima para baixo as camadas de aplicação, transporte, rede e enlace. As colunas se conectam por meio de uma seta abaixo delas. Na primeira coluna temos setas de cima para baixo que conectam as camadas e um texto que diz “Dados sendo empacotados e passados para a camada inferior”. Na segunda coluna temos setas de baixo para cima que conectam as camadas e um texto que diz “Dados sendo desempacotados e passados para a camada superior”.

É importante ressaltar que esse processo de envio de dados em uma rede acontece de maneira silenciosa e quase instantânea.

Dessa forma, a maioria dos usuários não precisa se preocupar com os detalhes dessa transmissão durante o uso comum da Internet.

O TCP/IP é um modelo aberto e flexível, pois possibilita a comunicação entre diferentes tipos de dispositivos e sistemas operacionais.

Ele tem um papel crucial na troca de dados em redes, incluindo a Internet, servindo assim como um padrão global para a conexão de dispositivos e transmissão de informações.

Breve história e evolução das redes de computadores

A comunicação em rede é algo bem recente em nossa história, até a década de 1950 não havia redes de computadores. Nesse período, os computadores eram grandes e caros, e seu uso era praticamente restrito para fins acadêmicos e militares.

O acontecimento frequentemente apontado como o marco inicial das redes de computadores foi o surgimento da ARPANET (Advanced Research Projects Agency Network), em 1969.

Ela foi uma rede de pesquisa financiada pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos e ligava 4 universidades, o que permitia o compartilhamento remoto de informações e recursos entre os cientistas.

Na década de 1970, foi desenvolvido o protocolo de comunicação TCP/IP como parte do projeto ARPANET.

Essa foi uma importante contribuição que ajudou a estabelecer as bases para a comunicação em rede, tendo sido crucial para o surgimento e crescimento da Internet como conhecemos hoje.

Durante a década de 1980, houve a popularização das redes locais, conhecidas como LANs. Com o surgimento dos padrões Ethernet e de protocolos como o Token Ring, era possível realizar a interconexão de computadores em pequenas áreas.

Mas até então, não havia uma padronização do protocolo de comunicação utilizado para a conexão entre clientes e servidores.

Assim, em 1991 surgiu o protocolo HTTP, desenvolvido por Tim Berners-Lee e sua equipe do CERN (Organização Europeia para Pesquisa Nuclear).

A década de 1990 testemunhou o “boom” da Internet. Com a criação da World Wide Web (WWW), em português Rede de Alcance Mundial, também por Tim Berners-Lee.

Isso permitiu que qualquer computador em qualquer local do mundo pudesse acessar a mesma rede mundial: a Internet.

Devido a criação do HTTP e da WWW, Tim Berners-Lee é considerado o “pai da Internet”.

Já nos anos 2000, a banda larga se tornou mais acessível ao público geral, possibilitando conexões mais rápidas à Internet. Nesse período também houve a popularização das redes sem fio, conhecidas como Wi-Fi.

Por volta de 2010, ganham destaque a virtualização e computação em nuvem que transformaram a alocação e gerenciamento de infraestruturas de TI nos mais diversos setores da economia com a viabilização do armazenamento e processamento remotos de dados.

Atualmente, vivemos a expansão da tecnologia 5G, que traz maior alcance e velocidade para redes móveis e de banda larga, e o crescimento da Internet das Coisas (IoT), que interconecta diversos dispositivos com o objetivo de coleta e troca de dados.

Aliás, a rede de comunicações móveis está sempre evoluindo, já ouviu falar no 6G!? É a próxima etapa dessa evolução que promete velocidades ainda maiores.

Ao longo dessas décadas, houve grandes evoluções das redes de computadores, que nasceram como sistemas centralizados e militares e se desenvolveram para Internet: uma rede global interconectada que faz parte de todos os aspectos da nossa sociedade atual.

O que é Endereço IP?

Para encaminhar mensagens entre diversos dispositivos, precisamos adotar algum tipo de mecanismo de localização que possibilite a rápida identificação dos dispositivos de origem e destino.

O endereço IP atua exatamente nesse sentido, pois funciona como um identificador numérico, ou seja, uma numeração única atribuída a cada dispositivo presente em uma rede que usa o protocolo de comunicação IP.

Desse modo se torna possível identificar e localizar este dispositivo na rede, permitindo que os dados sejam enviados e recebidos corretamente.

É importante ressaltar a diferença entre IP e endereço IP:

IP é a sigla para Protocolo de Internet, que define o conjunto de regras para a transmissão de dados entre dispositivos conectados ao redor do mundo.

Enquanto endereço IP se refere a identificação numérica desses dispositivos.

Existem dois tipos principais de endereços IP: o IPv4 (Protocolo de Internet versão 4) e o IPv6 (Protocolo de Internet versão 6).

Um endereço IPv4 é formado por quatro conjuntos de números, cada um variando de 0 a 255, separados por pontos.

Um exemplo de endereço IPv4 é 192.168.1.1. Esse é o sistema de endereçamento IP mais comum e amplamente usado.

Com o crescimento da Internet e da quantidade de dispositivos conectados, o IPv6 foi desenvolvido visando uma faixa de endereçamento mais ampla. Um endereço IPv6 é representado por oito grupos de quatro dígitos hexadecimais, separados por dois pontos, por exemplo, 2001:0db8:85a3:0000:0000:8a2e:0370:7334.

Enquanto o IPv4 oferece cerca de 4,3 bilhões de endereços IP únicos, o IPv6 foi projetado para fornecer um espaço de endereçamento quase ilimitado. Ele usa endereços de 128 bits, o que resulta em 2^128 combinações possíveis. O IPv6 será essencial para a garantia da expansão da Internet.

A transição para o IPv6 é um processo gradual, muitas organizações e provedores de serviços já têm adotado esse tipo de endereçamento, inclusive, em conjunto com o IPv4.

É possível adotar os dois padrões de forma simultânea utilizando técnicas como túneis IPv6 sobre IPv4 e a coexistência dual-stack.

A numeração dos endereços IP não é aleatória. Ela é gerada e atribuída pela IANA (Internet Assigned Numbers Authority, em português Autoridade de Números Atribuídos à Internet), um departamento da ICANN (Internet Corporation for Assigned Names and Numbers, em português Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números).

Assim, os provedores de serviços de Internet (ISPs) obtém endereços IP e os atribuem aos seus clientes, para que eles possam acessar a Internet.

O que as redes de computadores fazem?

As redes de computadores exercem um papel fundamental na comunicação e no compartilhamento de recursos entre diferentes dispositivos.

Oferecendo mais do que conectividade, atualmente as redes são essenciais no nosso dia a dia. Algumas da principais funções das redes de computadores incluem:

  • Compartilhamento de recursos: permitem que diversos dispositivos compartilhem recursos, como scanners, impressoras, arquivos e conexões de internet, otimizando a utilização dos recursos disponíveis.

  • Comunicação: Trazem facilidade na comunicação entre seus usuários, por meio de mensagens instantâneas, videoconferências, e-mails ou outros tipos de comunicação online.

  • Transferência de dados: Possibilitam a transferência eficiente de dados entre os seus dispositivos. O que pode envolver streaming de mídia, envio de grandes arquivos ou acesso remoto a informações.

  • Acesso remoto: As redes permitem o acesso a dados e recursos de maneira remota. Isso tem grande importância em ambientes corporativos, pois os profissionais podem acessar aplicações ou dados a partir de locais diferentes.

  • Backup e armazenamento centralizado: Trazem facilidade na implementação de sistemas de backup e armazenamento centralizado, onde os dados são guardados em servidores centralizados. Isso proporciona mais facilidade de gerenciamento e maior segurança.

  • Compartilhamento de Internet: Em uma mesma rede, diversos dispositivos podem compartilhar uma única conexão com a internet. Isso é comum em ambientes empresariais e domésticos, pois otimiza os custos e o uso da largura de banda.

  • Segurança de dados: Com as redes é possível implementar medidas de segurança, como firewalls e sistemas de detecção de intrusões, tendo como objetivo a proteção da integridade e da confidencialidade dos dados transmitidos.

  • Mobilidade: As redes sem fio permitem a mobilidade, pois diversos dispositivos podem se conectar à rede sem a necessidade de cabos. Isso facilita o uso de dispositivos móveis e portáteis.

  • Escalabilidade: As redes são projetadas para serem escaláveis. Isso significa que é possível a adição de novos recursos e dispositivos conforme necessário, sem precisar reconstruir toda a infraestrutura.

  • Compartilhamento de aplicações e serviços: As redes facilitam o compartilhamento de aplicativos e serviços, especialmente em ambientes corporativos. Assim, vários usuários podem acessar e utilizar os mesmos recursos de software.

Essas são apenas algumas das muitas funções que as redes de computadores podem desempenhar. Desse modo, atualmente as redes viabilizam uma infraestrutura essencial, que permite a comunicação eficiente e a colaboração entre os dispositivos conectados.

Qual a capacidade de transmissão de cada rede?

A capacidade de transmissão de uma rede pode variar significativamente, dependendo do tipo de rede, da tecnologia usada e das condições de implementação.

Assim, veremos a seguir algumas capacidades de transmissão mais comuns para diferentes tipos de redes.

As redes Ethernet são baseadas em cabos, ou seja, são as redes com fio. É atualmente o padrão mais difundido para redes locais, sendo amplamente usado em ambientes comerciais, industriais e domésticos. Suas capacidades são:

  • Ethernet 10/100 Mbps (Fast Ethernet): fornece taxas de transmissão de 10 ou 100 megabits por segundo.

  • Ethernet Gigabit (1000 Mbps): fornece taxas de transmissão de 1 gigabit por segundo.

  • Ethernet 10 Gigabit: fornece taxas de transmissão de 10 gigabits por segundo.

  • Ethernet 40 Gigabit e 100 Gigabit: são usadas em ambientes de alta demanda, como centro de dados. Fornecem uma taxa de transmissão de 40 ou 100 gigabits por segundo.

Já nas redes sem fio, conhecidas como Wi-Fi, as capacidades de transmissão são:

  • Wi-Fi 802.11b/g/n: fornecem velocidades que variam de 11 Megabits por segundo (802.11b) a 600 Megabits por segundo (802.11n).

  • Wi-Fi 802.11ac: pode fornecer velocidades superiores a 1 Gigabits por segundo.

  • Wi-Fi 6 (802.11ax): foi projetado para fornecer taxas de transmissão mais altas e melhor desempenho em ambientes congestionados, suportando vários Gigabits por segundo.

Nas redes de celulares também temos diferentes capacidades de transmissão:

  • 3G: oferece taxas de transmissão variáveis, geralmente na faixa de vários megabits por segundo.

  • 4G LTE: Oferece velocidades que podem variar de 5 Mbps a várias centenas de megabits por segundo.

  • 5G: foi projetado para fornecer velocidades muito mais altas, potencialmente na faixa de vários gigabits por segundo.

Existem também as redes de fibra óptica, que podem fornecer velocidades extremamente altas, indo de vários megabits por segundo a múltiplos gigabits por segundo, dependendo da infraestrutura e da tecnologia utilizada.

Além disso, temos também as redes de satélite. Sua capacidade de transmissão pode variar bastante, já que algumas delas fornecem velocidades equivalentes a conexões de banda larga enquanto outras são mais lentas, especialmente em comparação com redes terrestres.

Atualmente, nas redes de satélite, temos uma que tem ganhado bastante popularidade: a Starlink. Ela é um projeto de constelação de satélites em órbita baixa da Terra, desenvolvido pela SpaceX, empresa de exploração espacial de Elon Musk.

O objetivo do Starlink é fornecer acesso à Internet de alta velocidade e baixa latência em áreas remotas ou mal atendidas, utilizando uma rede global de satélites.

Os aspectos operacionais do Starlink envolvem vários elementos, como o lançamento e manutenção da constelação de satélites, o fornecimento de terminais de usuário (antenas) e a gestão da infraestrutura de rede.

É importante lembrar que esses são apenas valores gerais. As velocidades reais podem variar de acordo com fatores como interferência, distância entre dispositivos, qualidade dos equipamentos, congestionamento de rede, entre outros.

Quais são as principais arquiteturas de redes?

Entendendo uma arquitetura como a estrutura organizacional dos dispositivos e protocolos de uma rede, podemos encontrar diferentes tipos de arquiteturas de redes, no entanto os dois tipos mais comuns são a arquitetura cliente-servidor e a arquitetura ponto a ponto.

Arquitetura cliente-servidor

Nesse tipo de arquitetura, os dispositivos que compõem a rede são divididos em duas categorias principais, como o próprio nome já diz: clientes e servidores.

Os clientes são os dispositivos que solicitam serviços ou recursos de um servidor. Geralmente os clientes são máquinas ou usuários finais, como computadores, que dependem dos serviços disponibilizados pelo servidor.

Já os servidores são os dispositivos da rede que fornecem recursos, serviços ou dados aos clientes. Eles funcionam aguardando as solicitações dos clientes e dão as respostas conforme solicitado.

Imagem com uma CPU no meio e seis computadores ao redor, cada um dos computadores conectados a ela através de uma linha

As características principais de uma arquitetura cliente-servidor são:

  • Centralização: os serviços e recursos estão centralizados no servidor, o que facilita a administração e o gerenciamento da rede.

  • Escalabilidade: caso haja aumento de demanda, novos servidores podem ser adicionados conforme necessário. O que torna esse tipo de arquitetura facilmente escalável.

  • Segurança: por oferecer um controle mais centralizado, a arquitetura cliente-servidor facilita a implementação de políticas de segurança.

Arquitetura ponto a ponto

Na arquitetura ponto a ponto, também conhecida como arquitetura Peer-to-Peer (P2P), todos os dispositivos da rede têm a mesma capacidade de fornecer e solicitar serviços ou recursos, ou seja, todos podem agir como clientes e servidores ao mesmo tempo.

Imagem com seis computadores organizados em um formato hexagonal. Cada computador está conectado a todos os outros através de linhas.

As principais características da arquitetura peer-to-peer são:

  • Descentralização: cada nó na rede pode interagir diretamente com outro nó e não há dependência de servidores dedicados. Assim, a rede opera de forma descentralizada.

  • Distribuição de recursos: os recursos e serviços são distribuídos entre os dispositivos que integram a rede, o que reduz a dependência de um único ponto de falha.

  • Escalabilidade: em geral, não é necessária uma reconfiguração significativa da rede caso mais dispositivos sejam adicionados.

  • Complexidade: a falta de centralização adiciona mais complexidade no gerenciamento de segurança e dos recursos.

Alguns exemplos de uso mais comuns da arquitetura ponto a ponto são redes de compartilhamento de arquivos, como o BitTorrent, que possibilitam aos usuários compartilhar arquivos diretamente, sem depender de um servidor central.

Também podemos falar nas chamadas de voz sobre IP (VoIP), na qual a transmissão de dados entre os dispositivos pode ser feita diretamente sem passar por um servidor central e há ainda as aplicações de streaming P2P com as quais é possível a distribuição de conteúdo entre os usuários, que por sua vez podem transmitir partes do conteúdo uns para os outros.

Assim, a escolha da arquitetura de redes leva em consideração as necessidades específicas da aplicação ou organização.

O que é topologia de rede?

A topologia de rede é a maneira como os dispositivos de uma rede estão fisicamente ou logicamente conectados entre si. Ela é a estrutura básica da rede, que estabelece a forma como os dados serão transmitidos entre os dispositivos que a compõem.

Existem diversas topologias de rede, cada uma com diferentes características, vantagens e desvantagens. As topologias mais usuais são: topologia em barramento, topologia em anel, topologia em estrela e topologia em malha.

A seguir, entenderemos melhor como cada uma dessas topologias funciona. Bora lá?

Topologia em barramento

Na topologia em barramento todos os dispositivos compartilham um único canal de comunicação, que como o próprio nome já nos diz, é chamado de barramento.

Assim, nesse tipo de configuração de rede, um único cabo conecta todos os nós da rede. E cada dispositivo pode estar diretamente conectado ao barramento ou utilizar um conector T, que possibilita a extensão da rede.

Na imagem há quatro computadores, todos conectados através de uma linha.

Os dados são transmitidos através do barramento e todos os dispositivos podem acessá-los. Desse modo, cada dispositivo pode enviar dados que viajam por meio do barramento e são recebidos pelos demais computadores, que vão verificar o endereço de destino dos dados e aceitar os que forem destinados a eles.

As vantagens da topologia em barramento estão na simplicidade em função de sua facilidade de configuração, e o custo, sendo normalmente uma opção mais econômica por utilizar menos cabos.

Já as desvantagens desse tipo de topologia estão nos conflitos de colisão, que podem ocorrer quando dois dispositivos tentam transmitir dados simultaneamente, demandando uma nova transmissão desses dados; e nas falhas únicas, pois se houver uma falha no barramento, toda a rede pode ser impactada.

Outra desvantagem está no desempenho, que pode ser afetado conforme mais dispositivos são adicionados à rede, aumentando o tráfego no barramento.

A topologia de barramento era amplamente utilizada no passado. Entretanto, ela possui algumas limitações em relação a escalabilidade e expansibilidade, já que o próprio barramento pode se tornar um gargalo com a adição de novos nós.

Além de possuir menor segurança, uma vez que qualquer dispositivo da rede tem o potencial de acessar os dados. Assim, atualmente ela vem sendo substituída por tecnologias mais modernas e eficientes.

Topologia em anel

Na topologia em anel, todos os dispositivos são conectados em um formato circular, formando um anel. Cada nó está conectado diretamente a exatamente dois outros.

Imagem com quatro computadores conectados em um formato circular através de uma linha.

Nesse tipo de configuração de rede, os dados são transmitidos em sentido unidirecional ao longo do anel.

Assim, cada dispositivo recebe os dados, confere se os dados são destinados a ele e caso necessário, os repassa ao próximo dispositivo do anel.

As vantagens do uso da topologia em anel são: estrutura organizada e lógica e a redução da ocorrência de colisões de dados.

Uma das desvantagens é que caso um cabo ou dispositivo falhe, pode haver impacto em todo o restante da rede.

Além disso, a adição ou remoção de dispositivos da rede pode ser complicada, pois o funcionamento de todo o anel precisa ser interrompido.

Topologia em estrela

Na topologia em estrela cada dispositivo da rede é conectado individualmente a um único ponto central, como um hub, roteador ou switch.

Essa conexão é independente e dedicada ao ponto central, formando a estrutura que lembra uma estrela. Essa estrutura é comumente utilizada em ambientes domésticos e empresariais.

Imagem com 5 computadores dispostos ao redor de um pentágono. Cada computador está conectado a essa forma geométrica por uma linha. O pentágono possui duas setas no centro: uma apontando para baixo e outra para cima.

A transmissão dos dados se dá por meio do envio pelo dispositivo de origem para o ponto central, que, em seguida, encaminha esses dados para o dispositivo de destino.

Assim, o ponto central é um componente crucial nessa topologia, que traz facilidade na comunicação entre os dispositivos, pois não há competição pelo acesso ao meio compartilhado de transmissão.

Uma das principais vantagens do uso de topologia em estrela está no isolamento do tráfego, pois o ponto central possibilita a segmentação da transmissão dos dados, o que torna a rede mais segura e eficiente.

Outra vantagem é a facilidade de manutenção da rede, uma vez que se um único dispositivo concentrar problemas, ele não afetará os demais, o que simplifica a identificação e correção de falhas.

Além disso, adicionar ou remover dispositivos na rede é simples, pois não gera impactos significativos nos outros.

Outra característica vantajosa é a segurança aprimorada devido ao não compartilhamento direto dos dados entre os dispositivos da rede.

Dentre as desvantagens dessa topologia podemos citar a dependência do ponto central, pois, caso apresente falhas, toda a rede fica inativa.

E o custo mais elevado para implementação dessa estrutura, principalmente quando há necessidade de um ponto central mais robusto com uso de switches.

Topologia em malha

Na topologia em malha, cada dispositivo está diretamente conectado a todos os outros dispositivos. O que forma uma rede completa de conexões e elimina a necessidade de um ponto central.

Imagem com seis computadores organizados em formato de hexágono, cada um em um ponto. Todos os computadores estão conectados entre si através de linhas.

Duas características fundamentais desta topologia são a redundância e a descentralização.

Esse arranjo de rede fornece alta redundância, já que diversos caminhos se encontram disponíveis para a transmissão de dados. Assim, caso um caminho falhe, existem outras alternativas disponíveis.

A descentralização ocorre por conta da inexistência de um único ponto central nessa topologia. Cada dispositivo tem o mesmo grau de importância e colabora para a robustez da rede.

Uma topologia de malha pode ser do tipo malha total, na qual cada dispositivo está conectado a todos os demais, ou do tipo malha parcial, onde cada dispositivo está conectado a apenas alguns outros dispositivos.

É essencial a implementação de protocolos de roteamento nessa topologia, para garantir a otimização da seleção de caminhos para o tráfego de dados. Dessa forma, os recursos da rede podem ser usados de forma mais eficiente.

As principais vantagens da topologia em malha são a comunicação eficiente e rápida, já que a transmissão de dados pode ocorrer entre quaisquer dispositivos.

Além da escalabilidade, pois a adição e remoção de dispositivos não compromete significativamente a estrutura ou desempenho da rede e a facilidade de manutenção, já que é fácil identificar e isolar as falhas, graças a disponibilidade de diversos caminhos.

Como desvantagens, essa topologia pode apresentar alto custo e complexidade na sua implementação. O que cresce conforme a quantidade de dispositivos conectados na rede aumenta.

Geralmente, a topologia de malha é adotada em ambientes críticos que exigem confiabilidade e redundância como em aplicações industriais e sistemas de comunicação militares.

Quais são os tipos de redes de computadores empresariais?

As redes empresariais conectam dispositivos e sistemas, visando facilitar a comunicação e compartilhamento de recursos.

Elas representam um aspecto fundamental para o funcionamento eficiente e a expansão sustentável das empresas e organizações. Assim, é essencial compreender os diversos tipos de redes disponíveis.

Vamos explorar os principais modelos de redes empresariais?

Rede de área local (LAN)

Uma rede de área local (LAN - Local Area Network) é um **sistema de interconexão de dispositivos em uma área geográfica limitada, como um edifício, escritório ou campus. Em outras palavras, todos os dispositivos dessa rede se encontram no mesmo local físico.

Esse tipo de rede é projetado para facilitar o compartilhamento de recursos, como impressoras e servidores, entre os dispositivos da rede.

Apesar de possibilitar a troca de dados entre os dispositivos, as LANs não disponibilizam acesso à Internet.

Assim, o principal objetivo de uma LAN é viabilizar uma infraestrutura de comunicação para as pessoas usuárias dessa rede, que seja confiável e rápida. Facilitando as operações diárias e melhorando a colaboração.

Redes de longa distância (WAN)

As redes de longa distância (WAN - Wide Area Network) são sistemas de interconexão de dispositivos que abrangem uma extensa área geográfica, tais como cidades, regiões, países ou até continentes.

Para atingir uma ampla região de cobertura e permitir a conexão entre dispositivos a longas distâncias, as WANs adotam diferentes tecnologias como serviços de telecomunicações, satélites e fibra óptica.

O tipo mais comum de WAN que está presente em nosso dia a dia é a própria Internet.

Assim, no contexto empresarial o principal objetivo das WANs é permitir a comunicação eficiente e o compartilhamento de recursos entre diferentes filiais, escritórios remotos ou unidades organizacionais distantes.

Desse modo, as redes de longa distância têm papel fundamental no mundo atual, pois permitem a transmissão de dados em larga escala e facilitam a cooperação em grandes níveis geográficos.

Redes de provedores de serviços

As redes de provedores de serviços são as infraestruturas de comunicação usadas por empresas que oferecem serviços de conectividade, como as provedoras de acesso à Internet doméstica e de celular, televisão por assinatura, etc.

Em geral, os provedores de serviços mantêm e gerenciam uma rede extensa. A arquitetura dessas redes pode incluir uma combinação de tecnologias e dispositivos, tais como cabos, fibra óptica, satélites e redes sem fio.

O objetivo principal das redes de provedores de serviços é disponibilizar conectividade confiável, velocidades de transmissão eficientes, além de uma ampla gama de serviços aos mais diversos perfis de pessoas usuárias.

Redes em nuvem

Um dos tipos mais recentes de redes empresariais são as redes em nuvem. Esse modelo de infraestrutura usa recursos computacionais, como servidores, armazenamento e aplicativos, e os fornece como serviços pela Internet.

Assim, as redes em nuvem possibilitam o acesso remoto e o compartilhamento de recursos por meio de uma rede global de servidores, conhecida como “cloud” ou “nuvem”.

Caso tenha interesse em se aprofundar mais no conceito e aplicação de computação em nuvem, temos um vídeo aqui da Alura que apresenta sobre o que é cloud?

Os modelos de serviço em nuvem incluem Software como Serviço (SaaS - Software as a Service), Plataforma como Serviço (PaaS - Plataform as a Service) e Infraestrutura como Serviço (IaaS - Infrastructure as a Service).

Atualmente, algumas plataformas mais popularmente usadas para o uso de redes em nuvem são a AWS e a Azure. Aqui na Alura você pode aprender mais sobre os temas com as formações Começando na AWS com Lightsail, EC2, S3, VPC, RDS e DynamoDB e Azure.

Por serem redes altamente flexíveis e escaláveis, elas possibilitam que empresas ajustem dinamicamente seus recursos de acordo com suas necessidades, pagando apenas por serviços efetivamente utilizados.

Dessa forma, as redes em nuvem proporcionam uma solução moderna e ágil para as mais diversas demandas de armazenamento, processamento e gerenciamento de dados.

Dispositivos que podem integrar uma rede de computadores

Diferentes tipos de dispositivos podem compor uma rede de computadores, formando um sistema coeso para a troca de recursos e informações.

  • Computadores: são os principais dispositivos de uma rede, que executam aplicações e armazenam dados. Esses dispositivos podem ser servidores, estações de trabalho, ou até mesmo nossos computadores pessoais.

  • Roteadores: são os aparelhos responsáveis por encaminhar os dados entre diferentes redes. São eles que conectam as redes locais (LANs) a redes externas, como a Internet.

  • Switches: são dispositivos físicos utilizados para conectar outros dispositivos em uma rede local. Eles servem para encaminhar os pacotes de dados apenas para os dispositivos apropriados.

  • Hubs: também são usados para conectar vários dispositivos em uma rede. Porém, eles apenas transmitem os dados para todos os dispositivos conectados.

  • Modems: convertem sinais digitais de um dispositivo de origem para sinais analógicos adequados para transmissão por uma linha de comunicação analógica, como uma linha telefônica ou cabo coaxial. Também são capazes de realizar a conversão inversa.

  • Pontos de acesso: permitem a conexão de dispositivos sem fio a uma rede com fio. São usados em redes Wi-Fi.

  • Cabos de rede: realizam a conexão física entre diversos dispositivos que compõem uma rede. Quer entender mais sobre os tipos de cabos de rede e suas funções? Aqui na Alura, nós temos o artigo Entendendo os cabos de rede que te ajudará com isso.

  • Impressoras de rede: podem ser compartilhadas e acessadas por diversos usuários em uma mesma rede.

  • Dispositivos de Armazenamento em Rede (NAS): possibilitam o acesso e compartilhamento de armazenamento centralizado.

  • Dispositivos IoT (Internet das Coisas): incluem sensores, câmeras, termostatos, etc., que podem se conectar à rede para compartilhar dados.

  • Bridge (Ponte): conecta segmentos da rede, ajudando a reduzir o tráfego desnecessário.

  • Gateways: realizam a tradução de protocolos entre redes diferentes, permitindo a comunicação entre sistemas que utilizam protocolos diferentes.

Esses são apenas alguns dos dispositivos mais comuns que podem integrar uma rede de computadores. A escolha de quais dispositivos devem ser usados varia de acordo com as demandas, restrições e finalidades do contexto de uso.

Geralmente, uma rede bem projetada inclui uma combinação desses dispositivos para garantir segurança, desempenho e eficiência na comunicação de dados.

Quais são os serviços de redes de computadores disponíveis no mercado?

Atualmente, existem diferentes serviços de redes de computadores disponíveis no mercado, sendo oferecidos por diversas empresas e provedores. Entre os serviços mais comuns podemos citar:

  • Serviços de Conectividade: que fornecem Internet banda larga para acesso à internet de alta velocidade, fibra óptica para conexões de alta velocidade usando tecnologia de fibra óptica e DSL (Digital Subscriber Line) para conexões de internet por meio da linha telefônica.

  • Serviços de Rede Privada Virtual (VPN): podem ser empresariais, para que empresas conectem suas redes de forma segura através da Internet ou pessoais oferecendo segurança e privacidade para usuários individuais na Internet.

  • Serviços de Nuvem (Cloud Services): podem fornecer Infraestrutura como Serviço (IaaS), como servidores virtuais e armazenamento; Plataforma como Serviço (PaaS), como plataformas de desenvolvimento e hospedagem de aplicativos; e Software como Serviço (SaaS) para aplicativos e software pela internet.

  • Serviços de Hospedagem: fornecem hospedagem compartilhada, onde vários sites compartilham os recursos de um servidor; servidores dedicados, onde um servidor inteiro é dedicado a um único cliente; e hospedagem na nuvem, onde sites e aplicativos são hospedados em servidores virtuais na nuvem.

  • Serviços de Registro de Domínio: permitem registrar e gerenciar nomes de domínio na Internet.

  • Serviços de Telefonia sobre IP (VoIP): podem oferecer VoIP empresariais para comunicação por voz sobre protocolo de internet para empresas ou serviços de chamadas online para realização de chamadas pela internet para números fixos e móveis.

  • Serviços de Segurança de Redes: tem dois tipos principais, Firewall gerenciado para proteção de redes contra ameaças externas e antivírus de rede para proteção contra malware e ameaças online.

  • Serviços de Monitoramento e Gerenciamento de Rede: podem monitorar o desempenho e gerenciar a configuração dos dispositivos da rede.

A gama de serviços de redes de computadores continua a evoluir à medida que novas necessidades e tecnologias surgem.

Cada organização pode demandar uma combinação diferente desses serviços, dependendo de seus requisitos específicos de rede e infraestrutura.

Quais as vantagens e desvantagens das Redes de Computadores?

A eficácia de uma rede de computadores depende de uma consideração equilibrada sobre suas vantagens e desvantagens na sua implementação, levando em consideração as necessidades específicas de cada ambiente e organização.

Assim, vamos explorar quais as principais vantagens e desvantagens das redes de computadores.Entre as vantagens das redes podemos citar:

  • Compartilhamento de recursos: as redes de computadores possibilitam o compartilhamento eficiente de recursos, como impressoras, arquivos e conexão com a Internet. O que otimiza o uso de equipamentos e reduz custos relacionados.

  • Comunicação eficiente: as redes facilitam a comunicação rápida e com eficiência entre os seus usuários, através de e-mails, videoconferência e outros aplicativos colaborativos.

  • Acesso remoto: permitem o acesso a recursos e dados de maneira remota, o que possibilita o gerenciamento remoto de sistemas e o trabalho flexível.

  • Centralização e controle: em algumas infraestruturas de TI, as redes facilitam a administração centralizada dos recursos e das políticas de segurança.

  • Confiabilidade: nas redes de computadores, redundância e backup podem ser implementados visando a melhoria da confiabilidade e da disponibilidade dos serviços.

Já entre as desvantagens podemos citar:

  • Custo inicial: a implementação de uma rede pode demandar investimentos significativos em hardware, software e infraestrutura.

  • Complexidade: as redes podem ser complexas de se projetar, configurar e manter, particularmente em ambientes empresariais de grande escala.

  • Desempenho: caso a rede seja mal projetada ou haja frequentes congestionamentos, pode haver degradação no desempenho, o que impacta a eficiência das operações.

  • Dependência da Infraestrutura: uma falha na infraestrutura da rede pode resultar na interrupção de serviços críticos e prejudicar as operações normais.

  • Manutenção e Atualização: manter uma rede operando e atualizada exige monitoramento constante, aplicação de correções e atualizações de segurança.

  • Segurança: a segurança da rede é uma preocupação constante, devido ao risco de acessos não autorizados, ataques cibernéticos e ameaças à privacidade.

Caso você queira aprender mais sobre segurança, aqui na Alura temos a formação em Cibersegurança, na qual você vai aprender como se defender de ataques diversos, proteger suas aplicações, conhecer suas possíveis vulnerabilidades e salvar os dados do usuário de forma mais segura.

Cursos de redes de computadores

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Além disso, caso tenha interesse e oportunidade de fazer uma graduação na área, na FIAP temos uma graduação em Redes de Computadores. Nesse tecnólogo de 2 anos, você vai aprender como criar, projetar e gerir redes de computadores.

Agora que você já sabe como se especializar neste assunto, ainda tem curiosidade para saber como é o dia a dia do profissional de redes de computadores? Então bora entender quais as tarefas que esse profissional realiza.

O que faz quem é profissional de redes de computadores?

Profissional de redes de computadores é a pessoa responsável por projetar, implementar, manter e gerenciar as redes de computadores em empresas. As suas principais funções incluem:

  • Projeto de Rede: planejar e desenvolver a arquitetura de redes de computadores, levando em consideração os requisitos específicos da empresa, a escalabilidade e a segurança.

  • Implementação: configuração e instalação do hardware e software da rede, garantindo que todos os dispositivos possam se comunicar de forma eficiente.

  • Manutenção: realizar o monitoramento do desempenho da rede, diagnosticar e resolver problemas técnicos, aplicando atualizações de software e hardware, além de fazer backups e recuperação de dados.

  • Segurança: implementar medidas de segurança para proteger a rede contra ameaças, como firewalls, antivírus, VPNs (Redes Privadas Virtuais) e políticas de acesso.

  • Administração: realizar o gerenciamento de contas de usuários, permissões de acesso, endereçamento IP e outros aspectos administrativos da rede.

  • Atualização tecnológica: acompanhar as tendências e avanços tecnológicos na área de redes de computadores para garantir que a infraestrutura da empresa esteja sempre atualizada e em conformidade com as melhores práticas.

  • Treinamento e suporte: fornecer treinamento aos usuários da rede e oferecer suporte técnico para resolver problemas e responder a dúvidas.

  • Planejamento de capacidade: avaliar a demanda de recursos da rede e planejar sua expansão conforme necessário para atender às necessidades da empresa.

  • Documentação: manter documentação detalhada da configuração da rede, procedimentos operacionais e políticas de segurança.

  • Colaboração: trabalhar em conjunto com outros profissionais de TI, como pessoas administradoras de sistemas, devs e especialistas em segurança da informação, para garantir o bom funcionamento de toda a infraestrutura tecnológica da empresa.

No vídeo do youtube “Tá! O que faz um profissional de Redes?” você pode se aprofundar mais nas funções dessa profissão.

Assim, o papel da pessoa profissional de redes de computadores é fundamental para que as empresas operem eficientemente e tenham uma boa comunicação, garantindo que suas informações estejam protegidas contra ameaças cibernéticas.

Onde alguém profissional de redes pode trabalhar?

As pessoas profissionais de redes de computadores têm uma variedade de opções de empregos em diferentes setores. Vamos explorar a seguir algumas áreas onde podem atuar:

  • Empresas de Tecnologia da Informação (TI): nessas empresas, as pessoas profissionais de rede projetam, implementam e mantêm a infraestrutura da rede.

  • Empresas de telecomunicações: profissionais das redes são essenciais para mantê-las e melhorá-las, já que são usadas em serviços de comunicação, como internet, telefonia e televisão.

  • Setor corporativo: grandes empresas em diversos setores, como finanças, saúde, manufatura e varejo precisam de profissionais de redes para gerenciar suas redes internas.

  • Fornecedores de equipamentos de redes: empresas que fabricam e vendem hardware e software de rede contratam profissionais para suporte técnico, desenvolvimento e teste de produtos.

  • Provedores de serviços em nuvem: em empresas que oferecem serviços de nuvem há a necessidade de especialistas em redes para garantia da conectividade e da segurança de dados.

  • Órgãos governamentais: governos em todos os níveis (municipal, estadual e federal) frequentemente empregam profissionais de redes para gerenciamento e proteção das suas infraestruturas de TI.

  • Educação: instituições de ensino, como escolas, universidades e centros de treinamento, muitas vezes têm equipes de profissionais de redes para gerenciar suas redes acadêmicas e administrativas.

Além disso, são necessárias pessoas profissionais em redes para ministrar aulas de redes em instituições que dão aulas sobre a área.

  • Consultoria em TI: consultores de TI independentes ou trabalhando para empresas de consultoria podem ser contratados para fornecer expertise em redes a uma variedade de clientes.

  • Segurança cibernética: profissionais de redes desempenham um papel crucial na segurança cibernética, garantindo que as redes estejam protegidas contra ameaças e ataques.

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Essas são apenas algumas das muitas opções de emprego disponíveis para profissionais de redes de computadores. A demanda por especialistas nessa área continua a crescer à medida em que a tecnologia evolui e as empresas dependem cada vez mais de redes confiáveis e eficientes.

Mercado de trabalho para quem faz o curso de redes de computadores

O mercado de trabalho para pessoas profissionais formadas em redes de computadores é bastante promissor. A demanda por especialistas nessa área continua a crescer graças à expansão constante da tecnologia e da conectividade.

Como vimos anteriormente, os profissionais de redes podem trabalhar em uma variedade de setores. Atualmente, a maioria das organizações dependem das redes para operar com eficiência.

Além disso, a rápida evolução de tecnologias, como o desenvolvimento do 6G, implementação de redes 5G, Internet das Coisas (IoT), nuvem e inteligência artificial, abre novas oportunidades para tais especialistas.

Conforme a tecnologia evolui, também há um aumento das ameaças cibernéticas. Assim, a segurança da informação tornou-se prioridade em muitas organizações. Profissionais de redes têm um papel vital na implementação de medidas de segurança para proteção de sistemas e dados.

Desse modo, algumas certificações são valorizadas nessa área, como a Cisco Certified Network Associate - CCNA e a CompTIA Network+.

Essas certificações específicas são altamente reconhecidas no mercado de trabalho, pois demonstram habilidades práticas e conhecimento profundo em redes.

O conhecimento em redes de computadores é universal, ou seja, profissionais da área têm oportunidades de emprego em todo o mundo. Muitas empresas globais buscam especialistas em redes para apoiar suas operações internacionais.

Assim, é de suma importância que essas pessoas se atualizem, aprimorando suas habilidades para acompanhar as mudanças no cenário tecnológico e garantir uma posição competitiva no mercado de trabalho.

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Conclusão

Exploramos os principais aspectos do mundo das redes e o que percebemos ao longo dessa jornada que as redes não são apenas uma tecnologia importante presente em nosso cotidiano, mas constituem uma tecnologia fundamental em uma economia e sociedade cada vez mais conectadas.

O futuro dessa área reserva muitos desafios, desde a crescente demanda por largura de banda até as preocupações com segurança cibernética e a integração de tecnologias emergentes como a inteligência artificial e sistemas embarcados de alta tecnologia.

Parabéns por chegar até aqui, agora você pode mergulhar de vez nas redes!

Bibliografia

Gabrielle Ribeiro Gomes
Gabrielle Ribeiro Gomes

Gabrielle é estudante de Engenharia de Software na Universidade de Brasília - UnB. Faz parte do Scuba Team da Alura atuando principalmente com Python. É apaixonada por programação, robótica, machine learning e gatos.

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