Olá, meu nome é Nivaldo Almeida Júnior. Atualmente, atuo no Banco do Brasil como analista de qualidade.
Audiodescrição: Nivaldo se identifica como um homem branco. Tem cabelo preto curto e olhos verde. Usa barba e bigode curta preto com pontos grisalhos. Está com uma camisa polo azul e está sentado. Ao fundo, painel de vidro com uma persiana e iluminação azulada.
Este curso é uma parceria da Alura com o Banco do Brasil. Estamos falando diretamente da sede de tecnologia do banco, no estúdio de gravações.
Neste curso, vamos descobrir como conduzir pesquisas de experiência do usuário (UX) envolvendo pessoas com deficiência.
Para isso, exploraremos as melhores práticas para garantir que pessoas com diferentes habilidades possam participar efetivamente da pesquisa, desde a fase de planejamento até a etapa de execução.
Este curso é destinado a designers e a qualquer pessoa envolvida em pesquisa de UX que deseja garantir que sua pesquisa seja inclusiva, diversa e estruturada para qualquer participante.
Se você quer fazer a diferença e deseja garantir que sua pesquisa seja inclusiva e acessível, este curso é para você.
Vamos juntos explorar as boas práticas de inclusão em pesquisa de UX e produzir boas experiências, atendendo a todas as pessoas. Até a primeira aula!
Vamos começar entendendo o projeto do curso, que será um caso prático para facilitar a sua compreensão.
A Liber é uma plataforma educacional que está revisando sua interface e usabilidade, levando em consideração a acessibilidade para todas as pessoas.
Neste processo, a empresa direcionou sua equipe de UX (User Experience ou experiência do usuário) para estudar e se aprimorar nas necessidades, tecnologias, critérios e tudo o que for necessário para garantir uma boa experiência de uso em seu site.
O time de UX já conhece a WCAG (Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web) com seus princípios e critérios. Já sabe o que deve fazer de agora em diante para garantir a acessibilidade digital.
Mas agora, o desafio da equipe é descobrir como produzir pesquisas inclusivas, aquelas que contemplam a todos, inclusive as pessoas com deficiência (PCD).
Nesse curso, vamos explorar as boas práticas e os pontos a serem observados na hora de conduzir uma pesquisa de UX envolvendo PCDs.
O objetivo principal da Liber com essa pesquisa é entender quais são as principais dificuldades que as pessoas usuárias encontram ao acessar o seu site. Entender se foi uma experiência boa e, o mais importante, o que é necessário melhorar.
Em uma pesquisa com um público extenso, é comum haver pessoas com deficiências. Surge então a pergunta: quais são as boas práticas para esse cenário?
Para começar a entender esse processo e chegar até uma resposta, precisamos, inicialmente, conhecer os tipos de deficiência. Mas isso é assunto para o próximo vídeo.
Para produzir soluções acessíveis a todos, inclusive para pessoas com deficiência, é necessário, inicialmente, entender que não existe apenas um perfil de deficiência. Ou seja, um recurso que atende às necessidades de um grupo de pessoas pode não atender às necessidades de outro grupo.
Por isso, é imprescindível que nós, como pesquisadores, conheçamos todos os tipos de deficiência com suas principais características e necessidades. Isso nos ajudará a determinar o perfil que desejamos alcançar e usar em nossa pesquisa, desde a fase de planejamento.
Vamos começar falando sobre deficiência auditiva. Neste exemplo, precisamos entender como estabelecer uma comunicação com essas pessoas.
Pode ser necessário utilizar o apoio de uma pessoa intérprete. Também podemos nos comunicar em Libras. Vale a pena estudar um pouco sobre a língua brasileira de sinais para conhecer alguns gestos, mesmo que simples.
Em alguns casos, pode ocorrer a leitura labial. Para isso, é muito importante que, ao encontrar e conversar essas pessoas, estejamos de frente e falemos de maneira clara e objetiva.
Outro perfil de deficiência é a motora, que causa limitações na mobilidade, na coordenação ou na fala das pessoas.
Cabe as pessoas pesquisadoras, entender se há acessibilidade para envolver essas pessoas em sua pesquisa. Deve-se questionar, por exemplo, se o laboratório de pesquisa é acessível.
Vamos falar também sobre deficiência cognitiva, que tem como exemplo o transtorno do espectro autista (TEA), o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e a dislexia.
Devemos nos atentar, pois deficiências cognitivas podem não ser percebidas de imediato. Um recurso que essas pessoas utilizam é um cordão com desenho de girassol, que indica que a pessoa tem uma deficiência que pode não ser percebida logo de imediato.
Ao encontrar essas pessoas, é interessante que nos posicionemos de frente para elas e perguntemos se precisam de algum auxílio. Caso seja necessário, perguntamos o que fazer para auxiliá-las.
Falamos sobre três tipos de deficiências, mas, independentemente do tipo de deficiência, existem algumas boas práticas que vale a pena conferir em qualquer situação:
Além disso, devemos perguntar à pessoa quais são as melhores maneiras de viabilizar o acesso para elas. Isso só é possível conversando, interagindo e envolvendo as pessoas no processo.
Outro exemplo de perfil de deficiência é a visual. Nesse assunto, sinto-me mais à vontade para falar, pois sou deficiente visual e conheço um pouco mais.
A principal dificuldade de uma pessoa cega é na orientação, ou seja, em informações que estão exclusivamente no campo visual, o que é acessível apenas aos olhos.
Para exemplificar, se abrimos um livro e fechamos os olhos, perceberemos que não há maneira de acessar aquele conteúdo com os olhos fechados. Esse é um bom exemplo de uma informação exclusiva para o visual.
Para tornar esse conteúdo acessível a uma pessoa cega, precisamos convertê-lo para áudio ou braile. Portanto, para conduzir pesquisas envolvendo pessoas com deficiência, será necessário contar com o auxílio de tecnologias assistivas para viabilizar, em alguns momentos, a interação com a máquina ou algum outro dispositivo.
Uma pessoa cega só consegue utilizar um computador se tiver um software leitor de tela. Oferecer um computador sem essa tecnologia assistiva seria como utilizar um computador sem monitor, ou seja, não seria possível.
Para envolver essas pessoas em nossa pesquisa, será necessário contar com o apoio das tecnologias assistivas. É justamente sobre isso que falaremos no próximo vídeo.
O curso Acessibilidade em UX: realizando pesquisas inclusivas possui 49 minutos de vídeos, em um total de 30 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de UX Research em UX & Design, ou leia nossos artigos de UX & Design.
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