Boas-vindas ao curso de agilidade para times de alta performance. Meu nome é Marianne Henriques e sou instrutora de inovação e gestão, na Alura. Por questões de acessibilidade eu vou me descrever um pouco para você.
Então, eu sou uma mulher de pele branca, tenho cabelos pintados de loiro, longos, olhos castanhos, e meu fundo é uma parede branca com uma tonalidade alaranjada por cima. Além disso, eu sou formada em tecnologia da informação pela FATEC e especializada em gestão de projetos em TI, além disso, eu atuo desde 2017 em papéis de liderança de times. E hoje eu uso a agilidade para aplicar melhorias dos processos das empresas que eu atuo, e eu vou acompanhar você nessa jornada.
Então este curso é para quem deseja realmente aprender práticas da agilidade de uma forma simples e que ajuda a alavancar a performance do trabalho. Vamos falar um pouco sobre alguns tópicos muito interessantes, como, por exemplo, quais são, então, as características de um time de alta performance? E como que a agilidade pode ajudar e se relaciona com tudo isso?
Vamos aprender também como construir um time coeso, um time consistente, que conhece seus objetivos, sabe quais são os seus papeis e que juntos, de forma colaborativa, eles mesmos conseguem criar os seus próprios processos e formas de trabalho, gerando assim, mais autonomia, mais alto gerenciamento.
Além disso, você vai entender e aprender formas de engajar o time, com exemplos de dinâmicas para fortalecer laços e empatia, para gerar conexões mais autenticas, conexões que tornam as pessoas e os times melhores, justamente para trazer autonomia e alinhamento dessas expectativas que são colocadas em cima de um time de alta performance.
Além disso, vai aprender como melhorar o trabalho em equipe, trazendo mais responsabilidade e comprometimento. É muito importante para um time de alta performance que ele saiba exatamente quais são os seus objetivos e como eles vão construir tudo isso, se responsabilizando e se comprometendo como um time, como um grupo de pessoas.
Além disso, vai entender como a mentalidade age e a colaboração em equipe podem, juntas, trazer resultados incríveis.
Então nesse curso você vai entender como a agilidade se relaciona com times de alta performance e como algumas práticas podem te ajudar a alavancar ainda mais a produtividade e os resultados do seu time. Vamos começar o curso?
Olá! Nesse curso vamos acompanhar a jornada de Bia, que é uma líder técnica de um time de desenvolvimento, com uma missão super especial, que é criar um time de alta performance.
Ela sabia que ia ter muitos obstáculos no meio do caminho, porque era um time novo. Então times novos, ou pessoas que entraram novas no time, existem algumas fases pelas quais os times passam e que podem levar a um caminho bem desafiador, por quê?
Porque num time recém formado as pessoas não se conhecem direito, então elas acabam não tendo aquele entrosamento logo de início, elas precisam de uma liderança formal mais presente, então é muito difícil um time novo já ser bem organizado, independente.
Geralmente eles evitam conflitos. As pessoas não vão entrar em conflitos com aquelas pessoas com quem elas não conhecem ainda, não confiam, e ainda dependem bastante da liderança. Além disso, dificilmente essas pessoas vão assumir responsabilidades sozinhas, com proatividade.
Mas como, então, a Bia poderia melhorar essa situação? Sabendo que ela precisaria primeiro alinhar as expectativas com aquele time. O que ela espera daquele time? O que é um time de alta performance? Então, como ela poderia resolver este problema, ou iniciar essa conversa com o time? Ela reuniu o time e decidiu falar com eles sobre quais são as expectativas para um time de alta performance.
Então, de início, um time de alta performance, geralmente sabe e tem em mente qual é o propósito do time, do projeto, da empresa, então o time sabe à que veio, sabe qual é a importância dele dentro do contexto da empresa. Além disso, o time tem que saber exatamente quais são os resultados esperados para eles. Então a liderança tem que deixar muito claro qual é o resultado esperado que eles têm que entregar e com qual qualidade.
E a autogerência? A autogerência é uma característica muito importante de times de alta performance em times ágeis. Então esse time consegue combinar tudo de bom que tem no time, de forma colaborativa, de forma criativa, e alcança os resultados de maneira conjunta, em acordo; eles conversam, eles se entendem e conseguem entender onde têm que chegar, de forma estratégica, se autogerenciando.
Além disso, é um time diverso, com todos os conhecimentos necessários para fazer as entregas que o time tem que fazer. Eles combinam esses conhecimentos, essa diversidade, e com isso, conseguem tirar maior proveito dos conhecimentos que cada um tem, e combinam isso de maneira criativa e de forma que cheguem aos resultados também esperados.
É um time que consegue antecipar e prever alguns riscos e conseguem de forma proativa evitar que algumas coisas, que são risco, aconteçam. Então tem um olhar na frente. Tem a visão do todo e conseguem se antecipar aos riscos.
Além disso, é esperado de um time de alta performance a comunicação aberta, sem fugir de conflitos, sem que as pessoas fiquem com medo de dar opinião, e, com isso, o time corra risco de cometer um erro desnecessário.
Então todas essas características, Bia colocou como expectativas para eles, então eles já sabiam, a partir daquele momento, que, resumindo, as pessoas do time são ou deveriam ser, proativas, colaborativas, criativas, adaptáveis.
E com isso tudo misturado, com visão clara sobre seus valores, sobre os seus propósitos, assim combinando tudo isso, conseguem ter um alto nível de colaboração, de inovação, e conseguem então entregar esses resultados de alta qualidade.
Então Bia sabia que era importante fazer esse alinhamento, e ela sabia também que um time não nasce de alta performance, sabia que teria que trabalhar com esse time, fazer algumas dinâmicas de grupo e entrosar esse time, para que, então, eles realmente sejam um time de alta performance.
Bia fez a primeira parte, que é alinhar as expectativas sobre o que ela espera desse time e quais são as características mais importantes que ela busca. Depois disso ela viu que o Patrick Lencioni descreveu “Os 5 desafios das equipes”. Esse é um livro do Patrick, em que ele traz uma pirâmide com as 5 – que ele chama de – disfunções, mas podem, sim, ser desafios para formar um time de alta performance.
Então, na base da pirâmide, temos “Falta de confiança”. As pessoas não confiam uma nas outras, elas escondem as suas fraquezas, elas não querem mostrar vulnerabilidade, elas não pedem e nem oferecem ajuda, justamente para não mostrar que não sabem, ou que só precisam de ajuda mesmo. E também elas acabam se forçando a gerar uma boa impressão. Como não confio, eu vou fazer aquela coisa de ser polido e super educado.
Então essa é a base da pirâmide. Sem confiança nada se constrói em um time de alta performance. Então essa é a parte mais importante, seguida pelo “Medo de conflitos”.
As pessoas ficam naquela harmonia artificial – todo mundo concorda, todo mundo está certo, todo mundo muito educado, todo mundo acaba tendo aquelas reuniões que são um tédio, uma pessoa só fala, mesmo que as outras não concordem ou tenham opiniões diferentes elas não falam, para, justamente, evitar esse conflito, e, com isso, são ignoradas questões que não poderiam ser ignoradas, questões controversas, questões que fazem diferença para um time de alta performance, justamente para antecipar riscos, para colocar na mesa tudo que é importante.
Então esse medo de conflitos elas acabam não explorando todas essas opiniões, causando aquela harmonia artificial, que não leva o time a lugar nenhum, acaba cometendo erros que poderiam sim ser evitados.
A terceira parte dessa pirâmide é a falta de comprometimento. É lógico. Se ninguém confia em ninguém, se as pessoas não colocam na mesa tudo aquilo que elas sabem, todas as suas opiniões de forma clara, de forma objetiva, ninguém vai se comprometer com as entregas, por quê?
Porque às vezes não concordaram, então às vezes as pessoas não vão se comprometer com aquilo, e acabam fazendo aquelas analises eternas, aquelas discussões, elas voltam nos mesmos pontos o tempo todo para ter certeza, porque ninguém quer dar a palavra final, ninguém quer ser a garantia final daquela entrega, daquela situação.
Elas também alimentam a falta de confiança e o medo de conflito, acabam não discutindo tudo aquilo que precisam, e com isso acabam no “não concordo, então não vou me comprometer que isso vai dar certo”, mas eu guardo isso para mim, eu não falo, e isso é um problema.
E elas ficam naquelas discussões eternas justamente porque ninguém quer ter a palavra final e se comprometer. E isso é muito ruim para um time, isso não é uma característica de um time de alta performance, por isso que é um dos desafios das equipes.
O quarto desafio é evitar responsabilizar os outros. Sabe aquele time que as pessoas estão vendo que alguém não está cumprindo o combinado, que as coisas não estão saindo no prazo certo, que as coisas não estão dando certo, mas ninguém fala nada, ninguém cobra o outro.
Em um time que existe confiança, que as pessoas conversam e que elas se comprometem de verdade, elas vão se cobrar umas às outras. Ela vai olhar para o lado e vai falar para a outra “corre com isso, nós estamos atrasados. Você precisa de uma ajuda? Vamos que eu vou te ajudar”.
Então esse time quando não se responsabiliza, acaba jogando na liderança, somente na liderança, a responsabilidade de cobrar pelos resultados, ou seja, a liderança sozinha fica como aquele chefe que fica cobrando o tempo todo, o time acabando perdendo o prazo, porque ninguém cobra; porque todo mundo sabe que está atrasado, mas ninguém cobra um ao outro; acaba perdendo funcionários que são mais focados; deixam a liderança sozinha cobrando.
Olhe como tudo isso reflete em um time que não vai conseguir entregar uma alta performance. Um time proativo, um time criativo se cobra, conversa, joga na mesa todas as cartas, tem aquela conversa franca, oferece ajuda e se responsabilizam juntos pelas entregas e todo mundo entrega, todo mundo fala e todo mundo falha, mas está todo mundo junto.
Nessa disfunção eles aceitam baixos padrões de qualidade, baixos padrões de entrega, justamente porque evitam responsabilizar uns aos outros.
E, por último, a falta de atenção aos resultados. As pessoas querem se promover, elas preferem resultados individuais, aqueles status para alimentar o ego individual, quando, na verdade, o resultado tem que ser garantido por todos.
Então conseguimos perceber que esses 5 desafios são comuns, principalmente em times que estão em formação, e até mesmo em times que já trabalham a algum tempo, mas que a liderança acaba não trazendo isso à tona, acaba não promovendo confiança, discussões construtivas, aquele comprometimento em conjunto, a auto responsabilização pelos resultados e a importância. A liderança tem que trazer sempre em mente a importância da entrega daqueles resultados.
Então qual é o papel da liderança? A liderança precisa estimular e criar esse ambiente, onde as pessoas podem conversar abertamente, francamente, sem medo – sem medo de julgamentos, sem medo de falar besteira, tudo é válido, o importante é que eles tenham esse pensamento de time.
Promover discussões construtivas que levem a soluções conjuntas; resgatar aquele clima de equipe e de que resultados são de todos, tirar a importância de resultados individuais e resultados somente de uma pessoa, tirar aqueles heróis, o time é importante; e qualidade também é papel de todos.
É muito comum o time de desenvolvimento deixar a qualidade para uma pessoa, que é a pessoa responsável pelos testes, garanta a qualidade, mas a qualidade é desde o começo até o final.
Por isso, então, que a Bia já fez e já alinhou quais são as características de um time de alta performance e ela também trouxe os 5 desafios das equipes. Agora Bia precisa resgatar sobre agilidade, trazer para o time aquelas questões mais importantes da agilidade, para combiná-la e trazer, então, aquela visão de agilidade e como ela pode ajudar a um time de alta performance.
Bia, até este momento, já tinha alinhado as expectativas com o time sobre o que ela esperava deles, relembrou então quais são as características que podem ser desenvolvidas para que alcancem a alta performance e ela gostaria agora de combinar os seus conhecimentos de agilidade e trazer isso para o time, e como a agilidade pode, realmente, de fato, ajudar ou ir de encontro ao que ela espera desse time de alta performance.
Então ela primeiro resolveu relembrar o que é agilidade e como ela pode ajudar um time a alcançar, justamente, a alta performance. E ela resolveu iniciar essa conversa resgatando os valores ágeis, os valores ágeis que são “Indivíduos e interações mais que processos e ferramentas”. Ou seja, o valor da agilidade que diz que pessoas se comunicando, pessoas conversando, é mais importante que processos e ferramentas.
Não que processos e ferramentas não sejam importantes, mas se tivermos que fazer uma coisa primeiro, faremos essas interações, vamos promover essa conversa e depois encaixamos as ferramentas e os processos necessários dentro daquilo que foi conversado e decidido.
O segundo valor ágil é “Software em funcionamento mais que documentação abrangente”, não que documentação não seja importante, mas o funcionamento, qualidade, o cliente atendido, as necessidades do cliente atendidas e o software funcionando é mais importante na visão da agilidade do que se prender a uma documentação extensa e que muitas vezes ninguém lê ou ninguém acompanha.
Então “Colaboração com cliente mais que negociação de contratos”. Contratos são importantes, contratos garantem as relações comerciais, contudo, conversar com o cliente, trazer ele próximo do time, trazer próximo da empresa, é mais importante.
Afinal de contas, estamos trabalhando para que a pessoa/cliente seja atendida, para que as necessidades dela sejam atendidas, ou seja, essa colaboração com o cliente é muito mais importante trazer ele para perto do que ficar se apegando a contratos.
E “Responder a mudanças mais que seguir um plano”. Um ponto importante é que no desenvolvimento tradicional, antes da agilidade surgir com tanta força, as pessoas se apegavam a fazer planejamentos longos, faseados.
Então a agilidade trouxe que responder às mudanças é mais importante, muito mais importante do que planejar 6 meses e quando terminar o planejamento e for iniciar a execução aquele plano já estar obsoleto, porque hoje 6 meses é uma vida inteira, muita coisa pode acontecer e muita coisa pode mudar. Então um time ágil, uma empresa ágil, responde às mudanças rapidamente e consegue se adaptar sempre que necessário.
Então são os 4 valores ágeis que compõem o pensamento ágil. Então o que pode ser feito para manter o pensamento ágil sempre em mente?
Então as equipes precisam ser autogerenciáveis, essa é uma das questões principais da agilidade – não ter uma liderança que fica ditando o caminho, falando o que o time tem que fazer ou como tem que fazer, o time vai ter a autonomia sobre as próprias decisões, e a liderança está como uma facilitadora, como uma liderança servidora, para promover o ambiente necessário para que o time consiga ser autônomo, seja autogerenciado.
A comunicação aberta. As pessoas do time conversam? Elas conversam entre si, conversam com a equipe de negócios da própria empresa que elas trabalham, conversam com o cliente, obtém feedback constante, afinal de contas, como que vão se adaptar ou saber exatamente se estão fazendo a coisa certa, se não conversar com a pessoa mais interessada, que é a pessoa que vai utilizar aquele sistema, aquele software, aquele aplicativo?
Então, ter essa comunicação sempre aberta, sempre constante, com todo mundo que está envolvido, todos os stakeholders é muito importante. E faz parte da agilidade ter esses feedbacks constantes.
Equipes pequenas e multidisciplinares – todas as habilidades necessárias reunidas em um único time pequeno, de 7 a 9 pessoas no máximo. Isso facilita a comunicação, cria uma rede menor de comunicação e acaba diminuindo os ruídos que podem surgir durante o caminho.
Então um time pequeno com todas as habilidades necessárias, sabendo o que tem que fazer e autogerenciável, consegue obter resultados incríveis se tiver esse pensamento ágil, se eles tiverem essa autonomia.
Além disso, a agilidade prega por entregas menores, em curtos períodos. E são entregas pequenas que funcionam, que são funcionais e são constantes, obtendo o feedback rápido do cliente.
Não é à toa que frameworks como o Scrum sugerem informações de uma a quatro semanas, que é justamente para fazer entregas menores e ter esse feedback do cliente em curto período de tempo, em contraponto do desenvolvimento tradicional, em que se desenvolvia durante o ano todo, para, no final, descobrir que o cliente não queria nada daquilo.
E melhoria contínua – a agilidade combinada com técnicas de melhoria contínua como PDCA, planejar, executar, monitorar e ajustar/adaptar, para eliminar desperdício. Então a melhoria contínua é algo que a agilidade traz muito forte. Traz muito forte nas reuniões de retrospectivas, nas reuniões de review, onde os times conversam e veem os pontos que ainda podem ser melhorados, aquilo que está falhando, e decidem juntos qual a melhor opção a se seguir.
Então, alguns benefícios da agilidade são: mais interações entre as pessoas – essas pessoas conversam mais, tanto cliente, stakeholders no geral, as pessoas simplesmente têm essa comunicação aberta sem medo de ser feliz, sem medo de colocar os problemas na mesa, sem medo de colocar em evidência aquilo que está errado e que deveria ser feito de outra forma.
As decisões mudanças são mais rápidas – o time e as pessoas estão mais acostumados, ou, talvez, mais preparados para lidar com essas mudanças mais rápidas, com essas decisões que às vezes precisamos tomar de uma hora para outra, porque alguma coisa já não faz sentido.
As prioridades mais claras – essa conversa constante com a parte mais interessada, que é a pessoa que vai utilizar, acaba trazendo as prioridades de forma mais organizadas, mais claras, sabendo qual é o foco do momento para aquele time.
Mais autonomia para a equipe – é uma equipe pequena, com todas as habilidades, com todas as competências, que juntas, combinadas, conseguem decidir qualquer “como”; como fazer tal coisa, como vamos chegar ao resultado, tendo em mente qual é a entrega que eles precisam fazer.
E a melhoria contínua é um dos pontos fortes da agilidade – todos os times tem consciência que, mesmo que estejam performando muito bem, é importante parar um momento e observar se estão no caminho certo, se existe alguma coisa que pode ser melhor, se podem melhorar, se estão tendo algum problema com pessoas, relacionamentos, processos, tudo isso, fluxo, o que ainda pode melhorar, o que ainda falta.
Então a melhoria contínua está bem intrínseca na agilidade.
Além disso, aprendizado e adaptação contínua – como são ciclos curtos de entrega, é muito fácil de entender quando algo saiu do trecho/caminho e é fácil retornar também, é fácil desfazer, porque eu faço coisas pequenas em pequenos períodos, então eu consigo ter ideia do que não deu certo, adaptar e realizar essa mudança. Com isso, as pessoas aprendem rapidamente e se adaptam.
Então eu trago uma frase de Stephen Denning, do livro “The Age of Agile”, uma frase muito importante, que descreve muito bem o que se espera de um time ágil: “Na organização Agile, foco no cliente significa algo muito diferente. Empresas que adotaram o Agile, todos são apaixonadamente obcecados por entregar mais valor aos clientes. Todos na organização têm uma visão clara do cliente final e podem ver como seu trabalho está agregando valor a esse cliente – ou não. Se o trabalho deles não está agregando valor para nenhum cliente ou usuário, surge uma questão imediata de por que o trabalho está sendo feito.”.
Então existe aquela adaptação rápida. Se não está agregando valor nenhum, por que eu estou fazendo isso? Por que estamos entregando isso? Por que estamos perdendo nosso tempo se não estamos entregando valor. Então agilidade foca na entrega do valor para o cliente, para quem contratou aquele serviço, de fato.
Então agilidade é muito mais que métodos, frameworks e processos, é muito mais do que essas metodologias e frameworks que são utilizados, ela propõe uma mudança de pensamento, ela traz a ideia de engajar as pessoas, ter times pequenos, multifuncionais, que sabem o que fazer.
A liderança passa a ter um outro objetivo completamente diferente, as pessoas acabam tendo mais liberdade para a criatividade e inovação, elas entregam valor constante. E esse é o objetivo principal: entregar valor, em forma de software, em forma de entregas de qualidade.
Além de que possibilita experimentação, as pessoas podem testar hipóteses, elas podem ter ideias e testar rapidamente. Eu posso colocar em prática uma ideia e saber exatamente se ela deu certo ou não, rapidamente.
Com isso consigo me adaptar às mudanças de forma mais fácil, porque eu testo, experimento, então eu também erro, as pessoas vão errar rapidamente, mas também vão aprender com aqueles erros, elas vão mudar a cabeça, vão se adaptar e vão melhorar. Esses erros não são punidos, mas é importante que esses erros não sejam repetidos.
E a liderança passa a ter o foco em servir a essas pessoas, no sentido de criar o ambiente ideal para o desenvolvimento das pessoas. Então a liderança passa a ser a base, a conversar com as pessoas, a ver se o ambiente, as ferramentas, se eles têm todos os aparatos necessários para fazer as entregas de valor.
A liderança não fala mais para o time como eles têm que fazer as coisas, mas sim promove o ambiente correto, promove o direcionamento correto, promove a mentalidade correta com o time e traz aquele foco de objetivos na geração de valor para o cliente e às partes interessadas.
Então nessa aula vimos como a agilidade está alinhada às características de alta performance dos times. Todas essas características que trouxemos da agilidade estão muito conectadas com as características que a Bia trouxe para times de alta performance.
Sendo assim, agora, o próximo desafio é ela utilizar a experiência que ela tem com agilidade e trazer algumas dinâmicas e exercícios, para começar, então, a criar esse time de alta performance.
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