Agilidade e DevOps: um dia no desenvolvimento de software

Infraestrutura da aplicação - Apresentação

Olá! Meu nome é Rodrigo Ferreira e acompanharei vocês no treinamento que simula um dia no desenvolvimento ágil.

No primeiro treinamento, nos dedicamos à parte do desenvolvimento que diz respeito a se ambientar na empresa em que você acabou de ser contratado, passar pelo onboarding, conhecer a cultura, as pessoas do seu time e o seu projeto para, então, começar uma atividade, implementar uma funcionalidade e escrever testes automatizados seguindo as boas práticas do time. Mas, tendo terminado de desenvolver a funcionalidade, é importante lembrar que parte do movimento ágil tem o propósito de entregar software e esse será o foco do treinamento da nossa aula.

Se já desenvolvemos uma funcionalidade, já escrevemos testes automatizados, precisamos colocar em produção - saber como funciona, ver na prática - por isso, focaremos bastante na infraestrutura: deploy, docker, container, cloud e outras ferramentas necessárias para colocar nossa aplicação em produção e fechar o ciclo de desenvolvimento e entrega de software em produção, que é um dos grandes pilares do movimento ágil.

Apenas reforçando, nesse curso não nos aprofundaremos no estudo das tecnologias (na Alura temos outros treinamentos para isso), mas sim utilizá-las para simular o dia a dia no trabalho dentro de um ambiente ágil.

Esperamos que o curso seja bastante útil para sua carreira. Bons estudos!

Infraestrutura da aplicação - Entendendo a infra da aplicação

A infraestrura é o tema principal deste treinamento. Para entender como será a infraestrutura da nossa aplicação, temos um diagrama simples com três blocos em sequência, sendo o primeiro APP FRONTEND, o segundo API BACKEND (Java 11 Spring Boot) e o terceiro DB (Postgres).

A API BACKEND, que está no centro do diagrama, é o nosso alvo. Nós também temos uma APP FRONTEND, mas, para não desviar o foco do treinamento, vamos deixar de fora essa parte e tratar apenas dos blocos 2 e 3, API BACKEND e DB. Basicamente, teremos uma APP FRONTEND que vai fazer integração via REST, trafegando os dados em formato JSON com a API BACKEND. Essa API, por sua vez, é uma aplicação que utiliza a versão 11 do JAVA e o Framework Spring Boot, além de um servidor Tomcat embutido. Essa Aplicação faz toda a comunicação com o banco de dados, que no caso é um PostgreSQL.

Depois de pronta a infraestrutura da aplicação, precisamos encontrar uma maneira de configurá-la para fazer um deploy e simular a entrega do software que desenvolvemos no primeiro treinamento. Nessa parte do treinamento aprenderemos a incrementar essa infraestrutura automatizando o build da nossa aplicação e adotando algumas ferramentas: Makefile para fazer scripts de automatização; o docker para simplificar a parte de empacotamento, utilizando containers; e o deploy, que será feito no Heroku, um servidor de cloud. Em nosso treinamento não vamos nos aprofundar nessas ferramentas, apenas utilizá-las para a entrega de software em produção.

Espero que essa aula tenha ajudado a compreender a infraestrutura da aplicação: formato, tecnologias e ambiente. Em outros vídeos discutiremos um pouco mais sobre os detalhes da infraestrutura para conseguir realizar o deploy da nossa aplicação e simular a entrega da funcionalidade que desenvolvemos.

Infraestrutura da aplicação - Um pouco de DevOps

Antes de nos ocuparmos de fato com a infraestrutura, automatização e Docker, precisamos discutir outro assunto importante que tem a ver com o foco do nosso treinamento - simular o dia a dia em um ambiente ágil - considerando que um dos pilares do desenvolvimento ágil é a colaboração entre as pessoas. Para além das metodologias ágeis, há uma parte do desenvolvimento, a da infraestrutura, que acaba sempre ficando esquecida.

Por isso surgiu um movimento, agora bastante famoso, chamado DevOps - inclusive aqui na Alura temos uma formação com diversos treinamentos em DevOps. Na empresa utilizamos esse conceito extremamente importante, que várias empresas têm adotado, porque ele propõe unir desenvolvimento com operações, desfazendo qualquer tipo de barreira entre os times.

Como era antes: o time de desenvolvimento de um lado, cuidando das funcionalidades e o de operações de outro, fazendo o deploy, cuidando da infraestrutura e assim por diante. Se a aplicação cai ou se acontece algum outro problema, a responsabilidade fica a cargo do time de operações. Situações como essa geram atritos e desunião, porque os times responsabilizam um ao outro pelo mesmo problema em vez de resolvê-lo colaborativamente, afinal, estão trabalhando na mesma empresa e com o mesmo objetivo: entregar e operar software.

O movimento DevOps surgiu pela união, a fim de quebrar essa barreira e incentivar o trabalho em conjunto, como um só time composto de pessoas especializadas na parte de desenvolvimento e outras na parte de operações, todas pensando em como melhorar o processo, identificar gargalos e falhas, utilizar ferramentas para automatizar etapas desse processo, identificar o que está sendo feito manualmente, gerando problemas ou que poderia ser automatizado, e trocar informações sobre ferramentas, práticas e processos.

A ideia é viabilizar a colaboração entre esses dois times que fazem parte do mesmo processo, com o mesmo objetivo, que é entregar software, colocá-lo em produção, operá-lo e resolver problemas que aparecem no meio do caminho.

Na Alura nossos times estão sempre juntos, colaborando, pensando em melhorar o processo como um todo, desde a primeira etapa de planejamento até a última, de entrega. Os dois perfis, de desenvolvimento e operacional, precisam se preocupar, participar e entender as etapas para a efetivação desse modelo diferente do tradicional, no qual o processo começava pelo time de desenvolvimento e o que tinha sido planejado não era passado para o time de operações. Em alguns casos, nem mesmo as mudanças drásticas eram informadas, as que causariam desafios complexos para o time de operações, e chegavam de surpresa, com prazo curto. Se a comunicação acontecesse antes, tudo ficaria mais fácil.

Podemos representar esse ciclo de colaboração com o símbolo do infinito, num traçado que passa pelo BUILD, TEST, RELEASE, OPERATE, MONITOR, PLAN e CODE e forma um circuito contínuo de etapas ao longo do software. Ambos os times deveriam colaborar em todas essas etapas. Na Alura seguimos esse modelo, ou tentamos seguir fazendo algumas adaptações, pois sua completa realização é um grande desafio que envolve questões de cultura da empresa, como a forma de organização, de comunicação, de trabalho, ferramentas, práticas, e se torna ainda mais complexa num ambiente maior, com diversos times, burocracias e com dificuldades de automatização e inovação.

Eu não poderia deixar de comentar com vocês sobre o DevOps, modelo que a Alura trabalha e oferece diversos treinamentos sobre, abordando a parte de infraestrutura, automatização e conceitos relacionados que vamos discutir nessa segunda parte do treinamento. Dito isso, podemos partir para a próxima aula, onde começaremos a pensar em automatização e a utilizar ferramentas focadas na parte de infraestrutura.

Sobre o curso Agilidade e DevOps: um dia no desenvolvimento de software

O curso Agilidade e DevOps: um dia no desenvolvimento de software possui 96 minutos de vídeos, em um total de 40 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de Java em Programação, ou leia nossos artigos de Programação.

Matricule-se e comece a estudar com a gente hoje! Conheça outros tópicos abordados durante o curso:

• Infraestrutura da aplicação
• Containerizando a aplicação
• Automatizando o build
• Deploy da aplicação
• Integração e deploy contínuo