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Aprendizado contínuo: desenvolvendo o perfil de lifelong learner

Desmitificando o aprendizado contínuo - Apresentação

Olá, meu nome é Ana Ribeiro e sou instrutora na Alura. Desejamos boas-vindas ao curso sobre Aprendizado Contínuo!

Audiodescrição: Ana é uma mulher de pele parda, com olhos e cabelos castanhos. Seu cabelo é longo e liso. Ela usa óculos de armação preta e veste uma blusa verde. Ao fundo, um ambiente com iluminação roxa e rosa, e uma estante vazada com itens de decoração.

Pré-requisitos

Para fazer este curso, é interessante ter algum conhecimento sobre organização, priorização de tarefas e metas de aprendizagem - adquirido pelos conteúdos da nossa plataforma ou por vivência prévia.

O que aprenderemos?

Este curso utilizará uma abordagem que também apresenta tópicos de neurociência. Este curso não é sobre neurociência, mas alguns aspectos podem ajudar a intensificar e melhorar a forma como aprendemos.

Falaremos sobre atenção, memória e como moldar o ambiente para facilitar o processo de aprendizagem. Também abordaremos a aplicação do Design Thinking para aprimorar a formulação da definição de aprendizagem através da imersão e investigação, a fim de entender quais são as necessidades reais de upskilling (qualificação profissional) e reskilling (reciclagem de conhecimentos) que podemos atualizar. Utilizaremos uma forma de investigar essas necessidades através de feedback e da análise SWOT.

Além disso, discutiremos como criar uma rotina e hábitos favoráveis à aprendizagem, para aprender de maneira ainda mais contínua.

Neste curso, teremos um projeto em que, a cada aula, será possível mapear como aprendemos e implementar novas técnicas para observar a transformação dos novos aprendizados adquiridos ao longo do curso.

Vamos para a primeira aula?!

Desmitificando o aprendizado contínuo - A neuroplasticidade

Para discutir o aprendizado contínuo, convidamos você a refletir sobre tudo o que aprendeu nos últimos dez anos. Se necessário, pause a leitura por alguns minutos para listar esses aprendizados.

O que você aprendeu nos últimos 10 anos?

Provavelmente, ao refletir sobre isso, você perceberá a dificuldade em lembrar de tudo o que aprendeu e, mais ainda, em saber se consegue aplicar esses conhecimentos adquiridos há cinco ou dez anos. Isso ocorre porque dez anos é um período extenso, tornando difícil lembrar de todos os detalhes.

Além disso, nossas técnicas de aprendizagem mudam significativamente ao longo do tempo. Nos primeiros anos de exposição à aprendizagem, como no ensino fundamental, éramos expostos a técnicas específicas. Ao ingressar no mercado de trabalho, começamos a nos preocupar com competências e habilidades relacionadas à carreira, o que exige o desenvolvimento de novas técnicas de aprendizagem.

Hoje, ainda utilizamos alguma técnica de aprendizagem e nos organizamos de alguma forma, estabelecendo metas de aprendizagem. Isso impacta não apenas na quantidade de coisas que aprendemos, mas também na qualidade, na retenção na memória e na capacidade de aplicar conhecimentos adquiridos há anos.

Essa reflexão é crucial ao falarmos sobre aprendizado contínuo. Nesse conceito, é mais relevante pensar na qualidade dos conhecimentos e na capacidade de correlacionar conhecimentos adquiridos com novos que desenvolvemos ao longo do tempo, além das nossas técnicas de aprendizagem. Isso garante que possamos aplicar o que aprendemos, somar conhecimentos e lembrar mais do que aprendemos ao longo dos anos.

Além disso, podemos refletir sobre a complexidade do que conseguimos aprender. Em momentos da vida, podemos nos deparar com desafios e questionar se realmente conseguimos aprender algo novo.

Cada pessoa tem suas prioridades, facilidades e dificuldades em relação a conceitos específicos. No entanto, existem mecanismos no cérebro que permitem o aprendizado contínuo ao longo da vida, se desejarmos.

Um conceito ligado à neurociência, chamado neuroplasticidade, aponta a capacidade do cérebro de processar novas informações e modular a cognição ao longo do tempo de forma diferenciada. Falaremos mais sobre ela adiante.

Ao longo do curso, abordaremos conceitos essenciais de neurociência para entender a importância de utilizar certas técnicas, entendendo como pessoas adultas aprendem.

Este não é um curso sobre neurociência, um campo amplo, mas essas técnicas ajudam a refletir sobre ajustes em técnicas já existentes e novas que podemos adotar.

Nosso projeto

Para tornar toda essa reflexão mais prática, teremos um projeto ao longo das aulas, no qual mapearemos e identificaremos como aprendemos ao longo dos anos, as técnicas utilizadas, o formato e o modelo de aprendizagem atual.

Falaremos também sobre competências de upskilling ou reskilling (reciclagem ou aquisição de novas qualificações) importantes para o cargo atual, promoção ou transição de carreira.

Utilizaremos uma técnica adaptada para uso pessoal chamada Design Thinking, que ajudará a delinear um novo modelo de aprendizagem utilizando acentuadores de cognição. Isso inclui técnicas para melhorar a memorização, foco e escolhas de aprendizagem, aprimorando a forma de pensar e aprender.

O projeto será uma oportunidade de melhorar o seu processo de aprendizagem, escolhas e aderir a técnicas que ajudem no desenvolvimento, utilizando um pensamento sobre como trabalhar melhor com o próprio cérebro. Também será uma oportunidade de trazer novos objetivos de aprendizagem, criando um hábito de técnica de aprendizagem até se tornar mais independente e criar modelos próprios.

Ao longo das aulas, discutiremos o aprendizado de ponta a ponta e onde essas técnicas se inserem. Abordaremos como pessoas adultas aprendem, competências relevantes para a carreira e o papel de aprendiz, com foco no perfil de lifelong learner (aprendiz ao longo da vida).

Também discutiremos a importância do protagonismo e como manter a motivação, além de aumentar o potencial de realização e responsabilidade pelo próprio desenvolvimento.

Neuroplasticidade

A neuroplasticidade é descrita por pesquisadores (Mateos-Aparicio e Rodríguez-Moreno, 2019) com:

"A capacidade do sistema nervoso de mudar sua atividade em resposta a estímulos intrínsecos ou extrínsecos, reorganizando sua estrutura, funções ou conexões".

O cérebro tem um grande potencial de adaptação conforme as experiências e estímulos ao longo da vida. Neurônios atuam no processamento de informações, formação de memórias e aprendizado.

Manter a neuroplasticidade é importante, pois sua intensidade muda ao longo da vida. Trabalhando continuamente, podemos mantê-la em níveis saudáveis e eficientes.

Para isso, é necessário se expor ao aprendizado significativo, abordagem que será considerada ao longo do curso. Essa é uma abordagem diferenciada, que deve fazer parte da rotina, com repetição, melhoria, reciclagem de conhecimentos, foco e generalização de conhecimentos.

Estabelecer objetivos que exercitem a neuroplasticidade ao longo do tempo é essencial. O aprendizado contínuo não se limita a um aprendizado pontual, mas envolve criar objetivos a longo prazo e modular a aprendizagem para exercitar a neuroplasticidade.

Em resumo, o conceito de aprendizado contínuo garante o potencial de aprender sempre. Para ajudar a desenvolver isso, trabalharemos com acentuadores de cognição, melhorando a forma de pensar e aprender. É sobre isso que falaremos nos próximos passos.

Desmitificando o aprendizado contínuo - Como adultos aprendem

Qual seria o jeito mais eficiente de memorizar?

Dicas para um aprendizado eficaz

Para memorizar de forma eficaz, podemos seguir algumas diretrizes e experimentar para verificar quais funcionam melhor para o tipo de aprendizado que priorizamos no momento.

A primeira dica é tornar o conhecimento visual, criando fluxogramas, mapas mentais e sequências lógicas que ajudem a formar uma segunda memória. Isso facilita o processo de memorização, além de ajudar a criar resumos mais sucintos e objetivos dos pontos cruciais do que estamos aprendendo.

Outro ponto importante é trabalhar com a reflexão simultânea ao estudo. Durante o processo de aprendizagem, devemos observar o que estamos aprendendo pensando em oportunidades reais para aplicá-lo em projetos que estamos vivenciando. Isso gera dúvidas e nos faz questionar se aquilo faz sentido, promovendo um pensamento ativo que contribui para a memória de longo prazo e desperta curiosidade para pesquisar e enriquecer o conhecimento.

Além disso, a prática é essencial e pode vir acompanhada de erros. Muitas pessoas deixam de aprender algo ao pensar que o erro indica que aquilo não é para elas, mas os erros fazem parte do processo de aprendizagem. É importante explorar os erros de maneira correta, entendendo que eles são oportunidades de reforço e repetição.

Para explorar melhor os erros, é necessário identificar onde erramos, por que isso aconteceu e se poderia ser diferente. Podemos buscar feedbacks ou mentorias para evitar que os mesmos erros se repitam. Não devemos ignorar os erros, mas sim admiti-los e explorá-los, fazendo as perguntas certas e repetindo até acertar, minimizando a recorrência.

Memória visual e motora

A memória visual é um recurso que intensifica e facilita a aprendizagem. Mapas mentais, fluxogramas e sequências lógicas ajudam a tornar o conhecimento visual. Utilizar imagens e figuras também contribui para a memorização.

A memória motora, como lembrar do movimento dos dedos ao desbloquear o celular ou da posição e sequência de movimentos das mãos ao tocar uma música no violão, é um exemplo de como questões visuais e motoras funcionam para a memória.

Além das formas tradicionais de aprender, existem essas técnicas que ajudam a criar alternativas de memorização.

Memória de curto e longo prazo

É essencial desenvolver atenção aos estímulos aos quais somos expostos, como treinamentos, leituras e experiências.

Utilizar técnicas que funcionam como acentuadores da cognição ajuda a trabalhar a memória de curto prazo, que pode ser codificada para uma memória de longo prazo. Quando a memória se torna de longo prazo, podemos recuperá-la mais facilmente e colocá-la em prática na memória de trabalho. A memória de longo prazo pode aderir novos conhecimentos e ser modificada, graças ao ciclo de codificação.

Passividade e Protagonismo

É importante pensar no comportamento ao aprender, pois uma postura proativa é essencial para quem deseja ser lifelong learner (aprendiz ao longo da vida) e adquirir um aprendizado significativo a longo prazo.

A aprendizagem significativa, segundo David Ausubel, ocorre quando atribuímos significados a um conhecimento novo a partir da interação com conhecimentos prévios. Isso requer uma disposição para aprender e a capacidade de construir com o conhecimento já existente. Ou seja, isso é criar uma estrutura de aprendizagem lógica e organizada, explorando a conexão entre experiências.

Aprendizagem significativa

A aprendizagem significativa envolve conectar conhecimentos prévios a novos conhecimentos, relevância do assunto para o aprendiz e engajamento, com pensamento ativo e crítico, além de aplicação prática.

Ou seja, a aprendizagem não é estudar apenas a teoria ou focar na memorização mecânica de curto prazo. Devemos modularizar o aprendizado e saber onde aplicá-lo, além de saber por que estamos estudando aquilo.

Para construir e avaliar a nossa aprendizagem significativa, é necessário avaliar o nosso grau de conhecimento sobre o assunto, identificar conhecimentos prévios, contextualizar o conteúdo e desenvolver práticas e projetos para gerar relevância e engajamento, além de senso crítico e repetição. Isso ajuda a trabalhar com a memória de longo prazo, que anda de mãos dadas com o aprendizado significativo.

Por isso, a seguir falaremos sobre o PBL (Problem Based Learning), que é uma forma de trabalhar a aprendizagem significativa para solucionar problemas reais, que fazem sentido para a sua carreira.

Sobre o curso Aprendizado contínuo: desenvolvendo o perfil de lifelong learner

O curso Aprendizado contínuo: desenvolvendo o perfil de lifelong learner possui 104 minutos de vídeos, em um total de 34 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de Ensino e Aprendizagem em Inovação & Gestão, ou leia nossos artigos de Inovação & Gestão.

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