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Business Model Canvas parte I: um modelo poderoso para o seu negócio

Briefing - Introdução

Oi, pessoal! Tudo bem? Meu nome é Priscila. Eu trabalho com User Experience Design. Sou formada em propaganda e marketing. Tenho vasta experiência em agência de publicidade, e vou falar para vocês neste curso de business model canvas como você, que está com uma ideia de abrir um negócio, ou trabalha em uma startup, ou está tentando sair do negócio que você trabalha para abrir seu próprio negócio. Se você está nessa de empreendedorismo, esse curso é para você.

Aqui vamos falar um pouco sobre o business model canvas. Se você nunca viu, não tem problema. Eu vou te ensinar como preencher cada campo do canvas. E não é só preencher. O foco é entender qual o seu negócio, sua ideia, onde estão seus clientes, quem são eles.

Você também vai entender quais são os canais para chegar até essas pessoas, o que elas podem esperar do seu produto. Por exemplo, caso você esteja abrindo uma banca de jornal. Você não tem as revistas. Quem vai ser seu parceiro? Um local de café? O que tem a ver? Tem alguma coisa a ver? Ou seja, vou te ensinar a conseguir pensar no que é fundamental para a sua empresa. Meu intuito é te provocar, fazer você pensar, pesquisar.

Esse quadro está inteiro branco. No final do curso, ele vai estar todo preenchido, como se estivesse cheio de post-its. Nós criamos um negócio real para vocês conseguirem pensar comigo, para conduzirmos esse curso. Conforme formos conduzindo, vamos preenchendo. Vamos identificar nosso segmento de clientes, qual a proposta de valor que vamos entregar para eles, o tipo de relacionamento que vamos ter com cada segmento de clientes, os canais de comunicação e qual o tipo desse canal de comunicação, além de identificar também as parcerias principais, as atividades chaves, recursos principais, como fica minha fonte de receita e minha estrutura de custo.

Se você tem interesse em tirar seu negócio do mundo das ideias, de ver que a ideia pode ir para frente, que você pode procurar um investidor para o seu negócio, esse curso é para você. Vamos começar? Vamos sair da página em branco e chegar a um modelo de negócios para de repente conseguir um investidor e realizar esse sonho? Ou talvez preencher tudo e descobrir que sua ideia não tem nada a ver. Também é o lugar para você ver isso, parar de ficar só pensando e realizar as coisas. Vamos começar?

Briefing - Entendendo o negócio

Fala, pessoal! Tudo bem?

Estamos começando aqui o nosso curso de Business Model Canvas. Para fazermos esse curso, conseguirmos acompanhar, entender direitinho como é o canvas, o que tem nele, no que ele pode nos ajudar, nós criamos um negócio fictício, para entendermos na prática como essa metodologia funciona.

Dentro dos nossos arquivos da Alura, você vai encontrar um arquivo chamado “briefing_bmc”. É um PDF onde temos nosso briefing. Ou seja, onde vamos ver todos os dados para começarmos a resolver os problemas, se tivermos problemas. Começar a entender o que é esse app e como funciona essa metodologia do Business Model Canvas.

Vamos ver ponto a ponto do PDF para entender como funciona o app que nós criamos. O meu negócio é um app de mobilidade urbana chamado “Me Transporte”, que eu e três amigos desenvolvedores criamos. O objetivo do negócio é ser uma alternativa para as pessoas sem carro tão boa quanto o Uber e o 99.

Quando nós pensamos em ter esse app, estávamos pensando em nós três mesmo. Não foi com ambição nenhuma. A gente não tem carro, às vezes a gente vai no mercado, preciso pegar um ônibus com dez sacolas? Não é legal. Minha sacola pode estourar. Às vezes estou saindo da balada. Ou às vezes simplesmente quero visitar alguém que mora muito longe. Tenho que pegar um ônibus, um metro, um trem, uma bicicleta. Vai demorar muito. O que a gente pode fazer para se transportar mais fácil? Foi daí que veio a ideia. Por que não criar nosso próprio app? É como se fosse o Uber, o 99.

Foi com essa ideia que a gente partiu. Nossa ideia genial, porque somos muito inteligentes e vamos ganhar muito dinheiro. Mas depois a gente foi, rodou, fez o layout, lançamos na play store e começamos a ter problemas. Um desses problemas foi a baixa quantidade de downloads. Por que será que não baixaram meu app? Não consigo entender. O app roda bonitinho, o layout é bonito, tenho pessoas que teriam interesse, e ninguém está baixando meu app.

Tenho também meu público, meu segmento de clientes. Eles não baixaram meu app, e os que baixaram utilizam muito pouco. Por quê? A gente vê que as pessoas que baixaram não concordam com a minha proposta de valor. Eles acreditam que o Uber, o 99 e a Bike do Itaú, embora sendo aplicativos distintos, já entregam o que meu aplicativo entrega. O que era essa proposta de valor que eu estava entregando para eles? É justamente a parte de poder se transportar se você não tem um carro, uma bicicleta, se você quer se locomover, o nosso app seria uma opção. E elas acham que essa opção já existe no Uber, no 99 e no Bike do Itaú, mesmo eu achando que é incrível, que eu tenho as duas coisas no mesmo app.

E aí eu entro em outro problema, porque ainda não tenho isso no app. Não tenho as bicicletas. Hoje, quando a pessoa entra no app, ela só tem disponível carros. Vou lá, divulgo, falo nos meios de comunicação, entro e só tenho o carro. Eu digo uma coisa e não entrego. Minha proposta de valor super inovadora cai por terra quando a pessoa simplesmente baixa, faz o cadastro, e não tem. O que a gente pode fazer para reverter essa situação?

Embaixo, temos algumas telas do app. Nós falamos que fizemos o layout, que rodou superbem, e achamos que está lindo. Tem imagens, uma defesa super bonitinha. Você se cadastra, entra no app. Quando você entra, é possível ver todos os locais em que você já foi. Por exemplo, já fui à Caelum, perto do posto Shell. Tenho todos esses locais registrados. Quando você clica em um pin, você vê que a usuária saiu da rua Dona Brig. para a rua Vergueiro. Sei o horário que ela chegou, sei que um amigo já fez o mesmo caminho, sei o valor da corrida dela.

Quando a Renata entra no nosso app, ela já puxa o local onde ela está e tem a opção de solicitar o Me Transporte. De novo, no meu app, que eu prometi uma proposta de valor incrível, ela só tem a opção de pegar o carro. Não tem a opção da bicicleta. Estou frustrando a Renata.

Também temos o problema de as pessoas reclamarem. Olha o print que tiramos da play store. Tenho 3.622 pessoas que avaliaram. Minha nota é 1.6. É muito ruim. Eu não tenho nada de legal. A Cintia Nunes, que não colocou nenhuma estrela comentou: pior app.

Só com isso eu não precisava nem ler o resto, mas vamos ler: prefiro o Uber do que esse app. Muito caro.

Tudo que estou entregando, falando que meu app é incrível, na verdade não estou entregando. Não estou entregando a bicicleta, ou um valor competitivo, porque a Cintia disse que está muito caro. O Uber é melhor para ela. E minha ideia é genial. Nós não queremos abandonar essa ideia. Nós gostamos muito disso. O que podemos fazer para melhorar, reverter? Fazer a Renata ter uma boa experiência, a Cintia não reclamar, e outros usuários e mais pessoas baixarem? É isso que vamos ver daqui a pouco. Vamos tentar resolver isso?

Briefing - Introdução ao Business Model Canvas

A gente acabou de ver no nosso vídeo anterior que lançamos um app e não tivemos muito sucesso com ele. Listamos uma série de problemas. Tive pouco download, meu público, meu segmento de clientes, não baixou o app, ou os que baixaram utilizam pouco, e as pessoas que baixaram não concordam com a minha proposta de valor. Elas já têm o Uber, o 99, a Bike do Itaú. E elas acham que por mais que sejam aplicativos distintos, elas têm o mesmo resultado que no meu app. E tenho um agravando, porque não tenho o benefício da bike.

O que poderíamos ter feito para conseguir não ter todos esses probleminhas que prejudicam meu negócio? Eu e meu sócio perdemos muito tempo desenvolvendo e fazendo o layout. O que eu poderia ter feito? Eu poderia ter pesquisado, entendido melhor o meu segmento de clientes. Poderia ter entendido melhor os meus concorrentes. Eu poderia pegar um editor de texto qualquer, nomear como “Minhas ideias – Me Transporte”. Poderia anotar que eu poderia pesquisar meus concorrentes, porque meu público disse que tem Uber, 99, Bike do Itaú.

O que eles fazem que eu também faço? Por que eles são meus concorrentes? Na Bike Sampa consigo alugar uma bicicleta por tempo determinado. Será que é o melhor local para alugar uma bicicleta? Existem outros? Não sei, vamos ver daqui a pouco. E o 99? Consigo alugar um carro, mas com motorista. Ou seja, tenho um motorista à minha disposição. No Uber a mesma coisa, com o diferencial que não tenho taxista.

O que mais que citaram no nosso briefing? Que eles não conseguiam entender por que iriam deixar os outros apps e utilizar o meu. Eu poderia ter buscado um jeito de ver se as pessoas têm interesse. Existe uma plataforma bem bacana em que conseguimos fazer isso de maneira bem rápida, que é o LaunchRock. Vou anotar essa ideia no meu documento.

E aí eu compartilho esse documento com os meus sócios. Eles veem o que eu poderia utilizar.

Temos alguns exemplos no LaunchRock. Por exemplo, você pode ter seu próprio policial. Você está dirigindo e avisa para o policial que acha que vai acontecer alguma coisa, pede para ele te seguir. Achei a ideia bacana. O que eu faço? Mostro que tenho interesse.

O que eu poderia ter feito no meu caso? Criar uma página divulgando o Me Transporte, perguntando se a pessoa gostou da ideia. Se sim, a pessoa clicava em um botão, ela ia ver uma página com informações do meu negócio e um espaço para colocar o nome e o e-mail. Quando eu for lançar o app, eu aviso a pessoa. Poderíamos ter feito isso.

Temos outros exemplo também, de energia mais limpa. Acho essa ideia bacana, me notifique quando lançar. Também coloco meu nome e meu e-mail. Assim, eu consigo ver todas as pessoas que têm interesse, que clicaram. Por exemplo, fiz um anúncio no Facebook ads, no Google ads e tenho toda a lista de pessoas que clicaram e falaram “bacana, tenho interesse”. Quando eu for lançar, consigo mandar para elas um e-mail dizendo “lembra do meu app? Eu lancei. Entra na play store e baixa”. Eu poderia ter visto várias pessoas que tinham interesse no meu app de forma muito rápida, que não teria custo nenhum, praticamente. A não ser se eu quisesse algo mais avançado.

Além disso, eu poderia ter então visto meus concorrentes, visto se as pessoas têm interesse no meu app, porque elas falaram que já existem todos esses outros. Eu poderia ver o valor que eu entregaria para elas.

O que mais que eu não tinha? Tenho carro. Falo que tenho a bicicleta, mas não tenho. Por quê? Porque não tenho dinheiro para comprar a bicicleta. Então, posso alugar? Comprar? Achar um parceiro? Poderia achar um parceiro grande que tenha bicicletas. A Caloi, talvez? Eu poderia entrar em contato com o marketing deles. É o que eu preciso, um parceiro, porque eu não tenho dinheiro para comprar as bicicletas.

Todos esses pontos que estamos falando que poderíamos ter pesquisado, entendido melhor antes de perder tempo programando, lançando, eu poderia ter seguido alguma coisa para me auxiliar. O que eu poderia ter feito? É só concorrente, cliente, parceiro? O que mais preciso olhar? Quanto de dinheiro vou gastar? Vou ganhar dinheiro com isso? A gente não sabe quando estamos pensando em um negócio. E às vezes sigo uma base e mesmo assim não dá certo.

Neste curso, a base que vamos seguir, assim como várias pessoas no mercado estão utilizando, a IBM, por exemplo, é o Business Model Canvas.

Sobre o curso Business Model Canvas parte I: um modelo poderoso para o seu negócio

O curso Business Model Canvas parte I: um modelo poderoso para o seu negócio possui 266 minutos de vídeos, em um total de 88 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de Administração e Gestão em Inovação & Gestão, ou leia nossos artigos de Inovação & Gestão.

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