Boas-vindas ao curso de Carreira Internacional!!
Meu nome é Júlia Viana e sou instrutora de Inovação e Gestão na Alura.
Audiodescrição: Júlia é uma mulher de pele branca, cabelos compridos castanhos e olhos também castanhos. Ela está vestida com uma camiseta preta. Ao fundo, há uma parede branca com iluminação rosa.
Esse curso foi pensado para quem sonha em obter uma carreira internacional de sucesso, seja trabalhando fora, através da imigração e visto de trabalho, ou remotamente no Brasil, mas para o exterior. Ele serve para pessoas desenvolvedoras, freelancers, estudantes de programação e a quem mais se interessar pelo assunto.
Durante nossa trajetória, discutiremos:
Dia a dia de trabalho no exterior. Como é e quais os maiores desafios.
Currículo. Aprenderemos a montar um currículo incrível! Que impressionará os recrutadores.
LinkedIn.
Networking e portfólio.
Processos seletivos e entrevistas. Aprenderemos a nos preparar para essa fase tão importante e que pode causar muito nervosismo durante o processo de conquista de uma oportunidade no exterior.
Negociações com recrutadores. Vamos falar sobre como negociar salários com recrutadores internacionais.
Recebimento de pagamentos. Também entenderemos como receber pagamentos em caso de trabalho remoto no Brasil.
Além destes assuntos, discutiremos muitos outros! O mais interessante desse curso é que contaremos com a ajuda e apoio de duas pessoas que já trilharam esse caminho e que hoje tem uma carreira internacional de sucesso. Eles apresentarão dicas e conselhos para aproveitarmos ao máximo as oportunidades no exterior.
Antes de você iniciar o curso, gostaria de dizer que tivemos muito cuidado com a didática e desenvolvemos diversos exercícios para que você pratique o que aprendeu.
Além disso, temos espaços de interação e troca que são o Fórum e o Discord. Neles, você pode compartilhar ideias e dúvidas ou responder às dúvidas de colegas de curso.
Nosso mergulho está apenas começando. Vamos lá?!
Júlia: Estamos vivendo uma era empolgante, onde a tecnologia remove barreiras e limitações geográficas. Já não é impensável trabalhar com pessoas de diversas partes do mundo ou almejar uma carreira internacional, seja trabalhando remotamente do Brasil para empresas estrangeiras ou construindo uma carreira no exterior.
Mas, existem muitas dúvidas que pairam esse cenário de carreira internacional, por exemplo:
Como conseguir uma vaga?
Como podemos nos conectar a pessoas de outros países?
Como devemos nos preparar para as entrevistas?
Durante o curso, estudaremos cada um desses pontos detalhadamente. Para começar, vamos pensar:
Como é a rotina dentro de uma empresa internacional?
Quais as principais responsabilidades?
Para responder essas perguntas e muitas outras, contaremos com o apoio de alguns convidados.
João: Meu nome é João Gabriel, tenho 24 anos, sou desenvolvedor Front-end, moro na Inglaterra há quase 5 meses, mas trabalho na Xelix, empresa que me deu a oportunidade de estar aqui, há um ano. Começo meu expediente às 9h, acordo um pouco antes e tomo café.
Minha primeira atividade é entrar no chat de incidentes, para conferir se temos algum problema urgente. Do contrário, sigo com meu planejamento normal para o dia.
Temos reuniões ao longo da semana para decidir o que precisamos desenvolver. Como desenvolvedor Front-end, sou responsável pelo desenvolvimento da plataforma visual, então, trabalho com React e elaboro toda a plataforma que as pessoas usuárias acessam diariamente.
Carlos: Sou Carlos Reis. Me formei no Rio de Janeiro, na UNIRIO e vim para Portugal há 2 anos, por meio de um processo seletivo via LinkedIn. Não mandei nenhum currículo, foi o recrutador da empresa que me perguntou se eu queria participar do processo seletivo e eu aceitei.
Esse processo envolveu teste técnico, de inglês e fit cultural. Passei em todos e, então, a empresa fez a proposta. Assim, vim para Portugal com todas as despesas pagas, o que ajudou bastante.
Comecei como desenvolvedor, trabalhando com botnet desde 2012. Agora, sou coordenador de projetos. Quando eu era desenvolvedor, minhas responsabilidades envolviam produzir, analisar e depurar códigos, fazer reuniões de acompanhamento de projetos e ajudar no acompanhamento e evolução das pessoas que estavam começando.
Hoje em dia, como coordenador de projetos, meu trabalho é mais gerencial, faço reuniões com clientes para definição de cronograma, alocação da equipe, cobranças e faturamento interno e externo. Já não trabalho mais com códigos como antes.
Júlia: Como você conseguiu esse emprego? Como os recrutadores entraram em contato com você? Como te descobriram?
João: Essa vaga surgiu por meio de uma indicação. Eu trabalhava para a Farfetch, uma e-commerce global, com sede de desenvolvimento em Portugal. Um companheiro de equipe trabalhava lá e em uma daily conversamos sobre a minha vontade de morar fora (nessa época, ainda estava no Brasil).
Comentei do meu sonho em viver no Canadá e ele conhecia uma pessoa (o Léo) que morava na Inglaterra, trabalhava na Xelix e que sabia que existiam oportunidades em aberto. Então, ele me indicou para o Léo que, por sua vez, me indicou para a Xelix.
Segui o processo seletivo normal, a vantagem que tive pela indicação foi poder fazer a entrevista, o que nem sempre é fácil conseguir. Foram 3 ou 4 etapas de entrevista.
Júlia: Quais as principais diferenças entre trabalhar para uma empresa nacional ou mesmo para uma multinacional, tendo contato com pessoas de diferentes países, mas com uma cultura brasileira e uma empresa internacional?
João: Existem muitas diferenças culturais. Nós temos uma quantidade bem menor de reuniões e as conversas são mais diretas.
Também sinto muita diferença em relação à pontualidade das pessoas, ninguém te espera para começar se você não entrar. No Brasil, era comum esperar uns 15 minutos por alguém e, nesse tempo, as pessoas ficavam conversando aleatoriedades.
Além disso, há diferença no planejamento de projetos. Aqui na Inglaterra, em geral, os projetos não são tão urgentes, o escopo é melhor, isto é, temos mais tempo para desenvolvê-los. Se algum problema surge, é possível adiar a entrega.
Essas são as principais diferenças culturais que tenho notado até então.
Júlia: Trabalhando em uma empresa estrangeira, você deve enfrentar muitos desafios no seu dia a dia. Poderia comentar os mais comuns?
Carlos: O mais difícil é saber lidar com diferentes pessoas. Por exemplo, as pessoas da França se comportam e falam de determinada maneira e esperam uma determinada comunicação. Já as pessoas de Portugal falam e se comportam de outra maneira.
No meu cargo de coordenação de projetos, preciso me comunicar com a equipe técnica e com a equipe de negócios. A equipe executiva quer números, saber o resumo do ROI (Return on Investment ou Retorno Sobre Investimento), entender a margem do projeto, se está saudável ou não.
Já a equipe técnica quer saber exatamente o que precisam fazer. Não interessa tanto saber se a empresa está faturando ou não, mas o que precisa ser feito e qual o tempo para execução das tarefas. A equipe de negócios quer vender o projeto, por isso, querem saber para o que vale chamar a atenção.
Algumas pessoas são mais sensíveis, outras mais diretas. Então, se você é uma pessoa leve, comunicativa, simpática, talvez tenha que se comunicar com outra que é direta, seca, fria. Isso pode afetar o seu emocional. No geral, na Europa não é comum desenvolver uma "conversa extra" como no Brasil.
Júlia: Agora que já respondemos algumas dúvidas sobre o início de uma carreira internacional, podemos nos aprofundar em como aproveitar ao máximo essas oportunidades. Além disso, entenderemos como podemos nos destacar em um mercado tão competitivo.
A seguir, conversaremos sobre tendências no mercado internacional de tecnologia e quais são os conhecimentos mais valorizados para empresas internacionais em relação às pessoas desenvolvedoras.
Para nos destacarmos, precisamos nos atualizar sobre as tendências do mercado de tecnologia, direcionando nossos esforços para o que está sendo mais valorizado, bem como desenvolvendo habilidades e comportamentos que estão em alta.
Quais habilidades e conhecimentos estão sendo mais valorizados por empresas internacionais?
João: Sobre as habilidades, depende muito da área. Existem as competências técnicas de cada perfil, mas, é comum cobrarem que você conheça bastante as tecnologias com as quais trabalhará. Inclusive, alguns conhecimentos cobrados para "juniors" são muito avançados.
Um comportamento geral que percebo é uma maturidade muito grande ao ensinar alguém, o que acaba encorajando as pessoas a dizerem quando não estão entendendo ou conseguindo fazer algo.
A cultura de pair programming (programação em pares) é bem mais forte aqui na Inglaterra que no Brasil, então, acontece bastante de realizarmos uma call (chamada) e ficarmos horas tentando encontrar soluções em dupla.
Existem soft skills (competências) que valorizo muito e que são diferenciais meus, mas a comunicação é algo extremamente importante para todas as pessoas. Tentar ser independente, ou seja, resolver seus próprios problemas. Por exemplo, se estou bloqueado, eu mesmo peço ajuda de alguém e explico porque aconteceu.
Aqui as pessoas são mais diretas e menos gentis, mesmo assim, expor os problemas é muito importante. A soft skill mais importante é a comunicação!
Carlos: A skill mais valorizada é conseguir resolver problemas! Não importa a tecnologia que usaremos ou como explicaremos o que pensamos, mas, se alguém nos passa um problema, precisamos saber analisá-lo, entender quais são os passos necessários para resolvê-lo e, a partir dessas tarefas, gerar uma proposta de solução. Isso serve para Devs também.
O que será avaliado é nossa capacidade de explicar o que entendemos do problema. Algumas pessoas gostam de fazer peguntas para validar se a compreensão está correta, outras nos deixarão desenvolver o raciocínio sozinhos.
Então, funciona mais ou menos assim. Alguém passa um desafio e precisamos responder, por exemplo: pelo que entendi do problema x, podemos resolvê-lo a partir dos passos a, b, c e d, usando as tecnologias y e z, e comunicação com s. Enfim, se trata de uma descrição técnica do problema.
A depender do seu nível de conhecimento, talvez precise resolver um problema clássico de programação, um algoritmo de sorte ou algo do gênero. Neste caso, é bem simples! Há muitos sites para prática de criação de algoritmos.
Quando chegamos a uma etapa senior, o que será avaliado não é se sabemos fazer um algoritmo, mas como pensamos e quais soluções desenvolvemos para os problemas. Então, a principal skill é conseguir dividir problemas grandes em partes pequenas, resolvê-las de forma técnica e explicar esse processo.
Júlia: Como podemos nos atualizar sobre as tendências em um mundo de constante evolução, com mudanças cada vez mais rápidas e novas tendências surgindo a cada minuto?
João: Não existe outra maneira a não ser consumir conteúdos a respeito de tecnologia. Pode ser no YouTube, por exemplo. Muitos youtubers estrangeiros comentam sobre tecnologias novas e o que o mercado está fazendo.
Também existem as pesquisas de mercado anuais, e algumas feitas no Brasil pelo Código Fonte TV, um canal do YouTube super famoso. Algumas pesquisas são feitas para o exterior pelo Stack Overflow, com as quais conseguimos entender as tendências de mercado.
Uma vez que observamos as tendências, podemos procurar fazer cursos e capacitações no YouTube e em plataformas como a Alura. Então, o primeiro passo é identificar a tendência e depois escolher investir nela ou não.
Às vezes as pessoas anunciam uma nova tecnologia para a web, mas podemos escolher ficar com a que já conhecemos, como o React, por exemplo. Também podem acontecer atualizações na própria tecnologia que já trabalhamos. Neste caso, inevitavelmente será necessário continuar aprendendo sobre a evolução dessa tecnologia.
Júlia: Ter atenção e direcionar esforços para as tendências de tecnologia que estão sendo mais valorizadas, aprimorando e desenvolvendo comportamentos e habilidades que também estão em alta no mercado é essencial para a garantia de um bom posicionamento, isto é, para uma carreira internacional de sucesso.
Agora que já passamos por esse tema, podemos nos aprofundar em estratégias para nos destacarmos em um mercado tão competitivo. Vamos falar sobre LinkedIn, portfólio, currículo e sobre como fazer um bom e autêntico networking (rede) com pessoas que estão em diversas partes do mundo.
O curso Carreira internacional: descubra como conquistar sua oportunidade no exterior possui 93 minutos de vídeos, em um total de 34 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de Empreendedorismo e Startups em Inovação & Gestão, ou leia nossos artigos de Inovação & Gestão.
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