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Certificação PMI-ACP: aspectos humanos do Ágil

Aspectos humanos - Apresentação

Olá, sou Roberto Pina, boas vindas a este curso de “Aspectos humanos do Ágil”. O público-alvo deste curso são analistas de sistemas e de negócios, gerências e coordenações de projetos, integrantes de áreas de governança, como PMOs, escritórios de projetos, pessoas que desejam atuar como Scrum Master ou Product Owner futuramente, Devs com interesse em migrar para funções mais ligadas à gestão, pessoas que já praticam o Ágil e desejam se certificar para reforçar as suas credenciais e consultores e consultoras em metodologias, gestão e transformação organizacional.

Esse curso é o 8º da série que se destina ao preparo para a certificação PMI-ACP. Contudo, como sempre enfatizo, a nossa jornada vai além de conseguir o certificado, mas sim de aprofundar seus conhecimentos a respeito do Ágil.

Nesse curso de aspectos humanos, vamos tratar dos seguintes temas: Inteligência emocional, empatia e colaboração, construção e desenvolvimento de equipes, o chamado team Building, liderança e liderança servidora, conflitos e negociação, e ética e conduta profissional. São pontos que são cobrados no exame da certificação, e que também são muito importantes para conhecer melhor a respeito da cultura do Ágil.

Os benefícios para os participantes são: Grande apoio à preparação para a certificação PMI-ACP e também, expansão e aprofundamento a respeito da cultura e dos métodos Ágeis. Na sequência, vamos começar a ver o nosso conteúdo, começando com Inteligência Emocional. Vamos em frente?

Aspectos humanos - Inteligência Emocional (IE)

Vamos começar a falar sobre inteligência emocional. Mas antes de entrar nesse tópico é importante trazer o conceito de inteligências múltiplas.

Trata-se de uma teoria apresentada em 1983, por Howard Gardner. E essa teoria considera que a capacidade cognitiva de uma pessoa não pode ser completamente explicada através de indicadores do tipo QI, quociente de inteligência, classicamente medido através de testes de lógica ou de resolução de problemas. Começou-se a considerar que a inteligência é algo muito mais multifacetado, envolve diferentes tipos de habilidades.

Então nessa esteira de rediscutir que é inteligência, surgiu a temática da inteligência emocional. O primeiro uso desse termo “Inteligência Emocional” ocorreu em 1985, em uma tese de doutoramento do Wayne Payne. Mas a grande popularização desse termo e desse assunto ocorreu realmente em 95, com a famosa obra do Daniel Goleman, “Inteligência Emocional”. Esse livro foi um best-seller e trouxe o conceito para a população em geral, popularizando-o, portanto.

Uma conceituação simples de inteligência emocional é a seguinte, é o nível de habilidade em identificar, avaliar e controlar as emoções próprias e de outros. Então a pessoa que é dotada de inteligência emocional consegue identificar emoções próprias e de terceiros, avaliar e controlar essas emoções, para o atingimento de objetivos. Esta é uma pessoa que tem inteligência emocional.

Segundo Salovey e Mayer, tem 4 domínios da inteligência emocional. O primeiro é a percepção das emoções, que é a capacidade de decifrar emoções nos outros, através de sinais, como a linguagem corporal, a expressão, a voz, etc. Isso é básico, porque para que a pessoa possa atuar de maneira inteligente no plano emocional, antes de mais nada ela tem que ter a capacidade de perceber as emoções, decifrar, sentir o que o outro está desenvolvendo internamente. Então a percepção das emoções é o primeiro e fundamental domínio.

O segundo é o uso das emoções. Uma vez percebida a emoção de terceiros, trata-se da capacidade de empregar essas emoções, para desenvolver raciocínios ou resolver problemas. Saber lidar adequadamente com situações a partir da percepção emocional do outro.

O terceiro domínio é o entendimento das emoções, que é a capacidade de perceber variações emocionais sutis. Então durante uma conversa, durante uma negociação, por exemplo, as emoções podem mudar. E essa dimensão diz respeito a fazer uma interpretação das nuances, das variações de emoções, que são percebidas, às vezes, com um simples levantar de sobrancelha, ou uma sutil mudança no tom de voz, a pessoa que é dotada de inteligência emocional percebe para onde está indo a emoção da outra pessoa.

E finalmente, o quarto domínio é o controle das emoções, que é a capacidade de regular ou gerenciar as emoções próprias e dos outros, com o atingimento de um objetivo. Como eu citei, uma negociação, a resolução de um conflito, qualquer coisa que envolva uma interação humana.

Voltando ao Goleman, ele cita habilidades de inteligência emocional. E ele faz uma classificação em intrapessoais e interpessoais. No tocante às intrapessoais, ou seja, da pessoa para dentro, nós temos o autoconhecimento emocional, então a pessoa dotada de inteligência emocional sabe como funciona o emocional dela, ela tem esse autoconhecimento. Além de ter o autoconhecimento, ela tem o autocontrole emocional, ela consegue manter as emoções e suas consequências dentro de limites, dentro de parâmetros aos quais ela tem domínio.

E também a automotivação emocional, que é a capacidade de mudar, de melhorar as suas emoções, sem precisar de estímulos externos. Então essas habilidades são habilidades de inteligência emocional intrapessoal, do indivíduo consigo mesmo.

Há também as habilidades interpessoais, com relação aos outros. Isso envolve reconhecimento de emoções nas outras pessoas, captar o que a outra pessoa está sentindo e habilidade em relacionamentos com outras pessoas. Então, de fato, existem pessoas que têm, quase que naturalmente, uma capacidade de entender de gente e de saber lidar com as suas emoções e com as emoções dos outros. Reconhecendo adequadamente e dosando, sabendo lidar com as emoções que se apresentam.

A inteligência emocional, em especial dos aspectos interpessoais, aqueles de relacionamento, elas se aplicam a diversas situações do dia a dia e do contexto pessoal e profissional. Por exemplo, na organização de grupos, no trabalho em grupo, a inteligência emocional e as habilidades que envolvem esse tipo de coisa, são muito importantes.

Nas negociações, e negociação é um dos assuntos que vamos ver nesse curso mais para frente. Na empatia, visando a canalização rumo ao interesse comum. Empatia é um termo que também vamos conceituar e explorar no nosso curso. E no atendimento de necessidades de clientes, de colegas, enfim, das pessoas envolvidas com o nosso dia a dia e com os nossos trabalhos.

Então a inteligência emocional tem uma aplicação em diversas situações, em diversos contextos, e portanto, é algo de extrema importância no contexto de projetos, no contexto do desenvolvimento de produtos e de uma maneira geral, da nossa vida pessoal e da nossa vida profissional. Na sequência vamos continuar falando mais sobre inteligência emocional e desdobrando em aspectos importantes, como a empatia e a colaboração. Vamos lá?

Aspectos humanos - IE, Empatia e Colaboração

Vamos realizar algumas reflexões sobre a inteligência emocional? Começando por observar uma colocação do Goleman, em 1995. Ele disse: “O sucesso do indivíduo dependeria no máximo de 20% do QI, que é o conceito de inteligência tradicional, baseado naqueles aspectos de lógica e tudo mais, o que explicaria porque nem sempre o aluno mais brilhante na escola é o mais bem sucedido na vida pessoal e profissional”.

Essa reflexão quebrou paradigmas de décadas anteriores, onde acreditava-se que, para o indivíduo ser bem-sucedido, era fundamental ele ter passado por boas escolas, ter boas notas, ser um bom aluno, ter um bom histórico escolar, isso conduziria meio que naturalmente para o sucesso profissional, sucesso na sua vida pessoal. De fato, vemos principalmente hoje, que isso não é bem assim. É claro que essas habilidades de hard skills, vamos chamar assim, são importantes, mas uma parcela expressiva do sucesso depende das questões de relacionamento, o que envolve bastante o manejo das emoções.

Então de fato, essa colocação do Goleman expressa nas palavras dele, que 80% de ser bem sucedido, depende de como lidamos com as emoções, e isso acaba sendo determinante também no sucesso da vida profissional.

Mais tarde, em 2012, o próprio Goleman faz uma espécie de ponderação em relação a isso, ele retoma aquilo que foi dito e dá uma equilibrada. Olha o que ele diz em uma entrevista: “As empresas não estão abrindo mão da inteligência e do talento, em nome da boa convivência. Elas estão alinhando bem os dois conceitos. Sabem que, se compararem duas pessoas com o mesmo QI, mas com diferentes quocientes emocionais, certamente o profissional mais agradável e controlado irá mais longe”.

O que ele está enfatizando é que as empresas não abrem mão dos hard skills, mas no caso de um empate, se comparar duas pessoas com o mesmo nível técnico ou acadêmico, digamos assim, aquelas que tiverem mais habilidade em lidar com emoções, aquela pessoa mais agradável, mais comunicativa, mais controlada, irá mais longe.

Então o ponto nesse caso é, não que uma coisa substitui a outra, mas sim, é enfatizada a importância dos aspectos emocionais, e não somente dos aspectos conceituais ou formais para o sucesso da pessoa. Então pense a respeito disso.

Trazendo a discussão para os métodos Ágeis, em que aspectos ou momentos dos métodos ágeis a Inteligência Emocional é mais demandada? Existem momentos, se pegarmos o método Scrum, por exemplo, onde há negociação, onde há acordo, quando está sendo feita a carga de um sprint, por exemplo. Aquilo lá, com a participação da pessoa que está atuando como Product Owner junto a equipe, é feito uma discussão, um entendimento, uma estimativa dos esforços, e a colocação de itens para dentro do sprint, considerando uma meta.

Depois da entrega alguns itens são aceitos, são rejeitados, outros são modificados. Então são momento em que realmente as pessoas tem que deixar as emoções de lado e pensar em termos de adição de valor para o negócio. Quando um item é rejeitado, não significa que foi malfeito, isso precisa ser entendido. E também, nas retrospectivas, que é uma importante cerimônia do Ágil, existem discussões a respeito do que poderia ser melhor, e nesses pontos está se falando de problemas e não de pessoas.

Então uma boa Inteligência Emocional ajuda a entender qual o enfoque. Então algo que não está pronto, não está entregue, foi rejeitado, ou alguma coisa que foi colocada como poderia ser melhor, é uma oportunidade de desenvolvimento, jamais deve ser levada para o campo pessoal.

E Inteligência Emocional nos ajuda exatamente a fazer essa separação e entender que não é nada pessoal. É um começo do desenvolvimento para resolver essa pergunta. Mas pense mais a respeito dos métodos ágeis, em que pontos que a Inteligência Emocional, que o controle das emoções e a percepção das mesmas pode ser bastante útil.

Falando agora do conceito de empatia, que é uma das manifestações da Inteligência Emocional. A empatia basicamente consiste em se colocar no lugar do outro. Ser empático é isso. Isso facilita muito as interações humanas, portanto é um atributo da Inteligência Emocional.

Na área de TI, o que a empatia envolveria? Envolveria observar o comportamento dos usuários no contexto de suas vidas, para poder se colocar no lugar dele, interagir e entrevistar os usuários de maneira programada e eventual e imergir, vivenciando as experiências dos usuários.

A equipe técnica, que está desenvolvendo um produto de TI, que se coloca no lugar do usuário, consegue, ou pelo menos se esforça, para entender o que é fácil, o que é difícil para ele. E então compreendendo melhor essas necessidades, trabalhar para atendê-las. Colocando-se no lugar do usuário, eu quebro aquele paradigma de “nós contra eles”, de que o usuário é chato, ele não sabe o que quer. Não é que ele não sabe o que quer, o ponto é: Será que é possível ele saber o que quer sempre? Ou no nível da minha expectativa?

Será que ele tem uma percepção, um nível de abstração que é comum para nós, que somos de TI, e para ele não? Então com essas reflexões, com esses questionamentos, vamos nos colocando no lugar dele e vice-versa também, isso vai fazendo o entendimento ficar muito melhor, criando uma verdadeira sinergia entre essas equipes.

Outro aspecto importante, que envolve também a questão do bom manejo das emoções, é a colaboração. Colaborar significa trabalhar juntos. Consiste em realizar um trabalho conjuntamente, combinando conhecimento, experiência e habilidades para atingir um objetivo. Então cada um entra com aquilo que pode, com aquilo que domina, dentro de um contexto de um objetivo comum.

A efetividade de um esforço colaborativo depende de 3 fatores: A comunicação, comunicação é fundamental em uma equipe. A gestão de conteúdo, que é saber lidar com o desenvolvimento do conteúdo, daquilo que está sendo trabalhado, do produto, das características do produto e tudo mais. E o controle do fluxo. Essa palavra “fluxo” já apareceu várias vezes ao longo dos nossos cursos. O fluxo é muito importante. As entregas, o trabalho ser fluido, e não ser estabelecido em grandes lotes, em grandes entregas demoradas. A fluidez é muito importante.

Então a colaboração efetiva envolve isso, uma boa comunicação, um bom controle do conteúdo e também o manejo adequado do fluxo. A tecnologia ajuda muito nisso, ajuda muito nesses fatores.

Em TI nós podemos citar como exemplo os esforços colaborativos o movimento do software livre, em que uma comunidade colabora de forma descentralizada para desenvolver software fora de um contexto corporativo típico, como foi, por exemplo, o desenvolvimento do Linux e de tantas outras soluções tocadas por comunidades.

O Pair-programming é uma técnica do Ágil, que é tipicamente de colaboração, então a programação aos pares, em que duas pessoas estão trabalhando juntas, cada uma contribuindo com o que pode para um objetivo. E os peer-reviews, que são revisões aos pares, em que a pessoa que fez e uma outra que não é a pessoa do artefato, fazer uma revisão, e dessa forma conseguir encontrar defeitos que o próprio autor não consegue encontrar. Então esses são exemplos de colaboração em TI.

Ainda falando de TI, existem soluções que proveem ferramental para a colaboração, tais como: Aplicativos de workflow feitos em Exchange ou com Lotus Notes, etc., são aqueles sistemas de workflow, onde uma demanda, uma solicitação ou qualquer coisa passa por diferentes estágios de aprovação, em que cada um aprova e dá uma contribuição naquele fluxo. Então existem aplicativos para isso.

Ambientes de composição de bases de conhecimento, com uso do SharePoint, etc., é uma plataforma onde as pessoas colaboram, colocando os seus conhecimentos a respeito de um determinado tema, criando, portanto, uma base de uso comum. E também outras ferramentas, como sistemas de videoconferência, muito comuns hoje em dia, desktop sharing, aplicativos de mensagens, de taskboards, etc. É ferramental eletrônico que ajuda as pessoas a trabalharem juntas, ou seja, a colaborarem de maneira mais eficiente.

A colaboração pode ocorrer de forma síncrona ou assíncrona. Exemplos de colaboração síncrona, ou seja, que ocorre de maneira instantânea: Uma videoconferência ou sessões em uma war-room, uma “sala de guerra”, é aquela sala presencial, onde as pessoas se juntam para trabalhar em um projeto, por exemplo, então isso são exemplos de colaboração síncrona, a comunicação ocorre de maneira instantânea entre as pessoas.

Com relação a colaboração assíncrona, nós podemos citar sistemas de workflow, onde cada pessoa atua em um fluxo, mas as demais pessoas que vão atuar não percebem isso instantaneamente, cada um atua em um tempo, em cada estágio, em cada instância, aquela pessoa atua, então ocorre de maneira assíncrona. Troca de e-mails também é algo assíncrono, eu mando um e-mail, a pessoa não precisa ler instantaneamente, ela pode ler depois, atuar e responder, isso é assíncrono.

E plataformas de colaboração, como o Discord, onde as pessoas vão postando mensagens e outros elementos, que cada um a seu tempo, de acordo com a sua possibilidade, acaba verificando aquela mensagem e respondendo. Isso, para equipes entrosadas, funciona muito bem, é um ferramental que ajuda bastante na colaboração.

Um ponto de reflexão com relação a colaboração, trazendo para o contexto do Ágil: Que práticas ágeis podem ser apoiadas por ferramentas de colaboração? Aquelas ferramentas tanto síncronas como assíncronas.

Se pensarmos em um método como o Scrum, realmente existem várias etapas, várias cerimônias que podem se beneficiar daquelas ferramentas. Ou pensando no Kanban, também uma ferramenta para ajudar e gerenciar o fluxo. Ferramenta de troca de mensagens, para que as pessoas, mesmo não estando fisicamente no mesmo local, possam manter uma comunicação eficaz ou a realização de reuniões diárias.

Ou uma retrospectiva, em que eu tenho uma ferramenta colaborativa, em que cada um pode colocar em um card as suas reflexões, as suas sugestões, e depois isso ser discutido. Quer dizer, existe uma série de instrumentos que podem ajudar nas cerimônias e nos artefatos e nos processos do Ágil. Eu comecei a fazer essa reflexão aqui, mas pense mais a respeito. Na sequência vamos começar a falar sobre construção e desenvolvimento de equipes, iniciando com o importante modelo de Tuckman. Vamos em frente?

Sobre o curso Certificação PMI-ACP: aspectos humanos do Ágil

O curso Certificação PMI-ACP: aspectos humanos do Ágil possui 103 minutos de vídeos, em um total de 44 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de Agilidade em Inovação & Gestão, ou leia nossos artigos de Inovação & Gestão.

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