Boas-vindas ao curso de Cultura de Confiança da Alura. Seremos acompanhados pela instrutora de Inovação & Gestão, Marianne Henriques.
Marianne é uma pessoa branca, olhos castanhos e cabelos loiros e longos. Está com batom avermelhado, brincos verdes-escuros e uma camisa preta. Ao fundo, uma parede sem decorações e iluminada por uma luz alaranjada.
Formada em Informática para Negócios e especializada em Gestão de Projetos em TI. Atualmente, atua ajudando empresas a melhorar seus processos a partir de práticas ágeis.
Este curso é para quem deseja conhecer como pode ser construída uma cultura de confiança e porque ela é tão necessária para aumentar motivação, engajamento e produtividade de equipes.
Ao longo do curso, você vai:
Temos muito conteúdo de qualidade a ser discutido. Vamos começar o curso?
Ao fim desta lição, você vai:
Para entender esses conceitos, vamos acompanhar o Theo que é uma liderança de times de desenvolvimento. Devido sua extensa experiência, recebeu um desafio de criar as bases para uma cultura de confiança.
Theo logo percebeu que a dificuldade dessa tarefa, pois a falta de confiança tem grande impacto no relacionamento das pessoas dentro no trabalho, na desmotivação do alcance de resultados e até no comprometimento dos times.
A confiança muda a forma como as pessoas enxergam o sucesso dentro da empresa, também afeta a energia, animação e alegria para trabalhar. Consequentemente, esses fatores impactam a inovação.
Na empresa podem existir algumas indicações da falta de confiança no ambiente, como a repetição de certas palavras nos comentários das pessoas colaboradoras: "estressante", "complicado", "difícil" e "desanimador".
Em contrapartida, nos lugares com alta confiança é comum escutar palavras que representam sentimentos como: "divertido", "fácil", "animado" e "produtivo".
Você já sentiu no seu dia a dia de trabalho os impactos da falta de confiança? Ficou com receio de conversar e desabafar sobre o que estava sentindo?
A primeira abordagem do Theo foi disponibilizar as pessoas colaboradoras uma maneira de se comunicar anonimamente para que se sintam livres para responder questionamentos sobre a confiança.
Por isso, fez pesquisas através de formulários e conversas para entender tópicos, como:
Você mesmo ajuda a construir o produto dentro da empresa. Mas, como cliente, você o compraria?
Isto é, você chamaria outra pessoa para trabalhar nessa empresa também?
Mesmo com a chance de não concordarem com sua opinião, você acha fácil expressar sugestões e opiniões honestamente no trabalho?
Além disso, já se questionou sobre sua confiança e relacionamento com a liderança?
Por último, a sua equipe estará à disposição para te ajudar e apoiar caso necessite?
São questões importantes para entender o nível de confiança que as pessoas têm na organização, produto, liderança e equipe. E, após identificar os pontos de menor confiança, podemos tomar certas ações.
Por isso, depois de entender quais são os pontos complicados mais recorrentes nas pesquisas, Theo sugeriu algumas dinâmicas e conversas para afastar a sensação de desconfiança:
Theo trouxe a gestão mais perto das pessoas para que as pessoas da empresa possam fazer perguntas diretas e ter respostas francas.
A abertura para esclarecer dúvidas sobre o funcionamento, papéis e responsabilidades é essencial para gerar confiança.
Depois, fazer oficinas para explicar exatamente como funcionam processos que são menos transparentes dentro da organização. Por exemplo, cálculos de bônus e promoções.
Com o objetivo de descontrair, aproximar as pessoas e gerar mais conexão e melhorar o relacionamento.
Pequenas celebrações como happy hour, karaokes, jantar ou comemorações faz com que as pessoas fiquem menos na defensiva, sejam si mesmas e entendam pontos em comuns.
Qual a importância e os benefícios de se criar uma cultura de confiança?
Pois, com a resolução de desentendimentos e mais clareza no trabalho, as pessoas optam por permanecer em um ambiente confiável.
Sem uma cautela e receio excessivos e desnecessários, a organização conversa honestamente e fica mais alegre.
As pessoas têm mais motivação para trabalhar quando estão em um time confiável, com uma liderança aberta e transparente e conhecem os fluxos a serem seguidos.
Com o suporte da liderança, as pessoas colaboradoras tomam mais riscos para inovação.
As pessoas se comunicam melhor e apontam problemas sem receio de serem julgadas. Com isso, ficam mais engajadas e a produtividade aumenta.
No livro "Confiança inteligente", o autor e pesquisador Stephen Covey cita:
“Quando fazemos exercício com as equipes de trabalho, os participantes ficam impressionados com o contraste nítido entre a energia extraordinária gerada em equipes de alta confiança e a tensão exaustiva nas equipes de baixa confiança.”
Ou seja, duas equipes na mesma organização podem ter visões totalmente diferentes das pessoas e do ambiente, sendo o nível de confiança o diferenciador.
Além de fazer parte da cultura de confiança, as pessoas também a constroem. Por isso, é fundamental escutá-las.
“Em nenhum lugar, a confiança modifica mais a energia nas organizações do que no compromisso do funcionário. Embora existam diversos propulsores do compromisso, os dois maiores são: (1) a relação de confiança que funcionários têm com seu supervisor e (2) a confiança que têm na organização em geral.” - Stephen Covey
Em outras palavras, se a pessoa não tem confiança na liderança ou na organização, seu comprometimento será impactado.
Nessa lição, você pôde:
Ao fim desta lição, você vai:
É muito comum que as pessoas tenham uma percepção negativa de ambientes onde haja a falta de confiança.
Por exemplo, vão existir pensamentos sobre uma liderança incoerente, já que as decisões não são claras e explicadas. Também creem em situações de favoritismo por não entender como funcionam alguns processos, como promoções e bônus.
Além disso, tem uma insegurança e falta de conexão em relação a outras pessoas. Com isso, tem medo de expor opiniões e inovar.
Nesse caso, alguns relatos no dia a dia que demonstram o impacto da falta de confiança na empresa do Theo são:
Com isso, as pessoas não se esforçam para entregar os resultados pedidos.
A pessoa colaboradora não se sente reconhecida e crê que a liderança já tem pessoas preferidas, devido à falta de comunicação clara.
Em ambientes com pouca abertura, pode haver medo de ser julgado.
Às vezes trazer preocupações antecipam problemas e trazem soluções, mas as pessoas preferem se calar diante de um ambiente inseguro.
Por não conhecer o time, fica difícil lidar com o dia a dia na empresa.
Theo percebe que somente a confiança pode transformar um grupo de pessoas em uma equipe e que mudanças na base da gestão precisavam acontecer. Pois, a falta de confiança e a percepção das pessoas estão relacionados com ações da liderança e gestão.
A alta gestão, liderança e o time precisam se comunicar com mais frequência. Principalmente em momentos de trabalho remoto e híbrido, quando a comunicação pode ficar com "ruídos" (interferência e sem clareza).
Minimize "conversas de corredor" (diálogos informais com informações não-oficiais) que se sobrepõem à comunicação da gestão. Atualize as pessoas dos acontecimentos para evitar que fiquem ansiosas, inseguras e esperando o pior.
Comunique com clareza os motivos e detalhes no que se refere a decisões, processos e resultados alcançados. Por exemplo, colocar informes nas paredes promove uma transparência e atualiza as pessoas.
Quando as pessoas sabem o porquê das coisas, tendem a buscar soluções ao invés de fazer reclamações. Consequentemente, isso aumenta a sensação de pertencimento dentro da organização.
A empresa contrata pessoas que acredita terem as competências e potencial necessários para realizar seu trabalho.
Porém, às vezes a liderança faz um microgerenciamento e não permite a tomada de decisões - o que demonstra uma falta de confiança. Se as pessoas estão incomodadas com essa atitude, é importante que possam dar um feedback a liderança.
A liderança precisa confiar e motivar as pessoas para que façam o seu melhor. Afinal, foram selecionadas para o time por serem capazes de tomar boas decisões.
O primeiro passo para gerar conexão e confiança é se mostrar vulnerável, ao compartilhar uma informação e receber apoio.
Por exemplo, alguém está ansioso por uma apresentação e comete uma falha. Em um ambiente com abertura para vulnerabilidade, as pessoas vão perceber o erro e ajudar a superá-lo, ao invés de julgar e causar constrangimento.
Com isso, as pessoas começam a ficar à vontade para ser elas mesmas.
É muito importante que você compartilhe os sentimentos de medo e culpa por falhas com alguém em que confie. Você não está sozinho. Outras pessoas já passaram por isso e vão saber como superar e aprender com os erros.
Sem uma cultura de confiança com as características que discutimos, pode ocorrer:
Porque não confiam na liderança, não estão cientes dos motivos ou não foram comunicadas das tomadas de decisão.
As pessoas nem tentam inovar. Pois, para isso, devem ter abertura para experimentar e tentar coisas novas.
É difícil permanecer em um ambiente no qual não se está à vontade para ser você mesmo e se expressar.
Já que não sabem os motivos para obedecer às decisões da liderança.
Por causa do medo de errar, as pessoas pedem aprovações para tudo.
O resultado geral da falta de confiança é a insegurança, medo, estresse e ansiedade.
No livro "Confiança inteligente", o autor e pesquisador Stephen Covey cita:
"Ainda que tenhamos nos tornado muito bons em reconhecer o custo de confiar em demasia, estamos longe de ser bons em reconhecer o custo de não confiar o suficiente."
Isto é, confiar em tudo e em todas as pessoas despreocupadamente é arriscado, mas não confiar em nada nem ninguém também pode gerar problemas dentro das organizações. Deve haver uma confiança mútua.
“Sempre que existe falta de confiança num relacionamento, numa equipe, numa organização ou numa comunidade, um tributo de desperdício – às vezes, um alto tributo de desperdício – está sendo pago. No mínimo, você pode perceber alguns dos sete tributos comuns relativos à baixa confiança em muitas organizações: redundância, burocracia, politicagem, desmotivação, rotatividade de pessoal, agitação e fraude.” - Stephen Covey
Essa taxa de desperdício é paga para garantir que os processos continuem, apesar da falta de confiança e seus impactos na organização.
Nessa lição, você pôde:
Ainda que você não esteja no papel de liderança, pense como trazer essa visão para a sua equipe para aumentar a comunicação, confraternização e compartilhamento. E nos conte o resultado no fórum!
O curso Confiança: crie uma cultura baseada em confiança possui 122 minutos de vídeos, em um total de 33 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de Gestão de Pessoas em Inovação & Gestão, ou leia nossos artigos de Inovação & Gestão.
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