Oi, eu sou a Daniela Pedroso e eu vou acompanhar você durante esse curso para descobrir a motivação intrínseca, aquela que está lá dentro e precisa ser descoberta para ativar a sua criatividade.
E preste atenção, nós também vamos conhecer como a Júlia faz isso. A nossa personagem vai passar por várias etapas e tentar entender como ela pode se manter motivada durante a evolução da sua carreira. Ela olha para esse mercado, ela reconhece nas pessoas, mas ela quer saber como é que ela pode fazer isso acontecer.
Bom, durante esse curso, nós vamos identificar “criatividade, será que é um dom?”. Você vai ver que não, isso não é algo apenas para escolhidos, e que, sim, todo mundo tem um potencial criativo que pode desenvolver.
É claro que nós vamos encontrar alguns percalços pelo caminho, mas vamos falar sobre isso. Vamos entender que existem tipos de motivação e que essa motivação pode ser extrínseca, ou seja, alguma coisa externa, muitas pessoas se sentem mais motivadas pela remuneração, outras pelo reconhecimento do grupo, enfim, nós vamos ver essas situações e alguns exemplos.
Mas vamos focar na motivação intrínseca, aquela que nos fazer desenvolver ao longo do processo, que olhamos e aprendemos com o nosso desenvolvimento e nos sentimos motivados a chegar na próxima etapa.
Nós vamos ver que existem várias possibilidades para trabalhar essa motivação, vamos entender que existem momentos de colaboração. Se queremos desenvolver um projeto pessoal, por exemplo, como um exercício da prática, nós precisamos, às vezes, pedir ajuda, precisamos reconhecer que nós temos alguns pontos que ainda não desenvolvemos com tanta clareza.
Mas também vamos perceber que, para pedirmos ajuda, temos que colaborar, e colaborando com os outros nós conseguimos nos aprimorar, ampliar o nosso repertório, e aí nos sentirmos motivados por esse crescimento conjunto.
Bom, é claro que, se temos um potencial criativo, vamos entender também a reconhecer etapas do processo criativo, vamos ver que tem um momento de coleta de informações, que tem um período que temos que descansar a cabeça, e outros que vêm as informações, elas se misturam, criam conexões e temos os insights.
Até que possamos identificar se aquela é a solução mais adequada. Então, vamos reconhecer essas etapas, mas também vamos olhar para aquilo que bloqueia durante o processo. O que acontece nesse espaço? Como nós podemos nos sentir motivados e não uma fraude, ou aquela famosa síndrome do impostor?
Então, nós vamos reconhecer tudo isso em prol da nossa criatividade, e aí identificar como eu posso me motivar, como eu posso estimular a criatividade para que possamos chegar a uma solução adequada, que é a proposta da criatividade: encontrar soluções para alguns problemas.
Mas sempre nos motivando internamente, dando prioridade ao que está dentro de nós e reconhecendo o nosso crescimento.
Oi, eu sou a Daniela Pedroso e hoje nós vamos falar sobre a motivação intrínseca e qual relação disso com a criatividade. Vamos comigo?
Vamos conhecer a Júlia. A Júlia vai nos ajudar a entender o que é a relação, ou como é a relação, entre a motivação intrínseca e a criatividade. A Júlia é publicitária, ela hoje tem 30 anos, mas a Júlia já foi estagiária.
E quando ela era estagiária, o seu maior desejo era ser efetivada, era isso que ela queria, ela queria ser reconhecida como alguém que deveria ser contratada por aquela empresa, não no formato de estágio, mas, sim, como uma profissional que poderia contribuir e muito para aquilo, para todas as coisas e todos os projetos que estavam acontecendo.
Ela é uma profissional jovem, super engajada, conectada e apaixonada pela comunicação digital. Desde sempre, desde o momento em que ela começou a entender que esse seria um grande caminho, ela se dedicou a aprender mais sobre isso.
Entretanto, hoje ela trabalha em uma agência atendendo grandes contas, grandes anunciantes, projetos super complexos. Mas ela começou a perceber que tinha gente que já estava um pouco desgastada, não estava mais tão interessada, ou então tão motivada para continuar trabalhando com a mesma garra de quando era estagiário como a própria Júlia.
Ela não queria continuar assim. Ela se deparou com algumas pessoas que apresentavam cases em eventos, e nesses cases ela ficava sempre buscando “mas o que motivou essa pessoa a encontrar essa solução para esse problema?”.
E não achava. As pessoas relatavam o sucesso da campanha, mas não falavam sobre o que estava acontecendo, de que maneira, o que levou. Eles mostravam o projeto, mas cada profissional, como indivíduo, o que aparecia, o que levava?
Ela percebeu que as pessoas, de repente, entravam em uma rotina, trocavam de agência, continuavam, iam para uma empresa, mas nem sempre aquilo dava esse projeto de vida, trazia essas características. O que ela podia aprender com essas pessoas?
Aí ela decidiu pesquisar um pouco mais. Quais seriam os desafios nessa carreira? O que ela tinha que aprender, o que essas pessoas mostravam? Ela, ainda nessas palestras, workshops, foi conversar com uma colega, uma amiga na realidade, que fazia psicologia também.
Aí ela percebeu que tinha mais do que achismo. Ela disse “bom, não posso ficar só olhando para essas dicas, eu preciso encontrar alguma teoria que me dê suporte, alguma perspectiva que me dê suporte”, e as conversas com essa amiga mostravam que as pessoas eram motivadas por alguns desafios, sempre em busca do próximo. Qual seria o seu desafio?
Aí ela começou a procurar “como alguém sai de um lugar e vai para outro? O que faz uma pessoa buscar novos objetivos?”. Se ela está em uma empresa e quer ir para outra, se ela está em um setor e quer ir para outro, ela está em um projeto e vislumbra um projeto um pouco mais complexo, ou trabalhar com algo que ela goste.
Como isso pode se estruturar? Quais são os passos para isso? Que labirinto é esse que nós podemos encontrar uma saída? Ela foi pesquisando.
Em meio a essas pesquisas todas, ela descobriu uma coisa chamada motivação intrínseca. Isso fez toda a diferença porque as pessoas usavam clichês, sempre a resposta era “um salário maior”, enfim, mas traziam aquilo que mobilizava esses indivíduos, o que eles poderiam fazer.
Aí a explicação, na perspectiva da psicologia, trazia algo que poderia ser externo ou essa motivação que fica dentro de nós. Aí ela entendeu, bom, aqui temos um caminho para descobrir como eu posso desenvolver o meu potencial criativo e, ainda assim, me manter motivada.
Ela encontrou uma descrição, uma determinada obra que dizia o seguinte: “as teorias psicológicas explicam a criatividade pelas ações ou pelos processos”, é pelo caminho mesmo daquelas pessoas, daqueles indivíduos.
Nós começamos a olhar para isso, essa teoria psicológica interpreta o processo criativo como um fenômeno que olha para todo o desenvolvimento. Isso está em uma obra muito legal chamada “Dialogando com a Criatividade” do Saturnino de la Torre, e ele apresenta até uma carta falando sobre a criatividade, é muito interessante.
Então, vamos olhar para o processo, vamos olhar para as ações, para esse desenvolvimento, para o comportamento dessas pessoas. Aí então essa motivação vem atrelada a esse comportamento, com o processo e com a pessoa, do que necessariamente com o produto ou com o seu entorno.
Não que as coisas sejam totalmente dissociadas, mas existe, sim, uma motivação que vem da gente. Aí, ok, mas Júlia ficou pensando “como vou buscar essa motivação?”. Você talvez esteja se perguntando também “ok, existe uma motivação, mas como podemos buscá-la?”.
Bom, vamos lá, a Júlia não gosta muito de cozinhar e ela decidiu, então, se motivar procurando receitas mais curtas porque o tempo para ela é muito precioso. Vamos pensar o que é importante para você, por que você não gosta de alguma coisa.
Então, ela foi procurando receitas mais curtas, ela decidiu criar playlists, escutar música ao mesmo tempo. Você sabia que existe algumas playlists só “Cozinhando”, “Cozinhando com amigos”, “Cozinhando com a família”, enfim, foi escutando isso.
Aí ela foi se motivando e foi olhando para o tempo de desenvolvimento daquela receita. Ela olhou para aquela receita mais curta, ela podia ter a música que ela gostava tanto e ela se dedicou para o processo, era isso que ela estava buscando naquele momento para ver se ela conseguia evoluir.
Então, ela olhou para algo que ela conseguia fazer melhor e identificou um prazer em fazer algo de uma maneira melhor. Não era simplesmente o cozinhar pelo cozinhar, mas ela tinha momentos em que ela utilizou o tempo que tinha disponível e criou um ambiente para ela, curtindo aquilo ali.
Então, aqui já temos um exemplo. Quem sabe você tenta? Bom, mas a Júlia é incansável nessa busca, e a Júlia sempre gostou de livros infantis clássicos, isso é algo que ela sempre tinha com ela, cada vez que ela ganhava ou encontrava, ela ficava apaixonada.
Ela decidiu, então, criar uma coleção. Por que nós não podemos ter isso? Claro que podemos. Você já viu quantas capas da obra “O Pequeno Príncipe” existem? E ela começou a fazer isso, encontrar obras diferentes, encontrar capas diferentes para algumas obras e criar a sua própria coleção.
Ela foi se motivando nessas descobertas. O que ela poderia fazer para aprimorar sua coleção? Ela começou a categorizar os livros, criar etiquetas, então “esse é o mesmo título, várias capas; essas aqui são obras diferentes do mesmo autor”, mas sempre pensando nesses livros infantis clássicos, era isso, esse era o ponto de partida para ela.
E decidiu, tanto que ela curtiu, investir uma verba mensal para isso. Daquilo que ela recebia, ela colocava X para trabalhar a coleção ela, e foi se motivando isso.
Então toda vez que ela passava por uma biblioteca, cada vez que ela ia para uma livraria, para um sebo, ela foi pesquisando, na casa de alguns amigos.
Ela foi descobrindo obras infantis clássicas para olhar para a sua coleção e saber “eu tenho essa? Não tenho? Como posso descobrir, ir atrás?”, e isso a motivava, a descoberta, o processo, olhar para tudo aquilo que ela estava construindo.
Então, uma das coisas que vamos ver nesse curso é sobre os projetos, é desenvolver um projeto próprio para aprendermos, para testarmos e nos desenvolvermos. Pense só, como poderíamos transpor isso para uma atividade profissional?
Criar uma coleção de referências, categorizar essas referências que você está encontrando, seja de música, seja de bibliografia, seja de imagens, e começar a investir um tempo ou uma verba para você.
E você vai testando, se desenvolvendo, vendo se aquilo cabe de fato na sua rotina, e você vai se motivando pelo processo, pela sua descoberta.
Bom, outra coisa que a Júlia decidiu fazer também é descobrir novos sabores. Ela colocou como meta para ela experimentar novos sabores de sorvete em quanto tempo?
Cada vez que ela ia a sorveteria, ela pedia um novo sabor. Não necessariamente um sorvete inteiro, mas ela experimentava, pedia uma “pazinha” de um sabor, experimentava um, experimentava outro, uma cor diferente. Ela queria descobrir o que estava acontecendo.
Aí ela começou a criar uma rotina. Quinzenalmente ela ia a uma sorveteria, passava por uma sorveteria, pegava uma bola e pedia para provar, e tentava sempre que possível experimentar, degustar todo um sorvete de outro sabor.
Isso vai desenvolvendo a nossa percepção. Aí, então, se nessa semana ela comeu de chocolate, que tal ela pedir um de pistache? E assim ela foi se organizando. De repente, ela já estava combinando sabores.
“Olha só, peguei de abacaxi e agora vou unir com cereja”, enfim, começou a criar essas combinações, porque isso faz com que o nosso cérebro esteja disponível para novas combinações, e ele vai criando um banco de informações e vai cruzando todas essas informações.
Isso também vai fazer com que nós nos motivemos, aprimora o paladar, faz novas associações, tudo isso pelo processo, pela descoberta, pela combinação, e se cria uma rotina. Você pode fazer isso com sorvete, com pão na padaria, enfim, podemos descobrir vários sabores de várias coisas.
Vamos lá. O que nós sabemos, de fato, sobre motivação? Talvez fosse algo muito próximo do que a Júlia também sabia, ela enxergava a motivação como força de vontade, ou ainda como realização financeira. Era isso que se apresentava nas palestras, workshops e em leituras um pouco mais superficiais.
Então, a Júlia foi buscar um pouco mais porque, afinal de contas, se realização financeira é o que nos traz a motivação, quando eu acho que estou ganhando menos do que deveria, obviamente, eu fico desmotivada, mas às vezes eu acho muito interessante aquele projeto, então não é só a realização financeira.
E a força de vontade às vezes parecia uma coisa que era dada por alguém para alguns indivíduos, assim como a criatividade. Em alguns casos, parecia que a criatividade era um dom que alguém dava aos escolhidos e força de vontade também era só alguns, porque tinha dias que a Júlia não estava tão interessada em acordar e super empolgada.
Assim como, às vezes, eu também não estou e talvez você também não esteja tão disponível e tão motivado para ir a algum lugar ou desenvolver alguma coisa.
Então, aquilo que ela estava encontrando em motivação, e é o que muitos de nós sabemos, é apenas essa percepção da motivação como força de vontade e realização financeira. Mas, para a Júlia não, assim como para muitos de nós.
Ela encontrou uma perspectiva que diz o seguinte: “somos seres desejantes destinados à incompletude, e é isso que nos faz caminhar”. Isso quem falou foi o Lacan. E temos, dentro da psicologia, várias vertentes, perspectivas, mas enfim.
Quando ela encontrou isso, sobre o fato de que o que nos faz caminhar é a incompletude, é estar atrás de algo, ela começou a perceber que a motivação era mais complexa, era ampla, não era só isso.
Nós podemos perceber que, de fato, não é só aquele clichê que nos é apresentado como aqueles que têm ou não têm determinado dom ou uma determinada força. Se todos nós somos assim, se vamos em frente porque sentimos algo incompleto, é o que pode nos trazer uma perspectiva do que é motivação.
Bom, mas vamos olhar para essa motivação extrínseca. “Extrínseca” significa que são fatores externos, algo além de nós, ou como nós também, mas que não faz parte do nosso eu interior. Esses fatores podem ser, de fato, um projeto, uma remuneração, um estar em determinado lugar com algumas pessoas.
Mas, fundamentalmente, é importante reconhecermos esses ambientes, o que queremos, o que não queremos, e se isso nos leva além. Porque se nós só nos sentimos motivados pela questão financeira, quando não nos sentimos bem remunerados – já falamos sobre isso –, nós vamos atrás de outra coisa.
Mas e se tiver um projeto, algo que mexa conosco, com o processo, com coisas que estamos descobrindo, com a possibilidade de potencializar a nossa criatividade? É por isso que nós temos que reconhecer que existe algo além do lugar comum da motivação e saber que existe a motivação extrínseca. Essa é a mais corriqueira e as pessoas falam mais sobre ela.
Mas por qual motivo eu preciso reconhecer que o que motiva é algo externo ou interno? Porque, assim, eu consigo desenvolver, é aquilo que eu tenho domínio, que é o eu, o quanto eu tenho algum bloqueio ou o quanto eu quero desenvolver, se eu posso fazer uma rotina para novos sabores, se eu posso criar uma coleção, e aí testar a minha capacidade de classificação.
Aí eu vou me desenvolvendo, por isso eu preciso saber o que é motivação, se ela é um fator interno ou se ela vem de um fator externo, para então potencializar. E eu já posso adiantar a vocês, a criatividade tem muito mais a ver com a motivação intrínseca, que é o processo de desenvolvimento.
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