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Design Gráfico: conhecimentos de impressão

Introdução, Tipos de papel e modos de impressão - Introdução

Fala, galera! Meu nome é Felipe Labouriau, sou designer gráfico de formação e tenho alguns anos na produção e criação de materiais gráficos. Vamos ver neste curso toda a parte teórica da produção do material. Não vamos passar peça por peça, mas teremos a parte teórica. Como enviar materiais para a gráfica, o que vamos indicar para eles, como dar vida à nossa criação.

Iremos ver como uma lamina lisa de papel vai se transformar numa caixa de hambúrguer, como vamos indicar os cortes e vincos. Vamos ver uma mídia impressa em jornal, como é o processo criativo. Não vou criar passo a passo, mas vou falar dos porquês.

Veremos um outdoor. Como é produzido. Como produzir um obler, acabamentos especiais, como indicar para a gráfica. Veremos tipos de papel, porque seus trabalhos irão exigir saber como o papel se comporta, como explorar melhor. Veremos tipos de impressão, como funciona, as mídias que devemos utilizar. E iremos finalizar com os erros mais comuns. Como evitar algumas práticas, para que sua arte não saia com defeito.

Espero que vocês gostem da nossa proposta e quero ver vocês no curso.

Introdução, Tipos de papel e modos de impressão - Papel - escolha para o folder

Vamos começar falando sobre tipos de papel. Embora seja um assunto simples, é muito importante, porque boa parte dos seus trabalhos vão ser impressos em papel. Claro que tem a parte digital, mas ainda boa parte do mercado pede materiais desse tipo.

Vamos fazer a simulação de impressão do nosso folder, que foi feito no meu curso de criação gráfica. Se vocês não conhecem, recomendo dar uma olhada. Quando produzimos um folder, temos que levar em conta os materiais sobre os quais podemos produzir. Existem vários tipos de papel. Papeis brancos, com mais peso, mais transparentes, coloridos, com acabamento metalizado, etc. Eu vou focar em cinco mais principais. Depois, digo minha escolha e o motivo dela.

Primeiro, o mais comum, o offset. É o papel simples, comum, que você tem na impressora. É como o sulfite. A diferença é que ele absorve mais água, por isso a impressão parece lavada. Tem baixo custo de produção, pode ser muito fino. Você encontra em livros, folhetos, receituários.

Depois temos o papel couchê. É mais sofisticado. Tem um acabamento mais legal e costuma ser utilizado em cartões de visita, folders, flyers. Ele é mais pesado e tem uma ótima qualidade de impressão. Vem em dois tipos. Um com laminação brilhosa e outra fosca. Significa que o brilhoso vai refletir a luz. Você tem que ter noção de que é muito mais difícil de escrever nele.

O próximo é o duplex. É um papel muito utilizado em caixas, sacolas, embalagens. Ele tem uma face branca e outra não, que expõe a matéria-prima do papel. É muito resistente, e você tem que tomar cuidado, porque não é interessante ter dobras nele. Corre risco do papel quebrar.

Depois, temos o papel supremo. Ele tem uma textura extremamente lisa e é muito resistente, como o papel duplex, mas é branco nas duas faces. É muito utilizado em calendários, cartões de visita, marcadores.

Por último, o reciclato. É mais ecologicamente correto. Não é um papel reciclado, porque o reciclado é feito de vários substratos diferentes. O papel reciclato é um papel offset reciclado. Tem uma variável de gramatura boa e é usado em folders, flyers, cartões de visita, mas tem uma cor própria.

Para o nosso folder, vamos usar o couchê. Ele dá um acabamento muito bom, uma qualidade de impressão boa, uma gramatura que atende bem. Você consegue dobrar sem ferir a arte, e pega muito bem a tinta. Eu recomendo até 170g. 90g é muito fino. Você pode acabar estragando.

Espero que vocês tenham aproveitado, aprendido sobre papeis. Vou deixar um texto falando sobre outros tipos, aplicações que você pode dar, e nos vemos no próximo vídeo.

Introdução, Tipos de papel e modos de impressão - Tipos de impressão

Agora que já passamos pelos tipos de papel mais comuns que você vai encontrar no seu dia a dia, vamos ver os tipos de impressão mais comuns. Eu trouxe três técnicas diferentes que vão atender a maior parte das suas demandas.

A primeira é a offset. É muito comum em impressões em larga escala, como jornais, revistas e apostilas. A técnica tem esse nome porque é indireta. Na tradução, seria fora do lugar. A tinta não faz contato direto com o papel. Ela vai passar por outros materiais antes de ir para a mídia. É um processo em policromia, utiliza as quatro cores ciano, magenta, amarelo e preto, no qual teremos uma tela de metal por cor. Por exemplo, se você tem um arquivo de vinte páginas, cada página vai ser uma chapa de metal. Por isso o custo é muito alto.

Eu fiz um esquema bem simplificado para vocês terem noção como funciona. Essa chapa é gravada em um processo chamado CTP, no qual a gravação vai ser feita para ser colocada a tinta. Quando a chapa é presa no cilindro, ela é embebida de água e tinta. A tinta vai pegar onde houve a marcação eletrônica e a água vai tirar sobras de tinta e eventuais sujeiras. O cilindro vai girar e travar uma superfície emborrachada chamada blanqueta. Por sua vez, vai girar e imprimir sobre o substrato.

Ao ocorrer essa passagem de tinta do cilindro para a blanqueta, você tem uma absorção por ser um material emborrachado de possíveis excessos de tinta. Se uma cor ficar muito forte, a blanqueta vai remover e passar para o papel com uma fidelidade cromática muito melhor. Por isso tende a ter qualidade maior, porém mais caro.

Temos como vantagem o baixo custo em grandes tiragens, porque o custo unitário é fixo, mas conforme você aumenta a quantidade você diminui o custo. Você tem a capacidade de imprimir milhares por hora, porque a gráfica roda sozinha. A gráfica da Globo, por exemplo, consegue imprimir 200 mil jornais completos em 5 horas. E pelo diferencial temos um maior controle de qualidade e fidelidade de reprodução.

Agora vamos ver a impressão digital, que é mais comum no dia a dia, porque ela não utiliza um material tão complexo. É muito comum em folders de baixa tiragem, cartazes, banners. Também trouxe um esquema simplificado mostrando que a impressora digital é diferente do offset por ter menos equipamento e pelo contato direto da tinta com o papel. O processo é bem similar com o que você tem na sua casa.

A vantagem é que você tem tempo de produção menor, porque você não precisa fazer todo o acerto da máquina. O custo é menor. O uso de dados é variável. Na impressora offset você teria que fazer uma chapa para cada modificação, e aqui não. Você só muda, como se fosse uma unidade.

O último processo se chama serigrafia. Também conhecida como silk screen, porque é um processo muito mais antigo, mais artesanal. Era feito originalmente em seda. É comum em camisetas, porque a técnica permite esse material. Também em trabalhos de arte.

A impressão em silk screen é feita com um fotolito, no qual a área onde vai entrar tinta vai ser marcada em preto. Esse fotolito vai ser exposto à luz. Onde não estiver preto, vai passar luz. Por isso a tela vai ficar impermeável. Quando isso acontecer, não temos a passagem de tinta.

Ela tem a vantagem de conseguir fazer uma única cor. Você não precisa misturar as quatro. Você consegue utilizar variados substratos. O processo é mais acessível. Por isso muitos artistas imprimem dessa maneira. Se você tem uma mesa de impressão, você coloca a tela e imprime. Por meio dessa técnica, você consegue explorar densidade, quantidade de tinta, textura, saturação.

Saiba qual escolher, qual técnica vai funcionar para o seu material. Muitas vezes a gráfica não vai nem dizer como ela vai fazer. Mas se você procurar uma gráfica de larga escala não faz sentido para poucas unidades. Faça contato, procure se informar, porque agora você tem uma bagagem melhor para saber como funciona.

Sobre o curso Design Gráfico: conhecimentos de impressão

O curso Design Gráfico: conhecimentos de impressão possui 81 minutos de vídeos, em um total de 31 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de Design Gráfico em UX & Design, ou leia nossos artigos de UX & Design.

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