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Alura > Cursos de Inovação & Gestão > Cursos de Softskills e Carreira > Conteúdos de Softskills e Carreira > Primeiras aulas do curso Estresse parte 1: buscando qualidade de vida

Estresse parte 1: buscando qualidade de vida

Estresse cotidiano - Introdução

Olá, tudo bem? Eu sou a Priscila Stuani e vou ser a sua instrutora nesse curso sobre estresse. O que você vai aprender conosco? Lembrando que tudo que nós vamos ver é sempre com a ideia, com a intenção, de agir de forma preventiva. Você vai aprender a como lidar com o estresse, a gerenciar a sua energia, quais são os tipos de estresse, será que estresse é estresse? Nós vamos descobrir isso.

Porque é importante cuidar das suas emoções e como não ser refém do estresse e a partir disso nós começamos a descobrir como podemos diminuir toda essa carga que vamos acumulando durante o dia a dia. Ao final do curso nós esperamos que você tenha uma visão geral sobre o que é o estresse, o que ocasiona e como você pode lidar com ele.

Você também vai aprender a identificar quais são os seus pensamentos negativos automáticos, vai controlar melhor o foco da sua energia, praticar os conselhos contra o estresse e ter uma vida mais plena. É o que nós esperamos que você conquiste a partir desse curso. Então se você ficou interessado, se você acha que vai ser importante descobrir novas maneiras de como administrar melhor as situações que acontecem no seu dia a dia que podem ser estressantes, continue comigo no próximo vídeo.

Estresse cotidiano - Conselhos para lidar com o estresse

A personagem do curso se chama Fabiana e ela está bem estressada. A Fabiana começou a trabalhar na Apeperia como analista programadora e agora lidera um time que cria vários aplicativos tanto para a área financeira quanto a área da saúde e o varejo.

Basicamente a rotina da Fabiana é chegar no trabalho, ler vários contratos, propostas, fazer ajustes, correções e isso faz com que ela comece a sentir um estresse muito grande, porque além desse trabalho de leitura, de negócios, de conseguir vender projetos, ela precisa dar atenção para o time dela que tem que corrigir uma série de bugs, desenvolver novas funcionalidades para os clientes e assim por diante.

Todo esse ambiente tem contribuído para que o rendimento da Fabiana comece a diminuir. É muita coisa para ela fazer em pouco tempo. Essa rotina pareceu semelhante com a de alguma pessoa que você conhece? A ideia desse curso é vermos vários cenários e começar a perceber aquilo que faz sentido para nós e como podemos lidar melhor com isso.

As consequências do trabalho estressante são várias, como, por exemplo: a Fabiana faz tudo com muita pressa. E o que acontece quando a pressa faz parte do processo? Ela deixa passar informações erradas, ela parece que não presta muita atenção nas coisas que está fazendo e isso começa a gerar uma série de resultados que não são tão bons como ela gostaria.

O ambiente estressante no trabalho também pode gerar uma dificuldade de relacionamento entre ela e os colegas, ela e o seu chefe e como ela faz para administrar tudo isso? Na maioria das vezes ela passa mais tempo com os seus colegas de trabalho do que com a sua própria família. Então o que ela pode fazer para diminuir esse tipo de situação? Uma das consequências também que esse estresse acaba gerando nela é o desinteresse em falar com os clientes.

Mas espera. Falar com os clientes faz parte das atribuições que ela tem como líder, como aquela pessoa da empresa que trabalha diretamente na negociação com os clientes. Toda vez que toca o telefone ou toda vez que recebe um e-mail, ela já fica bem desanimada. Ela começa a pensar: "puxa, será que alguém vai reclamar, será que é um problema, será que nós não fechamos o contrato?" Então ela está sentindo bem sobrecarregada.

E falta de pessoal na empresa também contribui para que esse cenário comece a ficar cada vez mais complicado. Imagine que quando ela começou a liderar o time a equipe era de 10 pessoas. Aí tiveram duas saídas, ficaram sete. Hoje o time que ela lidera tem cinco desenvolvedores. Então você imagina a demanda de trabalho, a carga muito forte que ela tem. Quando dez pessoas não davam conta, imagine agora cinco fazendo cada vez mais coisas.

Então tudo isso nós percebemos que contribui para gerar um certo estresse no dia a dia dela. Talvez isso aconteça também por algumas variáveis, como, por exemplo, o fato de ela não saber dizer não. Se o chefe dela pede alguma coisa, ela não diz não por que tem medo de ser demitida. O mercado de trabalho está supercomplicado, as empresas cada vez mais exigentes, então ela acaba dizendo sim para tudo porque fica ou com medo de ser demitida ou com medo de conquistar algumas inimizades no trabalho, mas tudo isso vai contribuindo para que ela comece a ter mais estresse.

Um dos objetivos desse curso é fazer com que nós paremos para refletir sobre o que nós estamos fazendo e o que pode ser melhorado para diminuirmos essa carga de estresse, porque senão a Fabiana vai se render a tudo isso e quando ela menos esperar pode acontecer alguma coisa que não seja o esperado.

Ela pode começar a cometer erros atrás de erros em função do cansaço, em função de várias coisas e a posição dela dentro da empresa pode ficar um tanto prejudicada. Nós sabemos que o estresse é algo comum a todos. Tudo que eu falei da Fabiana de alguma maneira pode acontecer com você ou pode acontecer com alguma pessoa que você conhece.

Então chegou o momento de começarmos a aprender a lidar melhor com ele, porque se eu falasse para você: "olha, faça esse curso e não se estresse mais", seria uma grande lorota. Então o ideal é nós termos essa consciência de que ele existe e sobre aquilo que podemos fazer para administrá-lo melhor.

Agora imagine essa situação: a Fabiana tem um cliente que corresponde a 60% do faturamento da empresa, só que esse cliente está insatisfeito porque as aplicações deles têm vários bugs e isso acaba gerando uma situação bem desconfortável entre ela e os colegas, porque parece que a cada 10 bugs corrigidos surgem 20 e o trabalho nunca acaba.

Então ficou uma questão bem delicada e afinal de contas nós estamos falando de um importante cliente. Todos os clientes são importantes porque todos têm faturamento, mas quando nós falamos de um cliente que fatura 60% do total que a Apeperia tem por mês é um valor bem importante, então chegou o momento dela começar a investigar melhor porque está com tanto erro, o que pode ser melhorado para fazer com que isso diminua.

Quando nós falamos de bugs não tem outra coisa a ser feita a não ser corrigi-los. Mas e quanto ao estresse? Imagine: a Fabiana fica no meio de tudo, dos programadores, entre o cliente e a empresa e como ela vai administrar tudo isso, porque esse estresse acaba deixando-a bem desanimada.

Puxa, parece que quanto mais ela se dedica mais as coisas dão errado e mais frustrada ela fica. Então nós percebemos que é uma bola de neve. Se nós não tomarmos cuidado pode ser que essa bola de neve arraste a Fabiana e é justamente isso que nós queremos evitar.

Então para ela começar a lidar melhor com esse tipo de situação, já que sabemos que o estresse faz parte de qualquer rotina... Se ela fosse para a área médica ia ter estresse, se ela fosse para a área jurídica ia ter estresse, enfim. Nós sabemos que isso acontece com vários profissionais. Mas o ponto é: não seja tão dura consigo mesma, Fabiana. Humilhar-se pelos fracassos não é a solução.

Então o ideal é fazer com que ela entenda que todos cometem erros. Não é fazer com que ela seja relaxada. "Deu errado, tudo bem, amanhã dá certo." Não, é: "hoje não deu certo, então o que eu posso fazer para, na próxima vez, as coisas serem melhores?" Nós precisamos lembrar daquele sentimento de indulgência, porque ele é tão positivo. Quando nós começamos a desenvolvê-lo, nós podemos nos tornar pessoas mais felizes, mas otimistas, mais bem-sucedidas e, consequentemente, menos ansiosas.

A ansiedade muitas vezes é uma das coisas que nos corroem, porque nós já queremos fazer tudo, porque pensamos que tudo vai acontecer ao mesmo tempo, ou que tudo vai acontecer de uma forma muito imediata e perdemos o controle sobre isso e quando vemos não estamos pensando na solução, estamos focando nossa energia no problema e é isso também que pode contribuir para o acúmulo do estresse.

Outra questão muito importante que a Fabiana precisa ter atenção é sobre ter uma visão do todo. Ou seja, isso é importante por quê? Atender bem o cliente, fazer com que ele tenha menos bugs é importante porque vai melhorar o faturamento da empresa, vai melhorar a imagem que a empresa tem perante o cliente, vão vir novos projetos, consequentemente faremos novas contratações e também vamos poder dar mais oportunidade de trabalho para as pessoas, fortalecer o mercado e assim por diante.

Porque se ela começa a pensar: "isso é só um bug, isso é só um bug." Não, ela tem que pensar no todo. Qual o impacto que tudo isso traz para a empresa, traz para ela como profissional, como pessoa? Depois ela precisa pensar na questão do foco nas pequenas ações. Imagine que hoje ela é uma líder de projeto, mas no futuro próximo ela quer desenvolver o cargo de engenheira de software.

Então se ela começar a pensar: "puxa, eu quero ser uma engenheira" e ficar só no campo das ideias, qual a chance de isso acontecer? Muito poucas, para não dizer nulas. Então o ideal é que ela comece a ter mais consciência. "Hoje eu lidero um time de 10 pessoas. Nós desenvolvemos tais aplicações."

Quando for assumir um cargo nessa área em que ela tem interesse ou até mesmo estudar para se preparar para isso, ela tem que aproveitar todas as experiências, que foram pequenas, se comparadas ao objetivo maior que ela tem, para absorver cada vez mais aprendizados e ensinamentos disso.

Então em vez de ficar frustrada porque ela queria trabalhar com uma coisa, mas hoje ela exerce outra função, que ela aproveite tudo isso. "Hoje eu estou nesse papel. No futuro próximo eu quero estar naquele outro." Então vamos aproveitar melhor tudo que nós fazemos porque são as pequenas ações que fazem com que alcancemos grandes resultados.

E isso vai fazer com que ela adquira uma nova perspectiva. Em vez de pensar que aquilo ela está fazendo só por fazer ou só porque é a empresa que paga o salário dela, não. Ela vai aproveitar isso como oportunidade para juntar vários conhecimentos, várias experiências para se preparar cada vez melhor para o objetivo que ela espera alcançar.

Pensar no porquê agimos de determinada maneira também é muito importante. Isso vai fazer com que tenhamos menos impulsividade. Quantas vezes nós falamos alguma coisa e depois nos arrependemos porque poderia ter sido dito de outra maneira? Poderíamos ter feito uma outra colocação e não aquela que às vezes nos metemos os pés pelas mãos. Nós termos essa consciência diminui a impulsividade, faz com que também cometamos menos erros.

Olha que interessante. Quantas vezes nós nos arrependemos porque na impulsividade fazemos as coisas que achamos que é certo, achamos que é o legal, mas quando vemos deu coisa errada. E consequentemente nós conseguimos planejar melhor as nossas ações. Tudo isso é um processo. Não é porque a Fabiana está fazendo esse curso e entendendo tudo isso que eu estou compartilhando que ela já vai chegar e apertar um botão na cabeça dela e falar: "pronto, agora eu já sei que é tudo isso."

O ideal é fazer com que ela tome consciência desses passos, desses conselhos, e a partir do momento que as situações que exijam mais autocontrole ela pense: "é verdade, preciso ter consciência das coisas." E ela começa a ter menos situações delicadas, em que depois ela precisa reavaliar tantas coisas que poderiam ter sido feitas de outra maneira.

E a consequência de tudo isso é fazer com que nós consigamos nos sentir mais seguros sobre quem somos. Quem é você? Já parou para pensar sobre isso? Essas perguntas que eu vou fazer a seguir geralmente são mais introspectivas. Nem sempre nós conversamos no café da manhã com a nossa família ou com os nossos colegas de trabalho sobre isso, mas aproveite esse instante e pense sobre quem é você. O que você quer fazer? Como você quer ser visto? O que você quer fazer para ser uma pessoa mais feliz e consequentemente menos estressada?

E depois nós acabamos sofrendo menos influências externas, porque se nós não temos consciência disso tudo... A Fabiana, por exemplo, em vez de ela ter aquele sentimento de indulgência, ela vai deixar se levar por aquele colega pessimista no trabalho. "Está vendo que você fez? Não foi legal. Você tinha que ter prestado mais atenção" Ela sabe que não foi legal e que deveria ter prestado mais atenção.

Mas a partir do momento em que ela tem consciência de que aquele erro foi o resultado de uma má experiência, mas que ela pode melhorar nas próximas, legal. Porque senão ela fica naquele loop de pessimismo, achando que tudo que ela vai fazer vai dar errado e qual é a consequência? Tudo começa a dar errado.

Então muitas vezes nós precisamos parar para pensar nessas questões, porque se nós estamos naquele ritmo frenético, no piloto automático, fazendo as coisas ou porque eu tenho que fazer ou porque o meu chefe mandou ou porque se eu sair dessa empresa eu não vou ter outro trabalho, precisamos dar uma pausa e começar a refletir para identificar qual é a fonte do seu estresse.

Se a Fabiana não tiver claro sobre quem ela é, sobre o que ela quer, se ela viver em função dessa influência externa, talvez ela tenha um alto nível de estresse. E ela precisa dar um passo atrás e observar a situação com um olhar mais independente, não tomar partido e buscar fazer sempre o que for melhor para ela.

Estresse cotidiano - Exercicio para conhecer a fonte do estresse

Vamos fazer um exercício? A Fabiana vai enumerar as principais causas do estresse no trabalho dela. Ela ficou alguns instantes pensando e surgiram algumas respostas. A primeira é: enorme demanda de trabalho gera muito estresse nela. Burocracia. Então você imagina que ela precisa fazer apresentações técnicas para o cliente, depois elaborar a proposta, alinhar os detalhes com o jurídico, mandar a proposta para aprovação do cliente. E depois que fechou o projeto ela vai na empresa, faz o levantamento de requisitos e volta para a empresa.

Passa as informações para o seu time, delega quem vai cuidar do quê, acompanha o desenvolvimento, faz os testes, implementa, entrega para o cliente, faz ajustes, correções, enfim, é uma rotina muito complicada essa burocracia. Antigamente ela só desenvolvia. Hoje ela cuida do todo, do começo ao fim do processo. Então isso vai fazendo com que ela tenha muito estresse porque é muita coisa que ela precisa prestar atenção.

O chefe dela também é uma pessoa bem controladora. Quer saber a hora que ela chega, quer saber quantos e-mails ela respondeu, quer saber quantas ligações ela fez e isso acaba consumindo muita energia dela. E a tomada de decisão é uma coisa bem complicada, porque ela tem que sempre analisar muitos cenários, ver várias perspectivas e isso acaba sugando-a.

Dessa lista toda que ela fez, a que mais consome energia dela, a que mais gera estresse é a tomada de decisão. Quando você fizer este exercício, e você vai ter oportunidade nas atividades, faça uma lista. Pense no mínimo em cinco coisas. "Mas só tem três." Tudo bem, só tem três. Mas tenta atingir esse objetivo de cinco, porque depois você vai analisá-las. Dessas, qual é que mais gera estresse? E você começa a observá-la melhor. O que você pode fazer, como você pode lidar com ela.

No caso da Fabiana, foi a tomada de decisão, porque se pararmos para pensar, fazer escolhas gera uma tensão mental em nós. A Fabiana tem sempre que observar, analisar, confrontar, comparar e isso requer esforço mental. Nós temos que parar para pensar. E para lidar melhor com tudo isso tem uma sugestão: crie rotinas que permitam reduzir o número de decisões que nós precisamos tomar.

Olha só que interessante: lembra-se do Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos? Ele deve ter um dos cargos mais estressantes no mundo. Aliás, ser presidente de um país não deve ser muito fácil. Mas se você procurar por aparições, entrevistas que ele deu, provavelmente ele vai estar vestindo ternos cinzas ou azuis. Azul escuro. Ele diz que é necessário saber concentrar a energia que se usa na tomada de decisão. Você tem que criar uma rotina que funcione para você. Você não pode passar o dia distraído por banalidades.

Talvez a Fabiana olhe para mim e diga: mas eu não sou presidente de nenhum país e nem pretendo ser. Mas a ideia é nós tomarmos o Barack como uma referência porque se uma das pessoas mais influentes que eu vi no mundo tem essas rotinas para ajudá-lo a economizar energia para as coisas que são importantes, porque nós não podemos começar a testar? Você tem que criar uma rotina que funcione para você. No caso dele essa foi a que funcionou.

A partir do momento que nós começamos a criar essas rotinas, por mais simples que sejam, começamos a criar novos hábitos e, consequentemente, podemos expressar, imprimir tudo isso no nosso trabalho. Então se a Fabiana já tem dificuldade porque quando ela acorda não sabe se vai colocar calça jeans ou vestido, se vai usar brinco de argola ou pequeno ou se vai usar sapato alto ou sapato baixo e assim por diante, ela já começa a criar um novo hábito a partir daí. Vamos ver se funciona para ela.

Então antes de dormir já deixa a roupa separada para o dia seguinte, quando ela acordar. Vai tomar banho, coloca a roupa e vai trabalhar. Não fique perdendo mais aqueles cinco minutos, três minutos. Parece pouco, mas se contabilizarmos todos os minutos que ela usa no dia para fazer essas escolhas, pode dar um número bem interessante. Então a ideia é fazer com que ela crie essa rotina, se adapte, tem que fazer sentido para ela, e comece a investir a energia dela naquilo que realmente importa e não dessas banalidades.

Tudo bem, é importante, ela vai visitar clientes, então ela tem aquela preocupação sobre o que usar, como se comportar e tal. Mas, no geral, o importante é ela buscar essas rotinas para ajudar nesse processo. A Fabiana tem algumas rotinas diárias, como, por exemplo, responder os e-mails dos clientes, dos prospects, das prospecções que ela faz, e fazer os retornos telefônicos.

Se a Fabiana parar para checar os e-mails e fazer ligações a cada 5 minutos, como vai ser o dia dela? Ela vai conseguir ler contrato, vai conseguir fazer proposta, vai conseguir fazer reunião com a equipe para ver onde cada um está, se eles precisam de ajuda e dar aquele apoio, suporte, que o time requer? Provavelmente não vai ter tempo. Então o ideal é fazer com que ela estipule um determinado horário para fazer essas ligações. Pode ser, por exemplo, um teste: ela deixar para fazer essas tarefas diárias às 11 horas, porque ela entende que às 11 horas é um horário legal.

As pessoas não saíram ainda para almoçar, já voltaram de reunião, então é um intervalo que ela tem entre o almoço. E ela pode também fazer assim: "eu vou ligar e fazer essas tarefas sempre às 11 horas e às 4.” Legal. E ela começa a implementar, vê se faz sentido para ela, porque se ela vive em função de e-mail e de telefone, as outras coisas vão ficar paradas e o estresse dela como vai ficar? Altíssimo. Então é isso que nós queremos controlar.

Depois ela precisa também pensar em algumas rotinas das tarefas ao fim do expediente. Ou seja, ela pode checar a lista dela de tarefas do dia, pensar, levantar o que ela precisa fazer no dia seguinte, dar uma checada, verificar se tem alguma emergência que precisa de um apoio dela e começar a trabalhar com mais rotina. Em vez de querer ajudar todo mundo ao mesmo tempo, ela determina um horário específico para isso.

Lógico que podem acontecer exceções. Aconteceu um cataclisma com um cliente que precisa ser resolvido naquele momento. Ela não pode falar assim: "não é 11 horas, eu não vou ligar para o cliente." Não, ela precisa também ter esse jogo de cintura, mas a ideia é fazer com que ela comece a incorporar novos hábitos para criar essas rotinas e acompanhar. Se ao longo do mês, do primeiro mês, do segundo mês, as coisas começaram a ficar mais fáceis para ela, é um indício de que as coisas vão por um bom caminho.

E ela tem que ter paciência. Pode ser que ela não se adapte a uma rotina na primeira semana, em 3 dias. Então a ansiedade também precisa ficar controlada. Ela precisa ter paciência porque a ideia é fazer com que ela comece a buscar alternativas para lidar com esse estresse. Mas se ela não tiver paciência de testar, de fazer ajustes, vai ficar difícil. Então lembre, Fabiana: comece a prestar mais atenção nas coisas que você pode fazer para melhorar o seu dia a dia e comece a praticar sempre com paciência para fazer com que as coisas tenham mais chances de dar certo.

Sobre o curso Estresse parte 1: buscando qualidade de vida

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