Boas-vindas ao curso de FinOps. Antes de começarmos, permita-me apresentar. Sou Claudia Seffrin, a instrutora deste curso.
Audiodescrição: Claudia é uma mulher branca, com cabelos castanhos claros na altura do ombro, olhos verdes e está usando uma camiseta azul. Ela está no estúdio da Alura, que tem iluminação gradiente entre rosa e roxo e uma prateleira com livros e itens decorativos à direita.
Este curso foi dedicado para quem deseja aprender mais sobre FinOps, essa prática cultural e framework que está em alta no mercado e que vem para nos apoiar, direcionando os principais desafios de nossas organizações, principalmente na gestão do uso de cloud.
Para isso, vamos aprender em detalhes como o framework como um todo funciona.
Vamos aprender:
Vamos explorar tudo isso através de um projeto, de um desafio que preparamos especificamente para este curso.
Neste projeto, você tem a missão de conseguir desvendar o uso de cloud, se está otimizado ou não, se está sendo eficiente, de uma empresa que está em um processo de migração dos seus recursos do modelo on-premise (no local) para cloud.
Com isso, temos vários desafios a serem superados e que serão desvendados ao longo deste curso.
Aproveite todos os recursos da plataforma Alura. Temos diversos vídeos, fóruns de apoio e também a comunidade do Discord.
Boas-vindas e tenha um ótimo curso!
Boas-vindas ao nosso curso de FinOps. Esta é a nossa primeira aula oficial, onde vamos entender qual é o nosso desafio e, principalmente, como você vai conseguir aprender cada vez mais sobre FinOps e também abordar vários tópicos que vão te apoiar na sua jornada, tanto profissional quanto no aprendizado sobre essa prática que tem crescido cada vez mais no mercado.
O que está acontecendo com as empresas atualmente?
Há um movimento muito grande de atualização de tecnologia das empresas no mercado. Esse processo todo de transformação de tecnologia vem principalmente para responder três dos grandes desafios que as empresas têm enfrentado e vamos falar um pouco sobre eles, pois é muito importante que você entenda por que está aqui e por que é importante principalmente entender como fazemos com essa nova gestão agora dentro de cloud.
Um dos grandes pontos da computação em cloud é que ela possibilita que as empresas tenham mais velocidade.
Quando falamos de tecnologia, velocidade é muito importante. Pense em quanto as empresas precisam cada vez mais que os seus sites e aplicações estejam acessíveis, efetivos e rápidos.
Elas precisam ter cada vez mais velocidade nessas entregas para os consumidores finais. E é por isso que precisamos cada vez mais de velocidade.
Quando temos o nosso processo de data center on-premise (infraestrutura própria), a velocidade pode ficar um pouco mais comprometida, principalmente porque é você que precisa fazer muita coisa. A partir do momento que temos um processo de operar tecnologia em cloud, temos mais velocidade porque conseguimos fazer as coisas de uma forma muito mais rápida.
Esse é um dos grandes motivos de por que as empresas estão trabalhando cada vez mais com cloud.
O segundo ponto é a escalabilidade. Cada vez mais as empresas precisam de escala nas suas operações. Quantas empresas vemos hoje em dia que estão fazendo promoções e aí vemos picos no site e os consumidores entram tentando comprar alguma coisa e não conseguem... Tudo isso é a infraestrutura que precisa cuidar, que precisa estar escalável para que não tenhamos problemas na hora da compra.
Esse é um dos grandes pontos que as empresas têm enfrentado cada vez mais com o avanço da tecnologia, com mais pessoas acessando aplicativos, acessando sites e é por isso que a escala é super importante e é um dos grandes pontos que cloud vem para poder apoiar as empresas.
E um terceiro ponto para fechar é a questão de segurança.
Anteriormente no modelo on-premise, tínhamos uma questão de segurança muito mais interna, onde a empresa precisava se preocupar com cada uma das coisas com ter profissional dedicado para isso e ela acabava deixando um pouco de lado algumas questões até mais estratégicas de operar sua tecnologia.
Hoje em dia, com o avanço e com os serviços que cloud proporciona, a parte de segurança vem junto com esses serviços todos. Então, ter uma garantia de segurança do seu processo de operar a tecnologia por um provedor terceiro é muito importante e isso acaba liberando o tempo das empresas para que elas possam se preocupar com outras coisas mais estratégicas e mais efetivas.
Dado todo esse contexto, qual é o desafio aqui do nosso curso?
Estamos exatamente neste ponto de uma empresa que está migrando do seu data center proprietário, da sua tecnologia, da sua operação on-premise para a cloud.
Dentro desse contexto, ela precisa entender como vai fazer para gerir esses custos, a gestão da governança disso tudo, que é muito diferente do modelo que ela estava acostumada anteriormente.
Como fazemos isso na prática?
Então, o desafio principal é esse e temos quatro microdesafios que vamos percorrer ao longo do curso para que possamos abordar essa grande dor dessa empresa que está migrando para a cloud.
Primeiro: os custos de cloud estão subindo. Então, sim, essa empresa está fazendo um processo de migração para a cloud, os custos dela vão subir e ela precisa entender o que está acontecendo, como é esse processo de subir os custos, qual é essa frequência, o que está acontecendo e, principalmente, conseguir abordar tudo isso.
O segundo grande desafio que temos aqui nesse curso é de conseguir entender quem está gastando. Então, qual é a área, qual é o time, qual é a squad, qual é o produto, quem são esses consumidores de cloud e quais são as coisas que eles estão utilizando.
O terceiro ponto do desafio é quais são os maiores ofensores desses serviços, quem, não só quem está utilizando, mas está utilizando o quê e qual é o montante de valor que está sendo utilizado e consumido. Então, além de saber quem está gastando, é importante saber o que eles estão gastando.
O quarto e último ponto é, precisamos conseguir abordar um dos grandes desafios que é, será que essa conta vai parar de subir e será que ela vai cair em algum determinado momento?
Esses são desafios muito constantes, não só aqui para o nosso curso, mas, principalmente, para o mercado, que é o que quero te mostrar com o gráfico a seguir:
Essa é uma pesquisa que foi feita no ano de 2024 e ela foi respondida por empresas de vários tamanhos, sejam elas startups, pequenas e médias empresas, até a multinacionais.
Adivinhem qual é o principal desafio que as empresas que têm cloud hoje estão enfrentando. Primeira linha aqui do gráfico: gestão do custo de cloud.
Ou seja, é o que está acontecendo no mercado e a necessidade de mercado que temos observado cada vez mais.
Tantos desafios, uma empresa migrando, como fazemos para dar essa visibilidade, para entender o que está acontecendo?
Temos um framework para nos apoiar:
Frameword FinOps
É uma prática cultural que tem como objetivo maximizar o valor da nuvem.
Não é só um framework, mas sim uma prática cultural que vem para apoiar a maximizar o valor da nuvem. Vamos falar muito sobre maximização do valor da nuvem e é muito importante que você saiba que FinOps é esse grande framework que vem para te apoiar nesse desafio.
E como fazemos a gestão desses custos? Aqui, você, como uma pessoa estudante desse curso, tem um objetivo como analista de FinOps de conseguir vencer aqui quatro etapas e que elas juntas vão conseguir abordar os nossos desafios:
Objetivos da pessoa analista de FinOps
Ajudar a empresa a entender:
- Quais e como são os custos?
- Como garantimos que os recursos estão otimizados?
- Quem são as pessoas que precisam estar cientes e apoiar na responsabilização?
- Como a prática pode evoluir dentro da empresa?
A prática de FinOps tem estratégia. Precisamos entender os princípios, as personas envolvidas, as capacidades requeridas e as formas de atuação dentro da metodologia.
Esse é o nosso grande desafio e vamos construir tudo isso ao longo desse curso!
Vamos aprender um pouco sobre as principais diferenças entre on-premise e cloud.
É importante que você saiba disso porque a forma como fazemos toda a gestão de custos muda bastante quando temos uma infraestrutura própria, como data centers, em comparação quando estamos trabalhando apenas com serviços em nuvem.
Isso não quer dizer que a gestão não ocorra em determinados modelos. Nos dois modelos de operação de tecnologia, a gestão financeira é parte integrante e ocorre, porém, de maneira bem diferente.
Geralmente, as empresas que estavam acostumadas ou que vêm de um processo interno de ter data centers ou de ter uma infraestrutura própria, se deparam com um desafio muito frequente em cloud que é a visibilidade. No modelo on-premise, não temos tanta coisa sobre isso.
On Premise
- Modelo financeiro preditivo;
- Inventário classificado como ativo (Capex);
- Controle de segurança;
- Dificuldade para planejar e arquitetar para crescimento;
- Impossibilidade de troca de servidores com agilidade;
- Grande investimento financeiro para compra das máquinas.
Quando falamos do modelo on-premise, principalmente falamos de um modelo financeiro mais preditivo, ou seja, conseguimos prever melhor quais são os custos, como eles ocorrem, qual é a frequência, qual é a quantidade de tempo e qual é o dinheiro que vamos gastar. Quando estamos no modelo em nuvem, não é bem assim e veremos mais sobre isso adiante.
Ainda dentro do modelo on-premise, o que tínhamos de infraestrutura, comprávamos tudo isso em formas de equipamentos e numa classificação contábil que chamamos de CAPEX no sistema financeiro.
Isso significa que fazemos um investimento, compramos equipamentos físicos, fazemos a instalação desses equipamentos no nosso ambiente e esses equipamentos vão para nossa contabilidade num processo que depois vira uma depreciação, uma amortização a nível de resultado financeiro. Ou seja, fazemos um investimento de caixa, uma compra de equipamentos físicos que vira um ativo dentro da empresa e que é classificado na contabilidade como CAPEX.
Então, quando falamos do mundo on-premise, essa é a realidade, temos equipamentos físicos dentro do nosso ambiente.
O controle de segurança e às vezes algumas outras coisas como, por exemplo, manutenção, aluguel de espaço, implantação, cabeamento, outros tipos de serviço, ficam a cargo geralmente da própria empresa.
Então, você como pessoa desenvolvedora precisa se preocupar em como vai fazer toda essa questão da segurança, em quem vai dar manutenção, em monitoramento, em como vai fazer toda essa gestão operacional de ter um parque on-premise dentro de casa.
Além disso, temos uma dificuldade muito maior pensando em crescimento.
Se precisar fazer uma grande escala de aplicação ou enfrentar um grande desafio de vendas, de consumidores, etc, onde vai precisar de mais infraestrutura, não consegue fazer isso com uma velocidade muito rápida.
Por quê? Como temos um equipamento físico, precisamos nos programar para comprar mais equipamento caso precisemos. E isso não é tão rápido, não conseguimos fazer uma grande compra de equipamento assim de um dia para o outro. Estamos falando de servidores pesados, às vezes servidores que são importados, que vêm de outros lugares, às vezes servidores que não estão prontos no mercado. A empresa precisa mandar fazer isso com as capacidades técnicas que ela precisa.
Então, essa forma toda e essa quase impossibilidade de trocar os servidores rapidamente é um dos grandes pontos também do modelo on-premise.
Ela tem sim um grande desembolso financeiro para a empresa logo de cara. Pense que para poder comprar um equipamento, já precisa ter o dinheiro disponível, ou a empresa precisa fazer empréstimo, ou ter um grande caixa, porque estamos falando de fato aqui de milhões de reais para conseguir implantar um grande sistema de data center numa empresa. Então, a necessidade de capital é muito mais latente nesse universo on-premise.
Cloud
Quando vamos para o mundo cloud, temos uma situação bastante diferente, pois temos um modelo financeiro com menor previsibilidade. Esse é um dos grandes pontos-chave de porque é super importante o FinOps poder atuar.
Quando estamos falando do modelo cloud, não sabemos quanto vamos gastar. Por quê? No modelo on-premise já fizemos a compra, já fizemos a aquisição do equipamento do servidor, não precisamos mais nos preocupar em quanto de dinheiro vamos gastar. Já fizemos a compra e ele já está lá. No modelo cloud, como estamos falando de serviços, vamos consumindo, vamos gastando e aquilo vai sendo debitado, vai sendo faturado para nós uma vez ao mês, que é a forma como classificamos os nossos serviços.
Eles são despesas que entram na nossa contabilidade. Por serem despesas, não sabemos quanto vamos gastar no mês seguinte, vai depender de quanto utilizarmos. É por isso que a forma de governança é tão diferente da forma como tínhamos no mundo on-premise e que precisamos nos adaptar com relação a isso.
Um outro ponto que falamos bastante no modelo on-premise, a questão de segurança, então manutenção, todas as trocas, necessidade, monitoramento, fica a cargo do provedor de cloud. Você não precisa mais se preocupar com todo esse tipo de questão mais operacional e passa a ter um papel muito mais de gestão e como vai aprender a lidar com tudo isso.
Temos uma arquitetura de crescimento bem mais facilitada em cloud. Conseguimos escalar servidores, escalar a sua infraestrutura toda em questão de segundos. Isso facilita muito, principalmente, nesses principais desafios que as empresas têm enfrentado de tecnologia, que é a questão da velocidade.
Então temos um novo tipo de precificação, que de uma certa forma é mais justo, porque está alinhado com a tua quantidade de custo de consumo e agora temos um outro desafio que vem também junto com o universo de cloud, que é: quem provisiona a infraestrutura é de fato quem coloca a mão na massa, quem opera no dia a dia. E às vezes essa pessoa não sabe ou não entende todas as nuances ali da própria tecnologia.
Antigamente era o operador de infraestrutura que disponibilizava o ambiente, etc. Agora o desenvolvedor, o engenheiro de software, o arquiteto, tem o poder na mão para poder provisionar os recursos que precisa. Para isso precisa ter uma maior responsabilização também e conseguir entender a parte dos custos, porque afinal de contas vai pagar por tudo aquilo que provisionar, diferente do que era no modelo on-premise anteriormente.
Nossa estratégia será o framework de FinOps, que vem para ajudar, para clarear e para direcionar a gestão dos custos.
A FinOps Foundation, que é hoje a principal entidade e que tem esse framework, a entidade que disponibiliza o framework para nós, foi fundada em 2019 e hoje é o grande referencial de todo mundo que tem a prática de FinOps endereçada ou que está tentando endereçar a prática de FinOps dentro das suas empresas.
Ela tem toda uma metodologia de implantação que vamos desvendar aqui ao longo do nosso curso para endereçar o nosso desafio e ela vai auxiliar todos os profissionais do mercado hoje que estão procurando se capacitar melhor nessa disciplina.
Fin = Finanças
Ops = DevOps
Na etimologia do termo FinOps temos a junção de finanças e de DevOps no sentido de operação de tecnologia. Ele vem também da metodologia DevOps, é por isso que FinOps pode ser aplicado, independente do modelo, ou seja, cloud ou on-premise, você pode usar a metodologia FinOps para fazer a gestão.
Vai ter, claro, pontos diferentes entre um e outro, mas a prática e a origem vêm daí e é por isso que trazemos muito da metodologia DevOps aqui também, agora linkando com finanças para fazer toda essa nova prática acontecer.
Você pode escutar falar de FinOps de algumas outras formas, por exemplo:
Todos esses nomes ou ferramentas ou processos, na prática, fazem parte da mesma coisa. Falamos de "FinOps" porque é um nome mais alinhado de mercado agora e também por conta da metodologia de framework da FinOps Foundation, mas você pode conhecer o termo por alguns outros nomes como esses que estão aqui na tela.
No próximo vídeo, vamos começar a mapear quais são as dores que temos na nossa empresa para vencer os nossos desafios!
O curso FinOps: gerenciando custos de cloud possui 152 minutos de vídeos, em um total de 53 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de FinOps em DevOps, ou leia nossos artigos de DevOps.
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