Olá! Tudo bem? Eu sou a Priscila Stuani e te acompanharei nesta jornada em busca pelo desenvolvimento de habilidades e competências em relação ao foco.
Audiodescrição: Priscila é uma mulher branca, de cabelos lisos e loiros, e olhos azuis. Ela usa óculos de armação retangular preta, um cordão dourado no pescoço, e veste uma blusa preta lisa. Sua imagem está exibida no canto inferior direito, à frente dos slides exibidos ao fundo.
Antes de detalhar o conteúdo que será abordado, queremos fazer um convite: se você ainda não fez o curso Hábitos: da produtividade às metas pessoais, recomendamos fortemente que o faça antes de começar, pois, assim, terá mais familiaridade com os termos apresentados neste curso.
Neste curso, vamos entender: quais são os principais vilões do foco; qual a relação existente entre o foco e a disciplina; por que nos distraímos; também faremos exercícios práticos para estimular nosso foco; e definiremos objetivos que façam sentido.
Sabe aquela lista de tarefas que escrevemos muitas vezes, mas não conseguimos tornar realidade? Vamos aprender várias maneiras de lidar melhor com elas.
Esperamos que, ao final deste curso, você seja capaz de se organizar melhor, de criar estratégias para manter o seu foco, de promover o seu autoconhecimento constantemente, ter menos distrações, e também ter mais força de vontade.
Afinal, são várias as coisas por trás do foco. A partir do momento que adquirimos consciência sobre tudo isso, simplificamos a nossa forma de lidar com o que acontece no dia a dia.
Esperamos que você se anime e queira estimular o seu foco, para observar coisas maravilhosas acontecerem, tanto na sua vida pessoal quanto profissional.
Se despertamos seu interesse, nos encontramos no próximo vídeo!
Conheça Marcela. Ela será uma das nossas colegas neste curso sobre foco. Vamos entender melhor o cenário dela?
Recentemente, Marcela se casou e precisou mudar de cidade, então saiu do interior e foi para São Paulo. Ela também precisou se acostumar com a sua rotina profissional, pois entrou em uma nova empresa.
Além disso, ela teve que aprender a lidar com a saudade, pois convivia com a família que agora está longe. Marcela também precisou entender o que deve fazer para lidar melhor com os colegas no novo trabalho e como pode criar novas rotinas.
Perceba que nem sempre lidar com mudanças é fácil, e Marcela concorda. Ela sente que precisa fazer muitas coisas e está difícil gerenciar tudo isso.
Pensando nisso, Marcela lembrou que seus familiares, colegas e amigos sempre falaram do poder das listas. Afinal, podemos anotar as coisas para evitar a sensação de que não podemos esquecer algo, mas acabamos esquecendo. Assim, ela começou a criar listas, para ter uma espécie de mapeamento do que é necessário para lidar melhor até mesmo com a nova rotina que ela precisa criar.
Ela fez uma lista da semana, onde colocou diversos itens, como:
- Organizar livros;
- Ir na academia;
- Ir no mercado;
- Trocar lâmpadas da sacada;
- Entre outras coisas.
Entretanto, com o passar dos dias, essa lista não saiu do papel. Fazemos a primeira ressalva: precisamos ter cuidado com a criação de listas.
Para uma lista funcionar, ela deve ter ação. Caso contrário, será apenas como um repositório de informações e ideias que não servem para nada, pois não praticamos, ou seja, não efetivamos uma ação.
Marcela começou a perceber certo marasmo. Por que será? Ela faz listas, mas a vida dela está parada. O que está acontecendo? O primeiro questionamento que ela se faz é o seguinte: será que as listas funcionam? Embora todas as pessoas digam que funciona, para ela, não funcionou tão bem.
Segundo os autores do livro "A Única Coisa" (Gary W. Keller e Jay Papasan), para uma lista ser efetiva, ela precisa ser uma lista de sucesso, ou seja, listamos coisas propositalmente para buscar resultados extraordinários.
Concordamos que, em alguns dias, precisaremos, por exemplo, tirar o lixo da cozinha, comprar uma planta, trocar uma lâmpada da sacada, mas o que queremos enfatizar é que precisamos criar listas efetivas. Caso contrário, teremos listas longas que sequer sairão do papel.
As listas de sucesso devem ser curtas.
A ideia é fazer com que Marcela crie listas de sucesso, ou seja, elas precisam ser mais curtas e objetivas. Se a lista de tarefas for muito extensa, ela nos levará para diversos lados.
Por exemplo: focando na vida profissional de Marcela, ela quer ser reconhecida como gerente de projetos, falar três idiomas fluentemente, e conhecer os cinco continentes esse ano.
Perceba que é muita coisa. Tudo pode ser importante para Marcela; a ideia não é julgar se uma coisa é mais importante que outra, mas sim demonstrar a importância de ter foco. A partir do momento que ela cria listas de sucesso, ela começa a focar em um único objetivo.
Para entendermos melhor como lidar com isso, vamos analisar os objetivos de 2018 da Marcela:
Objetivos 2018
- Ser mais saudável
- Falar inglês
- Viajar mais
- Poupar mais dinheiro
- Aproveitar mais a vida
- Passar mais tempo com a família
- Ter mais tempo para mim
- Aprender algo novo
- Gastar menos
Observe a quantidade de coisas. Isso foi feito por Marcela no dia 31 de dezembro de 2017. Em junho de 2018, ela olhou para essa lista e percebeu que não havia feito nada. Novamente, ela ficou com aquela sensação de que algo importante deveria ter sido feito e não foi.
Para Marcela, nesse caso, não existe outra solução: ela precisa de foco. Porém, foco é algo tão amplo que fica difícil definir o que ele é exatamente.
Remetemos foco a quando precisamos prestar atenção em algo, ou quando precisamos centralizar toda a nossa energia para conquistar alguma coisa. Precisamos ter clareza sobre o que é foco.
Para aprimorar essa questão, lembre-se de criar listas mais diretas, com foco na prioridade. Queremos compartilhar um provérbio russo com você, que se alinha bastante à questão do foco:
"Se você persegue dois coelhos ao mesmo tempo… Não vai pegar nenhum dos dois."
Se queremos fazer muitas coisas e não focamos em nenhuma delas, não fazemos nada. Passado o tempo, vem a frustração e, mais uma vez, a sensação de que deveríamos ter feito e não fizemos.
Para diminuir ao máximo essa sensação, vamos entender o que pode ser feito?
Para ajudar Marcela a lidar melhor com essa situação, vamos falar um pouco do Princípio de Pareto. Ele declara que 80% dos efeitos vêm dos 20% das causas.
Ela lembrou de um gerente de vendas que dizia que 80% das vendas vinham de 20% dos clientes. A ideia não é ignorar os outros clientes, mas focar e cuidar mais daqueles clientes que trazem mais retorno.
Trouxemos o Princípio de Pareto para nos ajudar a elucidar melhor essa questão do foco, justamente porque, muitas vezes, aplicamos isso apenas na vida profissional.
Perceba que aplicamos em outro âmbito e começamos a visualizar melhor as coisas por outra perspectiva. A ideia é pensar que a maioria do que queremos, chegará graças às poucas coisas que fizermos.
Dito isso, em vez de criar uma lista gigante com 30 mil coisas para fazer, Marcela fará algo diferente.
Antes de continuar, queremos propor um desafio: se você tem uma lista de tarefas pronta, ou puder resgatar alguma antiga, pegue ela. Caso ainda não tenha, pause o vídeo e faça uma lista do que pretende fazer nessa semana, ou nos próximos dois dias, ou até mesmo hoje.
Na estrutura da lista de tarefas anterior da Marcela, havia tarefas que ela podia fazer ("Posso fazer") e outras que ela devia fazer ("Devo fazer"). Em vez de criar uma lista gigante de tarefas, vamos criar uma lista de sucesso mais curta, apenas transportando as coisas que devemos fazer.
Lista de tarefas
- Posso fazer
- Posso fazer
- Devo fazer
- Posso fazer
- Posso fazer
- Devo fazer
- Devo fazer
- Posso fazer
- Devo fazer
Lista de sucesso
- Devo fazer
- Devo fazer
- Devo fazer
- Devo fazer
Aproveite o momento para analisar sua própria lista: o que você pode fazer outro dia ou em outro momento? O que você pode delegar? Consegue identificar essas tarefas? Feito isso, circule as tarefas que deve fazer, destaque tudo o que for muito importante.
A partir deste pequeno exercício, começamos a ter mais clareza. Em vez de perder tempo fazendo coisas não tão importantes ou que podem ser feitas em outro momento, focaremos no que deve ser feito naquele dia, ou naquela semana, e que trará benefícios para outras coisas que fizermos.
Caso contrário, procrastinamos. A procrastinação é inevitável. Não garantimos que, após este curso, você não irá mais procrastinar. Porém, isso acontecerá em quantidade menor, pois você terá consciência de que está perdendo tempo fazendo algo que não é importante, ou que não precisava ser feito agora.
Retome sempre que achar necessário. O foco é fundamental e irá te diferenciar no mercado, te marcar como pessoa e como profissional!
Marcela fez uma reflexão sobre as principais áreas da vida dela e acredita que o foco na carreira, neste momento, seja uma das principais. Não significa que ela irá esquecer o relacionamento com o esposo ou ignorar a família, mas como queremos priorizar uma área, ela focará na carreira.
Isso se deve à mudança de cidade que ela fez recentemente. Agora, ela também precisa se reposicionar, criar a sua lista de contatos, fortalecer o networking, e assim por diante.
Conforme Marcela começou a pensar nisso, ela teve várias ideias, o que é muito importante. Essa empolgação precisa fazer parte do dia a dia, justamente para evitar a sensação de que sempre fazemos a mesma coisa. A partir do momento que Marcela estabelece o foco principal desta fase da vida dela, ela começa a ter muitas ideias.
Isso já deve ter acontecido, por exemplo, quando alguém acessou a Alura e se deparou com a carreira de agilidade, ou a carreira de Java, entre outras.
Nesse momento, a pessoa começa a explorar os cursos que pode fazer e vislumbrar ideias, como: "A partir do momento que finalizo essa formação, posso conseguir um emprego mais alinhado à minha área", ou "Posso mudar de área", e assim por diante.
Tudo isso é extremamente interessante, afinal, somos movidos por desafios. Se ficarmos na mesma coisa de sempre, vamos desanimar. O objetivo é trazer isso também para o presente: o que te motiva? Se por alguma razão você está sentindo desânimo, aproveite esse momento e se pergunte: qual é o meu foco agora? Essa resposta pode mudar a sua vida!
Continuando com o cenário da Marcela, ela precisa ser simples, pois já entendemos que quando criamos uma lista muito extensa, com várias áreas de interesse, a depender dos esforços feitos, podemos não conquistar nenhuma delas. Neste caso, menos é mais, então seja simples.
Com isso em mente, Marcela começou a pensar nas ações que pode realizar para atingir o objetivo maior de se estabelecer e ser reconhecida como uma profissional de gestão de projetos.
Inclusive, ela teve essa inspiração após fazer o curso Personal Branding: como utilizar sua Marca Pessoal a favor da sua carreira da Alura. A partir desse conteúdo, ela teve ideias melhores do que poderia fazer.
As ideias começaram a surgir, como, por exemplo:
Porém, conforme dito anteriormente, uma lista de sucesso precisa ser mais curta? A lista acima está curta, mas de tudo que Marcela pensou, qual é a primeira ação que ela pode fazer e que pode trazer mais resultados? Para descobrir, vamos aplicar o Princípio de Pareto.
Fica uma hipótese que pode ser validada a partir do momento que Marcela coloca em ação. Não podemos dizer para Marcela que, para ser mais reconhecida na área dela, ela deve fazer tal coisa, pois precisamos sempre colocar a teoria em ação, além de fazer ajustes, caso necessário. Temos a nossa própria percepção do que pode dar certo ou errado, e a partir dela, ajustamos as coisas.
Neste caso, o foco da Marcela, de acordo com a questão do que ela espera, como ser reconhecida no mercado, participar de eventos, e fortalecer seu networking, será começar a escrever posts para o blog dela. Após identificar que a comunidade de gestão de projetos é bastante ativa nas redes sociais, ela começou a olhar para isso com mais carinho.
Se ela quer participar mais dos eventos e se enturmar melhor com as pessoas, ela pode compartilhar as próprias experiências na área de projetos. Assim, as pessoas podem começar a ter mais empatia com ela e querer conhecer as experiências dela, pois dessa forma, acabamos aprendendo.
Quando lemos algum artigo em um blog, dificilmente não aprenderemos algo após finalizá-lo. De repente, uma frase ou até mesmo uma palavra pode marcar certa pessoa, que quando encontra Marcela em um evento, poderá dizer "Eu li aquele seu artigo", ou "Eu te sigo nas redes sociais".
Dessa forma, Marcela começa a criar mais sintonia com as pessoas, em vez de simplesmente participar dos eventos, ir para os encontros, mas entrar calada e sair da mesma forma. Neste caso, para ajudar Marcela a se posicionar melhor como profissional, o foco será escrever artigos para o blog.
Em seguida, o ideal seria determinar um período: "Vou escrever por seis meses" ou "Duas vezes por mês". Assim, futuramente, teremos critérios de análise ao avaliar se a estratégia funcionou ou não.
Se não houver um período estabelecido, Marcela poderá ficar um ano, dois anos, três anos escrevendo artigos para o blog, mas sem ser convidada para participar de eventos, sem receber convites no LinkedIn, sem interação com as pessoas, e assim por diante. Nesses casos, temos um forte indicador de que a estratégia não está sendo efetiva e precisa ser reajustada.
Lembre-se: após criar uma estratégia e determinar o foco, estabeleça um período. No exemplo da Marcela, ela definirá o período em que irá escrever os artigos, para depois verificar se faz sentido ou não. A depender do resultado, ajustamos ou continuamos.
Em outros cursos da plataforma, falamos sobre a importância de aprender a dizer não. Às vezes, quanto mais focados estamos, parece que mais interrupções e distrações nos sondam.
Por exemplo: a Marcela está em trabalho, focada no artigo dela, e de repente alguém pede uma ajuda. A ideia não é simplesmente dizer "Querida, agora eu não posso, estou ocupada trabalhando nas minhas coisas". Precisamos sempre ter gentileza e educação.
Quando falamos em foco, devemos avaliar: se a pessoa pediu ajuda, Marcela pode responder "Preciso concluir uma tarefa, mas quando terminar, daqui a 30 minutos, posso te ajudar. Tudo bem?".
Se não fizermos isso, começamos a deixar de lado tudo o que precisamos fazer e que está alinhado aos nossos objetivos. Desejamos ter o foco para concluir, mas ficamos com receio de parecermos egoístas, então acabamos cedendo e querendo abraçar o mundo todo.
Nesse momento de concentração e foco, lembre-se: surgirão distrações, alguém falará com você, mas respire fundo e tente negociar dizendo "Agora estou ocupado. Daqui a duas horas estarei livre", ou "Hoje eu não posso, mas amanhã, tudo bem". Assim, conseguimos interagir com a pessoa.
Se cedermos a todos os pedidos das pessoas, deixamos as nossas tarefas importantes de lado. Assim, abandonamos nossa lista de sucesso para ajudar outras pessoas a tornarem realidade a lista de sucesso que elas criaram.
Novamente: isso não significa que não devemos ajudar, mas sim que precisamos ter cuidado nessa questão. Se não for um caso extremamente importante, a melhor saída é negociar.
Para finalizar, queremos trazer uma reflexão muito interessante:
O mais importante é o principal.
O que é mais importante para você? Analise a sua lista. Ao criá-la, sempre escaneie para identificar o que é o principal em que irá focar. Dessa forma, canalizamos nossa energia em algo que trará outros benefícios e começamos a perceber a mágica do foco acontecendo!
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