Olá, sou Roberto Pina! Terei o prazer de administrar o curso de Gestão de Inovação Organizacional, abordando os aspectos fundamentais desse tema.
Audiodescrição: Roberto é uma pessoa de pele clara, olhos pretos, e cabelo grisalho nas laterais da cabeça. Usa óculos de armação retangular e veste uma camisa clara.
Este é o primeiro vídeo da aula 1, onde aprenderemos sobre generalidades do curso que desenvolveremos.
Para realização desse curso, é importante que você tenha concluído o curso de Design Thinking Parte 3 e o curso Primeiros passos da sua Startup Enxuta. Assim, você terá melhor experiência com os conteúdos que aprenderemos aqui.
Esse curso é para pessoas que vão participar ou coordenar um programa de inovação organizacional. Se você for participar de um programa de inovação ou recebeu o convite de criar essa estrutura, este curso é perfeito para você.
Também é voltado para membros de áreas de governança, pessoas agentes de mudança organizacional, pessoas gestoras técnicas e de negócios, consultoras e coach na área de inovação ou de Change Management.
Além de pessoas empreendedoras, mais especificamente, onde a inovação não é de uma organização terceira, mas da sua própria. Esse curso fornecerá elementos para você criar um processo de inovação adequado.
Começaremos aprendendo alguns conceitos básicos, como o que é uma ideia, uma inovação, qual é o processo para que uma ideia, ou seja, uma iniciativa, se torne uma inovação efetiva.
Aprenderemos sistemas de inovação, que é o tema central do curso, que se refere ao processo de tratativa das ideias. Governança de inovação, que é uma parte importante do sistema de inovação, que dá um aspecto gerencial.
Outro tema que abordaremos serão as técnicas de ideação e análise crítica, ferramentas poderosas para a geração de ideias e tratativa das mesmas. Experimentação de ideias, a fase final da tratativa da ideia, para verificar se está apta ou não a se tornar uma efetiva inovação.
Esse curso, te capacitará em aspectos pouco explorados relacionados ao tema inovação, que é a dimensão metodológica.
Muito se fala de inovação, mas não tanto de gestão da inovação, como organizamos os esforços para maximizar as iniciativas de inovação em uma organização.
Também te proporcionará uma diferenciação profissional, pois você poderá melhorar suas capacidades gerenciais, além de aprender como coordenar processos de inovação organizacional, como liderança ou pessoa participante.
Além disso, o curso trará o conhecimento de técnicas bastante poderosas de ideação, análise crítica e de experimentação, ainda não muito exploradas pelo mercado. Portanto, você terá a chance de conhecer mais dessas técnicas e começar a utilizá-las.
Na didática da Alura, com o proposito de proporcionar uma melhor absorção do conteúdo, desenvolvemos um projeto de conclusão, que será elaborado progressivamente ao longo do curso.
No vídeo seguinte, explicaremos em detalhes como faremos isso. Mas, saiba que essa é uma forma de colocar em prática todo o conteúdo aprendido.
Até lá!
Nesse vídeo, conheceremos o projeto de conclusão do curso, seu propósito e como funcionará.
Imagine o seguinte cenário. Um grupo de seguradoras se reuniu para formar uma joint venture, um empreendimento conjunto, com o objetivo de oferecer ao mercado produtos inovadores na área de seguros.
A pessoa CEO dessa joint venture te propôs um desafio. Você tem um background gerencial e técnico interessante, portanto, será a pessoa perfeita para a criação de um programa interno de inovação com um processo. Você terá uma equipe adequada e rituais necessários para pegar as ideias criativas e fazer um tratamento adequado.
Você deverá priorizá-las, realizar análises, experimentá-las e dar o roll out, ou seja, lançar as ideias promissoras na área de seguro.
Em duas semanas, você terá que apresentar ao board, o Conselho, um projeto de como será o programa de inovação, quais as áreas, papéis e responsabilidades. Além de como tudo irá funcionar. Essa é a sua missão.
Ao longo do projeto de conclusão de curso, faremos exatamente uma preparação desse material. Assim, você saberá apresentar como funcionará o programa de inovação.
Para isso, montaremos um sistema de inovação e, a partir de uma ideia criativa sua, faremos ela evoluir nesse sistema. A partir dessa ideia, passo a passo, a faremos transitar para perceber como funciona na prática.
Então, faremos uma boa caracterização dessa ideia, depois uma análise crítica, seguido da experimentação. Assim, descobriremos como reportamos o progresso dessa ideia.
Com os conceitos que serão introduzidos no curso, faremos esse exercício para testar como funciona na prática.
Boas-vindas ao terceiro vídeo da primeira aula do curso de gestão de inovação organizacional. Apresentaremos alguns conceitos preliminares muito importantes sobre inovação.
Sabemos que Santos Dumont foi um grande inventor. Além de ter inventado e produzido, com muita coragem e iniciativa, máquinas voadoras, também criou o relógio de pulso.
Ele teve essa ideia porque, durante suas experiências de voo, precisava medir o tempo de uma forma prática, sem desviar atenção da condução da aeronave. Então, ele pediu para o seu amigo Luiz Cartier que fizesse um relógio pequeno que ele pudesse atar ao pulso. Luiz Cartier fez esse artefato e patenteou esse relógio, criando a indústria do relógio de pulso.
Da mesma forma, Santos Dumont desenvolveu princípios fundamentais e chegou a implementar máquinas voadoras. Porém, somente alguns anos depois, William Boeing criou a indústria aeronáutica.
Então, Santos Dumont foi um grande inventor, mas ele não criou indústrias. As indústrias do relógio de pulso e do avião foram criadas por outro tipo de empreendedor anos mais tarde.
Esse é um conceito fundamental que gostaríamos de destacar, a diferença entre o inventor e o inovador. O inventor tem boas ideias e, eventualmente, até as implementa, mas o inovador é pessoa que leva o produto ou serviço ao mercado e cria uma indústria a partir disso.
A definição mais oficial de inovação diz o seguinte:
A inovação trata-se da geração de conhecimentos novos ou novas aplicações de conhecimentos existentes, para agregação de valor em produtos, serviços, processos ou modelos de negócio.
Ou seja, não precisa ser nada completamente inédito. Os pontos fundamentais, então, é que podem ser conhecimentos novos ou uso novo de conhecimentos existentes. Isso, tanto em relação a produto como serviços ou processos e é importante que isso chegue ao mercado.
A ideia criativa, a nova forma de produzir produtos, tocar processos ou de oferecer serviços, deve chegar ao mercado e impactar a vida da sociedade. Só assim temos uma inovação de fato e não só uma ideia criativa.
Só criatividade, sem agregação de valor ao mercado, não é inovação.
Nós brasileiros, somos muito criativos, mas não somos tão inovadores, porque ainda não temos uma capacidade tão desenvolvida de criar indústrias, de criar novas linhas de negócio a partir da nossa criação.
O fato é que não existem mais empresas grandes demais para quebrar. Quantas empresas do passado, nacionais e internacionais, pareciam eternas, invencíveis, mas que, por não acompanhar a dinâmica do mercado, foram desaparecendo. Essas empresas se perderam no tempo, não souberam inovar. A inovação é uma questão de sobrevivência.
Nas últimas décadas, observamos mudanças radicais em determinados setores que, se as indústrias não tivessem se adaptado e se reinventado, as empresas que as conduzem, com certeza, teriam desaparecido. Vamos conhecer alguns exemplos.
Analisaremos os últimos anos da indústria fonográfica. Há algumas décadas, quem quisesse ouvir música ia em um show ao vivo, ouvia no rádio ou comprava uma mídia, que era um disco de vinil.
O disco devia ser tocado em um aparelho específico, o toca-discos, conhecido também como vitrola. Essa mídia, podia ser gravada em fitas cassetes, mas não era pirateável. Não conseguíamos fazer em casa um disco de vinil pirata e vender no mercado, pois precisava ser produzido em fábricas específicas.
Com o passar do tempo, com a chegada dos CDs, surgiu a pirataria. Assim, cada vez menos, se tornou possível vender música através de mídia. Isso porque ela se digitalizou para o CD e depois para uma plataforma digital.
Quando queremos ouvir música, acessamos o YouTube ou em um serviço de streaming e ouvimos, on demand. Imagine o impacto social nas gravadoras, indústrias de produção de mídia.
Outro exemplo clássico é a telefonia. Há poucas décadas, ter um telefone era um grande investimento, tínhamos que até declarar no imposto de renda. Era um bem, um patrimônio, gastávamos quatro ou cinco mil dólares para ter um telefone. Além de entrar em uma fila de dois anos para poder obter, ou então pegava o plano de expansão, que era bem complicado.
Depois, surgiu a telefonia celular. Houve uma popularização imensa, o telefone deixou de ser uma propriedade e passou a ser um serviço que usamos on demand, pagamos pela utilização.
Os telefones celulares passaram a fazer quase tudo, além de ligações. A comunicação rápida e instantânea com outras pessoas até deixou de lado a questão do telefone. Podemos utilizar serviços de mensageria, ou até mesmo vídeo, que trazem vantagens em relação ao conceito de telefonia tradicional.
Nos anos 70, a maioria das televisões eram preto e branco, baseadas em tubos e raios catódicos. Quem tivesse uma TV em cores se tornava a pessoa mais popular. Todos iam na casa dessa pessoa assistir às programações.
O aparelho foi evoluindo de maneira não muito rápida. Isso porque, seis anos atrás, se pegássemos um aparelho fabricado há 40 anos e ligássemos, ainda conseguíamos fazer a recepção.
Porém, depois houve a evolução para a TV digital e os aparelhos deixaram o tubo de raios catódicos e passaram a utilizar telas planas, LCD, LED, entre outras.
Essa evolução da TV, começou a acelerar. Então, vislumbramos a criação de plataformas bidirecionais, não só receber o sinal da televisão, mas uma TV interativa, com convergência cada vez maior com a internet. O próximo passo que está sendo preparado é a imagem deixar de ser algo puramente bidimensional e se tornar holográfica.
Outro exemplo é o comércio. Antes, se quiséssemos comprar algo, tínhamos que ir em uma loja, escolher o produto e comprar. No Brasil, nos anos 90, com o advento da internet, surgiu o comércio eletrônico.
Isso tornou o processo de compra muito prático. A loja física continua existindo, mas se tornará cada vez mais algo para nichos, para prover experiências e não somente pela praticidade de venda. Além disso, os meios de pagamento também evoluíram bastante.
Repare que nesses exemplos que trouxemos, houve uma escalada de inovação baseada em digitalização. Mas uma mensagem importante que queremos deixar para vocês é que a inovação não é sinônimo necessariamente de transformação digital ou de digitalização.
Se hoje criarmos algo analógico, como um jogo de tabuleiro que faça com que as crianças saiam do digital, estaremos sendo extremamente inovadores.
Reflita sobre isso. Às vezes, o caminho contrário, da contramão da digitalização, pode abrir uma série de possibilidades de inovação e de inovação forte.
O curso Gerenciamento de inovação organizacional parte 1: técnicas de ideação possui 241 minutos de vídeos, em um total de 55 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de Administração e Gestão em Inovação & Gestão, ou leia nossos artigos de Inovação & Gestão.
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