Olá, tudo bem? Meu nome é Felipe Labeaurieu, sou designer gráfico, instrutor aqui na Alura, e quero te convidar a participar do nosso curso sobre tratamento de imagens no software GIMP, um programa 100% gratuito. A proposta é fazermos tanto tratamentos que vão corrigir problemas que as imagens podem ter, com também tratamentos criativos, e que vamos mudar a interpretação de uma imagem, por exemplo, como também trazer elementos novos para ela.
Vamos iniciar o curso falando dos tratamentos mais básicos, que vão resolver problemas de iluminação, então imagens que são muito escuras, vamos deixá-las mais claras, e imagens que estão exageradamente claras, vamos deixar mais escuras. Vamos avançar no nosso conhecimento, e fazer o equilíbrio de cores, bem como também o tratamento da iluminação mais sofisticado, vamos criar também luzes, aplicar efeitos de cores sobre a imagem.
Vamos ver como trabalhar com a questão de figura e fundo, de uma forma mais refinada, mais sofisticada. Vamos tratar também da ambientação das fotografias, trazer uma nova leitura, ou reforçar algumas ideias que a imagem já possa ter. Vamos ver como dar destaque a um protagonista por meio de técnicas e ferramentas de figura e fundo, de desfoque e de iluminação.
Vamos ver também como fazer com que uma imagem originalmente tirada durante o dia, fique como uma imagem noturna. E além disso, que eu tenha a criação de um ponto de luz. Vamos criar também a luz do tipo neon, e como durante esse processo todo, fazer a interação da luz criada com os personagens, os outros elementos das nossas fotografias. Então, esse curso é para você que já fez o curso anterior do GIMP, que já está mais ou menos familiarizado com a ferramenta, que já conhece conceitos básicos, como ações destrutivas, máscaras de camada, que conhece as ferramentas de seleção.
Então, se você ainda não fez o primeiro curso sobre o GIMP, vai lá, para você poder aproveitar esse com mais facilidade. Então, espero que você tenha curtido a nossa proposta, e te vejo aqui no curso.
Olá, seja bem-vindo, seja bem-vinda a mais um curso da Alura. E antes de iniciarmos o nosso trabalho de fato, vamos conversar rapidamente sobre tudo aquilo que vamos aprender durante o curso.
A proposta é fazer tratamentos de imagem dentro do software GIMP. Mas antes de fazer os tratamentos, vamos entender de maneira simplificada, mas importante, como se dá a captura de imagem, como é tirada uma fotografia, para que eu consiga entender que a fotografia depende muito da entrada de luz, porque eventualmente, eu posso ter problemas na captura da luz, eu posso ter luz capturada de menos, tendo uma imagem subexposta, como a que tenho na tela de tomates em um ambiente escuro.
Ou luz capturada demais, e ter uma imagem superexposta, como no caso dessa da criança em um campo e o sol ocupando grande parte da imagem. E vamos ter um olhar atento para subexposição e superexposição, por meio de um recurso conhecido como Stogram, que vai nos dar informações de sombras, meio-tom e luz de uma imagem. Então, vamos utilizá-lo bastante ao longo do nosso curso.
Na sequência, vamos entrar de cabeça no software, para começar pelo básico, corrigir os problemas mais evidentes de uma imagem, que diz respeito a sua iluminação. Então, vamos conhecer um ajuste chamado “exposure”, que vai controlar a exposição de uma imagem, fazendo, no caso dessa imagem de uma mulher com flor na cabeça originalmente subexposta, que ela fique mais correta, para que eu tenha mais luz. E ao mesmo tempo, com um outro ajuste chamado “levels”, vamos trazer mais contraste entre os brancos e pretos, trazendo mais informação de preto onde for necessário, mais informação de branco onde for necessário, e equilibrando melhor a iluminação da imagem.
Na sequência, vamos ver como trabalhar em cima de uma imagem superexposta, e como eventualmente, trazer mais exposição, ou tirar exposição, pode não funcionar muito bem, pode trazer, na verdade, um haze, uma espécie de uma névoa, uma camada acinzentada por cima da imagem, como no caso de uma superexposta na tela, que tiramos a exposição. Então, trabalhando no primeiro momento com os níveis de preto, ou seja, fazendo com os que os níveis de preto, as áreas mais escuras, ganhassem mais importância, equilibrando mais a iluminação e terminando esse equilíbrio por meio de um ajuste de levels, trazendo esse contraste mais refinado.
Ao mesmo tempo, enquanto trabalhamos com a iluminação, vamos ver que vamos acabar por influenciar também nas cores da imagem. Então, vamos conhecer outros ajustes, o “color balance” é um deles, que vai fazer justamente o balanço das cores específicas de uma forma mais equilibrada, e também o ajuste “Hue-saturation”, tanto na imagem subexposta, quanto na imagem superexposta, em que esse problema é ainda mais dramático, principalmente no braço do modelo, que ganha uma espécie de queimado de praia, de exposição ao sol, muito exagerado.
Na sequência, vamos conhecer um ajuste ainda mais sofisticado que os anteriores, que o “levels”, que o “color balance”, que é o ajuste de curvas, que vai nos permitir trabalhar tanto com equilíbrio de cores no “color balance”, quanto com a iluminação geral e o contraste como nos “levels”. Então, vamos fazer um tratamento para tirar o desvio para o azul que vamos perceber na imagem na tela, como também trazer mais importância, mais saturação para o casaco do modelo, e depois trazer mais contraste para a composição de um modo geral.
Na sequência, vamos ver como trabalhar com iluminação e cores, não apenas originais da imagem, como aquelas que podemos criar por meio de um ajuste, conhecido como “gradient map”, ou o mapa de degradê, que vai justamente mapear as informações claras e escuras da imagem, e colori-las de acordo a respeitar isso, para gerarmos um efeito de dual lightning, por exemplo.
E o “gradient map” não vai servir apenas para criar cores novas, mas também para tratar uma imagem, como nesse caso da imagem em que a modelo está em evidência e o fundo está desfocado, em que queremos dar uma importância maior ao fundo, então vamos conversar como as sombras tendem a ter mais cores azuladas, e também como trazer uma pele um pouco mais equilibrada para a modelo da foto, e finalizar esse tratamento com uma vinheta.
Na sequência, já que estávamos falando de ambientação de uma foto, vamos mergulhar mais ainda nesse assunto, fazendo com que uma imagem originalmente tirada a luz do dia, sob a luz do sol, tivesse ainda mais essa informação. Então, vamos trazer mais uma vez o “gradient map” para fazer esse mapa de degradê nos claros e escuros, como incorporar um pouco do haze, da névoa natural, que em alguns momentos a iluminação do sol causa, bem como vamos criar também um sol bem difuso, bem discreto, mas para reforçar ainda mais a mensagem.
E ainda no tópico da ambientação, vamos ver como dar mais destaque a uma determinada parte, ou determinado protagonista de uma imagem, como na que temos na tela agora, que tem um músico que vamos desfocar o fundo, trabalhar a iluminação e o equilíbrio de cores dele, para que ele ganhe, para que ele salte muito em relação a imagem original.
E depois, vamos ver como criar luz. Então, vamos pegar uma fotografia tirada originalmente a luz do dia, trazê-la para a noite, para que eu tenha uma inversão, ou um trabalho diferente da luz, vamos, mais uma vez, ver como a luz a noite, a luz mais escura, tende mais para o azul, e criar um ponto de emissão de luz dentro do buquê de flores da imagem que a modelo da foto está segurando. Então, vamos conhecer técnicas tanto para criar luz, como também para projetar luz sobre superfícies.
E ainda, o último tipo de luz que vamos criar, vai ser a luz do tipo neon. Então, vamos fazê-la do zero dentro do GIMP, e também ver como esse tipo de luz se reflete sobre as superfícies, e vamos ver mais uma outra técnica. Por último, para finalizar o curso, vamos ver como o GIMP, que nativamente não abre imagens raw, ou seja, aquelas imagens no formato original da câmera fotográfica, e vamos conversar sobre isso também. E vamos ver um plugin chamado Dark Table, para eu abrir a foto, fazer alguns tratamentos básicos, se for necessário, e depois mandar para o GIMP.
Então, mais uma vez, seja bem-vindo ao curso, espero que você curta, e nos vemos durante o processo.
O tratamento de imagens, em última análise, é correção de pequenos problemas e defeitos que uma fotografia pode ter. E para que esses tratamentos façam sentido e fiquem bem acabados, é importante entendermos quais, ou qual problema, a fotografia em si tem. E um dos problemas mais comuns diz respeito a iluminação da imagem, ela pode estar escura demais ou clara demais.
Então, para conseguirmos fazer essa observação de uma maneira mais assertiva, mais precisa possível, vamos entender como se da a captura de uma imagem, como é tirada uma foto. Então, eu estou trazendo um esquema bem simplificado de como funciona uma câmera profissional. A câmera do seu smartphone vai funcionar de uma maneira bastante parecida, mas muito provavelmente a qualidade da imagem não vai ser tão boa, você não vai ter as mesmas lentes, enfim, o maquinário não é profissional. Mas o processo é o mesmo.
Então, como se dá o registro de uma fotografia, como se tira uma foto? Por meio da captura da luz. A luz ilumina o ambiente, uma determinada cena, seja lá qual for, e conseguimos enxergar o que está acontecendo nessa cena. Então, o aparelho fotográfico por meio da lente, permite a entrada da luz, e na sequência temos dois mecanismos muito importantes, o diafragma e o obturador.
O diafragma vai funcionar determinando uma abertura específica para a entrada da luz. Então, se o diafragma estiver muito aberto, vai entrar mais luz. Se o diafragma estiver muito fechado, vai entrar menos luz. Depois, nós temos o obturador, que é o dispositivo que a princípio fica fechado, e que ele abre e fecha para entrar a luz. Se esse intervalo de abrir e fechar for muito rápido, vai entrar pouca luz. Se esse intervalo for muito longo, vai entrar muita luz. Então, temos dois fatores muito importantes: a abertura do diafragma e o tempo que o obturador vai deixar a luz entrar.
Uma vez que esse processo tenha sido terminado, claro, acontece em frações de segundos, a sensibilização do sensor fotográfico que fica no final da câmera, capturando a imagem em si que você clicou. Inclusive, quando fazemos o clique da câmera fotográfica, é o som do obturador capturando a imagem, abrindo e fechando. E o que pode acontecer? Se tivermos um tempo de exposição, e preste atenção nessa palavra, muito longo, vamos ter imagens muito claras, imagens superexpostas. E o que é o tempo de exposição? É o tempo em que o obturador vai demorar para fazer o clique, o registro da imagem.
Então, se você tiver um tempo de exposição muito longo e um diafragma muito aberto, logo vamos ter muita entrada de luz. E o inverso também pode acontecer, você pode ter um diafragma muito fechado e um tempo de exposição muito curto, o que vai ocasionar a entrada de pouca luz. E o diafragma vai funcionar ficando mais ou menos aberto, você pode controlar esse valor, nas câmeras profissionais é mais comum que os fotógrafos façam isso, mas os smartphones também permitem esse controle.
E a mesma coisa vai valer para o obturador, você pode controlar esse tempo em que ele vai demorar para fazer a captura da imagem. E é por meio desse controle, desse tempo de exposição, que podemos, por exemplo, tirar fotos deste tipo da imagem na tela. Diferente daquela imagem congelada dos carros em uma determinada posição da estrada, nesse caso temos as luzes seguindo o caminho que esses carros percorreram, porque eu fiquei com mais tempo a câmera registrando a entrada de luz. Então, a luz entrou por mais tempo, e deu esse efeito de um caminho que o carro seguiu.
Porém, se esse controle não for muito bem feito, eu posso ter uma imagem superexposta, ou seja, entrar luz demais a ponto que eu perca a qualidade da imagem. E o inverso também pode acontecer, entrar tão pouca luz, que eu vou ter uma imagem subexposta, ou seja, com uma quantidade muito grande de escuros. E eu vou ter um resultado como o exemplo que vimos antes, dos tomates em um ambiente escuro. Note como eu tenho muita informação de sombras e muito pouca informação de luzes, como eu não consigo interpretar corretamente quais são as cores desse tomate, como os tomates acabam se perdendo uns dos outros, não está muito definido.
O contrário vai gerar uma imagem que tem muita luz, e o mesmo também vai acontecer, só que de uma outra forma, o rosto do menino nessa imagem que está na tela, tem pouca definição, eu não consigo interpretar os fios de cabelo dele corretamente, as próprios feições do rosto, nariz, boca, olhos, fica tudo muito claro. E geralmente, fotografias que estão superexpostas ou subexpostas, têm uma espécie de véu em cima delas, é a primeira coisa que podemos observar. Note como essa fotografia que está superexposta parece ter uma camada de branco, como se fosse um branco como uma opacidade bem baixa, mas por cima da imagem.
E o mesmo vale na imagem dos tomates, como parece ter uma camada cinza por cima. O que é diferente, por exemplo, de uma fotografia em preto e branco, como estamos vendo agora, que temos muita informação de sombra, de áreas escuras, mas o rosto do modelo é bem marcado, como conseguimos interpretar os detalhes corretamente. O cabelo e o fundo dele se misturam um pouco mais, mas de um modo geral, a imagem é bem fácil de ser interpretada, de ser compreendida. No caso, é uma fotografia branca e preta, em que a exploração do contraste entre pretos e brancos é muito marcado, mas também pode acontecer com fotografias coloridas.
Podemos notar as cores do cabelo da nossa modelo nessa outra imagem, em contraste bem marcado, bem definido em relação ao fundo, que é todo preto, não tem como notar o rosto dela. Mas não tem problema, porque é uma questão de estilo, nesse caso. Então, nem sempre uma imagem que está muito escura está com problema, ela pode ser apenas uma questão de estilo, de como o fotógrafo quis fazer a captura da imagem.
Ou às vezes, também, imagens tiradas à noite, vamos ter muita informação de área escura, mas também temos informações bem marcadas, bem definidas, de áreas claras. E como eu posso fazer para ter certeza de que uma imagem está subexposta ou superexposta, para não depender necessariamente do olhar, principalmente no começo, que eu ainda não criei uma bagagem grande para interpretar as fotos corretamente?
Vamos abrir o GIMP, já estou com as imagens dos tomates subexposta aberta, e vamos conhecer um recurso chamado Stogram, que é um gráfico que vai nos falar da entrada de luz em uma imagem. Para isso, vamos em “Windows > Dockable dialogs”, que seria as caixas de diálogo encaixáveis. E temos o “Stogram”. Só clicar nele, ele vai aparecer no painel no nosso lado direito, e ele é um dockable dialog, porque eu posso clicar sobre o ícone do “stogram” e arrastar a caixa para fora, para inclusive aumentar a visualização e eu conseguir posicioná-lo onde for mais interessante para mim.
E o que me diz esse gráfico? Ele fala da entrada de luz de uma imagem, mas de que forma? Eu trouxe também uma explicação um pouco mais aprofundada, mostrando que o gráfico vai se dividir em três linhas horizontais e três colunas verticais. Da esquerda para a direita eu vou ter informações de sombra, meios-tons e luz. De baixo para cima, sombras, meios-tons e luz. Então, conforme o gráfico vai preenchendo esses quadrantes, eu vou ter mais ou menos informação de entradas de luz e sombra.
Então, vamos entrar mais uma vez no GIMP, e note como essa imagem que está subexposta tem realmente muita informação de sombra nos quadrantes da esquerda e embaixo, então tem muita entrada de sombra, e eu não tenho nenhuma entrada de luz e pouca de meio-tom, indicando que provavelmente eu tenha uma imagem subexposta. A observação do gráfico “stogram”, mais a observação da imagem de que eu não tenho os detalhes ricos de que parece que tem uma camada cinza estranha por cima da imagem, são os principais indicativos.
Na imagem do nosso modelo em branco e preto, eu só tenho informação de preto, não tenho nada de meios-tons e sombras. Porém, se eu observar com atenção a imagem, eu consigo enxergar os detalhes, eu consigo perceber a riqueza da fotografia, diferentemente da outra. Enquanto que agora uma imagem superexposta, como é o caso do menino no campo, o gráfico vai estar ao contrário. Note que eu não tenho praticamente nenhuma informação de sombra, e muita informação de luz, indicando mais uma vez que eu posso ter problemas.
Note como agora eu pareço ter um véu, uma névoa branca na imagem, como um ruído estranho, que é uma indicação de superexposição. Então, primeiro aspecto mais básico, mais importante para você observar em uma imagem, diz respeito a exposição dela. Se ela está superexposta, como no caso da imagem do menino, ou se ela está subexposta, como no caso dos tomates. E vamos ver como corrigir esses problemas a partir da próxima aula.
Então, mais uma vez, se você tiver dúvidas, quiser fazer comentários, compartilhar o seu trabalho, que também pode ser legal, só ir no fórum, e eu te vejo na próxima aula.
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