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Alura > Cursos de Inovação & Gestão > Cursos de Empreendedorismo e Startups > Conteúdos de Empreendedorismo e Startups > Primeiras aulas do curso Inovação: descubra como e onde inovar

Inovação: descubra como e onde inovar

Inovação - Apresentação

Boas-vindas! Este curso será ministrado pela Júlia Viana, instrutora de Inovação e Gestão da Alura. A Júlia é uma mulher de pele branca, olhos castanho-escuros, assim como seus cabelos, longos e lisos. No vídeo, ela veste uma blusa preta e está à frente de uma parede sem decoração, iluminada por uma cor alaranjada.

O curso de Inovação foi feito para pessoas:

Ou seja, este curso é para todo mundo!

Aqui, acompanharemos a trajetória da Ana, analista de inovação que trabalha na Innovalura, o centro de inovação de uma empresa já consolidada no mercado.

Acompanhando a Ana no seu cotidiano, poderemos nos aprofundar nos processos de inovação da Innovalura e entender as teorias que os embasam, além aprender com estudos de caso de outras empresas.

Neste curso, abordaremos os seguintes temas:

Sabemos que esse escopo é muito grande, mas a nossa equipe pensou com muito cuidado na didática deste curso. Acreditamos no poder da aprendizagem ativa e é isso que você verá aqui, tendo acesso ao fórum e ao Discord, onde poderá compartilhar conhecimento e ideias com uma comunidade engajada de estudantes.

Além disso, você terá uma aprendizagem mais ativa por meio de aulas e atividades com conteúdos práticos e conceitos atualizados do mercado de trabalho. Tudo isso te ajudará a mobilizar habilidades muito valorizadas no mercado de trabalho como, por exemplo, visão crítica, autoconfiança, proatividade e engajamento.

Falando nisso, é preciso atender a algum pré-requisito para fazer o curso de Inovação?

Não! Se este é o seu primeiro contato com o tema, não se preocupe: estudaremos juntos temas como a definição de inovação e as métricas para acompanhar o processo de inovação.

Neste curso, você aprenderá os principais conceitos de inovação, como aplicar as ferramentas e teorias, entenderá os riscos de não inovar e receberá pistas sobre como e onde inovar.

Nosso mergulho no universo da inovação está apenas começando. Vamos lá?

Inovação - O que é inovação

Conheça agora a Ana: ela tem 28 anos, trabalha como analista de inovação no Innovalura, centro de inovação de uma empresa tradicional e consolidada do mercado, que presta serviços tanto interna quanto externamente.

Acompanharemos o dia a dia da Ana nesse centro de inovação.

Mas antes, o que é inovação?

Não existe uma definição única, mas podemos pensar na própria etimologia da palavra: inovação vem do latim innovare, que significa renovar ou mudar.

Assim, ela pode ser entendida como um processo que renova uma prática existente, diferindo da introdução de algo novo. Para haver essa renovação, precisamos de mudanças em aspectos como:

Além disso, precisamos começar a fazer escolhas fora do padrão.

Inovação é diferente de invenção!

Inovação é o uso de uma melhor ideia e/ou método para alcançar um resultado melhor. Já a invenção é a criação da ideia ou método em si.

"A invenção é a criação de algo novo, enquanto a inovação está relacionada à adoção dessa nova coisa." - Joseph Schumpeter

Assim, inovar não se refere a necessariamente inventar algo novo, apesar de existir uma relação entre esses dois universos.

Uma invenção pode ser uma inovação, mas uma inovação nem sempre será uma invenção.

Uma pessoa ou empresa pode inovar com o uso de novas tecnologias, mas também ao encontrar novas maneiras de fazer as coisas.

A IBM, por exemplo, começou como uma fabricante de computadores de alto desempenho e viu seu negócio se transformar cada vez mais para focar no fornecimento de soluções e serviços. A IBM transformou sua fortuna ao inovar no setor de serviços.

"Inovação é uma mudança no processo pelo qual uma organização transforma trabalho, capital, matéria-prima ou informação em produtos e serviços de valor maior." - Clayton Christensen

Embora novos produtos sejam encarados como a linha de frente da inovação no mercado, a inovação em outras dimensões também desempenha um papel estratégico nas organizações. Isso porque é uma vantagem significativa ser capaz de fazer algo que ninguém pode ou fazer melhor que os outros.

Mas a inovação não está restrita apenas a bens manufaturados ou à abertura de novos mercados. A inovação pode ser entendida como a oferta de uma nova solução que resolva com mais eficiência a necessidade de quem consome o produto ou serviço.

Conforme Tidd e Bessant, dois pesquisadores dos quais falaremos muito ao longo do curso:

"Inovação é mais do que ter boas ideias; é o processo de fazê-las evoluir a ponto de terem um uso prático. É o processo de transformar ideias em realidade e lhes capturar valor." - Tidd & Bessant

Essa ideia pode ser ilustrada com a invenção da lâmpada elétrica por Thomas Edison. Apesar de ser uma excelente ideia, ela não teria relevância prática em um mundo sem eletricidade. Então, a sua equipe passou a se dedicar à construção de uma infraestrutura que gerasse e distribuísse eletricidade. Para isso, projetaram luminárias, interruptores e fiação elétrica.

É importante dizer que empresas que não investem em inovação colocam o seu futuro em risco, visto que o seu negócio dificilmente irá prosperar e ser capaz de competir se não buscar soluções para os problemas emergentes.

Além da competição entre participantes do jogo, o próprio contexto geral em que o jogo se insere está em constante transformação.

Nesse sentido, podemos pensar no caso da Kodak, cujo negócio se baseava na produção e no processamento de filmes e na venda de serviços associados ao mercado fotográfico de massa. Porém, com a transição da fotografia analógica para a digital, a empresa sofreu uma mudança drástica.

Apesar dos esforços para se adaptar a esse novo mercado, a Kodak entrou com um pedido de falência em 2012. Mas a Kodak faliu? Não! A empresa foi capaz de se reagrupar em torno de outras tecnologias de base e desenvolveu novas diretrizes para o crescimento inovativo em áreas como a de impressão de alto volume e velocidade.

Assim, percebemos que a inovação está diretamente atrelada à sobrevivência e ao crescimento dos negócios.

Inovação - Empreendedorismo e cultura de inovação

Já falamos que a inovação está atrelada à sobrevivência e ao crescimento dos negócios. Por isso, o problema de uma pessoa pode ser a oportunidade de outra, no sentido de buscar uma solução para resolver essa dor.

Conforme Eric Ries, "inovação é a capacidade que temos de resolver problemas reais". Isso nos leva ao empreendedorismo como uma característica fundamental dos processos de inovação.

Empreendedorismo

O empreendedorismo é a disposição ou capacidade de idealizar, coordenar e realizar projetos, serviços e negócios. Além disso, é a iniciativa de implementar novos negócios ou mudanças em empresas já existentes, com alterações que envolvem inovação e riscos.

Mas nem toda inovação é feita por dinheiro. Existem inúmeros exemplos de empreendedorismo social, cujo alvo primário é a criação de alguma forma de valor social que faça a diferença no mundo.

Empreendedorismo social

Um exemplo de empreendedor social é Muhammad Yunus, vencedor do Prêmio Nobel da Paz. Yunus revolucionou a economia ao fundar o Grameen Bank, que oferece microcrédito e ajuda pessoas em condições adversas a obter autossuficiência econômica por meio do trabalho autônomo. Esse trabalho começou na Índia e já foi replicado em mais de 50 países.

Então, o empreendedorismo social foca pouco em gerar lucros e mais em gerar valor sustentável.

"Inovação é a ferramenta específica dos empreendedores, o meio pelo qual exploram as mudanças como oportunidades para um negócio ou serviço diferente. Pode ser considerada uma disciplina, pode ser aprendida e praticada." — Peter Drucker

Mas como podemos criar um ambiente propício para que a inovação seja aprendida e praticada?

Primeiro, precisamos de um terreno em que a inovação possa florescer. Isso significa incentivar e permitir a experimentação, a avaliação e a investigação na empresa.

A Innovalura, centro de inovação em que a Ana trabalha, tem uma cultura de experimentação muito forte. De modo geral, eles naturalizam e incentivam a tentativa e erro como uma forma de aprendizado.

Além disso, o centro reforça os comportamentos inovativos por meio de reforços positivos, que podem ser tanto o reconhecimento ou recompensas na folha de pagamento quanto um simples agradecimento.

O centro também conta com pessoas dispostas a questionar o cenário atual e que se sentem seguras ao se exporem quando discordam de algo, mas mantêm a cabeça aberta para avaliar uma nova ideia.

Quando falamos de pessoas, a diversidade é fundamental para a inovação.

É a diversidade que permite a inclusão de múltiplas perspectivas e experiências. Aqui nos referimos a todas as dimensões da diversidade: gênero, raça, cultura, religião, entre outras.

Para que a cultura de experimentação possa florescer, é preciso proteger o ambiente de inovação dos efeitos corrosivos de uma burocracia empresarial que tenta explorar os recursos existentes de forma repetitiva e busca impor a condescendência por meio do cumprimento das regras.

Isso se relaciona a uma frase famosa do Steve Jobs:

"É melhor ser um pirata do que entrar para a marinha." — Steve Jobs

Ser um(a) pirata significa se mover com rapidez, livre de burocracia e política, além de ter audácia e coragem, disposição para correr riscos consideráveis em troca de obter as maiores recompensas.

"Inovação é por si só um processo de natureza desordenada; você não pode agendar para ter três ideias na quarta-feira e duas na sexta. Não é assim que a criatividade funciona." — George Buckley

A criatividade está intrinsecamente conectada à inovação. Na Innovalura, por exemplo, foi implementada uma política que permite que as pessoas colaboradoras dediquem 15% do seu tempo para desenvolver projetos próprios.

O intuito dessa prática é proporcionar tempo livre suficiente para que as pessoas possam gerar ideias, experimentá-las e avaliá-las. Essa política se baseia nos modelos de sucesso da 3M e da Google.

Porém, é importante entender que não vale só copiar o que parece funcionar para outra empresa, pois isso não necessariamente trará benefícios para a sua organização.

Essa cópia de práticas alheias pode até acabar custando mais e evitando que a sua empresa encontre os próprios meios para lidar com um problema específico. É como se observássemos alguém dirigindo um carro e, somente com essa observação, considerássemos que somos motoristas experientes.

Existem dicas úteis que podem ser aproveitadas, mas não há substituto para o longo processo de aprendizagem calcado na experimentação.

Observar é válido, mas experimentar ainda é o melhor caminho para saber o que funciona ou não para você.

Rotinas são particulares à empresa e devem ser aprendidas. Por rotina, queremos dizer os comportamentos repetidos a ponto de se tornarem quase internalizados, é "o nosso jeito de fazer as coisas".

Isso envolve o desenvolvimento de um conjunto de rotinas integradas que esteja diretamente associado à gestão eficaz da inovação, podendo resultar em habilidade competitiva diferenciada.

É preciso ter cuidado com esse jeito de fazer as coisas para que essas práticas não se tornem engessadas. Até porque, da mesma forma que é imprescindível construir rotinas, também é preciso reconhecer quando e como destruí-las, permitindo que novas práticas sejam criadas.

É justamente sobre destruição que falaremos a seguir.

Sobre o curso Inovação: descubra como e onde inovar

O curso Inovação: descubra como e onde inovar possui 80 minutos de vídeos, em um total de 39 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de Empreendedorismo e Startups em Inovação & Gestão, ou leia nossos artigos de Inovação & Gestão.

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