Olá! Meu nome é Ana Ribeiro, sou instrutora na Alura.
Audiodescrição: Ana se identifica como uma mulher de pele parda, com olhos e cabelos castanhos. Usa óculos de armação preta e veste uma blusa preta com a inscrição "Alura". Ao fundo, uma parede estampada iluminada em tons de rosa e azul, com luzes led verticais à esquerda.
É um prazer estar aqui para discutir um tema tão relevante para lideranças, especialmente aquelas que desejam adotar um perfil de atuação mais empático. Falar sobre empatia é complexo, pois as pessoas têm diferentes percepções sobre o assunto. A maioria conhece o conceito, mas talvez não o pratique corretamente.
Para isso, consideraremos a referência de Kim Scott, que nos ensina a trabalhar com a empatia assertiva, humanizando nossa gestão sem perder de vista os resultados estratégicos do negócio. Para aprofundar esse tema, exploraremos os cinco P's da estratégia e entenderemos como eles se conectam com o modelo neurocientífico da Scarf, amplamente utilizado em neuroliderança. Isso nos ajudará a compreender melhor o interesse e desenvolvimento das pessoas, refletindo nas ações de gestão.
Também abordaremos a delegação de tarefas, tornando-a mais inteligente e estratégica, além de promover o engajamento da equipe. Além disso, discutiremos como trabalhar com feedbacks e uma nova forma de desenvolvimento pessoal, o feed-forward, compreendendo até mesmo como a inteligência artificial pode contribuir nesse processo de construção.
Estamos contentes em iniciar este curso e gostaríamos de lembrar que ele será prático, com diversos exemplos e atividades que fortalecerão sua aprendizagem. Portanto, não deixe de realizar todas as tarefas que ofereceremos como apoio ao seu desenvolvimento.
Já podemos seguir para a primeira aula e iniciar o processo de aprendizagem.
Liderar é um desafio, pois a liderança precisa atender a diversas expectativas. Uma delas é realizar uma boa gestão de pessoas no time, promovendo o desenvolvimento, alcançando os resultados necessários e garantindo avaliações justas e concisas.
Além disso, a liderança deve atender às expectativas corporativas, especialmente aquelas relacionadas ao planejamento estratégico. A estratégia, muitas vezes, é definida de forma top-down (de cima para baixo) e precisa ser distribuída entre diversas lideranças e áreas para se tornar mais específica e ser transformada em objetivos e metas claros, de modo que todos os times saibam o que e como devem fazer.
Uma preocupação constante da liderança é trabalhar com uma estratégia de maneira humanizada, impactando positivamente o comportamento organizacional. Isso garante que as pessoas lideradas estejam satisfeitas com a gestão e compreendam verdadeiramente o motivo de estarem trabalhando dessa forma, em prol de objetivos específicos.
Para isso, a liderança precisa desenvolver novas competências, modulando seu perfil para ser inclusiva, transformadora e empática, sem perder de vista os objetivos necessários para o sucesso do negócio através do sucesso das pessoas.
Para discutir como uma liderança pode ser empática e atuar de maneira humanizada enquanto alcança os resultados necessários, utilizaremos o conceito dos cinco P's da estratégia.
Existem diversos conceitos de estratégia, dependendo da referência preferida. Aqui, utilizaremos a referência de Henri Mintzberg, que define estratégia como "o padrão ou plano que integra as principais metas políticas e a sequência de ações de uma organização em um todo coerente".
Um elemento comum em qualquer definição de estratégia é o planejamento, que serve como base.
Abaixo temos os cinco P's da estratégia formulados por Henri Mintzberg:
*** Plano
Vamos explorar mais detalhes sobre esses tópicos. O primeiro é o plano, essencial para a atuação da liderança. Ele envolve o curso, a ação ou diretriz do que precisamos alcançar e fazer.
Antes de criar ações para alcançar objetivos, é necessário ter um plano concreto. Antes de apresentar algo ao time, é preciso garantir que o plano esteja estruturado, mesmo que inicialmente como um rascunho a ser lapidado com a equipe. O plano deve funcionar como um guia, contendo os fatores principais que não podem ser esquecidos.
Como segundo P, Henry listou o pretexto, um tipo de estratégia que funciona como uma manobra específica. Lideranças que observam o mercado em busca de tendências para agregar às rotinas do time ou tornar a empresa mais competitiva lidam com o pretexto. Ele atua como uma manobra, fazendo com que a concorrência e as partes interessadas acreditem na ideia que a empresa está transmitindo, sem compreenderem a verdadeira intenção da ação.
Outro ponto listado nos cinco P's é o padrão, que representa a consistência de comportamentos necessários para a execução das ações e cumprimento do planejamento estratégico. O padrão está relacionado à construção do planejamento, permitindo definir boas práticas e formas eficazes de alcançar resultados, replicando-as no comportamento do time.
A posição considera um ponto de referência, como uma temática específica, empresa, ambiente ou área, para definir o posicionamento estratégico em relação a essa temática. É necessário olhar para fora para definir como se posicionar internamente e como isso refletirá nas ações da empresa.
Por fim, temos a perspectiva, o menos mutável dos P's discutidos. A perspectiva deve durar a médio ou longo prazo, proporcionando segurança sobre o rumo da empresa. É uma visualização de um conceito interno que a maioria das pessoas precisa compartilhar, fortalecendo a relação entre pessoas colaboradoras e a organização.
Conhecer sobre estratégia é importante para moldar o estilo de liderança. É necessário identificar quais dos cinco P's fazem sentido para a atuação, pois nem sempre é necessário trabalhar com todos ao mesmo tempo. Pode-se optar por trabalhar com o planejamento, a perspectiva e o padrão, ou focar mais no pretexto, dependendo das necessidades.
Identificar uma combinação de estratégias que faça sentido permite detalhar como trabalhá-las, desenvolvendo empatia e outras competências para uma atuação mais humanizada.
A seguir, vamos discutir como estruturar a atuação de liderança de maneira mais empática e humanizada. Vamos lá?
Vamos discutir o principal recurso que nos auxilia a atuar como liderança focada em objetivos, metas e resultados, mas que também deseja atuar de maneira mais humanizada.
Isso é extremamente benéfico para a organização como um todo, pois as pessoas dedicam a maior parte do seu tempo de vida ao trabalho. Se elas conseguem ter uma experiência positiva, vão querer permanecer nesse ambiente, o que é excelente para a cultura corporativa e para os resultados do negócio. Portanto, é estratégico seguir esse caminho, embora desafiador.
O tema agora é empatia, que é complexo, pois as pessoas têm percepções diferentes sobre essa palavra. Embora conheçam sua definição geral, nem todas as pessoas a praticam corretamente.
No contexto de liderança, trazer empatia para as práticas não significa usá-la da mesma forma que no contexto pessoal, com amigos e família. A empatia no âmbito corporativo é diferente e precisa ser entendida, pois grandes lideranças com grandes responsabilidades podem cometer erros ao trabalhar com empatia.
Uma referência importante é o livro Empatia Assertiva, de Kim Scott. Seu subtítulo, "como ser um líder incisivo sem perder a humanidade", já indica seu teor e como pode transformar nossa compreensão e aplicação desse conceito.
Kim Scott esquematiza a empatia de maneira brilhante, criando a Matriz da Empatia com quatro quadrantes que descrevem o que é e o que não é empatia. Podemos consultar esse esquema abaixo:
Provavelmente, nós nos identificamos com um ou mais desses quadrantes, o que nos ajuda a desenvolver autoconsciência sobre como praticamos e podemos melhorar a empatia para obter resultados reais.
O primeiro quadrante é a empatia nociva, uma das mais praticadas. A pessoa acredita que está fazendo a melhor escolha possível porque se importa com o sentimento da outra pessoa.
Imagine um cenário em que uma pessoa liderada, com histórico de ótima performance, começa a ter um declínio, entregando projetos atrasados e de baixa qualidade. Se temos a percepção de que essa pessoa é ótima, podemos evitar ferir seus sentimentos, dizendo que a entrega está boa, mesmo que precise de ajustes.
Esse feedback não ajuda no desenvolvimento da pessoa, pois ela pode não ter consciência de sua performance. Quando não damos um retorno adequado, ela pode abaixar seus próprios padrões, o que não é interessante para o desenvolvimento pessoal nem para o negócio.
O próximo quadrante é a insinceridade manipuladora. Nesse caso, a liderança não é sincera e age de maneira manipuladora. Ao receber uma entrega ruim, a liderança pode dizer que está tudo bem, sem mencionar que algo está errado, priorizando seus próprios sentimentos e intenções. Isso a torna uma "liderança preguiçosa" (termo relacionado a esse quadrante), pois evita o trabalho de elaborar um bom feedback.
Outro quadrante ineficiente é a agressividade ofensiva. Nesse cenário, a liderança reage de forma agressiva a uma entrega ruim, prejudicando o time e a cultura organizacional. Além de não humanizar a gestão, a comunicação assertiva também precisa ser melhorada, pois a liderança não é capaz de selecionar as palavras corretas ao lidar com a pessoa liderada.
Esses três quadrantes são ineficientes e prejudiciais para a organização e para os sentimentos das pessoas, criando uma cultura negativa e uma imagem de liderança não interessante.
A empatia assertiva, ou Radical Candor, defendida por Kim Scott, é o quadrante ideal. Nele, podemos dizer o que precisa ser dito de forma franca e honesta, escolhendo o melhor formato, discurso e momento. Utilizamos fatos para expor o que precisa ser melhorado e nos colocamos à disposição para apoiar o desenvolvimento da pessoa. Isso é empatia: apontar melhorias e oferecer apoio ou consultoria sobre possíveis caminhos para o desenvolvimento.
Um exemplo citado no livro, fora do contexto corporativo, ilustra os diferentes tons de cada quadrante:
É importante entender essas diferenças para desenvolver autoconsciência sobre como trabalhamos com empatia e melhorar nossa liderança e condução do time para alcançar resultados.
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