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Multiplicadores: planejando estratégias de ensino para cursos

Planejamento instrucional - Apresentação

Boas-vindas a mais um curso da Alura! Meu nome é Cinthia Bregola e irei te acompanhar ao longo dessa jornada de aprendizagem em estratégias de ensino.

Audiodescrição: Cinthia se descreve como uma mulher de pele clara, com cabelos curtos, lisos e pretos, sobrancelhas pretas, e olhos pretos. Ela usa óculos de armação arredondada marrom, veste uma camisa preta com o logotipo da Alura em branco, e está sentada no estúdio da Alura em frente a um microfone preto, com uma parede clara ao fundo iluminada em gradiente roxo, e uma estante preta à esquerda da instrutora contendo enfeites e iluminações amarelas.

Tenho mais de 10 anos de experiência com treinamentos, tendo atuado como instrutora, analista de treinamento e designer instrucional. Atualmente, sou coordenadora educacional na Escola de Gestão e Design da Alura. Na minha trajetória, produzi e colaborei com programas de treinamento corporativo, comportamentais e técnicos, para clientes como Vivo, Cielo e Livelo.

O que vamos aprender?

Neste curso, falaremos sobre o planejamento de cursos e conteúdos educacionais.

Ao longo das aulas, estudaremos, por exemplo:

Além disso, aprenderemos a estruturar um conteúdo lógico e proporcional, com uma carga horária adequada para as aplicações teóricas e práticas.

Na sequência, entenderemos técnicas e ferramentas educacionais para tornar o ensino corporativo mais engajador e interessante. Vamos discutir sobre metodologias ativas de ensino, como utilizá-las, identificá-las e mapear o perfil das pessoas para as quais vamos ministrar o conteúdo.

Também iremos explorar como a inteligência artificial pode apoiar na construção desse planejamento, abordaremos diferentes formatos (presenciais, assíncronos e síncronos), e definiremos os materiais para cada modelo.

Ao final, desenvolveremos o planejamento instrucional de um conteúdo que pode ser ministrado à distância ou em gravação, além do plano de aula que irá compor essa estruturação.

Para quem é este curso?

Este curso foi pensado para colaboradores de empresas que pretendem se tornar multiplicadores de conhecimentos, ou para pessoas instrutoras iniciantes que não têm certeza se estão no caminho certo, construindo conteúdos aderentes, adequados e lógicos para o ambiente corporativo.

Aprenderemos a fazer esse planejamento, etapa fundamental para a construção de qualquer conteúdo educacional. Assim, no decorrer da formação, avançaremos nas etapas de:

Conclusão

Se o seu objetivo é se tornar uma pessoa multiplicadora de conhecimentos, este curso é para você. Nos encontramos no próximo vídeo para dar início a essa jornada!

Planejamento instrucional - Analisando necessidades e público-alvo

Introdução ao Planejamento de Cursos

Antes de falarmos sobre as necessidades e nosso público-alvo, é importante entendermos como funciona o planejamento de um curso. Para isso, vamos passar pelas etapas de planejamento instrucional. Utilizaremos o modelo ADE, que consiste em análise, desenho, desenvolvimento, implementação e avaliação do programa de treinamento ou do programa de cursos. Este modelo é usado especificamente para a criação de conteúdo educacional e é bastante abrangente. Existem outros modelos, mas acreditamos que este é mais simples e muito usual no meio corporativo, que é nosso objetivo aqui: construir um curso de cunho corporativo.

Etapas do Modelo ADE

A primeira etapa do modelo consiste na análise, que envolve analisar a necessidade, o contexto e identificar o porquê dessa necessidade de treinamento ou curso. Devemos analisar todas as etapas necessárias para alcançar o objetivo desenhado pela empresa ou organização. Partindo dessa análise, vamos explorar isso em detalhe ao longo deste curso.

Em seguida, passamos para a etapa de desenho, que consideramos a maior etapa de planejamento. É quando fazemos o design da experiência e desenhamos tudo o que precisa acontecer dentro de uma experiência de conteúdo. Depois disso, vamos para a etapa de desenvolvimento, onde criamos efetivamente os conteúdos, materiais necessários e desenvolvemos tudo o que precisa ser desenvolvido para a capacitação acontecer.

Por fim, chegamos à etapa de implementação. Com tudo pronto, aplicamos o treinamento, ministramos e, por último, avaliamos. Verificamos o que aconteceu naquele treinamento, o que aconteceu com o conteúdo e o que podemos melhorar. Após a etapa de avaliação, entramos em uma etapa de retroalimentação, onde podemos voltar para a etapa de desenho, desenvolvimento ou até implementação. Isso nos permite avaliar se o programa foi eficaz, se atendeu às expectativas e melhorar a cada turma e a cada momento em que ministramos o mesmo conteúdo.

Iniciando o Planejamento

Para iniciar esse planejamento, o que precisamos fazer? Primeiro de tudo, analisar as necessidades. Quem é o demandante? Quem está trazendo essa solicitação de curso? Quem pediu para criar esse conteúdo? O que essa pessoa está trazendo? Qual é o briefing dessa solicitação? Qual é o público-alvo definido? Quem precisa ser capacitado nesse determinado conteúdo?

Na sequência, desenhamos essa solução educacional. Para atender ao objetivo já identificado, qual é a solução que mais atende? É um curso? São dois cursos? É um curso online? É um curso presencial? É algo além de um curso, por exemplo? A partir desse desenho, validamos antes de produzir. Antes de criar slides, atividades ou exercícios, validamos se aquilo atenderá minimamente à proposta original, para depois irmos para a etapa de criação.

Análise de Necessidades

Neste curso, vamos trabalhar muito essa etapa do planejamento e do desenho da experiência educacional. E para começar, o que vamos fazer? A análise de necessidades. Qual é o contexto dessa solicitação? Por que a pessoa está solicitando esse curso? O que ela pretende atingir com esse conteúdo? A capacitação é para algo mais técnico ou comportamental? Precisamos analisar e entender, como demandantes, o contexto dessa necessidade. O que precisa ser ensinado e por que precisa ser ensinado? Quais são os tópicos que precisam obrigatoriamente ser contemplados naquele curso e por quê? Às vezes, o que chega como necessidade não é necessariamente uma necessidade real.

Às vezes, o problema está em outro lugar, diferente do que o demandante está trazendo. Portanto, realizar essa sondagem será importante para conseguirmos identificar efetivamente qual é a necessidade que precisa ser atendida. E qual a carga horária estimada? É muito comum já recebermos a demanda com a especificação de um curso que precisa ter uma hora de duração para o público X. Em algumas ocasiões, essa carga horária se encaixa muito bem e funciona perfeitamente. Em outras, não. Pode ser uma carga horária superestimada ou subestimada. Assim, entender essa expectativa nos ajudará a compreender até que ponto devemos explorar o conteúdo.

Exemplo Prático: Empresa TechSafe

Para ilustrar neste curso, vamos usar um exemplo específico e fictício: a empresa TechSafe. Trata-se de uma empresa de soluções em tecnologia de médio porte que, no momento, identificou a necessidade de capacitar o time de pessoas desenvolvedoras sobre uma mudança de metodologia na gestão de tarefas. Para isso, precisam entender um pouco sobre metodologias ágeis, como Scrum e Kanban. Serão capacitadas, nesta etapa, 20 pessoas. Com essas informações em mãos, como podemos criar uma experiência de aprendizagem ativa, prática e engajadora para esse público?

Mapeamento do Público-Alvo

Para iniciar, a primeira etapa, após a análise do contexto e da necessidade, será o mapeamento do público-alvo. Quem são essas pessoas que serão capacitadas? Qual é o cargo delas? Qual é o conhecimento que possuem? São pessoas mais técnicas? Qual o perfil que costumam ter? Se são de uma área mais relacional, onde a comunicação é maior, o que precisa ser desenvolvido para elas? Isso guiará todas as próximas etapas que vamos avançar aqui.

Qual é o perfil dessas pessoas? Essa informação é mais refinada e não chega tão clara para nós; será necessário buscá-la. A TechSafe informou que é uma equipe de pessoas desenvolvedoras. Com base nessa informação, podemos imaginar que são pessoas mais técnicas, com tendência a serem mais da parte lógica do que da parte relacional. É uma hipótese, podemos estar enganados, mas existe uma predominância dentro desse público. Se não conhecemos o público, se é distante da nossa atuação diária, como faremos essa análise? Como definiremos esses tipos de perfil? Vamos mapear isso ao longo deste conteúdo.

Compreendendo o Estilo de Aprendizagem

Como essa pessoa aprende melhor? Para ela, qual é a forma mais fácil de entender um conteúdo? É de forma visual? Escrita? Por meio de gravação? Quanto tempo essa pessoa tem disponível? É um cargo com mais tempo livre ou não? Conseguirá dedicar apenas 30 minutos ou 1 hora do dia para essa capacitação? E qual é a necessidade que essa pessoa precisa atender? Após a capacitação, o que ela precisa ser capaz de fazer com esse conteúdo?

Se conseguirmos mapear corretamente essas informações sobre o público, o programa de ensino ou curso será muito efetivo, pois atingiremos o público de maneira correta. Para isso, precisamos realmente nos aprofundar e entender quem são essas pessoas. Essa é a etapa mais importante do planejamento: entender o público-alvo. Se compreendermos o público de forma errada, o conteúdo pode ser excelente, mas não atingirá as pessoas que estão sendo capacitadas. Portanto, essa etapa demanda muitas perguntas para entender bem sobre o que vamos falar e com quem vamos falar.

Próximos Passos

No próximo vídeo, vamos entender melhor sobre esse público-alvo, refinar algumas informações e também definir o modelo de ensino que utilizaremos, documentando-o no que será nosso plano de aula. Até lá!

Planejamento instrucional - Documentando as informações

Introdução à Documentação de Informações

Agora, vamos entender onde documentamos as informações que estamos coletando. É importante começarmos a fazer isso para não acumular tudo em um único momento. Onde podemos fazer essa documentação e como? Citamos aqui as três principais e mais usuais formas: a emenda, o plano de aula e o roteiro. É comum que sejam utilizados esses três, nesta ordem ou apenas algum deles.

Estruturação de Conteúdos Educacionais

A emenda consiste em uma estruturação mais simples e objetiva, focando principalmente nos tópicos que serão explorados no curso. É muito comum definirmos primeiramente a emenda, ou seja, quais são os tópicos principais e objetivos que temos com aquela capacitação. Validamos isso e, em seguida, passamos para a etapa do plano de aula.

O plano de aula costuma ser mais detalhado. Como o nome já diz, ele é um plano do que vai acontecer naquela aula ou curso. Nele, trazemos algumas informações mais detalhadas. Por fim, existe o modelo de roteiro, que, como o nome indica, é uma forma roteirizada. Algumas empresas utilizam um ou outro: a emenda, o plano de aula ou o roteiro. Algumas empresas podem usar o plano de aula, mas chamá-lo de emenda ou matriz. Outras podem usar o roteiro, que contempla informações do plano de aula.

Adaptação de Modelos de Documentação

O importante é entender o raciocínio e a lógica utilizada para estruturar conteúdos educacionais. A forma como isso acontecerá varia muito de empresa para empresa. Muito provavelmente, se estamos fazendo este curso, é porque pretendemos ministrar um curso, e na empresa em que trabalhamos, provavelmente já existe um modelo. Se não existe, também temos espaço para propor uma forma que faça mais sentido para o nosso dia a dia e para o que estamos estruturando.

Exemplo Prático: Curso da TechSafe

Para este curso, que é baseado no exemplo da TechSafe, uma capacitação focada principalmente em agilidade, vamos utilizar o plano de aula. Entendemos que o plano de aula é o mais usual e comum em termos de nomenclatura educacional. Ele consegue contemplar informações que estão na emenda e um detalhamento de mini-roteiro dentro dele. Acreditamos que ele é o mais abrangente e oferece uma visão melhor das possibilidades. Vamos disponibilizar alguns modelos para consulta, caso desejem visualizar. Trouxemos um modelo de plano de aula, simples, fácil e objetivo.

Estrutura do Plano de Aula

Poderíamos ter um modelo mais complexo e robusto, mas acreditamos que não é o objetivo neste momento. Ao elaborar um curso, devemos focar no que é mais básico e funcional. O modelo traz informações como objetivo, público-alvo, modalidade, carga horária, perfil, observações e data de criação como cabeçalho. Essas são as informações principais que precisamos ter antes de pensar na estruturação do conteúdo.

Detalhamento do Curso de Metodologias Ágeis

Para o nosso exemplo da TechSafe, vamos capacitar colaboradores desenvolvedores em metodologias ágeis, compreendendo o Scrum e o Kanban de forma prática. Resumidamente, esse foi o briefing que recebemos. O público-alvo, neste caso, são desenvolvedores. A modalidade ainda não foi discutida, assim como a carga horária. Perfil e observações serão abordados nas próximas aulas. A data de criação é opcional, mas é um marco interessante para inserir quando o conteúdo é administrado repetidamente. É sempre bom saber a última data de atualização desse conteúdo.

Componentes do Plano de Aula

Dentro do nosso formato de plano de aula, temos algumas informações. No modelo escolhido, temos o dia, caso seja um treinamento de mais de um dia. Por exemplo, se o conteúdo for administrado em dois dias de duas horas, podemos separar onde cada informação estará. O título da aula ou do módulo depende de como o conteúdo será separado, se por módulos ou por aulas. A carga horária deve delimitar a minutagem do que pretendemos ensinar. Os objetivos serão discutidos mais adiante. O conteúdo programático detalha o que vamos explorar. Os recursos referem-se ao tipo de material e recursos que utilizaremos durante as aulas.

Conclusão e Próximos Passos

Por enquanto, essa é a informação que temos, e é importante que se familiarize com este modelo. Se houver outro modelo de plano de aula ou roteiro que deseje usar durante o curso, tudo bem, mas é importante que contemple os campos que estamos explorando. Por enquanto, objetivo, público-alvo e modalidade são essenciais. No próximo vídeo, vamos explorar mais sobre modalidades e formatos de ensino, para que possamos planejar bem o curso que estamos montando para a TechSafe. Até lá!

Sobre o curso Multiplicadores: planejando estratégias de ensino para cursos

O curso Multiplicadores: planejando estratégias de ensino para cursos possui 114 minutos de vídeos, em um total de 41 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de Ensino e Aprendizagem em Inovação & Gestão, ou leia nossos artigos de Inovação & Gestão.

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