O meu nome é Victorino Vila e eu sou instrutor desse treinamento MySQL com Json, o que nós vamos ver é como é que eu consigo manipular objetos no formato Json dentro do banco de dados do MySQL.
Claro que muita gente vai perguntar para mim o que é Json, então óbvio, nós vamos começar esse treinamento falando um pouco sobre o que é o Json, como ele é composto para que ele serve, quais são as vantagens de usar Json, não necessariamente no MySQL, mas sim na área de tecnologia da informação como um todo.
E depois nós vamos ver por que que o Json pode ser usado dentro do MySQL e nós vamos carregar algumas bases demos e usar uma série de funções que nós conseguimos manipular o Json usando a linguagem SQL, como se o Json fosse uma tabela normal.
Então nós vamos aprender como é que eu busco elementos Json através de um critério de filtro, nós vamos aprender a inserir novos elementos dentro do Json, juntar Jsons diferentes num único Json, através da função Json (merger).
Vamos também ver algumas funcionalidades que capturam propriedades do Json, principalmente para nós sabermos se o Json que está na base de dados possui as mesmas características para cada linha da tabela.
E finalmente nós vamos estar vendo arrays de Json e finalmente aplicando em uma outra base de dados, como é que nós transformamos um array de Json em uma tabela, através do Json table.
Então nesse treinamento, nós vamos englobar quase que tudo que o MySQL tem de funcionalidade para manipular Json. E aí, você depois vai conseguir ter uma ideia de como você vai aplicar isso na prática, no seu dia a dia, se caso você queira salvar nos seus bancos de dados do MySQL sentenças no formato Json.
Então é isso aí, espero que vocês gostem desse treinamento, vamos então seguir em frente. Abraço! Até o próximo vídeo.
Vamos começar, vamos falar um pouco sobre Json ou JavaScript Object Notation, ele é um formato de intercâmbio de dados que independe da linguagem, ele é baseado em uma notação texto e é usado muito para serialização de dados.
Ele tem esse nome JavaScript Notation porque a sua sintaxe é derivada dos literais de objeto do JavaScript. Eu vou falar um pouco mais a frente sobre o que significa a serialização de dados, mas para não deixar você sem resposta, isso significa o processo de você transformar uma classe de objetos em uma determinada linguagem qualquer na notação Json.
A gramática do Json é muito simples, ela é composta basicamente de seis caracteres estruturais, dois deles são o abre e fecha “Colchetes”, temos mais dois caracteres estruturais, que é o abre e fecha “Chaves”, depois os “Dois pontos” e finalmente a “Vírgula”.
Para que serve esses caracteres? O abre e fecha “Chaves”, ele limita o início e o fim de um Json, logo, toda a representação Json deve ser iniciada como abre “Chaves” e deve ser finalizada com um fecha “Chaves”.
Já quando nós temos uma representação de valores no formato de array, ou seja, um conjunto de valores, eles são limitados pelo abre e fecha “Colchetes”. Os “Dois pontos” são usados para separarmos o nome de uma propriedade do Json e o seu valor.
Nós vamos ver mais a frente que o Json possui propriedades e essas propriedades possuem nomes, então o “Dois pontos” é usado para separar propriedade. Um Json, ele pode ter várias propriedades, então essas propriedades são separadas pela “Vírgula”.
Ou então, dentro do “array”, quando você tiver múltiplos valores dentro desse array, esses valores também são separados por “vírgula”, então nós conseguimos agora rapidamente falar um pouco sobre como que esses caracteres estruturais organizam o Json.
Além dos caracteres estruturais, também temos outros tipos de dados, como por exemplo strings para representar propriedades que são do tipo texto, números que vão representar propriedades numéricas, nós estamos incluindo não somente os números inteiros, mas também os números decimais.
Levando em consideração que os números decimais não têm separador de milhar e o separador de decimal é representado pelo “Ponto” e não pela “Vírgula” e nós temos também três nomes literais, o false e o true, que representam valores associados às propriedades do tipo lógica.
E a palavra null que representa o vazio, ou seja, uma propriedade que não tem valor, no caso dos textos, bem como o nome das propriedades, nós devemos limitá-los através de “Aspas simples” ou “Aspas duplas”.
Ou seja, entre o nome da propriedade nós temos “Aspas simples” ou “Aspas duplas” e entre os valores, que são os valores do tipo texto e também nesses valores do tipo texto, eu estou incluindo também representação de datas, são também limitados pelo “Aspas simples” ou pelas “Aspas duplas”.
Então como eu já havia falado, dentro do Json tem propriedades e valores, cada propriedade tem um valor. A propriedade é identificada por um nome literal, esse nome literal não pode se repetir dentro do Json é sempre representado entre “Aspas simples” ou duplas.
Já o valor da propriedade, pode ser um valor respeitando aqueles tipos que eu mostrei no slide anterior, ou seja, strings, números ou valores lógicos, porém a propriedade pode também ter como valor um outro Json, então esse outro Json, que é valor de uma propriedade, vai ter as mesmas regras estruturais que um Json normal possui.
Então dentro de um Json, eu posso ter outros Jsons e é claro também, o valor de uma propriedade pode ser um array, representado entre colchetes e dentro eu coloco os valores do array separados por “Vírgula”, exemplo, digamos que temos uma propriedade chamada hobby.
Logo, o cliente, por exemplo, pode ter vários hobbies, praia, futebol, vôlei, logo, cada valor, praia, futebol, voltei vai estar dentro do array, limitado por colchetes e cada valor desse vai estar separado por “Virgulas”.
Porém, os componentes de um array não necessariamente são apenas strings numéricos ou valores lógicos, eles podem ter dentro de um array outros valores, mas também eu posso ter um conjunto de Json ou até mesmo um outro array dentro do primeiro array.
E assim com essa estrutura, eu posso representar estruturas de dados complexas, na medida que eu posso colocar Jsons dentro de Json, dentro de arrays que transforma em novos Jsons e assim por diante.
Para nós entendermos como é que nós representamos um componente ou um objeto usando Json, vamos mostrar um exemplo. Vamos supor que eu tenha aqui para representar alguns clientes e eu tenho a seguinte propriedade desses meus clientes.
Eu tenho a propriedade de nome, de idade, o salário que aquele cliente possui, nós temos telefones de contato onde eu posso encontrar esse cliente e também países que ele já visitou.
Então uma forma fácil de representar o Json desse cliente, está sendo mostrada aqui em cima. Então eu coloco o nome da propriedade entre “Aspas duplas”, o “Dois pontos” separando o nome da propriedade e o valor e o valor da propriedade.
Como essa propriedade o nome é um texto, ele também é limitado entre “Aspas duplas”. Depois nós temos uma vírgula para poder passar para a próxima propriedade e a próxima propriedade é a idade que tem o seu nome, o “Dois pontos” e notem, a idade como é um inteiro.
Na verdade é um número, número inteiro, eu não represento entre “Aspas duplas”, coloco o “Ponto vírgula”, tenho a próxima propriedade que é o salário, também é o número, mas nesse caso é um número decimal, não tenho separador de milhar e o separador de decimal, eu uso o “Ponto”.
Depois eu tenho a propriedade telefones e o cliente pode ter mais de um telefone, então como eu tenho múltiplos valores para essa propriedade, eu utilizo o array, o array é limitado, então abre “Colchetes”, fecha “Colchetes” e dentro do array, eu coloco os valores separados por “Vírgula”.
Como o telefone é também um texto, ele está separado por “Aspas duplas” e depois eu tenho países, que tem uma representação semelhante ao telefone, “Dois pontos” para separar o nome da propriedade do valor, temos o abre e o fecha “Colchetes”, os três países são textos separados por “Vírgula” e limitados entre “Aspas duplas”.
E finalmente tenho aqui o abre “Chaves” no começo e o fecha “Chaves” no final. Então eu tenho a representação deste cliente. Vamos deixar essa estrutura um pouco mais complexa.
Vamos supor que eu tenha também que representar os filhos daquele cliente e as propriedades de um filho seriam: nome, idade e o nome da escola que aquela criança está estudando.
E o nosso cliente tem três filhos, o Marcelo de dez anos de idade da escola 1; a Lucia com oito anos de idade que estuda também na escola 1 e finalmente o Lucas com dois anos de idade que estuda na escola 2.
O Json desses três filhos de forma isolada é fácil a sua representação porque não tem múltiplos valores é propriedade, valor, sendo que eu tenho “Aspas dupla” limitando quando é texto e sem “Aspas dupla” quando eu tenho a unidade, que no caso é um inteiro.
Só que eu quero representar esses filhos dentro do Json original que representa o cliente, então como um cliente pode ter um ou mais filhos, isso é array, então a representação final vai ficar assim.
Cliente:
["Nome": "João",
"Idade": 35,
"Salario": 10650.43,
"Telefone": ["2234-3223","2534-4334"],
"Paises":"Argentina","Estados Unidos","Australia"],
"Filhos":"[{"Nome":"Marcelo","Idade":10,"Escola": "Escola 1"},
{"Nome":"Lucia","Idade": 8, "Escola": "Escola 1"},
{"Nome": "Lucas", "Idade": 2, "Escola": "Escola 2"}]
}
Além da representação normal, depois eu tenho a propriedade filhos, eu tenho um abre “Colchetes” que começa em cima e termina no lado e dentro da representação, eu tenho, vamos deixar um pouco maior, eu tenho um Json, “Vírgula” porque eu estou dentro de um array.
Um segundo Json, note, eu tenho abre “Chaves”, fecha “Chaves”, imitando o Json. Tenho a “Vírgula” no canto direito e o terceiro elemento desse array que representa os filhos.
Então eu tenho uma estrutura de dentro do array, eu tenho um conjunto de outros Jsons e essa estrutura final é a que representa, no caso, o nosso cliente com as propriedades de nome, idade, salário, telefone, países e o conjunto de filhos que aquele cliente possui.
Nós podemos usar um editor de Json para nos ajudar a construir e organizar os nossos Jsons, vamos fazer o seguinte, eu vou parar a apresentação dos slides e eu vou abrir um browser e vou procurar no meu browser por “json editor”.
Tem um link na primeira opção, eu vou clicar nele e tenho essa tela que está sendo mostrada e eu vou pegar ele Json que eu mostrei para vocês na minha apresentação e colar.
Então note, eu tenho do lado esquerdo o Json, ele mostra o Json de forma organizada com cores mostrando o que é texto, o que é número, o que é propriedade e eu clicando nesse botão onde está o meu mouse, no terceiro botão da barra laranja, eu consigo ver o Json de uma forma mais formatada.
Então nós conseguimos ver as propriedades iniciais. No telefone eu tenho o primeiro array , no países eu tenho o segundo array e note, no array que representa os filhos, nós temos uma organização um pouco mais, fica um pouco mais claro, nós conseguimos enxergar o primeiro filho, que é um outro Json, o segundo filho e o terceiro filho.
Se eu tiver um erro, por exemplo, vamos supor que eu feche as “Aspas”, note que ele mostra o motivo do erro, ou seja, na medida que eu vou editando o Json nesse site, ele vai me mostrando os erros que eu posso ter.
E ao clicar nesse botão de “Copy”, eu vejo o meu Json em forma de, vamos clicar em forma de árvore no botão “tree” na barra laranja do lado direito, era esse o botão “tree”. E nós conseguimos ver como é que o Json está organizado.
Então eu tenho três filhos, o filho um, o filho dois e o filho três e tem os países, como eles são organizados e os telefones, então numa forma, digamos assim de árvore, aquela representação do Json.
Então nós conseguimos ver que o Json tem uma representação hierárquica, tanto é que está representado no Json Editor e ele pode representar estruturas de dados mais complexas do que simplesmente essa que está sendo mostrada.
Um esquema de tabelas de um banco de dados onde você tem tabelas, por exemplo, que são origens de chaves estrangeiras, de outras tabelas, podem ser representados por uma notação Json.
Por isso que o Json é muito usado para nós podermos representar dados, através de fonte de dados diferentes e o utilizar esse Json como transporte entre duas fontes de dados para nós fazermos, por exemplo, uma integração.
Então é isso, valeu. Até o próximo vídeo.
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