Olá! Te desejo as boas-vindas a este curso sobre abordagens preditivas de gestão de projetos. Meu nome é Roberto Pina, sou consultor de empresas, instrutor da Alura, e te acompanharei nesta jornada.
Audiodescrição: Roberto Pina se descreve como uma pessoa de pele clara, que usa óculos de armação quadrada e transparente, é calvo e não tem barba. Veste uma camiseta azul-marinho escrito "Projeto Tamar", em letras verdes, com desenhos coloridos de tartarugas e estrelas do mar. Ao fundo, uma parede sob iluminação roxa, onde também há uma estante com livros e objetos de decoração.
Este curso tem o objetivo de apresentar os principais conceitos a respeito das chamadas abordagens preditivas de gestão de projetos. Com isso, estamos contribuindo para a sua preparação para as certificações CAPM e PMP, do Project Management Institute (PMI), uma vez que são assuntos exigidos nesses exames.
O público-alvo deste curso são pessoas que desejam conhecer mais a respeito do gerenciamento de projetos de maneira geral e candidatos às certificações mencionadas: CAPM (Certified Associated in Project Management, ou Certificado Associado em Gerenciamento de Projetos) e PMP (Project Management Professional, ou Profissional de Gerenciamento de Projetos).
Nesta jornada, discutiremos o que são as abordagens preditivas, e suas principais características e aplicações. Também falaremos sobre a iniciação de projetos preditivos, a tratativa do escopo e o artefato EAP. Além de cronogramas, que são fundamentais e marcantes nos projetos sob abordagem preditiva.
Falaremos, ainda, sobre como a qualidade e a integração são endereçados nessa abordagem preditiva e, finalmente, faremos algumas considerações a respeito do controle de projetos preditivos.
Os benefícios deste curso incluem a ampliação do seu conhecimento em gerenciamento de projetos, o que contribuirá para sua preparação nas certificações do PMI mencionadas anteriormente. O que, por sua vez, resultará em uma melhoria da sua competitividade no mercado de trabalho.
Iniciaremos nosso conteúdo falando sobre o que são as abordagens preditivas ou waterfall. Vamos lá?
Antes de falarmos sobre o ciclo de vida preditivo de gerenciamento de projetos, é importante diferenciar o ciclo de vida de produto do ciclo de vida de projeto.
O ciclo de vida de produto se refere à jornada do produto: como ele nasce, cresce, se estabelece e morre. Podemos imaginar uma curva que passa pelas etapas de introdução, crescimento, maturidade e declínio ou retirada de circulação. Ela representa o ciclo de vida do produto, que entra no mercado, adquire uma reputação, estabelece uma posição, entra em uma fase de maturidade e, em determinado momento, também sai de circulação, se tornando obsoleto, como ocorreu, por exemplo, com a fita VHS ou o próprio CD de música.
Durante o ciclo de vida do produto, ocorrem projetos para introduzi-lo, fazê-lo crescer, lidar com a sua maturidade e, também, para retirá-lo do mercado.
Por outro lado, o ciclo de vida do projeto se refere às fases ou à dinâmica com a qual o projeto acontece. O ciclo de vida preditivo ou waterfall tem esse nome porque a representação gráfica desse ciclo de vida de projeto se assemelha a uma cascata. Neste modelo, existem grandes fases que vão se sucedendo, que tipicamente começam com um estudo de viabilidade, passando por design, planejamento, construção, teste, implantação e encerramento.
Normalmente a etapa de construção corresponde à construção do produto todo ou à grandes entregas. Da mesma forma, o teste pode ser dessas grandes entregas ou do produto todo.
Existe também o ciclo de vida de projeto incremental, que é como um waterfall mais faseado. Neste modelo, existe a conceituação, planejamento, design, construção e, por fim, a entrega. Depois, é feito mais um ciclo de construção com plano, design e entrega, e assim por diante. Este método apresenta grandes entregas, então a entrega total se dá ao final. Ou seja, o produto vai crescendo de maneira incremental, em cada grande entrega.
Temos, ainda, o ciclo de vida adaptativo ou ágil, onde as entregas são mais curtas e frequentes. Neste modelo, partimos de uma visão do produto e, através de iterações curtas, tipicamente de 15 dias, é feita uma entrega de um incremento de produto. A partir disso, obtemos um feedback das pessoas usuárias finais, refinamos o conhecimento e, em cima de um backlog priorizado, fazemos as entregas sucessivas. Com isso, temos entregas mais frequentes, maior número de feedbacks e o escopo se torna mais flexível.
As principais características de um projeto feito no ciclo preditivo ou waterfall são as seguintes:
Por estas características, o ciclo de vida preditivo apresenta boa aderência para produtos da engenharia tradicional, como civil e mecânica, que incluem a construção de edifícios, pontes, galpões, entre outros. Por outro lado, não tem boa aderência para o desenvolvimento de produtos complexos, como softwares ou vacinas, pois estes produtos apresentam uma grande dificuldade de detalhar todo o escopo a priori.
A abordagem preditiva ou waterfall exige um gerenciamento de projeto forte, muito planejamento, monitoração e controle. Isso é necessário para garantir que o escopo fixo seja cumprido dentro do prazo e do custo, e a qualidade seja atingida, seguindo o modo de produção. Para isso, é importante um esforço de gerenciamento bastante intenso, além da presença de um gerente de projetos para orquestrar os esforços das empreitadas desse tipo de abordagem.
Na sequência, veremos como são os processos de inicialização de um projeto waterfall.
No gerenciamento de projetos clássico, destacam-se os grupos de processos de gerenciamento, iniciando com os processos de iniciação, que representam as primeiras etapas, como a preparação para o projeto. Em seguida, temos os processos de planejamento, nos quais ocorre o planejamento do projeto. No contexto da abordagem preditiva, observamos uma intensa atividade de planejamento prévio, caracterizada pela singularidade.
Posteriormente, surgem os processos de execução. É possível realizar replanejamento? Sim, eventualmente, pode ser necessário um replanejamento mais abrangente ou uma reprogramação para acomodar ajustes. Durante essa fase central, os processos se entrelaçam com os processos de monitoração e controle, que buscam verificar a execução conforme o planejado.
Finalmente, quando o produto está pronto e o projeto está chegando ao término, temos os processos de encerramento. Tipicamente, esses constituem os grupos de processos para o gerenciamento de projetos. Na abordagem preditiva ou waterfall (cascata), o encerramento ocorre de maneira mais ou menos monolítica.
Realizamos uma inicialização, um planejamento ou, pelo menos, um planejamento principal. A execução é um tanto monolítica, com uma entrega significativa ou, eventualmente, entregas fracionadas, mas de grande porte, sem muita pulverização.
O encerramento é singular, liberando a equipe do projeto, validando o produto, recebendo sua validação final e executando algumas outras rotinas, como encerramento do contrato, aceite final, entre outras.
Na iniciação de um projeto preditivo, realizamos algumas atividades e processos para definir como será o projeto ou a nova grande fase do projeto, obtendo as devidas autorizações para a sua realização.
Elaboramos um documento que expressa um planejamento do que será feito, autorizado pelos respectivos stakeholders e patrocinadores, seguido por uma espécie de permissão para começar. Essa é a característica da iniciação de um projeto preditivo.
Alguns artefatos típicos para a iniciação de projetos preditivos, nesta fase preliminar, envolvem, por exemplo, um business case (estudo de viabilidade ou valor), onde se verifica se o projeto será financeiramente viável. Nesse contexto, avaliamos o investimento necessário, o retorno esperado, as principais premissas e restrições, bem como os riscos. É um estudo de viabilidade.
Se o business case sinalizar que o projeto se paga, que aquele produto vale a pena ser construído, então segue-se, é para isso que serve um business case.
Uma forma mais moderna de apresentar essa panorâmica inicial para a execução do projeto, é o business model canvas, que é um resumo visual de uma página, onde temos diversos quadrantes, mostrando os objetivos, o escopo macro, uma visão de orçamento e de tempo, riscos, etc.
Existem artefatos de resumo de projeto, nos quais nos referimos às metas, entregas e processos envolvidos.
Em alguns projetos, há a chamada declaração de visão, que possui um caráter mais motivacional e inspirador, onde abordamos os grandes objetivos, a inspiração e a meta significativa do projeto.
Um termo clássico é o termo de abertura do projeto, o project charter, um documento sucinto de uma ou duas folhas que caracteriza uma autorização formal para o início do projeto. Ele confere existência ao projeto, sendo uma espécie de certidão de nascimento.
O documento inclui o título do projeto, os principais objetivos, as entregas, o budget, a perspectiva de tempo, as principais premissas e restrições, o público-alvo, entre outros detalhes. O termo de abertura do projeto, ou project charter, é assinado geralmente por pessoas que patrocinam o projeto, autorizando assim o início do projeto, seguido pela fase de planejamento.
Outro artefato típico de iniciação é o roadmap, um cronograma de alto nível, indicando para cada período a versão de produto a ser entregue. Para certos produtos, este é um artefato típico de iniciação.
Com a autorização para o início do projeto, uma primeira preocupação fundamental na abordagem preditiva é a definição do escopo do projeto. Na sequência, abordaremos o que é e como é definido o escopo de um projeto na abordagem preditiva ou waterfall.
O curso Certificação PMP e CAPM: abordagens preditivas possui 101 minutos de vídeos, em um total de 29 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de Administração e Gestão em Inovação & Gestão, ou leia nossos artigos de Inovação & Gestão.
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