Boas-vindas! Meu nome é Bruna Amaral, sou formada em psicologia e instrutora na Alura. Minha missão neste curso é conversar com vocês sobre produtividade.
Audiodescrição: Bruna se identifica como uma mulher parda. Ela tem cabelos pretos e cacheados, que estão amarrados para trás, olhos castanhos e piercing de argola no nariz. Está vestindo uma blusa preta de mangas longas. À sua frente, um microfone. Ao fundo, uma parede branca com alguns quadros e um violão, num ambiente de iluminação alaranjada.
Este curso é destinado a todas as pessoas que desejam aprender mais sobre autoliderança, autoconhecimento e, principalmente, para quem deseja aprender práticas para aumentar a produtividade. Afinal, queremos abordar não apenas a teoria sobre produtividade, mas como ela se conecta com a realidade prática.
Antes de entrarmos no conteúdo de fato, vamos fazer um acordo?
Além dos vídeos que você vai acompanhar, teremos também algumas atividades práticas ao longo do curso. Essas atividades são importantes para que você entenda os conceitos que trabalharmos e também para que você comece a pensar em como pode praticar todas as dicas que vamos dar.
Por isso, é importante que você tenha comprometimento, e é justamente esse o acordo que queremos propor: enquanto nós fornecemos todas as planilhas, dicas e exercícios para você treinar, você precisa executar cada uma dessas tarefas e realmente aplicá-las à sua realidade.
Temos certeza de que, ao reservar um momento do seu dia para se concentrar totalmente nos estudos e práticas aqui propostas, o final do curso será apenas o início da sua nova jornada de produtividade, com todas as dicas e toda a teoria que vamos vincular a elas.
Você pode compartilhar tudo o que pensar conosco, tanto pela nossa comunidade no Discord quanto no fórum do curso. Sinta-se à vontade para expressar sua opinião!
Tudo pronto e organizado para iniciar? Vamos iniciar essa jornada!
Como podemos começar a sair do senso comum sobre o que é produtividade e entendê-la para além do que já sabemos, que é apenas realizar mais e mais tarefas em menos tempo? Será que há outro caminho para aumentar a produtividade, sem nos intoxicar com a rotina de querer fazer sempre mais?
Vamos começar pela literatura sobre o tema!
Robert Solow, um economista que trata do assunto produtividade em suas obras, traz uma polêmica:
"Os computadores estão presentes em todos os lugares, menos nas estatísticas de produtividade."
Estamos falando de produtividade para seres humanos, e Solow traz essa consideração sobre computadores. Como essas coisas se relacionam? O que o autor está querendo dizer com isso?
Primeiramente, precisamos entender a época em que Solow faz essa afirmação. Nos anos 2000, começando pelo Vale do Silício (Califórnia, EUA), houve um "boom" de tecnologia. Esperava-se que essa tecnologia fosse refletida nas estatísticas de produtividade, justamente porque o advento da tecnologia é muito baseado na ideia de eficiência nas operações. Por exemplo, é muito mais eficiente escrever um texto num computador que numa máquina de escrever. Então, por que esse reflexo não se confirma na realidade?
Solow trata de uma produtividade muito relacionada à produção de bens pelas horas trabalhadas. Nesse sentido, na obra O paradoxo da produtividade, Jacques Wainer afirma:
"Não há nenhuma evidência de que a informática trouxe qualquer aumento de produtividade no setor terciário nestes 40 anos (1960-2000)."
O setor primário (agropecuária) pode trabalhar em larga escala com tecnologia, assim como o setor secundário (indústria). Mas o setor terciário (prestação de serviços e comércio), para além da tecnologia, precisa essencialmente do trabalho do que chamamos de "profissionais da informação" ou "profissionais do conhecimento".
Esses profissionais precisam elaborar hipóteses e melhorias para apresentar no seu trabalho ou para resolver problemas em geral. Essa categoria inclui pessoas desenvolvedoras, por exemplo.
Todo esse trabalho de elaborar coisas novas envolve uma curva de aprendizagem muito mais significativa, porque trata-se de um trabalho muito mais dinâmico. A curva de aprendizagem é justamente o tempo que uma pessoa leva para aprender determinado conceito ou prática e aplicá-lo de maneira consistente em seu trabalho.
Podemos representar a curva de aprendizagem em formato de gráfico, posicionando o nível de proficiência no eixo Y e o tempo despendido para chegar nessa proficiência no eixo X. Por exemplo:
Analisando esse gráfico, notaremos que no primeiro dia de aprendizagem, a pessoa genérica representada aprendeu muito pouco, atingindo um nível de proficiência abaixo de 10.
Já no segundo dia, há um aumento um pouco mais acelerado, ainda sem chegar em 20. Mas, note, do segundo para o terceiro dia, temos um grande salto na curva de aprendizagem.
Esse salto evidencia que, a cada dia que passa no tempo de aprendizagem, o nosso cérebro aprende um pouco mais, até chegar em um ponto que entende com mais velocidade o objeto de estudo. Com isso, podemos reproduzir os processos com mais assertividade, melhorando a proficiência mais e mais rapidamente.
Mas demora um tempo para chegar nesse ponto. Essa característica faz parte especialmente da curva de aprendizagem de pessoas que trabalham com conhecimento e informação, pois todos os dias têm que pensar em soluções diferentes onde trabalham para prestar os seus serviços.
Isso é algo que Solow não considerou em sua afirmação. Ou seja, não podemos pensar sobre produtividade em termos pouco rígidos, levando em consideração todo tipo de teoria.
"Produtividade" é um termo amplamente utilizado de maneiras diferentes, por isso precisamos entender o conceito que servirá de ponto de partida para esse curso. A curva de aprendizagem é um dos pontos que vamos trabalhar fortemente para entender e respeitar os nossos limites e, eventualmente, aprender a melhorá-los.
Entendemos que a curva de aprendizagem é um ponto crucial quando falamos de produtividade. Devemos entender que, ao lidar com algo novo, geralmente precisamos de um certo tempo para aprender e desenvolver habilidades. Isso pode não ser compatível com produzir em grande quantidade.
A curva de aprendizagem foi um tópico muito importante, mas ela não resume tudo sobre produtividade. Para entender um pouco mais sobre esse termo, precisamos entender como funcionamos, principalmente no contexto de trabalho.
Afinal, este curso é voltado para a produtividade no contexto de trabalho. Você também pode aplicar os conceitos em outras áreas da sua vida, mas o foco principal é ter mais produtividade no trabalho.
Para isso, vamos começar analisando o discurso de um trecho de filme que você provavelmente já assistiu.
Audiodescrição de trecho do filme "O Diabo Veste Prada" (2006), dirigido por David Frankel
Chefe (Miranda) e assistente (Andy) conversando num escritório.
— Andy diz, aflita: Quer um manuscrito inédito?
— Miranda responde: Bom, conhecemos todas as editoras, isso não vai ser um problema, vai? E você pode fazer tudo, não pode?
— Andy se retira, ainda com um semblante aflito. O telefone de Miranda toca. Ela atende e diz: Oi, filha. Eu sei, querida. Estou fazendo o possível para conseguir.
— Corte para a Andy em sua mesa, dizendo, irritada: Ela não entende. Sabe, eu posso ligar para a JK Rowling, mas ela nunca vai me dar uma cópia do manuscrito.
— Miranda passa pela sala dizendo: Minhas filhas estão indo para a casa da avó às quatro. O manuscrito tem que estar aqui às três. Ah, e gostaria do meu almoço em 15 minutos.
— Andy concorda, aflita, e diz para sua colega: Certo, eu tenho quatro horas para conseguir o manuscrito, o restaurante que ela gosta não abre antes das onze e meia, e como eu vou conseguir o almoço? Eu vou voltar em 15 minutos. Me deseje sorte!
— Após um corte, Andy coloca o manuscrito e um copo de café na mesa de sua chefe, satisfeita. Miranda, desdenhosa, diz: Uma cópia? O que minhas filhas vão fazer? Dividir?
— Andy responde: Ah, não, eu fiz duas cópias e mandei encadernar com capas duras para que não parecessem manuscritos. Esta é só uma cópia extra que eu fiz para, sabe, segurança.
— Miranda replica: Bom, e onde estão essas cópias fabulosas que eu não estou vendo?
— Andy responde, enquanto vemos um corte de duas meninas sentadas em um trem lendo os manuscritos: Estão com suas filhas, no trem que está indo para a casa da avó delas. Precisa de mais alguma coisa?
— Miranda, vencida e impressionada, mas ainda desdenhosa, diz: Não, é só isso.
Se analisarmos o discurso desse trecho, percebemos que Miranda, a chefe-vilã, delega tarefas extremamente desafiadoras para a Andy, com muitas sobreposições entre si.
Andy demonstra medo nesse momento, por receio de perder o emprego se não der conta de todas as exigências. Mas, com o planejamento do seu tempo, Andy consegue cumprir o que lhe foi pedido.
Essa atitude é chamada de pensamento calculante: planejamento precedente à ação com o objetivo de resolver problemas complexos a partir de dados concretos.
O pensamento calculante, presente no cotidiano do ser humano, está relacionado com o positivismo. O positivismo é uma maneira de fazer ciência, tendo sido uma das primeiras a serem introduzidas no Brasil e no mundo.
Hoje em dia, a produtividade é medida a partir da quantidade de entregas que realizamos, o que tem relação com o advento do pensamento calculante e o positivismo no fazer científico.
Mas nos deparamos com um grande problema: nem todo fenômeno psicológico pode ser medido.
Quando falamos de produtividade, estamos falando de um fenômeno psicológico que não pode ser medido. Por isso, somente o pensamento calculante não é suficiente para sermos pessoas mais produtivas. Também é necessário que tenhamos o pensamento meditante. É sobre ele que vamos falar no próximo vídeo!
O curso Produtividade: construindo hábitos e práticas possui 112 minutos de vídeos, em um total de 42 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de Softskills e Carreira em Inovação & Gestão, ou leia nossos artigos de Inovação & Gestão.
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