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Profissão Tech Lead: conhecendo a liderança técnica

Além das linhas de código - Apresentação

Olá! Boas-vindas ao curso Profissão Tech Lead! Meu nome é Francisco Santos, sou publicitário, professor e pesquisador, e serei seu instrutor aqui na Alura.

Audiodescrição: Francisco se descreve como um homem branco, com cabelo e barba pretos, e olhos pretos. Ele veste uma camiseta verde e está em um cenário com livros, estantes e uma planta no fundo, iluminados por uma luz alaranjada.

Para quem é este curso?

Este curso é para você que deseja ser uma pessoa Tech Lead, assumir um cargo de liderança, ou para você que já está nesse cargo de Tech Lead e quer se atualizar a respeito de como andam as discussões sobre esse mercado.

É também para aquelas pessoas que desejam saber um pouco mais sobre todo o contexto da pessoa Tech Lead.

O que vamos aprender?

Neste curso, você vai conhecer o contexto de atuação da pessoa Tech Lead, vai aprender a identificar habilidades e competências para se tornar Tech Lead, vai compreender as diferenças entre a liderança comum e a liderança estratégica que é da pessoa Tech Lead.

Além disso, vai entender a importância do profissional em T e do desenvolvimento das habilidades e competências para se tornar essa pessoa profissional. Por fim, você vai observar o mercado de trabalho da liderança técnica.

Aqui na Alura, queremos que você tenha uma aprendizagem efetiva, o que significa que você pode participar do fórum do curso e da comunidade no Discord.

Vamos juntos conhecer essa profissão?

Além das linhas de código - Transformação digital

Para começar a falar sobre a jornada que uma pessoa Tech Lead deve percorrer no seu dia a dia e durante suas atividades em uma empresa, precisamos pensar no contexto em que essa pessoa vai atuar. Queremos que você pense conosco em que mundo a pessoa Tech Lead realizará seu trabalho.

Transformação Digital e Mundo BANI

Nesse sentido, falamos de um mundo que já viveu a transformação digital. Mas em que consiste essa transformação digital? Primeiro, uma informatização da produção, o que significa que todos os processos produtivos, em algum nível, têm alguma relação com o digital, algum nível de informatização.

Além disso, nesse processo todo e nessa necessidade de disponibilizar produtos e soluções para as pessoas, é preciso que as empresas desenvolvam agilidade nos processos.

Por fim, podemos dizer que o trabalho operacional automatizado, o famoso "apertar botão", é destinado às máquinas.

Nesse contexto, o que sobra para o ser humano? Do que nós, seres humanos, temos que dar conta nesse processo? E mais especificamente, como isso afeta a pessoa Tech Lead? Afinal, trata-se de uma pessoa que tem experiência em programação ou experiência técnica específica e, em algum momento, é chamada para liderar um time ou um projeto. Como dar conta disso?

Pessoas

Em primeiro lugar, e talvez esse seja o ponto que você deva pensar ao longo deste curso, é que a pessoa Tech Lead vai trabalhar majoritariamente com pessoas. Ao trabalhar com pessoas, pensamos não só nas equipes que a pessoa Tech Lead terá que gerenciar, mas também na sua liderança e, inclusive, nos próprios stakeholders (partes interessadas), nos públicos, nos clientes da empresa à qual ela prestará serviço ou oferecerá um produto.

Mundo BANI

Essas pessoas estão colocadas em um lugar muito caótico, que é o mundo, conceituado como mundo BANI, ou mundo VUCA. Mas o que é esse mundo BANI?

BANI é uma sigla que traz quatro palavras: Brittle (frágil), Anxious (ansioso ou ansiogênico), Non-linear (não-linear), e Incomprehensible (incompreensível). Dentro desse mundo frágil, não-linear, ansiogênico e incompreensível, a pessoa Tech Lead precisa atuar, seja na gestão das equipes, seja no contato com a sua liderança ou stakeholders.

Nesse mundo, temos uma grande rotatividade no mercado de trabalho, com pessoas entrando e saindo das empresas, muitas vezes motivadas por seus próprios interesses. Além disso, há uma preocupação grande com a saúde mental, que vem justamente porque as pessoas estão pensando em carreiras múltiplas, ou seja, elas não ficarão muitos anos na mesma profissão ou no mesmo emprego, mas vão circular no mercado de trabalho.

Por fim, é importante pensar que o trabalho humano, nesse contexto, não é mais operacional, mas intelectual e estratégico. As pessoas que vão atuar precisam estar preparadas e qualificadas para enfrentar esse mundo, para enfrentar esse contexto digital.

Para atuar como Tech Lead

Frente a isso, a pessoa Tech Lead precisará dar conta de quê? Primeiro, é essencial ter conhecimentos digitais, o que, na verdade, é para qualquer pessoa que atue no mercado de tecnologia e é uma base para quem vai atuar como Tech Lead.

Outro ponto importante é pensar em agilidade, ou seja, observar os processos, entender como um produto ou serviço vai ser entregue à clientela, e como o valor vai ser gerado para a marca.

Além disso, a pessoa Tech Lead precisará ter técnicas de negociação e gestão, pois ela vai gerir uma equipe, precisará entregar determinado projeto e, muitas vezes, entrar em contato com clientes, consumidores e stakeholders para verificar, testar o produto, e identificar soluções.

Por fim, um ponto muito importante e necessário, é a comunicação assertiva. A pessoa Tech Lead precisa saber se comunicar claramente, além de entender o que as outras pessoas têm a dizer.

Conclusão

Agora vamos conhecer como funciona esse mercado de trabalho?

Além das linhas de código - O contexto da pessoa Tech Lead

Agora que já sabemos como funciona o mundo em que a pessoa Tech Lead vai atuar, precisamos pensar especificamente sobre a atuação nas empresas.

O contexto da pessoa Tech Lead

Vamos pensar juntos: digamos que você era especialista em determinada área e agora chegou em um cargo de pessoa Tech Lead. Você precisa gerenciar uma equipe, dar conta de cumprir os objetivos da empresa e desenvolver um produto.

Para dar conta de tudo isso, precisamos pensar em como as pessoas se organizam no contexto da agilidade. Já que temos empresas conectadas à internet e tecnologicamente avançadas, precisamos verificar como a agilidade transforma a estrutura das empresas. Para isso, fazemos uma primeira comparação, observando a estrutura organizacional tradicional e a estrutura organizacional ágil.

Dois diagramas estilizados representando metodologias de trabalho, uma 'tradicional' e outra 'ágil'. À esquerda, o diagrama 'tradicional' é estruturado em forma de pirâmide com blocos retangulares conectados por linhas, sugerindo uma hierarquia rígida ou um fluxo de processo sequencial. À direita, o diagrama 'ágil' apresenta blocos retangulares alinhados horizontalmente em duas colunas, cada um contornado por uma linha laranja que os conecta, indicando flexibilidade e interconexão. As palavras 'TRADICIONAL' e 'ÁGIL' em caixa alta e fundo laranja estão posicionadas abaixo de cada diagrama, respectivamente. O fundo da imagem é preto, contrastando com os diagramas e texto em branco e laranja.

Na estrutura organizacional tradicional, o esquema funciona em um formato de pirâmide. Esse formato é bastante hierarquizado, com cargos de liderança passando acima de outros cargos mais operacionais.

Já na estrutura ágil, a organização é horizontal. Ou seja, pessoas gestoras e lideranças também, muitas vezes, vão fazer papéis operacionais a depender das situações, das demandas de consumidores, ou das demandas que o produto vai gerar.

Estrutura organizacional ágil

A estrutura organizacional ágil funciona a partir dos princípios do ágil. Dentre eles, podemos destacar quatro princípios:

  1. Indivíduos e interações estão acima de processos e ferramentas. Ou seja, as pessoas são muito mais importantes do que as burocracias dos processos dentro de uma empresa;
  2. O software funcionando acima de documentação detalhada. O que importa é fazer o produto funcionar, em vez de ter muitos registros sobre esse desenvolvimento;
  3. Colaboração com o cliente acima de negociação de contratos. Vale mais ter contato com a pessoa cliente e conhecer o público do que lidar com a burocracia dos contratos;
  4. Responder às mudanças acima de seguir um plano. Nesse caso, falamos de adaptabilidade ao contexto e entender como a empresa consegue responder a esse contexto.

Vamos pensar no caso de uma empresa que tem dois grandes grupos de desenvolvimento. Começaremos a conhecer um pouco como ela se organiza e como ficam as nomenclaturas dentro desse tipo de empresa.

Podemos chamar esses dois grandes grupos de tribos. As tribos são grandes equipes que vão trabalhar em determinado segmento do produto ou serviço em uma empresa ágil.

Nessas tribos, podemos encontrar os chapters. Os chapters são grupos de pessoas que dividem habilidades parecidas. Por exemplo: nesta empresa fictícia, temos o chapter de devs, o chapter de agilistas, o chapter de product management, e também o chapter de Tech Lead. Os chapters, agrupados em habilidades, ajudam a construir o andamento da tribo.

Além disso, para projetos ou demandas específicas, ou então, a depender da organização da tribo, podemos construir os squads. Os squads são equipes específicas que vão trabalhar em uma demanda específica. Cada squad será responsável por um produto ou por um cliente, conforme o tipo de empresa que se organiza.

Por fim, temos a guilda. Inspirada nos RPGs, a guilda alinha várias pessoas de grupos diferentes, com diversas habilidades, para discutir temas transversais. Por exemplo: há empresas que vão construir guildas de saúde no trabalho, de desenvolvimento intelectual, pessoal, e também de diversidade e inclusão.

E a pessoa Tech Lead?

Nesse contexto todo, onde fica a pessoa Tech Lead? Ela será responsável por gerenciar um squad ou uma tribo. Geralmente, essas pessoas Tech Leads se reúnem em um chapter para debater melhores práticas, conversar sobre demandas e problemas que enfrentam no dia a dia, e encontrar um espaço de acolhimento para suas demandas.

Conclusão

No meio de tudo isso, afinal, o que faz a pessoa Tech Lead?

Sobre o curso Profissão Tech Lead: conhecendo a liderança técnica

O curso Profissão Tech Lead: conhecendo a liderança técnica possui 148 minutos de vídeos, em um total de 39 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de Liderança em Inovação & Gestão, ou leia nossos artigos de Inovação & Gestão.

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